Capítulo 12 – Bons momentos
O dia já havia amanhecido quando Snape desaparatou nos jardins de uma belíssima casa nos arredores de Kingston, na Inglaterra. Caminhou elegantemente até a entrada e um elfo doméstico o recebeu:
- Bom Dia, Senhor! O que deseja?
- A Srta. Baker se encontra?
- Ah, é muito cedo...Tenho que verificar se... – dizia o elfo quando foi interrompido.
- Pode deixar, Courtt! Eu mesma receberei o cavalheiro. – Karol disse.
O elfo deu passagem, Snape entrou e foi conduzido até a sala de estar. Era um lugar que misturava o novo e o velho...Móveis antigos de madeira escura, cortinas de seda, paredes repletas de retratos, sofás amplos e muito confortáveis e alguns objetos, enfeites em aço. Ele observava atentamente cada detalhe quando uma voz o trouxe de volta a realidade:
- Então Severo! A que devo a honra dessa visita? – Karol indagou com um lindo sorriso.
Snape se virou na direção em que vinha à voz. Karol estava parada no meio de uma escada de mármore branco, vestia um robe bordô de cetim até os pés, seus cabelos castanhos estavam soltos e iam até o meio das costas, lisos, mas com cachos nas pontas. Snape encarou fixamente seus olhos verdes e disse:
- Você não sabe! Pensei que pudesse "adivinhar" as coisas?
- Você quer que eu adivinhe? – Karol perguntou enquanto descia as escadas.
- Se acha que consegue! – Snape exclamou.
Karol foi lentamente até ele e parou a sua frente. Seus corpos estavam perto, muito perto... Podiam sentir a respiração um do outro. Ela olhou por alguns instantes aqueles profundos olhos negros e então, chegando ainda mais perto dele disse sussurrando em seu ouvido:
- Você veio atrás de informações...- e mudando de lado continuou – Informações para a Ordem da Fênix.
Snape instintivamente colocou a mão em sua capa para pegar sua varinha e quando estava preste a retirá-la do bolso Karol segurou seu braço e disse:
- Não estou acusando você... – Karol interrompeu o que estava dizendo e colocou o dedo na boca de Severo em um sinal para que ele a deixasse terminar e então prosseguiu – Assim como eu, você teve seus motivos para se tornar um Comensal...Bem como para se tornar um espião...Eu não sou a favor Dele e embora não o combata creio que meus anseios são os mesmos que os seus. – Concluiu soltando o braço de Snape.
Ele sequer se mexeu, as afirmações dela ainda ecoavam em sua cabeça. Karol continuava parada a sua frente. Snape então, retomou a sua postura habitual e questionou:
- Ouviu alguma coisa sobre um homem chamado Hector Obstefeld? Ele desapareceu durante a madrugada.
Karol olhou profundamente nos olhos dele, sorriu enquanto se afastava um pouco e respondeu:
- Voldemort ficou sabendo que ele transmitia informações para a Ordem da Fênix...Crabbe e Goyle foram atrás dele, mas não obtiveram sucesso...Ele conseguiu escapar e pelo que tudo indica está escondido em Brighton...Se quiser, pode usar a lareira para passar a informação adiante!
Snape foi até a lareira e através da rede de flú informou Quim Shacklebolt e Elifas Doge a possível localização de Hector e os dois prontamente foram verificar. Depois a encarou e indagou:
- O que você vai querer em troca?
- Hum...Vamos tomar café da manhã? – Karol propôs com um doce sorriso.
- É isso o que quer? Que eu vá tomar café com você! – Snape questionou
- Mais do que querer... Eu preciso comer alguma coisa e creio que você também...Courtt, café para dois, por favor!
O elfo doméstico colocou a mesa e os dois sentaram-se. Iniciaram a refeição matinal, nada era dito...Até que Karol quebrou o silêncio:
- Tem alguém esperando por você?
Snape parou de deliciar-se com sua torrada e disse:
- Que tipo de pergunta é essa!
