As semanas passaram muito rápido. Quando eu menos percebi, ela já estava com quase dois meses de gravidez. Eu fiquei muito aborrecido quando não pude acompanha-la na primeira consulta. Resolvemos que era melhor que ela tivesse uma médica particular. Ainda não tínhamos contado a ninguém sobre a gravidez, uma vez que ela queria assim.

Eu consegui o nome da doutora Linda Taylor numa lista de contatos da minha mãe. Por coincidência ela já tinha trabalhado no County uma vez, mas teve que deixar o trabalho por uma emergência familiar. Ela disse a Abby que se lembrava do sobrenome "Carter"... Um estudante de medicina atrapalhado e bonitinho. Eu, no caso, há uns 10 anos atrás.

Tudo estava indo bem. Nossa casa já estava quase totalmente arrumada, o trabalho no P.S mais leve e ninguém desconfiava de nada, pelo menos eu acho.

"Carter! Carter! Acorda homem!"

"Uh!" - eu olho para o lado e vejo Chunny me encarar.

"O que eu devo fazer? O remédio vai agora ou só quando chegar o ultimo exame?"

"Agora mesmo.. e aumente um pouco o oxigênio..."

Eu resolvo o que tinha pra fazer com aquele paciente e vou andando até a sala de trauma onde Abby estava atendendo um caso mais serio.

"Precisa de ajuda!" - eu entro vendo-a se virar para me olhar.

"Não Doc! Vá procurar o que fazer!" - Ray fala praticamente me expulsando da sala. Eu vejo Abby rir e tirar o avental vindo até mim.

"Você esta bem?" - eu pergunto quando saímos juntos da sala.

"Um pouco cansada.. hoje me deram quase todos os casos de trauma..."

"Não acha que está na hora de pedir redução de carga horária e de tarefas não?"

"John.." - ela me puxa pra um canto mais afastado. – "eu não estou inválida.. e alem disso.. sentir cansaço depois de um plantão puxado é super natural..."

"Eu sei.. mas eu estou zelando pelo bem da minha familia..."

"Eu entendo.. agradeço a preocupação.. mas nós estamos muito bem... eu seria a primeira pessoa a falar quando sentir que algo aqui esta desandando.."

"Desandando?" - eu digo sorrindo, seguindo seus passos que nos levavam até o armário de remédios.

"É..."- ela disse pegando Tylenol no armário- "confia em mim, não sou mãe desnaturada"- ela riu e eu sorri ao ouvi-la dizer "mãe". Isso era tão lindo.

Eu ia dar um beijo nela quando escuto alguém gritando meu nome. Mais uma Trauma vinha chegando. Corri rápido para a baía das ambulância e enquanto eu pegava o menino, ela foi entrando com o pai. Aquele dia estava puxado até pra mim... Imagine pra ela.

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"Fome, fome, muita fome!"

Nós mal entramos em casa e ela correu pra abrir a geladeira tirando suco, pão, resto de almoço... tudo o que via pela frente.

"Nossa.. se eu soubesse tinha passado em algum local para você comer..."

"Não... nada como comer em casa.. estava louco para colocar meus pés pro ar..."

"Vá tomar banho.." - eu me aproximo fechando a geladeira. – "eu ajeito alguma coisa pra você comer..."

"Você faria isso por mim?" - ela parou o que estava fazendo e se virou mostrando um enorme sorriso.

"Claro.. se quiser eu dou até na boquinha..."

"Abençoado o dia que eu resolvi me casar com você.." - ela se aproxima me beijando e desaparece na escada.

Realmente os hormônios da gravidez fizeram com que ela ficasse muito mais amorosa comigo. Me beijava, abraçava com mais freqüência e até falava coisas que eu nunca esperava que ela falaria. Rapidamente arrumei algo para ela comer e coloquei um sorvete em uma taça porque eu sei que ela me faria descer de novo para pegá-lo. Entro no quarto e ainda ouço o barulho do chuveiro. Estaria ela dormindo embaixo d´água!

"Abby?"- eu chamei uma vez e nada de resposta- "Abby?"- chamei mais uma ficando mais perto da porta do banheiro que estava ligeiramente encostada. Não me controlei quando não ouvi nenhuma resposta ainda. - "Poxa, você tá surda?"- eu disse meio irritado quando entrei no banheiro e a vi se ensaboando como se nada fosse.

"Por que?"- ela disse, meio a um riso, retornando pra debaixo d´água e finalmente desligando o chuveiro.

"Nada, nada"- achei melhor não falar nada- "terminou o banho?"- eu falei, enquanto me apoiava na pia e a via se embrulhar na toalha. Abriu o box e veio saindo, pisando no tapete, ficando bem na minha frente.

"Sim, sr."- ela disse, indo pro quarto. Eu a segui e sentei na cama enquanto ela pegava uma roupa no armário, Ficamos em silencio como sempre acontecia em certos momentos. Ela foi se trocando e eu so fiquei olhando (atenciosamente, diga-se de passagem) todo o corpo dela. Jesus, sem comentários. Realmente a conversa de que mulheres grávidas ficam mais lindas e excitantes é verdade.

