Esse cap contem lemon, caso não goste, volte daqui.


– Eu quero você, Duo...quero fazer amor...e nada pode refrear isso agora.

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Era loucura...todo aquele fogo era loucura. Parecia que eu explodir se não o tocasse, se não reivindicasse aquele corpo e aquela boca para mim.

Um suspiro escapou dos lábios vermelhos quando lhe disse que não poderia mais parar. Ele estava satisfeito, feliz até.Me amava. E foi essa constatação que me refreou um pouco.

Era uma montanha russa...desde que Duo entrara naquele quarto, eu viajava numa maldita montanha russa, alternando entre o carinho, a paixão, o descontrole, a confusão...só ele provocava aquelas sensações.

Mas eu precisava me controlar, precisava me decidir sobre qual caminho seguir. Eu poderia toma-lo com paixão, marcando-o indubitavelmente como meu. Ou poderia ama-lo, devagar...com carinho.

Seus imensos olhos violetas piscaram, parecendo levemente curiosos. Eu sorri acariciando seu rosto. Não...eu nunca poderia toma-lo de forma bruta, jamais deixaria o desejo falar mais alto.

Minha mão correu por sua barriga, brincando distraidamente com seu umbigo. Ri quando ele arregalou os olhos, sentindo meus dedos viajarem mais para baixo, querendo tocar sua ereção.

– Posso te tocar assim? – Minha mão ignorou seu membro e desceu para a parte interna de suas coxas.

Ele assentiu de forma veemente, mas involuntariamente fechou as penas. Eu ri abertamente, vendo suas bochechas adquirirem um tom adoravelmente escarlate.

– Hee... – Sorri com o apelido carinhoso. – Eu...nunca fiz isso. – Assenti, já esperando por aquilo.

– Vou ser carinhoso, meu anjo. – Seus dedos encontraram o botão da minha calça, abrindo-o.

– Eu sei. – Seu sorriso era tão...aberto que quase me cegou.

Eu já não sabia mais qual impulso me movia. Se era carinho, amor ou algo diferente.

Com cuidado segurei sua mão, tirando-a da minha calça. Sorrindo, me livrei de toda minha roupa, vendo-o arregalar os olhos e corar absurdamente. Ele era tão...adoravelmente inocente.

O fiz abrir as pernas e toquei levemente sua virilha, mas prendi a respiração quando ele se sentou sobre minhas coxas, me encarando. Tentei falar algo, mas ele me impediu.

– Sem palavras...vivemos longos meses sem elas. – Assenti. – Só...me toque e me deixe te tocar. – Então ele se deitou sobre mim, me beijando de forma doce.

Nossas ereções se encontraram e eu descobri o quão deliciosa era a sensação do peso de seu membro sobre o meu. Segurei sua cintura, puxando-o contra mim. Ele gemeu, apertando firmemente meus ombros.

Minha cabeça girava e meu coração batia de forma descompassada. Duo...ele me fazia sentir tudo de forma mais intensa.

Seus lábios viajaram por meu pescoço, arrancando gemidos de meus lábios. Não tão altos quanto os deles, mas foram o bastante para que ele próprio gemesse, satisfeito com seu efeito sobre mim.

Repentinamente ele parou as carícias e segurou minhas mãos, levando-as até suas nádegas. Me assustei, mas logo sua língua estava em minha orelha, me incitando a continuar.

– Me toque. – Ele sussurrou e meu sangue ferveu em minhas veias.

Apertei a carne macia de sua nádegas, seguro que tinha deixado as marcas dos meus dedos. Eu não queria machuca-lo, mas...era intenso demais.

Seu corpo passou a se mover sobre o meu, fazendo nossos membros roçarem um no outro, arrancando gemidos e pequenos suspiros de nós dois.

O controle se esvaiu e eu só conseguia pensar em possui-lo. Fazê-lo somente meu. Era um erro, eu sabia. Duo me amava, me queria para muito mais que uma simples noite, estava escrito em seus olhos claramente a intensidade de seus sentimentos. Mas...eu não queria pensar sobre aquilo, o que vi em seu olhar me assustou, era forte demais.

