Ela me deu um fogo repentino e eu rapidamente fui tirando meu short. Abri o sutiã dela com calma, mas logo já parti pra parte de baixo, Estava louco. A cara dela tinha melhorado um pouco, mas dai até consumar o ato era chão!

Tirei minha cueca e continuei a beija-la. Em poucos minutos eu me sentia preparado pra ir até o fim. Uma emoção tomou conta do meu coração. Ali, sem nenhuma barreira. Será que finalmente a minha filhinha ia ser concebida?

Eu chupei, ops, beijei o seu corpo como nunca tinha feito antes. Puxei o seu corpo junto ao meu sentando-a no meu colo. Encaixei sua perna sobre as minhas coxas e fiquei a poucos milímetros do que eu tanto esperava. Puxei ela pra lhe dar mais beijos, desci minha boca até a sua nuca e ela foi descendo suas costas ate se deitar de novo na cama.

"Diga olá para o papai.." - eu olhei pra ela sorrindo. Ela me olhou desconfiada e eu tratei de começar a me encaixar melhor por cima dela, me "distraindo" com seus seios tentando sentir o momento certo para chegar a "um outro nível".

O olhar dela parecia distante e mesmo eu fazendo de tudo para chamar a atenção dela não foi o suficiente pra trazer seu olhar pra mim. Eu pensei em perguntar, mas resolvi agir antes que desse mais alguma coisa errada. Talvez quando nós estivéssemos fazendo amor realmente as coisas melhorassem. E foi nesse pensamento que eu mergulhei mais fundo, sentindo um pouco da tensão dela quando eu finalmente consumei o ato. Mesmo depois de alguns segundo ali naquela posição ela permanecia calada, olhando pro teto. Tinha certeza de que aquilo não iria durar muito e não foi diferente do que eu pensava.

"Pára, Carter!"- ela gritou, me empurrando longe do corpo dela. Eu logo sai de cima e ela puxou o lençol correndo. A resposta do meu corpo percebendo a rejeição foi quase imediata. Todo o meu "tesão" tinha ido por água baixo.

"Que foi?"- disse,tentando ser o mais suave possível, olhando para ela que nem pensava em olhar pro meu lado. Ela ficou quieta por um instante e finalmente me respondeu, ainda sem me olhar nos olhos.

"Tava doendo.."- ela disse sem um pingo de convicção na voz.

"Doendo?"- eu perguntei confuso.

"É..." - ela responde secamente se encolhendo no canto da cama.

Eu me sentei mais próximo a ela, coloquei minha mão no seu ombro na tentativa de que ela olhasse pra mim, mas nada adiantava, ela continuava ali, deitada, olhando pro nada. Eu nunca tinha visto ela agir dessa forma, e de uma coisa eu tinha certeza, eu não a tinha machucado. Com certeza a sua dor seja outra a qual ela não tem coragem suficiente para me encarar de frente e me contar.

Eu estou com receio de falar com ela. Acho que o melhor agora é deixa-la sozinha. Se esse "papo" de filhos a deixava assim o melhor era esperar ou depois procurar tratamento, tinha que haver um porquê maior pra esse medo todo.

Me levanto da cama sem falar mais nada e vou ao banheiro, talvez uma ducha gelada me ajude a agüentar isso tudo. Entro debaixo da água gelada, deixando-a bater nas minhas costas. Eu juro que tento entende-la, ela sabe que juntos nós podemos superar tudo mas ela continua trancando os seus sentimentos em relação à determinados assuntos.

Fiquei um tempo no banheiro atento as movimentos dela. Aliás, aos não movimentos. Ela parecia imóvel, congelada no tempo. Nós precisávamos resolver isso antes que começasse a afetar o nosso relacionamento, ainda mais.