Ela se vestiu e ficou me encarando. Aquela tensão sexual que às vezes existia entre nós era algo inexplicável.

Eu sorri um pouco e ela logo cortou o clima pela raiz.

"Vamos comer?"- ela disse, já indo para a porta. Não tinha outra saída a não ser acompanha-la. Controle era a palavra chave agora.

Desci as escadas logo atrás dela que se sentou rapidamente na mesa e começou a devorar tudo.

"Deixa pelo menos um pouco pro santo..." - eu falo vendo-a limpar a boca com o guardanapo.

"Você esta me censurando ou apenas querendo encher o meu saco?" - eu só faço rir e ela se levanta indo até o congelador pegar sorvete. – "Preparadinho do jeito que eu gosto!" - ela se vira sorrindo pegando uma colher e trazendo-o pra mesa.

"Eu disse que ia fazer do jeitinho que você gosta.."

"Hum.. ainda por cima com cobertura de caramelo! Quer casar comigo?" - ela se aproxima vindo se sentar no meu colo.

"Pensarei na proposta..." - ela termina de comer ainda sentada no meu colo e eu a abraço segurando-a melhor. – "Quer fazer o que no fim de semana?"

"Dormir e comer..."

"Que tal um cineminha e umas comprinhas?"

"Você que sabe.." - ela termina de lamber a taça e a coloca na mesa.

"E o que vamos fazer agora?"

"Você que sabe.." - ela termina de lamber a taça e a coloca na mesa.

Eu a vejo me encarar e sorrir instantaneamente.

"É?"- eu comecei a beijar o pescoço dela- "o que eu quero então?"- coloquei a minha mão por dentro da blusa dela e pus as mãos sobre a barriga dela. Podia ser imperceptível pra todo mundo, mas eu já notava grande diferença. Ok, não tão grande.

Eu a vejo me encarar e sorrir instantaneamente.

"Eu sei bem o que você quer..." - ela fala se virando e colocando seus braços em volta do meu pescoço. - "Você?" - ela me deu um selinho- "você quer..."- me deu outro- "quer fazer safadeza"- ela riu, dando o último beijo.

"Safadeza?"- eu disse imitando inocência – "imagina..."- eu sorri, enquanto levantava da mesa com as mãos dela agarradas a minha cintura.

Eu perdi todo o controle quando ela foi me beijando com mais vontade e já começava a correr as mãos por todos os lugares do meu corpo. Meu corpo queria responder imediatamente, mas eu pensava em outras coisas para tentar desacelerar. Mas, pra falar a verdade, ela parecia é querer acelerar tudo. Mais uma vez, as "histórias que o povo conta" estavam certas. Mulher grávida, apetite sexual dobrado.

E, em se tratando de Abby, eu poderia jurar que aquilo tinha triplicado. Ela começou a chupar o meu pescoço e eu não podia mais agüentar. Deixei tudo vir e a encostei na parede da cozinha

Subir! Nem pensar.. essa cozinha também me trazia boas recordações... e alem disso.. ela estaria mais perto da sua comidinha.

Com o maior cuidado do mundo a deixei sem a menor saída. Ela sorria e voltava a atacar o meu pescoço de volta. Eu deslizava minhas mãos por dentro da sua camisa... Como era maravilhosa a sensação de tocar no local que estava protegendo o meu bebê. Abaixo minha cabeça e subo minha mão até os seus seios. Ela se aproveita e se apóia melhor em mim me puxando pra mais perto ainda dela.

"Assim eu esmago o bebê.." - eu sorrio e ela não liga a mínima pro meu comentário. Imediatamente suas mãos correm para abrir minhas calças, antes mesmo de qualquer atitude mais ousada minha. – "Quer subir?" - eu pergunto vendo que ali não rolariam preliminares.

"Se for pra subir eu mesma te puxo..." - ela voa de novo pra cima de mim e coloca uma mão por dentro das minhas calças.

É. Não rolaria nada ali. Só sexo, sexo e sexo. O desejo tomado pelo corpo de nós dois, não dava tempo de pensarmos em muito carinho, afeto e coisas "fofas". Era ser rápido e prático. Na verdade, num me lembro de ter feito isso com ela. Nossa relação era tão delicada que o sexo era com amor, sem muita loucura. Mas agora que estávamos casados e nada mais daria errada, tínhamos o direito de ousar um pouco mais.

Eu nem me dei ao trabalho de tirar a blusa dela. Enquanto ela abaixava a minha calça, eu tratei de descer as roupas dela um pouco. Não muito. Só o necessário.

"Animadinho, hein?" - ela ri quando "passa" a vista pelo meu corpo todo. Eu me sinto envergonhado com o comentário, mas logo o desejo se torna mais forte e volta à tona todo o "fogo" que eu estava sentindo antes dela me atrapalhar.

Rapidamente o "necessário" que havia sido abaixado, foi ao chão e estávamos completamente nus da cintura pra baixo. Ela puxa a gola da minha camisa com os dentes e me trás pra mais perto dela. Seguro com minhas mãos o seu quadril e me encaixo melhor ao seu corpo.