– Faça...faça amor comigo agora, Heero.

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Eu não queria pensar, queria apenas sentir. Passei os últimos meses cego àqueles sentimentos e quando os descobri queria senti-los inteiramente.

Não queria mais toques, só o queria dentro de mim, me dando plena certeza que não era um sonho ou delírio da minha mente doentia.

Sentindo meu rosto esquentar, abri a gaveta da cômoda e peguei um pequeno frasco, entregando-o a Heero em seguida. Ele me afastou, me olhando de forma a ler minha alma. Eu apenas sorri docemente, lhe dando a certeza de que era aquilo que eu queria.

– Duo...

– Sem mais toques, Hee...só quero você agora. – Ele respirou fundo e colocou o frasco de óleo de lado, me beijando em seguida.

Com cuidado extremo ele me deitou ao seu lado, sem nunca parar o beijo. Nossas línguas duelavam e eu o senti deitar sobre mim, entre minhas pernas, voltando para aquele lugar que parecia tão seu.

– Não vou te machucar. – Eu sorri com toda aquela preocupação.

Eu sabia que não, eu sabia que ele estava no controle de si mesmo. Heero queria me amar, me possuir com carinho, quem sabe se houvesse uma outra vez as coisas poderiam ser diferentes.

Se houvesse.

Ele se sentou sobre os tornozelos e colocou minhas pernas em volta de sua cintura. Eu tremi, me sentindo extremamente exposto naquela posição.

Heero olhava para a parte inferior do meu corpo, parecendo fascinado com o que via. Eu sorri, ignorando o rubor em minhas faces e peguei o frasco, colocando certa quantidade em meus dedos. Ele me olhou de forma interrogativa, mas eu apenas lhe entreguei o óleo.

– Posso...tocar você? – Perguntei, timidamente, ameaçando tocar sua ereção.

– Deus, Duo...sim...pode... – Me sentei em sua frente, buscando seus lábios.

Ele gemeu quando meus dedos melados tocaram a ponta de sua ereção e só então eu percebi que era a primeira vez que nos tocávamos em uma parte tão íntima.

Sua respiração ficou mais rápida a medida que meus toques avançavam. Eu sentia aquela dureza sedosa entre meus dedos, adorando os sons que saiam de seus lábios. Ele jogou a cabeça para trás, no momento que eu apertei sua ereção de forma mais forte. Era fascinante conseguir arrancar aquelas reações, eu nunca imaginei que Heero seria tão sensível aos meus toques.

Eu jamais havia tocado outro alguém daquela forma e soube naquele momento que nunca o faria se esse alguém não fosse Heero. A minha entrega só acontecia por causa dele.

– Chega...anjo...pare agora. – Ergui meus olhos, vendo-o arfar e morder os lábios.

Assenti e voltei a me deitar na cama, com as pernas obscenamente abertas. Ele levou a mão a própria ereção e acariciou calmamente. Eu prendi o ar, sentindo meu pênis pulsar com aquela visão.

Ele respirou fundo e abandonou o membro, pegando o frasco e derramando uma grande quantidade nos dedos. Meu coração disparou com a perspectiva, mas tentei aparentar calma. A última coisa que eu precisava era começar a tremer.

Com cuidado exacerbado ele voltou a se deitar sobre mim, mas mantendo seu quadril um pouco afastado do meu.

– Me diga se quiser que eu pare, meu anjo. – Assenti, sorrindo.

Eu seria definitivamente dele. Ele me possuiria e eu poderia levar aquela lembrança para sempre comigo.

Seus dedos ligeiramente gelados tocaram minha entrada e eu não pude me impedir de tremer um pouco.

Eu não estava com medo...só estava ansioso. Jamais havia pensado que um dia estaria na cama com Heero, fazendo amor.

Eu não queria pensar se era a última vez, se era a única vez.

