EEEEEeeeeeee... gostando de ver.. obrigada Andrea pela Review .
"Trauma chegando, trauma chegando" – Abby falou me conduzindo até uma sala de exames.
"O que aconteceu?" - Malik nos parou no meio do corredor.
"Um pequeno acidente de percurso" – eu falei entrando em uma sala com ela.
"Deite ai.." - ela me empurrou em cima da cama.
"Que medica brava.." - eu me deitei direito na cama. – "Vê se limpa direitinho, não quero que infeccione, ok?"- eu zombei dela.
"Cala boca, Carter!"- eu já esperava. Senti o liquido gelado tocar minha pele.
"Não vai por luvas, mocinha?"- eu cruzei meus braços.
"Não"- ela parecia concentrada no que fazia. A expressão séria, olhos firmes.
"Que médica mais gostosa..."- eu disse, quando vi que Malik já não estava mais ali.
"Quieto, Carter" - ela advertiu, pegando mais algumas coisas na bandeja.
"Mas é mesmo.."- eu subi minha mão, achando a barriga dela. Ela parecia hipnotizada, não se movendo- "que durona"- eu subi mais minha mão, colocando minha mão por dentro da blusa dela, mantendo contado com o umbigo dela. Ela permanecia imóvel, irreconhecível eu diria. Eu ia começar a ousar um pouco mais quando senti uma imensa dor onde ela estava tratando.
"Ai, ai!" - eu resmuguei, tirando logo a mão de onde estava e juntando ao meu rosto em dor.
"Chorão, esse é seu troco por hoje de manhã"- ela disse, guardando as coisas- "pronto, acabei."
"Será que fez direito?"- eu provoquei- "com essa mão cheia de ponto...não sei não..."
"Eu devia ter te deixado sangrando até a morte.." - ela falou ajudando a me levantar.
"Você não faria isso com o pai da Julie.."
"Minha filha vai ser orfã.. pelo visto.." - pela primeira vez eu acho que ela esta entrando no espirito da brincadeira.
"Jooooohn!" - Susan entrou correndo pela porta. – "eu soube do seu acidente!"
"Povo fofoqueiro.." - Abby falou me cutucando.
"Não foi nada demais.. a minha amada cuidou com carinho.." - eu falei ficando de pé.
"E como foi isso?"
"Conte Abby... das suas habilidades como super motorista."
Ela olhou pra mim com o "olhar 43" e eu me afastei antes que voasse algo na minha cabeça.
"Eu bati o carro no poste de leve por causa do John..." - isso!.. ela iria por a culpa em mim, já era de se esperar...
"Que é que vocês estavam fazendo?" - Susan perguntou, com seu olhar malicioso habitual.
"Ai, Susan..."- eu disse, evitando olhar pra Abby- "isso é so mais tarde, ela não gosta de fazer isso no carro"- eu disse, num tom baixo, mas suficiente para Abby ouvir.
"Idiota!"- e lá veio mais um tapa.
"Vocês vai ter muito do que se redimir hoje a noite, viu loirinha!" - eu falei dando uma piscadinha pra ela.
"Carma! Porque eu fui gostar de um homem tão chato..." - ela falou se aproximando de mim e me dando um selinho.
"Com licença.." - Susan deu um "tosse" – "caso vocês não tenham percebido, eu ainda estou aqui!"
"Quer participar..?" - eu falei me controlando pra não rir.
"Proposta tentadora, mas vou recusar.. não gosto de me agarrar com mulher não" – Susan disse e nos caímos na gargalhada.
"Eu pago vocês pra rirem ou pra trabalhar!" - a bruxa apareceu na porta gritando.
"Estamos indo Kerry.." - Abby falou indo ate a porta.
"Eu ainda roubo essa muleta dela e ela vai ver o que é bom pra tosse..." - Susan falou fazendo a gente rir de novo. – "E essa mão, Abby?"- Susan perguntou vendo o curativo na mão dela – "de tanto dar porrada dele?"- as duas riram pra mim. Ou seria de mim?
"Que nada, sua besta!"- eu tomei as frentes para responder- "isso aí foi que ela aprontou depois das comprar com você...né, mocinha?"- eu a abracei pela cintura.
"Nossa, que perigo...Bom, vou trabalhar, tá? Vejo os dois mais tarde" - Susan saiu me deixando sozinho com ela mais uma vez.
"E aí?"- eu quebrei nosso silêncio.
"O que?"- ela disse, mexendo no curativo.
"Quero saber mais sobre os benefícios daquele servicinho lá..."- eu sorri a ela.
"Esse estrago que eu fiz na sua testa não foi o bastante?"- ela cruzou os braços me encarando com um sorriso.
"Cruza os braços mais tarde entre quatro paredes e eu te mostro que não foi nem um pouco suficiente.." - eu falou encurralando-a na parede e lhe roubando um beijo no meio do hospital.
