DarkAngelAngst – Ah, que bom que agora tá tudo resolvido e você consegue ler os capítulos. Quando for assim, pode ir ao meu site (endereço no profile), que as páginas são postadas junto com as da fanfiction, OK? Pois é, a gravidez do Sev tá chegando num ponto crítico! E o Lupin fez as pazes com o Harry, que legal! Mas... nem tudo são flores...

Nicolle – Ah, Ni, você me conhece bem demais. Tá sentindo que vem coisa, né? Vamos ver o que acontece nestes dois próximos chappies.

Capítulo 19 – Via indireta

Harry se espantou ao ver o Prof. Dumbledore saindo de seus aposentos. O diretor sorriu para o rapaz:

– Boa noite, Harry. Você não deveria estar com seus amigos?

– Hermione adiou a revisão dos NEWTs de História da Magia para amanhã. Eu não deveria estar aqui?

– Bobagem, claro que não. Severus e eu já terminamos.

– Aconteceu alguma coisa?

– Temo que sim, Harry. – A expressão de Dumbledore tornou-se pesada e grave. – Houve um ataque num jardim de infância Muggle. Eles usaram Dementors.

Harry sentiu seu coração se afundar.

– Oh, não. Dementors em crianças. Os Muggles sabem disso?

– Autoridades do Ministério da Magia mandaram esquadrões de obliviadores para ajudar os casos mais graves. Aparentemente, nenhuma criança foi beijada.

– Pelo menos isso. Voldemort não costuma usar Dementors, costuma?

– Não, porque eles são muito conspícuos, mesmo que os Muggles não possam vê-los. Bom, acho que vou me recolher agora, Harry. Tenha uma boa-noite.

– Sim, diretor, boa-noite.

Harry entrou nos aposentos, preocupado. Severus estava sentado no sofá, com as pernas apoiadas numa almofada. Ele também tinha uma expressão grave.

– Harry?

– Olá, Severus.

– Você chegou antes do que eu imaginava. Pensei que você e seus amigos fossem estudar até bem tarde.

– Hermione tinha outros planos. Eu encontrei com o diretor saindo daqui.

– Oh, sim. Ele quis me deixar a par das notícias da Ordem. – Severus apertou os lábios. – As coisas não estão boas.

– Ele me falou sobre os Dementors atacando criancinhas de jardim de infância. Que horror!

– Realmente, foi horrível. Dementors têm grande efeito sobre crianças e Muggles.

– Dementors afetam todo mundo, Severus.

– Não a mim.

Harry arregalou os olhos:

– Como é que é? O que você disse?

– Dementors não me afetam. Aliás, eu nunca soube lançar um Feitiço Patronus.

– Está brincando! Como isso é possível?

– Harry, pense um pouco. Dementors sugam a felicidade de uma pessoa. Eu nunca tive pensamentos felizes, memórias felizes, nem nada desse tipo. Por isso não consigo lançar um Patronus. É preciso ter um pensamento feliz, e eu não tenho nenhum. – Ele dizia isso de maneira tão casual, como se fosse a coisa mais natural do mundo. – Em compensação, eles não têm o que sugar de mim. É uma troca justa.

– Severus... – Harry estava tão mortificado. – Por favor, não fale assim. Não acha que isso mudou agora?

– Como assim?

– Nós dois, Severus. Certamente você deve ter memórias felizes de nós dois. Ou do verão que passamos juntos...

Severus ergueu uma sobrancelha:

– Hum. Você pode ter razão.

– E agora você precisa se proteger. Precisamos treinar o Feitiço Patronus.

– Acha que isso será necessário?

– Voldemort está usando Dementors nos ataques, e não vai hesitar em soltar alguns para cima de você, se quiser. É preciso estar preparado. Eu posso ajudá-lo.

– Eu sei. – Severus deu um sorrisinho. – Lucius costuma chamá-lo de Patrono Potter.

– Meu Patronus é um veado.

– Foi o que eu ouvi falar. – Severus olhou para a lareira, subitamente calado. – Eu... poderia ter evitado. O ataque ao jardim de infância, quero dizer.

– Você? Como?

– Se eu estivesse espionando... eu teria avisado do ataque às crianças. Isso não teria acontecido.

– Severus, pare agora mesmo. Isso não é culpa sua. E mesmo que você soubesse, nada garante que você poderia mesmo ter impedido esse ataque. Quantas vezes antes Voldemort lançou ataques sem que você soubesse?

– Eu sei, mas...

– Além do mais, você não tem nada que se envolver com a Ordem no seu estado. Do jeito que está, não pode fazer nada. Portanto pare de se torturar dizendo o que teria ou não acontecido se você estivesse na ativa.

Relutantemente, Severus baixou a cabeça e assentiu, sem encará-lo. Harry provavelmente tinha razão. Droga, o garoto cuidava dele como um profissional. Desde quando ele tinha se tornado tão transparente?

– Severus? – Harry estava ajoelhado ao lado do sofá, encarando-o com os olhos verdes brilhando. – Tudo bem?

– Sim, eu... Acho que estou bem, sim. Talvez seja melhor eu me deitar agora.

Harry o ajudou a ficar de pé, dizendo:

– Vou em seguida. Você está bem? Não está cansado?

– Não, só estou... pesado. Poderia me levar alguns travesseiros extras? Acho que vou ter que dormir sentado de novo.

– Mas Sev, você precisa dormir direito.