Karol sorriu maliciosamente, encarou aqueles profundos olhos negros, retirou os sapatos por debaixo da mesa e começou a deslizar seu pé sobre as pernas dele...Ela sorria, o encarava e o provocava cada vez mais...Até que colocou seu pé no meio das pernas dele e pode sentir de imediato o volume que ali já se apresentava. Brincou com o pé mais um pouco, levantou-se, foi até ele e parando a sua frente disse:
- E então, está com pressa para ir embora?
Snape rapidamente se colocou de pé, puxou-a para si beijando-a fervorosamente. Karol correspondeu à altura, estava louca de desejo. Severo percorria seu corpo com as mãos, beijava seu pescoço, seu colo, deixando-a cada vez mais louca de desejo...Snape abriu seu robe e sorriu ao ver que ela usava apenas uma lingerie de renda bordô. Karol afastou-se um pouco e sugeriu:
- Vamos para o quarto?
Snape sorriu e assentiu com a cabeça. Ela o pegou pela mão e os dois subiram para o quarto. Ao chegarem, ela trancou a porta, caminhou até a cama e sentando-se o chamou com o dedo. Ele parou bem a sua frente e ela exclamou:
- Roupa demais! Melhor remediarmos isso...
Karol levantou-se e começou a despi-lo...Capa...Blusa...Severo já estava com a parte de cima de seu corpo despida e ela ainda mais excitada deslizava suas mãos sobre seu peito nu, o abdômen de músculos bem firmes, dando a volta foi até suas costas...E que costas!
Severo virou-se e a puxou para junto de si. Aproximou se rosto do dela, mas quando estavam quase de lábios colados ele desviou-se e começou a beijar-lhe o pescoço, depois o ombro, o colo e voltando para a boca. Enquanto a beijava calorosamente, ele levou as mãos até seus ombros e fez com que se robe caísse no chão. Suas mãos passeavam pelo corpo dela...Ela sentia-se como uma brasa...As carícias ficavam mais e mais quentes, e ele tratou de livrar-se do sutiã dela.
Karol também cuidou de se livrar das roupas dele, tirando a calça e a cueca num só puxão. Severo a jogou na cama e posicionou-se sobre ela beijando-a a boca e descendo até os seios, massageando, sugando, lambendo...Severo continuou descendo, deixou um rastro quente e úmido em sua barriga e finalmente chegou aonde queria. Ela instintivamente abriu as pernas e ele começou a estimular aquele pequeno botãozinho...Ora com língua, ora com os dedos...Ela gemia e quando ele passou a usar boca e mãos ao mesmo tempo, ela chegou ao clímax pela primeira vez.
Severo não perdeu tempo, ajoelhou-se na cama e a colocou sentada sobre ele. Os dois movimentavam-se em uma sincronia perfeita e não demorou muito para que em meio a gritos e gemidos se entregassem ao gozo total. Cansados pelo esforço físico, caíram no sono.
Quando Karol despertou e percebendo que Snape já havia acordado há algum tempo perguntou:
- Por que você não me acordou?
- Você dormia tão tranqüila que preferi deixar-te assim. – respondeu com um sorriso.
- O que está te incomodando? E não adianta dizer que nada porque sei que há algo errado.
Severo olhou-a por alguns segundos e respondeu:
- Da primeira vez...Por que o Ministério da Magia não investigou você?
- Ah, é isso! – Karol exclamou – Na teoria os servos de Voldemort são os Comensais, mas na prática, ou melhor, para o Ministério da Magia seguidor de Voldemort é aquele que cometeu certos crimes estipulados pelo Ministério...Por isso, eu, que só tenho duas serventias pra ele...Quer dizer, sirvo de oráculo e satisfaço as "necessidades" dele quando assim deseja...Não fui considerada um Comensal da Morte, na verdade meu nome nunca foi citado.
Ao terminar de falar Karol deu-lhe um beijo e olhando para ele disse:
- Há muito tempo eu não passava bons momentos como os que tivemos há pouco.
Severo passou a mão em seu rosto e a tomou em um beijo mais longo e mais intenso que o anterior e disse ao seu ouvido:
- Bons Momentos...Inesquecíveis Momentos.
Os dois ainda continuaram no quarto pelo resto da tarde. Mesmo querendo ficar, Severo foi embora ao anoitecer. O Natal estava próximo, Sirius tinha voltado, sua casa ficaria mais cheia do nunca. Havia muito que fazer.