"Vá trabalhar Carter" – Weaver grita com a gente tacando a bengala dela bem na minha bunda.
"Ai.." - eu falo olhando pra tras e passando a mão no meu bumbum. – "Essa doeu..."
"Você aguentar de dor!" - Abby falou me encarando.
"Hum.. porque?"
"Mas tarde eu posso conferir e ver o que eu posso fazer para cura-lo."
"Eu aguento!" - eu falei fingindo que não estava mais doendo.
"Ótimo ela sorriu... vamos logo... não vejo a hora de me livrar logo disso tudo!"
Eu finalmente fui trabalhar. Eu ainda tinha 2 horas livres antes de começar o meu plantão, mas resolvi começar antes para ver se Weaver me liberava mais cedo. Passei pela SDM para pegar um café e deixar minhas coisas no armário. Na correria ainda nem tinha largado minha coisas. Um sono me arrebatou quando eu sentei no sofá da sala e eu resolvi tirar um cochilo antes de trabalhar. Weaver que me dispensasse a hora que quisesse! Acordei com um grito que entrava pela porta. Era Chunny me chamando para um trauma com cinco vítimas. Tivemos muito trabalho, mas por um milagre todos sobreviveram. O resto do dia foi bem calmo por lá. So a vi de novo quando faltavam 40 minutos para acabar meu plantão. Pelas minhas contas ela já deveria estar em casa. Por que ainda estaria aqui?
"Abby.." - eu a cutuquei quando ela estava de costas a recepção conversando com um estudante.
"Você ja acabou seu plantão?" - ela se virou pra ficar de frente pra mim.
"Acabando.." - eu sorri. – "E porque você ainda não foi pra casa?"
"Eu não queria te deixar de metrô... custava nada esperar."
"Eu entendi direito! O carro não seria meu!"
"Eu batizei ele.. então, ele agora faz parte de mim.. e eu deveria ter te deixar mesmo a pé, pelo visto."
"E que batizado hein? E eu podia ter te ligado pra você me pegar..."
"Sua mãe é outra John.." - ela falou mexendo no meu curativo.
"Não me deserda não Abby... - eu a olhei cabisbaixo. - me espera só mais quinze minutos!"
"Só 15, por Deus!"- ela se espreguiçou- "eu to morta de cansaço, não demora."
"Ta"- eu respondi e fui atrás de como eu iria matar meia hora do meu plantão.
Corri atrás de alguém que pudesse me cobrir. Nessas horas tá todo mundo ocupado demais. Olhei um pouco a frente e vi a eterna salvação da minha vida, minha melhor amiga depois de Abby, a mulher que eu mais amo na vida depois de Abby: SUSAN!
"Susan, linda, meu amor, fofinha do Carter!"- eu cheguei junto.
"Que você quer, Carter?" - ela colocou a mão na cintura, me sacando.
"Impeça que a Abby me mate e me cobre 30 minutos?"- eu juntei as mãos- "por favorrrrr"- fiz carinha de pidão. Pronto, infalível.
"O que você não me pede chorando que eu não te faço sorrindo..."- ela olhou no relógio- "vai, vai...termina de acabar com a moça...Vocês dois machucados...o que vai render essa noite?"- ele perguntou com descaso,
"Muito mais do que você imagina"- eu respondi, me referindo a grande noite. A noite que minha filhinha poderia ser concebida...Será?
Eu lhe dei um selinho e ela olhou pra mim assustada. Eu sorri e sai correndo antes que ela mudasse de ideia.
"Eu te aaaaamo!" - eu gritei do fundo do corredor e entrei na SDM onde Abby estava me encarando.
"Quem você ama!" - ela falou se levantando.
"Sussssssan... ela me cobriu." - eu a vi sorrir.
"Tadinha... vive sendo explorada por nós.. quero ver o dia que ela explodir e nos mandar catar coquinho na esquina"
"Mas é por uma boa causa... e alem disso. como recompensa, ela vai ser madrinha de casamento, dos nossos filhos e tudo mais." - eu andei ate o meu armário tirando o meu casaco e minhas coisas. – "Vamos ne!" - eu falei ajudando-a a vestir o seu casaco.
"Que tanta pressa é essa de chegar em casa?"
"Foi você que estava me apressando.."
"Sim.. estou louca pra dormir.." - ela falou se estendendo os braços, se espreguiçando.
"Anh?"- será que eu escutei errado?- "dormir?"- eu fiz a cara mais desesperada do mundo.
"É lógico, você não está cansado não?"- ela parecia bem séria no que dizia.
"Aham"- eu disse, desanimado, abrindo a porta para ela sair. Dei a mão para ela e fomos indo para o carro.
Fomos para o carro em silêncio e assim permanecemos até chegar em casa. Nem a parada na padaria pra comprar pão rendeu alguma conversa. Eu dirigia lentamente, com mais cuidado pela lanterna quebrada que a batida nos rendeu.
Continua..
