DarkAngelAngst – Sev tá merecendo colinho, mesmo. Vamos ver se o Harry dá esse colinho para ele. Ah, esse feitiço do pai do Severus ainda vai dar o que falar. Agora vamos ao casório. E outras coisitas más, ihihiihi.

Nicole – Eles não são lindinhos juntos? Bom, agora tem mais. E se você acha que a coisa termina por aqui... Tem algumas coisinhas para acontecer. Beijos!

Capítulo 11 – O lado sul do céu

Para uma cerimônia apressada e íntima, até que o casamento de Harry e Severus terminou sendo razoavelmente concorrido. Todo o corpo docente de Hogwarts estava presente, e, pelas expressões embaraçadas, Harry deduziu que a reunião de professores mencionada por Dumbledore tinha sido a esse respeito. Hagrid estava até corado, de tão envergonhado.

Apenas dois alunos tinham obtido permissão para assistir ao casamento. Um desses alunos era Hermione Granger, que servira como responsável pelas alianças. Com a confusão da manhã, a moça sabiamente presumira que Harry não pudera ir a Hogsmeade, então se encarregara de arrumar as alianças para o casal. Harry ficou emocionado com a amiga, e terminou pedindo-lhe um outro favor, que ela correu a atender.

O outro aluno era Colin Creevey. Armado com sua imbatível máquina fotográfica, ele documentou toda a cerimônia. Severus ignorou todos os pedidos para um sorriso e só atendeu aos chamados para posar para fotos porque foi Harry quem os fez.

Especialmente vestido de prateado com detalhes púrpuras de luas e planetas, Dumbledore também usou um chapéu pontudo combinando com seu traje. Harry usara vestes verdes que rivalizavam com seus olhos, e Severus vestia um terno cinza com vestes bruxas azul-petróleo, uma combinação que surpreendeu muitos dos presentes – que, aliás, também estavam em seus melhores trajes. Hagrid até cheirava a loção pós-barba.

Dumbledore oficiou a cerimônia, com a ajuda do Prof. Flitwick, que lançou uma série de feitiços de proteção, fertilidade e fartura sobre os noivos. Harry parecia muito feliz, e mesmo os mais revoltados com o casamento não podiam negar que o rapaz estava totalmente apaixonado. Era um contraste com a carranca de Severus.

Ao fim da cerimônia, todos passaram para o Grande Salão, que estava ricamente decorado com fitas e flores brancas e douradas. Dumbledore cedeu seu lugar no centro da mesa dos professores para os noivos, que foram saudados com uma chuva de pétalas de rosas brancas e uma salva de palmas.

O banquete também foi especial e, ao invés de sobremesa, os elfos carregaram para o salão um bolo de casamento de três metros de altura e cinco andares, que foi consumido com champanhe para todos – exceto os alunos de primeiro e segundo anos. Colin bateu a tradicional foto dos noivos cortando o bolo e depois comendo o primeiro pedaço, um alimentando o outro.

Após o bolo, fez-se uma fila de cumprimentos. Em alguns dos rostos, havia genuíno sentimento de congratular os noivos, mas em outros não se escondia a malícia. Os Slytherins, que compareceram em bloco, nem disfarçavam que só faziam aquilo por puro protocolo. Draco Malfoy, se pudesse, esganaria Potter com as mãos nuas. Ele observava Snape com atenção, e a expressão abatida do Mestre de Poções parecia intrigar o filho de Lucius Malfoy.

Os cumprimentos se encaminhavam para o final quando um tumulto se verificou no portão principal: era um batalhão de repórteres de diversos jornais e revistas bruxas que queriam cobrir o casamento. Dumbledore proibiu a entrada deles, mas prometeu uma nota oficial para breve. Talvez por isso ele tenha puxado Harry e Severus para um lado, cochichando:

– Aconselho-os a saírem agora. Preparei uma chave de portal para que passem o fim de semana na cabana de Severus, como uma lua-de-mel improvisada. Aproveitem.

Harry adorou a idéia, e arrastou Severus consigo para os dois irem o mais depressa possível de volta ao seu primeiro ninho de amor. Assim que chegou à cabana onde fora tão feliz no verão, o rapaz sentiu o coração se aquecer.

– Adoro esse lugar, Severus. Podemos nos mudar para cá depois que eu me formar?

– Se você quiser. É um lugar seguro.