Eu queria senti-lo em mim e só isso importava.

(¯·..·¯·..·¯)

Era difícil saber quem estava mais entregue aquelas sensações. Duo respirava pesadamente, provavelmente tentando controlar o medo da dor, que certamente viria. E eu...eu tentava pensar se tudo aquilo era mesmo certo.

E pensar foi meu maior erro. Por um instante Duo percebeu que eu vacilava e se encolheu, pensando estar sendo rejeitado.

Não...eu não poderia rejeitar todo aquele sentimento que ele me oferecia tão abertamente.

Com cuidado penetrei um dedo em seu corpo e...céus! Era...quente, apertado, macio...eu não sabia se agüentaria um só minuto dentro daquele canal.

– Tudo bem, meu anjinho? – Ele apertou os olhos, mas assentiu. – Certeza? – Depositei um beijo em seu pescoço, sentindo-o estremecer.

Movi meu dedo calmamente, preparando-o para mim. Ele tremia e arfava, dividido entre o prazer e a dor. Quando o segundo dedo foi acrescido ele gritou, cravando as unhas nas minhas costas.

– Anjo...meu anjinho...o que foi? – Perguntei, preocupado.

– Intenso...forte demais, Hee...to pegando fogo. – Sorri abertamente, beijando os lábios que estavam deliciosamente inchados.

O acariciei por dentro, acrescentando outro dedo, vendo-o arquear as costas e se empurrar contra minha mão, parecendo desesperado por mais contato.

Seus gestos eram tão...naturais. Nada de coisas premeditadas...ele apenas reagia quando eu o tocava...gemidos doces e movimentos tão completamente naturais que me deixaram fascinado.

– Acha que já está pronto, meu anjo? – Perguntei suavemente, enquanto meu corpo implorava pela resposta afirmativa.

– Oh...sim, por favor...eu preciso de você. – Sufoquei um gemido satisfeito quando retirei os dedos de seu interior.

Abri mais amplamente suas pernas, encaixando meu membro em sua entrada. Duo estremeceu ligeiramente, se agarrando a mim.

Tirei uma de suas mãos de minhas costas e entrelacei nossos dedos. A outra mão guiou meu membro, enquanto eu pressionava meu corpo contra o dele.

– Hee...Heero... – Sua respiração tornou-se extremamente entrecortada.

Forcei um pouco meu membro contra sua entrada, dando tempo para o óleo ajuda-lo a não sentir tanta dor. Sua mão esmagava a minha, enquanto a outra estava cravada em minhas costas. Quando venci a primeira barreira imposta por seu corpo, gemi roucamente.

Estava doendo, eu podia ver a dor dançando em suas íris violetas, mas em momento nenhum ele recuou e permitiu que eu o tomasse completamente.

E assim, com calma e cuidado, invadi seu corpo, sempre atento às sensações e reações dele. Quando me senti completamente envolto naquele calor irreal, gemi alto, buscando os lábios de Duo em seguida.

Céus! Aquilo não podia ser real. Duo não podia ser real.

Era...quente e extremamente apertado. Eu podia sentir meu sangue correndo mais rapidamente por minhas veias, fazendo minha ereção pulsar dentro do corpo de Duo.

– Duo...por Deus...isso é... – Me pedi nas sensações.

Fiquei saboreando a sensação, alheio a Duo que passou a tremer sob meu corpo. Quando me dei conta, algumas lágrimas escorriam por seu rosto.

Assustado, tentei sair de dentro de seu corpo, seguro que o tinha machucado. Meu coração pareceu se partir em mil pedacinhos, mas Duo enlaçou minha cintura com suas pernas e não me permitiu sair.

– Eu...machuquei você... – Senti meus olhos arderem e escondi o rosto em seu pescoço.

– Shh. – Suas mãos acariciaram minhas costas. – Não...só me diga, Heero...é apenas prazer? Tesão? – Me afastei bruscamente, apoiando as mãos ao lado de sua cabeça. – Sexo?