Fui caminhando para o quarto sem fazer muito barulho. Pensei em seguir direto para a sala, mas quando virei meu rosto, a percebi chorando. Era tudo que me cortava o coração. Ver que aquilo não era só graça ou mal-humor de Tpm, e sim um sofrimento que ela guardava. Deixei a idéia inicial de lado, sentando na ponta da cama. Ela virou pro outro lado instantaneamente, trazendo os braços segurando o lençol. Eu coloquei minha mão sobre o seu cabelo, reafirmando a ela que eu estava ali ao seu lado.

"Abby..." - minha voz quase não saiu. – "meu amor... me corta o coração te ver assim..Se ainda não dá para você eu entendo perfeitamente. Não é essa minha vontade ter filhos que vai estragar a nossa relação, ainda há muito tempo para se pensar nisso... mas.."- eu me levantei da cama indo ate o outro lado. – "eu espero que você me responda só uma coisa."

Desta vez ela não virou o seu rosto. Apesar de estar encarando a parede do quarto eu sabia que ela estava atenta a cada palavra que eu dizia. Eu me sentei de novo na cama, segurando sua mão, beijando-a. Apertei ela forte apoiando embaixo do seu queixo.

"Existe alguma outra coisa que você gostaria de me contar?"

Ela piscou demoradamente. Isso era o bastante pra ela me dizer "sim". Como ela mesmo me disse uma vez "eu a entendia sem palavras". Sempre foi assim e creio que nunca vai deixar de ser. O amor que eu sinto por essa mulher é maior de tudo que eu já vi na vida. E tenho absoluta certeza de que a recíproca é verdadeira.

Eu me aproximei mais um pouco dela. Senti que ela tinha que me sentir presente, confiável e resolvi me deitar novamente, com muita paciência. Fiquei olhando os olhinhos molhados dela e ela me devolvia o olhar penetrante .

"Eu te amo tanto"- eu ouvi ela falar, segurando a minha mão com força.

"Eu também e por isso eu quero te ajudar, Abby. Confia em mim, vai" - eu toquei seus cabelos e ela deu uma suspirada funda.

Ela foi se ajeitando na cama, sentando-se devagar e me puxando para ficar de frente pra ela. Abaixou sua cabeça no joelho e eu apertei sua mão forte indicando que ela deveria ir em frente sem medo.

"Eu sou a pior mulher do mundo..." - ela soltou minha mão e ficou segurando somente um dedo meu. – "eu tenho um homem que me ama, que sonha ter uma família comigo, que me faz sentir a mulher mais feliz do mundo quando estou ao seu lado... e eu... eu simplesmente não consigo retribuir nada disso pra ele..." - de repente as lagrimas começaram a fluir novamente de seus olhos - eu sempre só trago tristeza para nós...

"Abby.. você sabe que nada disso é verdade.. eu nunca fui tão feliz na minha vida..."

"Mas poderia ser muito mais feliz John... se não fosse esse meu medo... e o que... "- cada palavra que ela falava o seu tom de voz diminuía, desaparecendo no final da ultima palavra..

"Eu sei, o que te está te dando esse pavor. Eu sei que tem alguma coisa. Eu só preciso saber o que pra poder te ajudar..."- eu disse, facilitando um pouco as coisas pra ela. Agora é só chegar e dizer.

O seu olhar percorreu todo o quarto, ela parecia procurar por algo, mas talvez só estivesse buscando as palavras, eu não poderia ajudar, nem sabia como, porque, sinceramente, eu não tinha a menor idéia do que se tratava.

"Eu não sirvo pra ser mãe..." - ela disse tentando sorrir.

"Abby!"- eu tinha que fazer algo se não ela nunca falaria. Parecia em estado de choque, eu não sei- Pára de rodear, fala! Diz!- eu fui até um pouco ríspido, mas logo surtiu efeito.

"Existe realmente um coisa que eu deveria ter te contado a muito tempo atras..." - parece que finalmente com minha sacudida ela havia achado as palavras.

"Contado?" - de que ela estava falando?

Continua...