"Capitulo com cenas mais "apimentadas".. quem não gostar do tipo de leitura, ou qualquer outra coisa do gênero, recomendo que feche a pagina!"


"Contado?"

"Eu ainda me lembro do dia... eu estava com tanto medo de fazer aquilo... eu não queria, mas sabia que seria o melhor para mim... para o meu casamento... No momento que eu fiz o exame e soube eu fiquei tão feliz... até tinha começado a planejar como seria o quartinho dele, ou dela... mas do jeito que veio a felicidade, a insegurança e o medo começou a tomar conta de mim... e eu não fui forte o suficiente para mantê-lo.." - ela disse olhando para baixo.

As informações foram invadindo a minha cabeça de uma tal forma que eu nem sabia mais do que ela estava falando. Fiquei olhando para ela mas não estava enxergando nada. Aos poucos as coisas foram se encaixando e eu percebi que ela estava falando de um aborto.

"Que foi? Decepcionado?"- ela perguntou vendo minha expressão séria, estática.

"Não.." - eu falei antes que ela começasse a pensar besteira. - "O Richard sabe disso?" - eu falei acariciando o seu braço.

"Não.." - ela disse deixando mais uma lagrima cair.

"Tudo bem." - eu falei abraçando-a.

Eu não sabia o que falar. Como ela conseguiu guardar isso por tanto tempo só pra ela?

"Eu sei que deveria ter contado, deveria ter tentado ter filhos.. mas nós já não estávamos indo bem, e tinha o fator genético..." - ela disse soluçando. – "você deve estar pensando que eu sou a pior pessoa do mundo..."

"Claro que não, Abby. Você teve seus motivos e eu entendo perfeitamente apesar de não concordar. Você sabe que essa porcentagem dele ter alguma coisa seria uma coisa muito pequena...comparada a felicidade de ter um filho - ela ficou me olhando e eu parei antes que ela me entendesse mal - mas talvez...fosse melhor. Seu filho vai ser nosso" - eu sorri amigavelmente.

Ela continuou com o rosto enterrado e não olhou mais pra mim.

"Eu não vou forçar a barra, nós não vamos ter esse filho só porque eu quero...Vamos esperar...ok?" -eu tentei deixa-la mais tranqüila e deitei ao seu lado.

Antes de pegar no sono, eu fui até a cozinha e tomei um copo d´água. Aquilo tudo tinha me deixado até com sede. Voltei pro quarto e apaguei a luz. Imaginei que ela já estivesse dormindo. Eu puxo as cobertas e deito na cama, virado para o outro lado. Eu estava morto de cansaço, não imaginava o quanto. Meus olhos começaram a pesar quando eu sinto uma mão no meu ombro me virando.

"Podemos esperar até mês que vem?" - ela suspira no meu ouvido.

"Han? Esperar? O que?"

"Passar esse mês..quem sabe no próximo.." - ela diz colocando uma mão no meu peito.

"Não precisa ter pressa." - eu falo pegando a sua mão e beijando-a. Mas eu não podia evitar meu sorriso, afinal eu acho que cedo ou tarde ela vai ceder. Ela se aproximou de mim, colocando suas pernas entre as minhas. Quando ela fazia isso só era para um objetivo. Ela colocou uma mão atrás da minha cabeça e me puxou para um beijo. De repente todo o sono que eu sentia desapareceu. Eu senti que precisava fazer aquilo direito, para que ela se sentisse mais segura. Eu a puxo rapidamente pra mais perto de mim, beijando-a. Nós já estávamos praticamente nús. Só o que atrapalhava mesmo eram as peças intimas. De repente ela toma a iniciativa e puxa o seu sutiã fora. Ela não pode ver, mas o meu sorriso começou a aumentar ainda mais.

Ela foi tirando a minha cueca e eu até me surpreendi. Ela só tom esse tipo de atitude quando esta de muito bom - humor, o que não era o caso. Bem, parei de querer entender os "desejos" dela e não perdendo mais tempo, tirei a sua última peça. Antes que fosse tarde demais, eu parei um pouco e me virei, abrindo a gaveta do criado-mudo, pegando o tal camisinha que foi motivo de tanta briga.

Coloquei a camisinha com cuidado. Nada podia dar errada dessa vez, ela poderia me culpar de uma coisa que não me passa pela cabeça fazer. Quando eu estava pronto, virei dando de entro com ela que parecia me provocar como nunca. Fizemos aquilo com calma, sem pressão, direito e sem responsabilidades e obrigações. Esse era o amor que tinha se tinha de fazer e era o que eu mais gostava.

Cai em cima dela, terminando o nosso ato de amor. Um dos melhores, eu diria. Eu fui para o lado da cama, caindo exausto.

"Tadinho...tá cansado?"- ela subiu em mim novamente. Nem parecia a Abby de alguns minutos atrás.

"É, pois é..olha o que você me faz..."- lembrei então do pequeno detalhe que continha a minha Julie- "vou no banheiro, já venho"- e corri na mesma hora pro banheiro, antes que fosse tarde demais.

Eu entrei no banheiro trancando a porta, eu queria privacidade naquele momento. Segui até onde estava o cesto de lixo e fui tirando a camisinha sem olhar. Eu abro a tampa do cesto, mas algo me diz que eu deveria checar a camisinha antes de atira-la fora. Eu odeio quem inventou esses traste. Seguro ela na mão e aproximo do meu rosto. Han! O que seria isso! Coloco-a em cima da pia e acendo a outra luz pra ver se eu estava enxergando certo.

"Não pode ser..." - eu pensei aproximando o meu rosto e tocando nela. Hum... tive a "brilhante idéia" de conferir direito aquilo. Liguei a água da torneira e enchi a camisinha de água. Meu Deus! Isso não deveria ter acontecido! Ou deveria! Um mini mini furo nela! Será que... não não, era improvável, deve ter furando quando eu cheguei aqui no banheiro. Eu devo ter encostado em algo, ou foram as minhas unhas. Então volto ao pensamento anterior.. podia ser.. seria muita sorte... mas o melhor que eu faria é ficar na minha, era muito improvável disso acontecer.

Joguei a salvadora de vidas (ou seria assassina de bebês?) no lixo e voltei pro quarto. Não tirava aquilo da cabeça. Olhei para ela, que no meio da escuridão parecia estar adormecida. Encarei-a ali, tão inocente naquela cama, como lençol cobrindo parte do seu corpo. E pensar que ela poderia estar...Não, pare! É melhor parar com isso antes que eu me decepcione. Decidi que não mais pensaria nisso.

Fui pra cama também. Quando deitei ela se mexeu um pouco e me abraçou, fazendo com que eu dormisse logo em seguida.

Continua...