Antes de tudo.. Obrigada Pelas Reviews.. Claudia e VilaCarby.. continuem lendo e dando opiniões! bjs


"Então.. "- eu falei quando ela parou no primeiro sinal.

"Vamos comer o que eu quiser... eu acho que ja sei onde vou te levar..."

"Posso dar uma opinião?"

"Diga..." - ela falou ligando o som.

"Aquele da proxima esquina é maravilhoso... "

"Veremos..." - ela passou com o carro na frente do motel, parou o carro e ficou me encarando. - "Ta de palhaçada comigo!"

"Não... é comida ué! De qualquer forma... é comida.." - eu falei rindo.

"Não é esse tipo de comida que eu vou pagar.." - ela falou ligando o carro de novo.

Passamos por mais alguns motéis e eu fiz mais alguns comentários que me renderam uns tapinhas no rosto. Finalmente ela encarou um lugar, parando instantes depois.

"Comida boa e barata" - ela disse, saindo do carro.

"Por que? Você também tá dura?"- eu perguntei, arqueando as sobrancelhas, enquanto pegava na mão dela para entrar no tal restaurante.

Entramos, sentando numa mesa perto da porta. O restaurante devia ser mesmo muito bom, pois estava lotado. As pessoas se espremiam nas mesas e comiam rapidamente. Nós fomos até a bancada, pegando a comida e voltando para os nossos lugares.

"Só salada?"- eu perguntei, vendo o prato dela.

"Emagrecer, Carter! É o verbo da estação!"- ela disse, enquanto colocava "mato" na boca, depois de temperar com azeite e sal.

"Aproveite.. daqui a algumas semanas você vai estar implorando por chocolate.." - eu falei cortando a picanha que estava super suculenta.

"Han! "

"Coma.." - eu falei apontando pro mato. – "Você come o mato e eu a vaca..." - eu comecei a rir.

"Han? – ela falou ainda mastigando - Você esta bêbado?"

"Você não entendeu a piada!"

"Não..." – ela me encara arqueando a sobrancelha.

"Esta na hora de pintar o cabelo de novo.." - eu falei e ela me mostrou o dedo do meio.- "Que feio Abby... vou explicar.. eu como a vaca e você o mato.. mas tarde eu sou a vaca e vou comer o mato..."

"E isso tem graça!"

"Você não imagina o quanto"- eu disse, dando um gole na Coca-Cola e passando a mão na coxa dela. Ela instantaneamente me olhou em reprovação, tirando a minha mão dali.

"Seu maluco" - ela disse, me dando um selinho e voltando a comer o tal mato.

"Não provoca!"- eu cochichei no ouvido dela antes de voltar a comer. Rapidamente terminamos e pedimos a conta.

"Caraca! Barata onde, hein?"- eu disse, espantado quando vi o preço.

"Ai, chorão..."- ela pegou a caderneta e tirou da carteira uma nota bem mais alta do que o valor.

"Eita! Você tá podendo, hein?"- eu disse, rindo da cara dela.

"Pois é..."- ela confabulou- "a esquina lá de casa ta rendendo..."-ela sorriu e chamou o garçom para que pegasse o dinheiro.

"Ah, é?"- eu ataquei com a minha cara de "safado"- "e quando eu vou provar esse seu lado?"

Ela ia responder mas o garçom trouxe o troco. Ela levantou rapidamente, colocando na minha cara o decote "discreto" que usava.

"Fica com o troco" - ela disse rindo e me deixou babando.

"Mas você está me saindo muito assanhadinha hein?" - eu a alcancei apalpando seu bumbum.

"Aprendi com você.." - ela prontamente entrou no carro dando a partida.

Eu fui ate a janela do meu lado e me apoiei encarando-a, antes de abrir a porta.

"Quanto é a hora?" – eu a vi sorrir e balançar a cabeça.

"Pra você?"

"Sim, sim..." – eu me apoiei melhor no vidro tentando evitar cais na gargalhada ali mesmo.

"Nem de graça..." - ela começou a rir e eu entrei no carro com a cara fechada.

Ela começou a olhar pra mim e eu evitava rir pra não estragar o clima.

"Tá bom, tá bom... pra você eu cobro.. hum... um beijo." - ela falou procurando a minha boca, mas eu virei meu rosto.

"Não vai querer não?"- ela disse, voltando a dirigir. Eu pensei um pouco e continuei a conversa, que começava a ficar interessante.

"Primeiro eu quero saber o que esse seu serviço me traz de benefícios..".- eu disse, entrando no jogo dela.

"Ai, Carter"- ela disse indignada- "por que eu fui começar com isso?"- ela me sorriu, engatando a primeira e dando uma arrancada no carro.

"Ei, não corre"- eu disse seriamente, vendo ela passar de 120Km/h.

"Por que?"- ela pisou mais no acelerador, chegando a quase 140Km/h.

"Abby, eu to falando sério..."- eu a encarei e ela desacelerou.

"Ficou com medinho, bebê?"- ela me olhou por um instante- "esquece que eu dirijo muito bem?"

"Eu confio em você.. tanto que eu lhe dei a chave do carro.. então.. quero chegar vivo em casa..."

"Esta bem.." - ela falou freando devagar... - "80 km.. ta bom!"

"60!" – eu sorri encarando-a

"Tá caducando agora Carter!"

"Talvez.." - eu realmente não confiava nela dirigindo.

Parece que eu estava prevendo as coisas. Ela ja estava começando a acelerar quando de repente aparece um cachorro na nossa frente. Ela tenta desviar, mas o carro se dirige e bate, mas não muito forte, no poste. Eu tento olhar para o lado e ela estava balançando a cabeça, afastando o airbag que havia inflado.

"John.." - ela falou mexendo no meu braço. –"Você esta bem?"

"Meio tonto.." - eu falei voltando ate o banco.

"Ixe... acho que eu devia ter te ouvido.." - eu ouvi ela começar a rir quando de repente ficou seria. – "Esta sangrando.." - ela falou virando o meu rosto.

"O que!"

" Você, aqui do lado" - eu vi o desespero dela.

"Calma, Abby" - eu passei o mão no rosto, tirando um filete de sangue.

"Ai, caramba! Que eu fui fazer...?"- ela passou a mão pelos cabelos- "droga!"- ela bateu forte a mão no volante

"Me desafiar.."- eu sorri e ela veio pra cima de mim ver o corte..

"Ainda bem que nós estamos indo para o hospital mesmo"- ela me deu um beijo na bochecha e já se preparava pra dar arranque no carro de novo.

"Ei"- eu a parei- "deixa eu pelo menos dar uma olhada no carro antes"- eu abri a porta, indo até a frente constatando que o estrago não havia sido tão grande.

"Pronto"- eu voltei pra dentro-"amanha eu levo no mecânico e pronto, nem foi muito grande o estrago..."

" Me desculpa.? Eu prometo que a noite me redimo de meus pecados..."

"Promete mesmo?"

"Sim.." - ela falou procurando o meu sorriso.

"Certo.." - eu sorri, e ela avançou em cima de mim me dando um beijo. – "Você sabe que eu te adoro muito ne?"

"Né..." - eu lhe dei outro beijo e ela tornou a ligar o carro, agora se encaminhando ate o hospital.

Continua...