Disclaimer Nada é meu, exceto o que não é da excelentíssima Rowling. Fic original em espanhol por Hermione-weasley86

Chapter 3: Coruja estúpida

Lily retomou sua estratégia de evitar os marotos e ao NTCMSP. Estas últimas, que não brilhavam como antes de raiva, se esqueceram rapidamente o temo, e passaram para assuntos mais importantes, como preparar a Festa de Halloween início de outubro. A estratégia de Lily incluía também Remus, que tinha tentado voltar a falar com ela várias vezes, mas a ruiva sempre fugia. Mas, em uma sexta-feira de outubro, passou o inevitável.

- Como eu quero que a lua cheia chegue rápido! – suspirou Sirius despreocupadamente enquanto iam jantar no Salão Principal.

- É, isso já ta ficando chato. – bocejou James – Quanto tempo faz que não fazemos nada aos sonserinos?

- Não sei... – murmurou Peter – Duas horas?

- Tempo demais – decidiram James e Sirius.

Remus estava alheio a conversa, estava olhando certa ruiva que empilhava umas caixas negras no fim do corredor. Seus amigos se deram conta e olharam estranhados para ele enquanto ele ia à direção dela.

- Olá.
Lily se assustou um pouco e olhou para a direita e para a esquerda: estupendo, sozinha em um corredor com os quatro marotos. Preferia enfiar o dedo no olho de um dragão.

- Temos que conversar – sussurrou Remus, para que seus amigos não ouvissem. Lily levantou uma sobrancelha. E Remus se dirigiu aos amigos – Tinha esquecido, a professora Sinistra pediu que eu ajudasse Evans a carregar as lentes novas dos telescópios até sua sala. Vejo vocês mais tarde.
Os três afirmaram de modo de despedida, mas a ruiva surpreendeu a todos.

- Não.

- Como não? – perguntou Remus, achando muito estranho.

- Eu posso levar as lentes - que na realidade eram ingredientes para poções – sozinha. Não precisa se incomodar.

- Quero falar com você – voltou a murmurar o garoto

- Eu não quero falar com ninguém que inventa desculpas porque tem vergonha de mim – murmurou ela também.

- Vamos, Remus. Edgray pode levar as caixas sozinha – apressou-lhe James.

- Eu me chamo Evans!! E-V-A-N-S! Se você não consegue decorar uma merda de sobrenome de cinco letras, simplesmente me ignore! – gritou Lily.

- Pra mim tanto faz como você chama! – gritou James

- E pra mim tanto faz se você se acha legal!

- E pra mim tanto faz que você seja muito chata!

- Ta, ta! – parou a briga Remus – Nós captamos a essência do assunto: Tanto faz pra vocês.
Lily cruzou os braços contrariada, e James olhou pra ela com desprezo.

- Então, vamos? – perguntou Sirius, impaciente.

- Vão indo – respondeu Remus

- Edges pode levar isso sozinha – falou James
No exato momento em que Lily ia gritar pra que James comprasse uma memória, Remus tapou a boca dela.

- Quero falar com ela. Ela é minha amiga.
Seus três amigos adquiriram cara de desentendimento, e Lily se surpreendeu.

- Sua amiga? – perguntou Peter

- Sim, uma das minhas melhores amigas – respondeu Lupin – já era hora de vocês saberem.
E pegou umas das tantas caixas que Lily tinha que levar. A garota fez a mesma coisa e eles foram pelo corredor.

- Lily, eu só queria...

- Não precisa. – interrompeu a ruiva

- Sim, eu queria

- De verdade, não precisa – depois de uns segundos em silêncio, Lily começou a rir – Não sabia que você era tão fofo. Sim, umas das minhas melhores amigas. Já era hora de vocês saberem
Remus olhou pra ela entre divertido e furioso.

- Não era o que você queria, Edgray?

- Há, há – imitou sarcasticamente – diga, Potter não tem mais que um neurônio ou é só aparência?

- É uma boa pessoa – começou Remus – os três são. Já me ajudaram e ainda me ajudam muito.
Lily só afirmou. Seguiram conversando e ambos se alegraram que as coisas voltassem a ser como antes. Depois de ordenas todas as caixas, Lupin foi até o Salão Principal e Lily de despediu dele, tinha combinado de ir at a Torre da Grifinória para descer pra jantar com Ártemis.
Chegou ao Salão Comunal e se sentou perto da lareira para esperar o amigo, enquanto isso folheava uma revista. Em poucos segundos, ouviu um ruído que vinha de uma das janelas. Aproximou-se dos vitrais para ver o que se passava lá fora. Era Betty, sua coruja. Um passarinho estúpido cujo ego era comparável ao de Potter e Black juntos.
Lily abriu a janela e a presumida coruja de penas azuladas entrou fazendo
uma algazarra.