– Nunca! – Rocei meu nariz no dele. – Jamais, meu anjo...jamais. – Ele suspirou, mas não pareceu convencido.

– Tudo bem, eu...não queria te cobrar nada. – Sua voz saiu fraca, quase quebradiça. Respirei fundo, tomando uma decisão.

Eu não esperava fazer amor com ele e no dia seguinte tudo voltar a ser como antes, mas...eu não sabia o que fazer. Eu gostava muito de Duo, mas mesmo estando ali, dentro de seu corpo, era estranho vê-lo de uma forma diferente de um filho ou irmão.

Céus! Era bizarro pensar naquelas coisas com aquele corpo quente sob o meu! Mas era inevitável, eu tinha que pensar naquilo para tomar uma decisão.

– Meu anjo, tudo que eu lhe der é porque quero dar. – Ele arregalou aqueles belos olhos violetas. – Eu te quero aqui comigo, na minha cama, na nossa casa...na minha vida. Sempre.

(¯·..·¯·..·¯)

Sempre.

Era tão forte, tão...definitivo.

Talvez Heero tivesse dito no calor do momento. Talvez ele realmente quisesse ficar comigo. Na verdade eu não devia ter entendido bem, talvez eu quem estivesse tão fascinado pelo momento que fantasiei aquelas palavras.

– Oh...Heero... – Suspirei, abraçando-o forte, escondendo meu rosto em seu pescoço.

A dor era algo que passava quase despercebido. Claro que meu corpo protestava por causa da invasão dolorida, mas eu não dei importância, estava mais preocupado em sentir Heero, seu corpo sobre mim.

– Deus...Duo...tudo bem? – Seus olhos preocupados encontraram os meus. – Está doendo muito? Eu lhe machu... – Pousei um dedo sobre seus lábios, adorando toda aquela preocupação.

– Se mova pra mim, amor... – Arregalei os olhos quando a palavra deixou minha boca, mas Heero apenas sorriu.

Ele saiu parcialmente do meu corpo, me deixando sentir seu membro deslizando lentamente e só então percebi a profundidade de nossa ligação. Heero estava dentro de mim.

Era o óbvio, o lógico, mas...era tão...intenso pra mim. Ele estava me completando, compartilhando algo tão...íntimo. Algo que nem eu mesmo sabia o quanto queria, até aquele momento.

Arqueei as costas quando ele se afundou mais em mim, tocando em algum ponto que fez um flash de luzes coloridas explodir diante dos meus olhos.

A primeira estocada me lançou em algum alguma dimensão paralela e a única coisa que me conectava com o mundo real eram os gemidos de Heero em meu ouvido. Sua voz rouca e grave me trouxe novamente para a realidade para, em seguida, seu corpo me fazer delirar de novo e de novo, a cada investida.

Suas mãos se entrelaçaram nas minhas e nossas bocas se buscaram. Por vários instantes éramos um só. Não posso dizer que o prazer que sentia a cada vez que ele me invadia tivesse sido esquecido, mas estranhamente a sensação mais gostosa era a de estar com ele.

– Você é tão...quente, meu anjo...tão deliciosamente apertado. – Sorri, espalmando as mãos em seus ombros, empurrando-o levemente.

Encarei seus olhos por vários instantes, me perdendo completamente. Ele era tudo que eu desejava, tudo que eu precisava para sorrir. Tudo que eu queria para...ser feliz.

Apertei minhas pernas em volta de sua cintura, incitando-o a continuar com o ato. Eu queria me sentir completo, queria confirmar que pertencia somente a ele e a mais ninguém. Embora eu já soubesse...queria provar a ele, demonstrar a extensão dos meus sentimentos.

Eu sentia seu membro deslizando dentro do meu corpo, com uma lentidão agonizante. Sua boca colou-se novamente a minha, como se não tivesse outro caminho ou outra escolha. Nossos corpos e línguas seguiam o ritmo daquela dança cadenciada, tão antiga e tão prazerosa.

