Disclaimer: Como a Dona Jô está para lançar o sexto livro, eu resolvi dar um descanso para ela e não tentar pegar os Direitos Autorais para mim... Por enquanto... kukuku...
(Ahem) Em outras palavras, tudo pertence a ela e ela ganha todo o dinheiro, não eu.
Cruel Serenade
Estranhos Acontecimentos
"E ele atacou alguém?" Perguntou James, olhando ao redor enquanto fazia anotações em um bloquinho.
A mulher que o recebera bufou e cruzou os braços. "Felizmente não! Não era o serviço de vocês de Hogwarts evitar que isso acontecesse?"
James fez uma careta e já ia dar uma resposta mal-criada, quando passos de alguém descendo as escadas o fizeram calar-se. Lily voltava do segundo andar, que estivera checando. "Na verdade…" Disse ela. "Nosso serviço é investigar o caso depois que ele já aconteceu e, possivelmente, prender o culpado."
A mulher olhou feio para Lily, mas James sorriu. "Nada aqui em cima também. Sua casa está limpa, senhora."
James largou o bloquinho, que continuou parado no ar, a caneta escrevendo como se nada houvesse acontecido. Foi até a janela e, puxando um pouco a cortina, ficou encarando a casa do outro lado da rua. Era grande, velha e abandonada. Todas as janelas estavam cobertas com plástico negro e uma placa de 'vende-se' estava pregada à velha cerca de madeira. "Você disse que estuporou o vampiro?"
"Bem no peito!" Respondeu a mulher, orgulhosamente "Mas vocês sabem como essas criaturas são resistentes! Tive que lançar mais uns dois feitiços para que ele fosse embora. Nenhum acertou, é claro, rápidos como são! Só o estuporei porque peguei o desgraçadozinho de surpresa! Aposto que não esperava entrar na casa de uma bruxa!"
"U-hum…" James ainda olhava a casa. Lily aproximou-se da mulher. "E a sua família?"
A expressão da mulher suavizou-se. "Meu marido é trouxa, não podia fazer muita coisa, mas assim que chegou a manhã, mandei a ele e as crianças para a casa da minha mãe. Fiquei aqui para recebê-los, sabia que em pouco tempo Hogwarts ia mandar seus agentes e não queria estranhos remexendo na minha casa."
James revirou os olhos e disse 'nhénhénhem' silenciosamente. "Certo, certo. Obrigada pela colaboração e pela tão gentil hospitalidade." A mulher estreitou os olhos, mas ele fingiu não ver. "Terminamos nossa investigação aqui. Vamos, Lily." E dizendo isso, dirigiu-se até a porta.
"Espere!" Chamou Lily "James Potter, espere por mim! Vai deixar suas coisas para trás?"
James simplesmente estendeu uma mão e o bloquinho rapidamente voou em sua direção, seguindo-o fielmente. A mulher observou-os sair. "Potter, é? Mais uma daquelas famílias… Fazedores-de-magia-sem-varinha arrogantes…"
--
"Por que saiu de repente, James?" Perguntou Lily aborrecida "Sei que aquela mulher era extremamente chata, até eu já estava querendo congelá-la na parede, mas e a investigação?"
"A investigação apenas mudou de local." James sorriu e apontou para o casarão abandonado à sua frente "Por mais resistentes que sejam os vampiros, com certeza ele ficou fraco após ter sido estuporado. Ela disse que o horário do ataque foi entre às 4:30 e 5:00 da madrugada, quase ao amanhecer."
"Ah, entendo! Ele deve ter procurado um lugar para se esconder e descansar até a noite chegar. E essa casa me parece ser o lugar perfeito."
"Tão inteligente!" James suspirou sonhadoramente "É por isso que te amo!"
Lily estreitou os olhos "Eu espero que isso não tenha sido sarcasmo, James Potter." Mesmo tentando soar brava, ela apressou-se em alcançá-lo e segurar seu braço "Já são quase seis horas da tarde! Seria mais fácil pegá-lo de dia, quando está mais fraco."