- Deixa de fazer besteira, Betty, e dá logo o que tem pra me dar – disse Lily, cansada
Mas Betty se empinou e ficou tensa sem nenhuma intenção visível de entregar algo à sua dona. Deu leves pios com a garganta.

- Não é momento pra choradeira – Lily começou a perder a paciência e esticou a mão até a coruja, que saiu voando – Passarinho demoníaco! Dá minha carta! Agora!

- Se você fosse um pouco mais amável com ela...- Ártemis baixava as escadas sorrindo.

- Amável? Se ela der minha carta eu serei amável! Serei tão amável que a comerei com pena e tudo! – Lily tentava em vão pegar a vaidosa coruja – Além de se atrasar, vem aqui em cima e fica com frescura no meio das penas para dar o que tem que me dar. Tonta!
Isso foi demais para o orgulho de Betty, que foi voando até o corujal com a carta de Lily.

- Ahhhh! – gritou Lily – tanto faz, seja o que for, pode esperar até amanhã.
Então, desceu com Ártemis para jantar.
Quando entraram no Salão Comunal, todo mundo já estava jantando, e iam em direção a mesa da Grifinória para sentar-se com Kate e Elise, quando Dumbledore se levantou de sua cadeira.

- Parabenisemos todos a nova Monitora-Chefe da Grifinória deste ano, juntamente com James Potter – e o Salão havia ficado mudo, mas começaram a aplaudir, mas não sabiam quem.
Lily e Ártemis aplaudiram também, e foram de sentar em seus lugares. Mas Dumbledore voltou a falar.

- Não, não se sente, senhorita Evans, suba aqui um momento para lhe apresentar.
Lily ficou branca e estacada no chão. Ela não podia ser Monitora, tinha recusado, e muito menos Monitora-Chefe. Todo o salão estava olhando a ruiva. Seus amigos pareciam ter desencaixado a mandíbula, e os marotos e o NTCMSP não pareciam muito contentes.

- A senhorita Evans – continuou Dumbledore – recusou ser Monitora há dois anos, mas, em virtude da ida de um dos monitores do Sexto ano até Beauxbatons. Voltei a oferecer o cargo, e fiquei com uma surpresa grata ao não receber sua carta recusando!
Lily então, enxergou a luz. Betty... a carta... Como ia recusar o cargo se o estúpido passarinho não lhe entregou a carta?
Subiu até a mesa dos professores e olhou à massa de alunos. Justamente quando ia recusar o cargo diante de toda a escola, James se levantou.

- Eu não a quero como Monitora-Chefe!

- É, mas você não tem que opinar sobre o assunto – Lily tinha mudado rapidamente de opinião, só pra contrariar ao prepotente Potter – Só quero dizer que me sinto lisonjeada pelo cargo e que exercerei tão bem quanto for possível.
E andou até a mesa com muita dignidade, sem fazer caso aos discretos aplausos que seguiram seu mini-discurso.
James seguia protestando, mas Sirius tapou sua boca enquanto negava com a cabeça.

- Você não nos disse nada – disse Kate, brava, quando Lily se sentou e começou a engolir do seu lado.

- Porque eu não sabia – contestou –A idiota da Betty não me trouxe a carta. Acabei de aceitar só pra irritar Potter.
Elise deu risada.

- Nossa, que Monitores-Chefes desestabilizados que temos esse ano – comentou Ártemis – Aliás, a partir de amanha você vai ser uma pessoa importante, tem certeza que deseja ser vista conosco? – brincou.

- Há, há! Que engraçado.
E seguiu suportando as piadas de seus amigos enquanto jantava duas vezes mais que o normal. Quando estava nervosa, ficava com fome.


As técnicas de Lily para controlar os estudantes desbocados eram, no mínimo, curiosas: Se dois alunos brigavam, os enfeitiçava para que andassem o dia inteiro de mãos dadas. Se faziam feitiços nos corredores, fazia com que a pessoa não largasse a varinha até decorar o Soneto de Camões "Amor é fogo que arde sem se ver, é ferida que dói e não se sente...". Se gritavam nos corredores, fazia com que cantassem todo o dia a musiquinha dos Teletubbies. Enfim, Lily conseguiu o que vários Filchs não conseguiriam: civilização em Hogwarts. O bom era que nunca descontava pontos, já que James o fazia por ela, e ele favorecia claramente os Grifinórios. Lily se converteu, em pouco tempo, em uma pessoa respeitada. A mudança não agradou muito à ruiva, mas valia a pena só pra ver a cara aborrecida de Potter cada vez que a via. Uma tarde, no meio de outubro, Lily entrou no dormitório e caiu em cima de sua cama, e tirava os pesos.