– Tenho tantas lembranças daqui... – ele abraçou Severus, suspirando. – E agora vamos fazer outras lembranças, não vamos? Oh, Severus, eu estou tão feliz.

O Mestre de Poções não respondeu. Embora feliz por estar com Harry, seu coração estava pesado, pensando nas conseqüências e implicações. Harry beijou-o rapidamente:

– Espere aqui. Quero fazer uma surpresa.

– Harry, você não precisa... – foi levado para o sofá.

– É só ficar aí bonitinho que eu volto logo.

O rapaz deixou Severus no sofá e entrou no quarto, onde se demorou por vários minutos. Severus aproveitou o tempo para fazer um breve inventário dos últimos acontecimentos: em menos de 24 horas, ele tinha sido revelado como estando em estado gestacional, tinha se casado, tinha se livrado definitivamente de seu pai, mas estava preso a Harry pelo resto de sua vida graças a um vínculo de sangue. Bom, se ele tinha que ser escravo de alguém, Harry não era a sua pior alternativa.

O mencionado rapaz (seu marido, lembrou-se) saiu do quarto vestindo um roupão:

– Pode vir agora.

Severus arregalou os olhos ao ver o que Harry tinha feito em seu espartano quarto de dormir: havia dezenas de velas acesas, todas pequenas e aromáticas, dando ao ambiente um leve aroma de baunilha e sândalo. O rapaz também transfigurara grandes faixas de voile de algodão nos postes da cama e compusera o leito com lençóis de cetim, dando uma decoração exótica ao quarto.

– Você fez isso sozinho?

– Tive uma ajudazinha de Hermione e Dobby – Harry começou a tirar as roupas de seu marido. – Venha, fique à vontade.

Severus foi colocado na cama com carinho e suas roupas foram gentilmente retiradas. Harry também tirou o roupão e revelou estar nu, subindo na cama com um sorriso:

– Você teve um dia estressante, e eu pretendo lhe dar uma massagem completa com óleos aromáticos para relaxar seu corpo. Se você também quiser sexo, melhor ainda, mas o importante é você relaxar.

– Mas Harry... É nossa lua-de-mel. Eu devo satisfazer você.

– Você tem a vida inteira para me satisfazer, e eu para satisfazer você. Mas agora você deve estar muito desgastado, e a massagem pode ajudá-lo. Agora deite-se de bruços e apenas relaxe.

Severus obedeceu, e Harry sentou-se sobre o traseiro de seu marido, montando-o para ter melhor acesso. Com carinho, ele pôs-se a massagear os músculos tensos de Severus, espalhando óleo de lavanda e camomila, traçando as cicatrizes nas costas, ombros e nuca. Severus sentiu as mãos firmes e calejadas de um jogador de Quidditch que costumava agarrar e manter preso um Snitch alado. Mas ele jamais imaginou que até mesmo seus músculos glúteos pudessem acumular tanta tensão. Ele riu quando Harry não resistiu e deu pequenas mordidinhas em seu traseiro, aliviando-o ainda mais.

O Mestre de Poções jamais tinha sentido coisa semelhante. A sensação de relaxamento espalhava-se por seu corpo à medida que Harry usava suas mãos, ocasionalmente também depositando beijos fugazes na pele aromatizada. Ele sentia o gesto de Harry atuando em seus músculos e também em suas emoções: havia uma grande demonstração de carinho e respeito por seu corpo e por sua pessoa, algo que Severus não se lembrava de ter recebido antes em toda a sua vida com tamanha reverência e sinceridade. Ele recebera promessas de respeito tanto de Voldemort quanto de Dumbledore, mas ambos as traíram, por ação ou omissão.

Mas Harry sempre o tratara como um igual, como se ele fosse uma pessoa digna, mesmo que ele fosse um pouco mais do que um escravo do rapaz. Severus estava irremediavelmente apaixonado, algo que pensava ter sentido antes, mas que não se comparava ao que sentia naquele momento.

A resposta física a tanto carinho tornou-se evidente quando Severus se virou para ser massageado na parte da frente. Harry sorriu para a bela ereção que o saudou:

– Puxa, Severus... Que impressionante. Quer que eu dê um jeito nisso para você? Ficarei feliz em ajudar você com esse seu... problema.

Relaxado, Severus soltou um meio sorriso.

– Você também está com um problema semelhante, pelo que posso ver.

– Mas hoje você é o chefe, e eu estou aqui para servi-lo, meu amor. Diga-me o que você quer.