Ela mordeu mais o meu pescoço quando sentiu que eu estava começando aquilo que ela tanto quis. As mãos descontroladas já não sabiam por onde começar e a minha boca see alternava entre o beijo e os gemidos. Aquela sensação de libertação era só o que faltava pra que tivéssemos a nossa relação quase perfeita. Mais rapidamente do que o normal, eu acabei com aquilo. Ela me olhou meio a um sorriso, tentando encobrir a face de decepção. Eu sabia que tinha faltando com ela. Mas todo aquele clima diferente, toda essa inovação tinha me deixado muito "sensível".

Matuto por alguns instantes no que fazer para agrada-la e me afasto um pouco dela olhando pro andar de cima.

"Me espera um segundo lá em cima..." - eu falo com uma cara de quem iria aprontar alguma. Ela me olha desconfiada e atende ao meu pedido, subindo imediatamente as escadas.

Eu não sabia ao certo o que fazer. Tentei arranjar algo por ali que pudesse satisfazê-la, mas nada achei. Subi as escadas e deixei a imaginação rolar solta. O que tiver de ser, seria.

Entrei no quarto e a vi de costas, vestida com uma blusa e a calcinha, mexendo em uma gaveta. Dei uns passos em silencio e ela não percebeu minha presença ali. Com certeza ela estava um pouco chateada. Vou pro outro lado da cama e me sento com cuidado indo ao seu encontro. Coloco uma mão nas suas costas, por baixo de sua blusa e dou um beijo na sua nuca. Eu sinto o seu corpo se arrepiar ao meu toque. Ela vira o pescoço de lado me dando uma maior liberdade para beija-la.

"Tem alguma coisa que eu possa fazer pelas minhas mulheres?" - eu sussurro perto do seu ouvido e ela levanta os ombros no "susto".

Ela fica de lado e vira o rosto. Encara bem os meus olhos e apoia uma mão na cama e a outra na minha coxa.

"O que você tem em mente?" - ela fala e eu posso sentir a aproximação de nossos rostos.

"Não sei...talvez..."- eu pensei e me calei propositalmente- "não. Você é quem tem de escolher. Estou em falta com você..."- eu sorri, beijando-a um pouco mais profundamente.

"Que bom que você sabe"- ela disse, um pouco mais séria, mas ainda assim dentro do beijo.

"Desculpa"- eu disse no ouvido dela, agora falando sério também. Ela só me respondeu com um beijo e eu deduzi que ela tinha me perdoado

Fui caindo por cima dela de novo e rapidinho eu já estava totalmente descontrolado. Aquele fogo que ela tinha nesses últimos meses com certeza tinha efeitos-colaterais em mim também.

"Como eu posso me redimir?"- eu perguntei no ouvido dela de novo, vendo-a morder o lábio. Esse era o nosso sinal Agora eu poderia fazer a menor coisas do mundo, mas não a deixaria esperando por nada por muito tempo.

Eu não esperei por sua respostar e parti para mais uns beijos. Enquanto mantinha nossa cabeça ocupada com os beijos, aproveitei para despertar nela todo o desejo que eu queria que ela sentisse. Passei minha mão levemente por sua barriga, dando o "aviso prévio" ao nosso bebê que papai iria sacudir um pouco as coisas por ali.

Desci minhas mãos por entre suas pernas e subi rapidamente por todo o seu corpo acariciando-o. Eu sabia que ela gostava quando eu a admirava por completo. Aquilo lhe dava mais confiança e consequentemente me dava uma maior liberdade para fazer o que eu quisesse.

Ela apoiou os seus braços ao redor do meu pescoço quando eu beijei todo o seus busto. Não sei se com a gravidez os seus seios ficaram mais "sensíveis", mas só de toca-los, senti que ela havia ficado um pouco mais excitada com aquela situação.

Continuei com aquilo até perceber que ela estava a beira de gritar. Parei subitamente os movimentos na parte de cima, e rapidamente tirei a roupa que ela ainda vestia

Me encaixei por cima dela vendo-a fechar os olhos instantaneamente. Fui deslizando aos poucos sentindo todo o prazer que ela sentia também. Uma sensação dos deuses. Ritmo lento e intenso, não precisou que eu me demorasse. Em poucos minutos vi ela se contrair e me abraçar forte, soltando um gemido abafado. Pronto, tinha conseguindo.

Ainda não perdendo o encanto de tudo aquilo, vou me afastando lentamente beijando o seu corpo que ia relaxando conforme os segundos passavam. Descanso minha cabeça na sua barriga e deito o meu corpo ao lado do seu. Ela passa as suas mãos nos meus cabelos e ficamos em silêncio por alguns instantes até nos refazermos de novo.

"E agora.. deseja ainda mais alguma coisa?" - eu falo sem levantar o rosto.

"Não... - ela para de mexer nos meus cabelos. - só permaneça assim..."

E assim foi. Pouco tempo depois vi que ela havia parado de mexer completamente nos meus cabelos e sua respiração voltou ao normal. Olhei para cima e vi que ela havia se rendido ao cansaço.

O sono dela me contagiou e em poucos minutos eu também dormia.

Continua..