-O que estão fazendo? – perguntou se incorporando lentamente para ver suas duas amigas.

- Nós? Nada – Kate fez cara inocente enquanto escondia algo atrás das costas. Lily levantou uma sobrancelha.

- Sei.

- Como foi o balé hoje, Lily? – perguntou Elise – Você deveria deixar a gente ir ver uma vez.

- É muito chato – contestou Lily. A verdade era que dançar em publico a deixava nervosa. Elise tinha conseguido seu objetivo: desviar de tema.

- Aliás, Lily, amanhã, pela tarde, você vai fazer alguma coisa? – perguntou Kate

Lily revisou sua memória, de noite ia dar uma volta na floresta com Ártemis. Iam sempre, mas na lua cheia era mais divertido, e no dia seguinte era dia de lua cheia.

- Não. Estarei dançando, como sempre. Vocês querem fazer alguma coisa?

Kate e Elise encolheram os ombros.


No dia seguinte, pela tarde, a ruiva dançava na Torre Leste e reflexionava. Kate e Elise estavam estranhas no dia anterior, ficaram cochichando todas as aulas e rindo toda vez que olhavam para ela. Tinha ameaçado Ártemis para que contasse o que se passava, mas ele respondeu que tinha jurado pela sua coleção da "National Geographic" que não ia dizer nada, então, ela seguia dançando uma coreografia do segundo ato do Quebra-nozes e rachando a cabeça tentando descobrir o que se passava.

De repete, Elise entrou na sala correndo.

- Lily! Você não sabe o que aconteceu...! Ah, meu deus! – Elise estava muito nervosa

Lily parou a vitrola e foi correndo até Elise.

- Quê? O que aconteceu? – a rodeava

- Eu não sei o que a Kate tem! Acho que ela está morrendo! Vem, por favor!

- Vamos!

- Não vai se trocar? – perguntou Elise levantou uma sobrancelha. Lily estava com um collant preto de alças finas, meia-calça, sapatilha, e estava com um coque.

- Como você quer que eu me troque se Kate está morrendo? Onde ela está? – perguntou Lily nervosa

- Ah, certo! Vamos, corre! Na sala de Estudo dos Trouxas – mas enquanto Lily saia correndo, Elise aproveitou para pegar sua bolsa, com uns shorts branco que usava às vezes, sabia que Lily ia querer matar-las, mas pelo menos ela teria uns shorts...

Lily corria muito rápido, principalmente porque não estava com 20 quilos de peso, e logo chegou na sala de Estudo dos Trouxas. Abriu a porta violentamente e entrou correndo. Mas... Kate estava sentada, tranqüilamente, com a guitarra apoiada nas pernas... um momento. O que estava acontecendo? O que era esse cochicho de assombro que ouvia à sua esquerda? Oh, não! Todos os alunos do sétimo ano de Estudo dos Trouxas estavam ali, e isso significava que todos os alunos do Sétimo ano, menos Lily e outros três.

- Ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh! – gritou e saiu correndo da sala fechando a porta tão violentamente como havia aberto. Elise chegava correndo pelo corredor com os shorts brancos de Lily na mão.

- Eu te mato! – gritava Lily, vermelha e tremendo.

- Eu te disse para se vestir... – comentou Elise

- Como você queria que eu me vestisse se você disse que Kate estava morrendo?

- Morrendo? – Kate acabava de sair também – nossa, Elise, você exagerou um pouco...

- Foi idéia tua! – se queixou a morena

- É...

- De quem foi a idéia de me deixar ridicularizada diante de todo o alunado da escola? – gritou Lily

- Não de todo, só do Sétimo Ano – murmurou Kate Lily bufou

- Não se irrite – se antecipou Elise – Não queriamos te ridicularizar...

- A gente não sabia que você se vestia de um jeito tão sexy pra dançar – Ártemis também acabava de sair da sala – Eu já disse pra todo mundo que você tem certo medo de entrar em cena

- Você também? – Lily estava começando a realmente ficar irritada

- É que você precisa nos ajudar – finalizou Kate – temos que apresentar um projeto de Estudo dos Trouxas, e pensamos em fazer por música, o fato é que decidimos apresentar duas ou três músicas. Mas precisamos que você cante e toque guitarra.