Severus era grato a Harry por seu carinho e atenção, mas aquilo era inadequado. Ele podia sentir o feitiço do vínculo atuando:

– Harry, isso é impróprio. Sou eu quem serve você.

– Hoje, não. Se precisar, eu darei uma ordem direta, e aí você vai ser obrigado a me obedecer, não vai?

– Sim. Há alguns limites dentro dos quais eu posso atuar, mas em geral eu tenho que obedecê-lo.

– Pois bem, eu lhe ordeno que me diga qual é o seu desejo sexual e o que você deseja que eu lhe faça.

Severus sentiu a força integral do feitiço diante de uma ordem direta e adotou uma postura submissa – fazendo Harry lembrar-se de um cachorro vira-lata esperando uma punição, apenas por ter dito o desejo de seu coração:

– Eu quero sentir seus lábios em mim ao mesmo tempo em que lhe dou prazer oral.

Os olhos de Harry brilharam de lascívia como duas pedrinhas de jade:

– Seu desejo é uma ordem, meu marido.

Ele se movimentou languidamente, posicionando-se sobre a ereção de Severus, primeiro lambendo-lhe toda a extensão, depois firmando-a com uma das mãos, para com a outra massagear as duas delicadas esferas mais abaixo. O gemido de Severus fez Harry se rebolar e foi recompensado com os lábios talentosos de Severus em seu próprio membro ereto. A sensação agradável se espalhou por todos os seus nervos, eletrizando-os.

Não havia pressa, apenas desejo incontido, e os dois não demoraram a explodir em êxtase. Sentindo grande parte da tensão do dia esvair-se, Severus logo se deixou levar por um sono pesado, com Harry aninhado em seus braços.

Acordou desperto e refeito, os olhos verdes de Harry sorrindo-lhe mais que os lábios – lábios esses que, aliás, não demoraram a procurar-lhe o abdômen, e depois descer direto para o meio de suas pernas. Severus não tinha certeza se conseguiria uma ereção tão cedo, mas as carícias de Harry logo o deixaram pronto para uma nova rodada.

E Harry sabia muito bem o que queria.

Colocou-se de bruços e olhou por cima dos ombros para seu amado, oferecendo-se com um sorriso maroto, sem dizer palavra. O desejo cresceu no homem mais velho, mas ele hesitou, por força do hábito. Não estava acostumado a estar no time dos que ficavam por cima, e isso estava muito arraigado dentro de si. Harry percebeu sua hesitação e beijou-o apaixonadamente, murmurando enquanto o acariciava cheio de carinho:

– Severus... por favor...

Não houve como resistir dessa vez, e Severus procurou não pensar duas vezes ao pegar o lubrificante e preparar seu jovem esposo. Harry respondia aos seus carinhos, demonstrando impaciência para senti-lo logo dentro de si.

Quando Severus posicionou-se na entrada de Harry, o rapaz moveu-se para receber seu marido. Vagarosamente, Severus afundou-se em Harry, sentindo o corpo dele a recebê-lo com carinho, respeito e aceitação. Fechando os olhos, ele deixou as sensações invadi-lo por alguns minutos.

O calor convidativo de Harry o fez morder o lábio inferior e movimentar-se para frente com um suspiro, agora as sensações se acumulando em seu corpo. A abertura estreita de Harry pressionava seu membro de maneira tão deliciosa que Severus não tinha a menor pressa em continuar a se movimentar, e quase se surpreendeu quando seus quadris começaram a fazê-lo, quase que por vontade própria.

Por algum tempo, ele conseguiu manter o ritmo lânguido e lento, mas a impetuosidade de seu jovem marido de 17 logo o obrigou a acelerar o passo. Os ruídos que Harry produzia convenceram-no de que rápido também era bom, e ele agarrou-lhe os quadris, mudando o ângulo de entrada para provocar novos ruídos, que o enlouqueciam. Ele queria dar o máximo de prazer a Harry, e alcançou-lhe a ereção, bombeando no mesmo ritmo de suas estocadas. Fora de si, Harry gritava de prazer, sons que também levavam Severus aos descontrole.

O jovem arqueou para trás, gritando o nome de Severus e esguichando em sua mão. Severus sentiu os músculos tensos do rapaz espasmando de prazer e sentiu seu próprio clímax muito próximo. Puxou Harry para si e soltou um grito desarticulado, explodindo mais uma vez.