Céus! Eu jamais poderia me entregar assim a ninguém. Era Heero...sempre foi, desde o início, desde que nos encontramos naquela noite fria. Era ele quem eu amava, foi por ele que eu tentara esquecer minha tragédia. Foi tão somente por ele que eu voltei a sorrir.

Aquele sentimento que eu descobrira a pouco me tomou novamente. Uma onda quente e aconchegante. Me agarrei a Heero, mas não o deixei perceber o que se passava em minha mente...e meu coração. O prazer era muito para eu desperdiçar me lamentando porque não era amado da forma que amava. Haveriam dias e dias para isso depois.

– Anjo...eu...preciso de mais...por favor... – Sua voz sufocada, fez todos os pêlos do meu corpo se arrepiarem.

– Eu sou seu, amor...faça o que quiser. – O som que saiu de seus lábios foi...extremamente excitante.

Seus dedos se soltaram dos meus, enquanto ele se sentava sobre os tornozelos. Gemi insatisfeito quando seu membro deslizou para fora do meu corpo, mas logo suas mãos fortes me levavam para sentar em seu colo.

Fui preenchido novamente e tudo que pude fazer foi gemer e ofegar, sentindo cada centímetro de sua ereção dentro de mim. Era inebriante, mas eu precisava acabar logo com aquilo. Meu membro estava tão rijo que doía.

Heero me trazia sensações extremamente adversas. Meu corpo queimava, implorando por mais, em um turbilhão descontrolado de prazer, mas meu coração...meu coração planava, satisfeito com minha entrega e os carinhos que eu recebia.

– Mova-se pra mim, meu anjo...nos dê prazer. – Encarei seus olhos febris e percebi que eram o reflexo dos meus.

Não que impulso me moveu, só sei que meu corpo encontrou seu próprio ritmo e me vi cavalgando sobre o colo de Heero, minhas mãos cravadas em seus ombros e seus dedos em minha cintura.

E nós dois mergulhamos de cabeça naquelas sensações.

Sem ontem.

Sem amanhã.

(¯·..·¯·..·¯)

Meus lábios provavelmente já estavam feridos. Eu tentava sufocar os gemidos, tentava esconder o prazer que o corpo dele me provocava. Parecia...era como um...pecado.

Duo era uma criança...menor de idade...

– Oh...Hee...tão bom...

E deliciosamente apertado.

Envolvi sua ereção com minha mão, espalhando a umidade que já havia ali. Ele gemeu, sua cabeça foi lançada pra trás e eu perdi toda e qualquer sanidade.

Ele não era uma criança. Era um homem...um homem que se entregava a mim daquela forma tão apaixonada, tão completa e sem medos.

O ritmo tornou-se mais intenso, os movimentos de Duo davam o que nossos corpos precisavam. Quanto aos nossos corações...esses teriam que esperar um pouco.

Meu corpo tremeu de forma quase irreal quando senti os músculos em torno de minha ereção se fecharem, me carregando para algum lugar onde só haviam luzes coloridas e piscantes.

Duo nunca havia feito aquilo, mas sabia bem como conduzir as coisas. Seus movimentos inocentemente sensuais me deixavam a beira de outro precipício, só que dessa vez bem mais perigoso, mas a queda era inevitável e por mais que eu tentasse me refrear, me segurando ao máximo para não explodir e me render àquelas sensações eu sabia...eu sabia que cairia e então...não haveria mais volta.

Manipulei seu membro mais vigorosamente, bebendo os gemidos que escapavam daqueles lábios vermelhos. E, por Deus, como pensei que aquilo era um sonho.

Uma de minhas mãos viajou até seu pescoço, puxando-o para perto. Eu já não conseguia mais me segurar, era...intenso demais. Meus dedos se afundaram na sua nuca e meus olhos vasculharam seu rosto, fascinados pela expressão de puro prazer.