- E por que não me pediram? – perguntou Lily

- Você aceitaria? – perguntou Ártemis

- Não! - Então, foi por isso.

- Agora, você vai fazer isso pra gente? – perguntou Kate

- Claro que não.

- Então, dará a Potter uma grande satisfação – comentou Elise com voz baixa

Isso pareceu captar a atenção da ruiva, que, tentando soar despreocupada, perguntou:

- Por quê?

- Por que, quando falamos que íamos te buscar para que cantasse, ele disse que um gato se enforcando canta melhor que você.

- Dá esses shorts aqui. Enquanto se vestia, os outros três trocaram sorrisos: tudo havia saído como o planejado


Enquanto isso, todo mundo comentava o acontecido.

- Esa era Lily, Lily? A monitora? – perguntava um assustado Peter – Ela é um avião.

Sirius mexia cabeça de cima para baixo, recordando a garota alta e de corpo esbelto de... maiô?

- Se ela usasse mais vezes o maiô e não usasse roupa de saco de batatas pela escola, teríamos dado conta – comentou

- Do que vocês tão falando? – Tracy estava indignada – Nenhuma garota decente sairia pela escola de maiô, e muito menos com corpete, fica ridículo!

- Cinco anos de Estudo dos Trouxas e vocês não se deram conta que Lily estava como uma bailarina? – perguntou Remus negando com a cabeça – Não era um maiô, nem um corpete. Era um collant.

- Bailarina? – perguntaram todos estranhados – o que Lily temia se realizou, todo mundo sabia que era bailarina

- Talvez seja parte do figurino – Remus encolheu os ombros.

James, por outro lado, estava de boca aberta. Estava concentrado demais no que tinha visto. Essa garota não deixava de surpreende-lo.

Então, a porta abriu e os quatro amigos entraram. Lily evitava olhar para as pessoas, se sentou em seu banquinho e pegou a guitarra de Elise. Não tocava tão bem como ela, mas se garantia. Kate se sentou do seu lado com o baixo e Elise se dirigiu ao piano.

- O que tenho que tocar? – perguntou sussurrando

- Yesterday, dueto comigo – respondeu Kate, e Lily fez uma cara surpresa. Era justamente uma das músicas que mais tocava ultimamente, Kate adivinhou seus pensamentos – Não pensou que a gente fosse te trazer sem ensaiar, né?

Ártemis estava apresentando as meninas, enquanto estas faziam um sonorus pra que todos ouvissem bem.

- As meninas interpretarão duas canções. Para começar, Yesterday, dos Beatles, um conhecido grupo Trouxa.

As três garotas começaram a tocar e cantar. As vozes de Lily e Kate se acoplavam bem e soavam pela sala toda, faziam uma boa dupla, acompanhadas pelo baixo, pela guitarra, e pelo piano.

Os alunos ficaram abobados com a música. Algumas garotas, que escutavam a música pela primeira vez, estavam chorando, inclusive as do NTCMSP tiverem que fazer grande esforço para seguir demonstrando desagrado. Quando acabaram, toda a sala aplaudiu, e as garotas sorriram, acenando ligeiramente com a cabeça.

- E agora? – perguntou Lily desejando acabar - Bem... Flash Dance - Tenho que lembrar de matar vocês quando sair daqui. – disse Lily com os dentes cerrados. Enquanto Ártemis anunciava a segunda canção e Elise "trocava" seu piano por um teclado, e Kate preparou a caixa acústica. Dessa vez o publica se entusiasmou, e os aplausos foram ensurdecedores. Todo mundo gostou da música, até Moniq e Rachel se levantaram para dançar, como outras garotas, o que irritou muito Tracy. As garotas agradeceram enquanto alguns pediam outra canção, mas Lily saiu da sala antes que suas amigas voltassem a fazer uma suja chantagem emocional. Tinha decidido não voltar ao Salão Principal, no mínimo, por um mês. Tudo tinha seu lado positivo, claro: Elise e Kate tiraram um Excepcional com méritos.


Remus ia até a enfermaria, em duas horas já estaria anoitecendo, e tinha que ir à Casa dos Gritos. Quando passou pelo quinto andar, ouviu uma música, a música de um piano... olhou no relógio, faltava ainda bastante tempo. A música vinha da sala de Estudo dos Trouxas. Espiou, e viu Elise perto da janela.