"É, porém se formos esperar ele provavelmente não estará mais lá, e eu quero acabar logo com esse caso, já está me dando dor de cabeça! Já é o quarto ataque essa semana! Vamos logo passar um susto nesse vampiro e ver se ele aprende a ficar esperto."
Lily assentiu. Quando chegaram na porta da casa, James estendeu o braço para abri-la, mas ela simplesmente despencou no chão. Lily examinou as dobradiças. "Arrancadas. Acho que nosso amigo simplesmente quebrou a entrada na pressa. Pior para ele que teve de colocá-la no lugar, senão a luz do sol poderia entrar."
James adentrou o recinto parcialmente escuro. Tudo cheirava a mofo e pó, e todos os móveis estavam cobertos por lençóis brancos. "Lumos" Ele murmurou, e uma pequena esfera de luz se formou, flutuando acima da sua mão.
"James, estive pensando…" Falou Lily, depois de imitá-lo. "Este é um caso muito estranho."
"Nem me fale…" Ele murmurou. Fez sua esfera percorrer o caminho à sua frente, e uma escada para o segundo andar se revelou. "Então, eu checo lá em cima e você aqui embaixo, de novo?" Sugeriu Lily, sorrindo.
James mordeu o lábio inferior. "Tem certeza? Acho melhor ficarmos juntos…" Ela balançou a cabeça. "Demora demais. Não é só você quem quer acabar com isso logo… Além do mais, não há nada aqui que eu não possa congelar ou cozinhar." Falou subindo as escadas.
"Tá… Tá certo… Tome cuidado, então." James disse seguindo-a com o olhar, e Lily mandou-lhe um beijinho da escada.
O segundo andar estava muito mais escuro, pois não havia a fraca luz de fim de tarde que entrava pela porta que havia no primeiro andar. Ela começou a andar vagarosamente, e fez com que sua esfera de luz ficasse alguns centímetros à sua frente.
Estava em um enorme e escuro hall que, estranhamente, continha apenas um armário grande e velho. No mais havia apenas uma porta na outra extremidade, que Lily ignorou, olhando o armário. Não poderia haver situação mais típica.
Diminuindo um pouco a luz, Lily aproximou-se o mais silenciosamente possível. Ela estava tentando manter o nervosismo sob controle, e baixou a temperatura ao seu redor, só por precaução. Levou uma mão à maçaneta empoeirada e, depois de inspirar bastante ar, abriu a porta violentamente.
Além do barulho e uma nuvem de poeira, nada mais aconteceu. Havia dois cabides quebrados e muito mais poeira, porém nenhum vampiro. Lily suspirou e já ia se virar, quando algo entrou em contato com seu rosto. Ela caiu pesadamente no chão, fazendo mais poeira levantar.
"Ouch!" Ela exclamou, passando uma mão na bochecha que já começava a avermelhar. "Bruto!"
O vampiro riu pelo nariz. "Sabe, é engraçado o que vocês pensam de nós. Um armário? Por favor, tenha um pouco de classe! Há uma cama naquele quarto, obrigado!"
Levantando-se, Lily riu. "Claro, tenho certeza que foi de muita classe dividi-la com poeira real e ácaros nobres!"
O vampiro a olhou com desdém. Era baixo e sua pele muito pálida, como a de todos os vampiros. Os cabelos ondulados não ultrapassavam a altura do queixo e vestia roupas sociais, porém um pouco empoeiradas. Seus olhos eram muito azuis, podendo ser notados até naquela escuridão em que estavam, já que carregavam o brilho sobrenatural que os olhos dos vampiros costumam ter.
"Não está um pouco cedo para estar levantando?" Perguntou Lily, ainda esfregando a bochecha. "Fui acordado." Grunhiu o vampiro. "O que faz aqui, bruxa?"
"O interrogatório é meu." Ela respondeu friamente. "O que pensa que está fazendo, invadindo todas essas casas? Dois trouxas morreram, tivemos um trabalho enorme para arrumar o problema."