Seus olhos violetas brilhavam de uma forma quase feroz e eu podia sentir parte dessa ferocidade ser descontada em meus ombros, com seus dedos cravados neles. Mas a dor pouco me importava, estava mais preocupado em dar-lhe prazer.

– Oh...anjo, não se segure mais...venha comigo. – Pedi, forçando meus quadris pra cima, arrancando um olhar surpreso e um gemido excitante.

E ele veio...se perdeu em algum lugar distante, cerrando firmemente seus olhos. Senti seu sêmen explodir por entre o círculo dos meus dedos, molhando nossos corpos.

Os sons, a expressão, os lábios entreabertos...tudo nele contribuiu para minha queda. Que foi muito, mais muito prazerosa.

Explodi em seu interior, perdendo a noção de tudo que estava em minha volta. Por instantes, só o que senti foi o calor do corpo de Duo, que acomodava meu membro, já satisfeito.

Caí, exausto na cama, trazendo-o junto.

Ainda embevecido pelo prazer, que nunca imaginei que Duo pudesse me proporcionar, não pensei em toda a situação e na verdade nem queria pensar.

Ele se afastou, ficando de costas para mim. Meu coração perdeu uma batida, mas eu sorri, me aproximando carinhosamente de seu corpo, abraçando-o.

– Tudo bem, meu anjinho? – Indaguei docemente, acariciando sua nádegas. – Eu...lhe machuquei? – Encaixei nossos corpos, satisfeito com o calor que só Duo irradiava.

Nenhuma resposta. Assustado, passei por cima de seu corpo, deitando de frente pra ele. Toquei seu rosto, esperando sentir algo molhado, mas me enganei. Nenhuma lágrima, mas seus olhos estavam chorosos, medrosos até.

– O que há, Duo? – Ele negou com a cabeça, tentando sorrir. – Vamos, meu anjo, me diz? Está arrependido do que fizemos? – Sua negativa foi efusiva e eu me permitir sorrir, trazendo-o para apoiar a cabeça em meu peito.

– Hee...o que fizemos aqui? – Estremeci e ele notou, pois logo se afastou.

– Fizemos... – Me aproximei, sentando-me atrás dele, envolvendo-o com meus braços. – Fizemos amor...somente isso.

– Não foi sexo? – Sua voz soou quase infantil e me senti um terrível pervertido.

– Não, meu bem. – O apertei ainda mais em meus braços. – Nunca seria sexo com você. – Ouvi o som de sua risada baixinha e senti como se tirassem toneladas dos meus ombros. – Quer dormir um pouco?

– Claro, amor. – Enrijeci. – Oh...desculpe, Heero...desculpe. – Ele se virou, encarando meus olhos e eu me senti derreter.

– Não peça desculpas, sim? Vamos dormir um pouco, amanhã será um dia... – Hesitei. – Será um outro dia. – Ele assentiu e, juntos, nos deitamos.

Ficamos ali, um mergulhado no calor do corpo do outro e quando julguei que Duo estivesse dormindo, me permiti olha-lo abertamente. Não como antes, tentei vê-lo como um homem, um homem que me amava e me queria apesar de tudo que havia acontecido.

Mas não consegui e, apavorado, constatei que nunca conseguiria ver Duo diferente de um irmão ou um filho.

– Obrigado, amor...obrigado por me dar essas lembranças. – Ele sussurrou, voltando a dormir em seguida, com o rosto afundado em meu peito e o braço em volta de mim.

Meus olhos se encheram d'água e o pensamento que cortou minha mente me fez derramar incontáveis lágrimas.

Estava arrependido.

Continua...


Bem, pessoas...espero que tenham gostado desse cap!

A Serennity Le Fay, BelaYoukai, Litha-chan, Darksoul, e Anna Malfoy, deixo meu muito obrigada!

Jo-kun, te adoro viu? Juuuuuuuuu, vc é muito muito fofa!Titia Lien, fikei muito feliz com seu comentário! E sim...foi influência da família!

E lembrem-se: quando mais reviews, mais rápido vem o próximo cap.

Bjus!