- Não gosto que espiem quando toco, Lupin – murmurou Elise sem se mexer nem deixar de tocar.

Remus se assustou.

- Como você me ouviu?

- Você não é o único com ouvido bom na escola.

Remus se aproximou da garota e ficou atrás dela.

- "Claro de luna"... é uma canção muito bonita.

- É sim – Elise tocou muitas teclas de uma vez e se levantou – mas acho que você não gosta muito da lua...

Remus olhou nos olhos dela, assustado, e ela sorriu.

- Deveria se apressar – murmurou – já está anoitecendo

E saiu da sala rapidamente


- Evans! – Lily virou, tinha decidido ir jantar na cozinha, preferia não ver ninguém.

Era James quem chamava, alguns metros atrás no corredor.

- Você aprendeu meu sobrenome ou escreveu na mão pra não esquecer mais?

- Há, há. Vai jantar?

- Sim, na cozinha.

- Desço com você.

- Por quê?

- Porque eu também vou jantar

- E não pode ir sozinho?

- Prefiro ir contigo.

- Potter, não tente brincar comigo, ou você vai ver só.

- Não se ache importante. Só quero comer.

Lily encolheu os ombros e seguiu seu caminho até a cozinha, com James ao seu lado, quieta. Entraram no amplo ambiente subterrâneo, e agarraram quantidades consideráveis de comida, e se sentaram para devorar.

- Que outros segredos você tem? – perguntou James de repente

Lily olhou pra ele com seus olhos verdes, desafiante.

- Que segredos?

- Já sabe – James rodava o macarrão – você é uma garota forte, cantam toca guitarra, é muito boa em quase todas as aulas... e cada dia parece haver mais que isso.

- Eu te dou medo?

- Você me intriga – respondeu o garoto de cabelos revoltados – achei que sabia tudo, de todo mundo, e você aparece e...

- Você nem sabia que eu existia, Potter. Pode acontecer o mesmo com muitas outras pessoas. James negava com a cabeça.

- Não. Eu pensei nisso, você e suas amigas são as únicas pessoas no castelo inteiro que eu apenas conheço. E não sei por quê.

- Nunca tivemos interesse que você nos conhecesse.

- Como assim? Todo mundo gosta de mim.

- Por isso mesmo. Nós não somos todo mundo, somos simplesmente nós, e gostamos de quem achamos que devemos gostar, quem gosta da gente pelo o que somos, não temos que gostar do Deus do colégio pra ser alguém.

- Você se equivoca, Evans. Eu quero te conhecer.

- Pois eu estou muito bem sem você me conhecer.

- Então será um desafio – os olhos de James brilhavam.

- Que medo – ironizou Lily – não sei o que sua namorada irá achar quando souber toda sua vontade de conhecer minha pessoa. Mesmo não sendo bonita e popular, ainda sou uma garota, e não acho que ela vai gostar muito – e de levantou para logo desaparecer.

- Eu conseguirei – murmurou James


A lua banhava a clareira da Floresta aonde um cervo, um lobo, um cachorro e um rato dormiam. O lobo parecia estar muito cansado, a madrugada estava próxima, e seus estranhos companheiros pareciam igualmente exaustos. De repente, o lobo deu uma forte sacudida inesperada, e começou a correr até o castelo. Seus companheiros não tardaram nem dois segundos para correr também, mas o lobo já tinha uma grande vantagem e logo poderia entrar na escola... Então, entre a folhagem, apareceu uma águia enorme, de cor fogo que se colocou entre o lobo, impedindo ele de ver, com suas asas, o lobo tentava afasta-la com suas garras, mas a águia era persistente. Um golpe foi definitivo, cortou boa parte das costas da bela águia, e o lobo ficou livre de novo, mas o cervo e o cachorro já tinha alcançado eles, e puderam acalmar seu companheiro, enquanto a águia se retorcia de dor no solo. Uma vez que tivessem controlado o lobo, o cervo se aproximou do animal ferido e lambeu a ferida das costas... pode ver que os olhos do lindo animal eram verdes... Mas em seguida apareceu outro visitante noturno, um lobo de pele clara e olhos negros que rosnou no instante para que o cervo deixasse a ave. E em seguida a arrastou floresta adentro, sem que o cervo pudesse segui-los.

N/A:Não esqueçam de deixar rewiews, ou ficarei deprimida. Espero que este capítulo não tenha sido tão monótono.

N/T: Bom, esse capítulo demorou um pouquinho, e o outro também deve demorar um pouco, pois eu vou "viajar" e volto an terça, e aí é a última semana de férias... Até mais...