Ele riu mais uma vez. "Quantas vezes acha que precisamos nos alimentar por semana? A única casa que entrei foi esta aqui em frente."
"E teve o azar de ser a casa de uma bruxa." Lily disse quase rindo e o vampiro fechou a cara. "O que você me diz apenas deixa a situação mais confusa. Achei que valorizassem a discrição tanto quanto nós."
Ele grunhiu. "Você está me irritando, bruxa. Nada disso é do seu interesse." Ele começou a avançar em direção a Lily, que foi afastando-se até encostar na parede. Porém não parou de encará-lo. "Eu acho que é tudo muito do meu interesse, obrigado."
O vampiro abriu a boca, mostrando os caninos e preparou-se para atacar, quando de repente parou onde estava, boca aberta e olhos brilhando. O ar ao seu redor ficou repentinamente frio. A pele, normalmente branca como cera, tinha uma tonalidade azulada.
Ele estava congelado.
Lily pôs a mão no rosto gelado. "Esta é a habilidade da minha família. Quer dizer, não exatamente da minha família, já que começou comigo… Meus pais e ancestrais, todos são trouxas…" Os olhos azuis, que eram as únicas partes do vampiro que ainda demonstravam sinal de vida, brilharam de raiva. "Sei que está me ouvindo, mas não é de serventia nenhuma para mim se não puder responder minhas perguntas. Agora, se quiser que eu o descongele, vai ter de me prometer que vai se comportar. Não mexo com gelo, e sim temperatura, posso aumentá-la até você virar um cozido de órgãos mortos, estamos entendidos?" Não era bem uma pergunta, já que Lily não esperava uma resposta, de qualquer forma. "Ótimo."
Rapidamente a temperatura foi aumentando e o gelo derretido escorrendo pelo corpo e roupas do vampiro. Assim que se viu capaz de movimentar-se novamente, ele pulou em direção a Lily, agressivamente. "Vocês nunca aprendem?" Ela gritou, estendendo os dois braços para fazer a temperatura cair novamente. No entanto, uma forte dor na cabeça fez com que perdesse a concentração, e antes que pudesse fazer qualquer coisa, sentiu ser puxada pelos cabelos e jogada contra a parede.
Bateu com as costas e cabeça diretamente na parede de tijolos que, ainda que antigos, ofereceram resistência suficiente para que ela visse estrelas antes que fosse agarrada pelo pescoço por uma mão forte com unhas bastante afiadas.
Sua visão estava começando a escurecer, quando ouviu barulho de patas trotando no chão de madeira. Ouviu também o som de alguém que ficava abruptamente sem ar. Sentiu a mão soltar seu pescoço, e seu corpo começar a cair. Fechou os olhos, esperando encontrar o chão duro, porém o que sentiu foi um corpo peludo. Passando a mão lentamente pelo pêlo curto e sedoso, murmurou com voz fraca: "James."
Ela sentiu o corpo dele transformar-se lentamente, até estar sendo apoiada por costas largas, e segurou fortemente no pescoço do seu namorado. "Lily, meu amor, se continuar assim eu vou morrer asfixiado antes de poder ajudá-la."
Lily afrouxou um pouco seu aperto e grunhiu. "Porque demorou tanto?" James sorriu. "Trânsito ruim." Depois olhou seriamente para os dois vampiros à sua frente. O vampiro que Lily enfrentara estava em pé, presas à mostra, olhando defensivamente de James para o recém-chegado que estava caído no chão.
O recém-chegado era na verdade uma mulher. Ela rosnou para o outro, que hesitantemente ajudou-a a se levantar. Ela segurava a região lombar e sorriu de lado. "Acho que quebrei uma ou duas costelas, impressionante… O que era aquilo? Um cervo?"
James apenas encarou-a, os olhos castanhos cheios de fúria. "Vocês podem escolher vampiros, pretendem morrer de forma rápida ou lenta?"