– Não é que eu não queira dormir – rosnou Severus. – Eu só não tenho posição. Se eu me deitar, a barriga pesa. De lado, a mesma coisa. A circulação está péssima e piorando a cada dia. Não sei mais o que fazer. E não me chame de Sev.

– Hum, então talvez seja preciso lançar mão de outros métodos para assegurar que você tenha um sono tranqüilo e reparador – Harry tinha um sorriso maroto. – Acho que estou me sentindo... criativo. Aliás, bem criativo.

O tom na voz de Harry não deixou dúvidas do que ele pretendia. Severus pôde sentir um friozinho na barriga, mas sabia que o interesse não seria o suficiente para manter uma ereção ou satisfazer o marido. Ele abaixou a cabeça, frustrado.

– Severus, o que foi?

– Nada, eu... Não quero decepcioná-lo. Não quero frustrá-lo. Digo, sexualmente.

Harry o ajudou a se levantar e levou-o até o quarto.

– Não se preocupe com isso, querido – Ajudou-o a se sentar na cama. – Eu só quero tocar você. Posso?

Severus estremeceu. O toque de Harry o deixava extremamente satisfeito, e também o excitava, num nível muito mais profundo do que mera excitação sexual. Era uma comunhão.

– Por favor, Harry. – A voz dele soou ligeiramente enrouquecida.

Harry aumentou o fogo da lareira de tal maneira que o quarto de dormir ficou quase tão quente quanto uma sauna. Era o ambiente ideal para ele retirar toda a roupa de Severus, beijando as grandes expansões de pele muito alva que ficaram à mostra. Severus suspirava diante dos carinhos, e Harry passou os lábios em seus ombros.

– Você é tão lindo...

Severus não acreditava naquilo, mas mesmo assim as palavras de Harry o fizeram estremecer ligeiramente. E as mãos dele em sua pele o deixavam tão absurdamente contente. Como ele precisava daquele toque... Naturalmente, ele retribuía o toque, um pouco desajeitado por causa do grande volume de sua barriga. Harry começou a respirar profundamente, arfando em desejo.

– Oh, Severus... Por favor...

Os longos dedos se fecharam em volta do membro ereto de Harry e o rapaz prendeu a respiração, sentindo um arrepio percorrer-lhe o corpo. Então Severus sussurrou-lhe no ouvido, com a voz ainda mais rouca:

– Gosta disso, Harry?

– Ai... – Harry revirou os olhos de prazer, os quadris se mexendo contra os dedos de Severus. – Acho que... vou gozar só de ouvir sua voz... O som dela... me excita...

– E se eu fizer... assim? – Ele começou a deslizar sua mão no pênis ereto, e Harry gemeu de prazer. – Vai gozar também?

– Sev...erus... – Ele respirava em golfadas. – Muito... Oh...!

Com a outra mão, Severus também massageou-lhe os testículos, e Harry se mexia freneticamente, buscando o completamento. Em poucos minutos, ele se retesou, prendendo a respiração, e Severus soube que ele tinha chegado ao clímax. Eles se abraçaram, aninhando-se enquanto Harry recuperava o fôlego. Só depois de alguns minutos o garoto se deu conta, curioso e abismado:

– Severus, eu gozei, mas não ejaculei.

– Eu percebi. Parabéns, Harry. Só umas poucas pessoas conseguem esse tipo de controle.

– Er... Eu não controlei nada.

– Impressionante – Severus ergueu uma sobrancelha. – Você ainda está ereto.

Harry passou a mordiscar o lóbulo da orelha de Severus:

– Muito conveniente. Sabe por quê? Porque eu quero você. Quero entrar em você. Parece que não consigo ter o suficiente de você. Quero sentir você... Posso?

Severus estremeceu, excitado. Era impressionante que ele não ficasse duro com tudo que Harry o fazia sentir. Só culpa dos hormônios mesmo...

Com toques amorosos, Harry o preparou para recebê-lo dentro de si. A posição é que foi meio complicada, com a barriga limitando suas opções. Mas os dois conseguiram ficar confortáveis quando Harry se sentou na cama e Severus sentou-se em seu colo, de costas para ele, empalando-se em seu pênis ainda ereto. O rapaz gemeu alto ao sentir o corpo de Severus recebendo-o, a abertura apertada tão convidativa...

– Estou pesado?

– Oh, Severus... Está perfeito... Tão bom...

– Você também... Harry...

– Não precisa se mexer... Deixe que eu faço tudo...

Ainda bem, pensou Severus, porque ele achava que não iria conseguir se movimentar muito, com aquela barriga.

– Só me avise se eu o machucar.

Machucar? Severus estava nas nuvens, esquecendo-se até dos desconfortos da gravidez ao sentir seu marido estocando-o fundo, unindo-se a ele. O estímulo em sua próstata o fez arriscar-se a mexer-se também, e Harry gemeu alto, apertando-se mais ainda contra o corpo de Severus.

Os dois se perderam em sensações, um conectado no outro. Severus sequer se deu conta de que Harry esticara a mão para estimular seu pênis, que conseguira ficar semi-ereto. O toque de Harry, os gemidos dele, seus próprios gemidos, tudo contribuía para um clímax que Severus não imaginou sentir.

Mas sentiu. Ele gozou de uma maneira tranqüila, doce e mansa, um desfrute sereno do prazer de seu corpo, trazido pelo toque de seu marido. E Harry também, desta vez inundando-o com sua semente. Os dois desabaram na cama, ofegantes, exaustos, completos, saciados.

Daquela noite em diante, Severus dormia com o toque de Harry em sua pele nua, os dois abraçados, sob uma multidão de travesseiros.