Ela sorriu achando graça e estreitou a postura, mexendo-se um pouco, fazendo um ou dois ossos estalarem. Aparentemente as costelas já estavam boas.
A vampira tinha os cabelos negros que ia até o queixo num corte muito reto, e tampavam metade do seu rosto. O olho que estava a mostra era castanho e ela usava um batom muito vermelho. Vermelho também era o vestido de festa que usava, com uma fenda lateral que quase chegava ao quadril e um decote que mostrava boa parte dos seios. "Ninguém vai morrer hoje, bruxo. Pelo menos não agora."
James intensificou o olhar enquanto ela terminava de limpar a poeira da roupa. "Peço perdão pelas minhas maneiras rudes, mas não podia deixar a mocinha aí congelar Tom mais uma vez. Como podem ver, estamos arrumados para um compromisso hoje. Bom, pelo menos deveríamos estar, Tom parece ter se esquecido disso." Ela lançou um olhar depreciativo para seu companheiro, que a ignorou, mantendo os olhos nos dois bruxos.
"Por que está atacando as casas?" James perguntou, frio. A vampira balançou a cabeça. "Pft. Oras, não seja ridículo! Você acha que eu bebo sangue de humanozinhos quaisquer na rua? Minhas presas apenas conhecem os pescoços ricos e famosos, cujo sangue tenha sabor de champanhe e caviar. Apenas os jovens tolos como Tom estão fazendo isso."
O vampiro chamado Tom grunhiu alto. "Por que você veio aqui, Sáskia?"
"Porque, Tom, por mais ignóbil que você seja, se morrer serão cinco anos de trabalho perdidos, meu aprendiz. Além do mais, preciso de um par para esta noite. Seria ridículo chegar sozinha. Por isso…" Ela virou a cabeça para James e Lily. "Peço licença para partirmos…"
"O que está dando em vocês vampiros? Não se importam mais de serem descobertos?" Lily perguntou, estando mais recuperada.
Tom riu. "Tolice dos velhos. Em breve nada disso será mais necessário!" Sáskia estreitou os olhos e o acertou fortemente no estômago. "Calado!" Sibilou.
"O que você quer dizer com isso?" Perguntou James, ajudando Lily a ficar em pé.
"Cale a boca, Tom. Isso é apenas um boato idiota entre os jovens insensatos e estúpidos o suficiente para acreditarem em qualquer coisa que ouvem. Só digo uma coisa, bruxos, tomem cuidado com a sua própria espécie." Dizendo isso, a vampira puxou Tom pelo braço e pulou pela janela mais próxima, rasgando o plástico e quebrando o vidro. James e Lily correram atrás deles até o peitoril, mas não viram nenhum dos dois na rua deserta, ouvindo apenas um comentário perdido no ar sobre 'saída indigna'.
Lily encostou na parede e suspirou. James colocou-se à sua frente e passou um dedo delicadamente sobre a marca roxa no rosto da namorada. "Eu vou matar aquele vampiro que pôs a mão em você." Disse ferozmente, porém Lily balançou a cabeça. "Acidente de trabalho. Acontece. Agora temos de reportar isso tudo para MacGonagall. É a prioridade."
Hesitantemente, James assentiu. Ela estava certa. Sempre estava. Afastou-se um pouco e os dois desaparataram de lá.
:
Author's nonsense: Eu me recuso a usar os vampiros que a J.K Rowling descreve ¬¬" Os vampiros dessa fic serão uma mistura dos vampiros da Anne Rice com o pouco que eu sei de Vampiro: A Máscara. Se bem que isso não faz muita diferença para a história, estou falando só de curiosidade mesmo XD
Hum... Não tenho desculpas para a demora, como sempre. Só posso xingar o colégio como sempre também. Pelo menos me faz sentir melhor…
Eu sei, nada de Sirius/Remus neste capítulo, mas ele foi necessário X3
Ah, e quem leu estuprou ao invés de estuporou pelo menos uma vez, levanta a mão! XDD (levanta)
