Voltando a dizer, de novo, Love Hina e seu universo pertence a Ken Akamatsu. Cebolinha, Mônica, Cascão, Chico Bento, Magali, Bidu, Franjinha, Jotalhão, Astronauta e etc... pertencem à Maurício de Sousa Produções.

E o autor dessa fanfic, ou seja, eu, detesta gibis da Disney, exceto os do Zé Carioca. É a minha opinião.

Cebolinha em conserva

Na cozinha da hospedaria, quem passasse por lá veria um combate épico, histórico, e por que não tenso e sufocante: Shinobu Maehara mostrando todo o seu arsenal de iguarias e guloseimas tipicamente japonesas e Magali provando todas, sem deixar nem a peteca cair tampouco saciar sua fome.

Kaolla parou para ver o fato não-anunciado, e logo arregalou seus já grandes olhos verdes:

- Essa menina tem o apetite maior do que o meu... – balbuciou, enquanto chorava.

Keitaro estava sentado no telhado, pensando na verdadeira balbúrdia na qual o Hinata-sou se transformou. E pelo fato que Narusegawa ainda não deu o soco matinal na boca do estômago, que Motoko não fatiou sua calça com técnicas de kendô, que Kaolla ainda não deu um chute em sua cabeça dando as boas-vindas... Até memso daquele sorriso tímido de Shinobu ele estava sentindo falta.

- Afinal, o que esses personagens de gibis brasileiros estão fazendo aqui na minha hospedaria?

- Ué, você não é protagonista deste mangá, Keitaro? – disse sua tia, inclinando seu rosto na frente dele e mostrando um belo olhar raramente visto.

- Tia, tia Haruka? – e Haruka dá um tapa no cocoruto de Keitaro, que escorrega do telhado e cai exatamente... em cima do busto de Narusegawa.

- Keitaro, seu pervertid... – só que, antes de Narusegawa ameaçar dar seu Naru-punch, Mônica pegou o Liddo-kun e deu uma "Liddo-cacetada" em Keitaro, o devolvendo para o telhado...

- Esse não aprende mesmo, né, Naru? – perguntou Mônica a sua nova amiga. Ela e Kitsune, que estava lá escondendo suas garrafinhas de saquê (não pega nada bem deixar bebidas alcoólicas para criancinhas de seis anos com coelhinho de pelúcia, né?), riram.

Cebolinha estava escondido ao lado da casa de chá de Haruka, quando percebeu (pelo olfato) a presença de seu amiguinho.

- Cascão! Cascão!

- Cebolinha? Que bom te ver p...

- Quieto! Quer estlagar tudo? Não quelo me encontlar com a Mônica por aqui! Aqui é o Palaíso!

- Não, Cebolinha, o Paraíso é três estações de metrô para a frente! Aqui está com mais cara de Liberdade!

Cebolinha faz aquela cara repreensiva que só os personagens da Turma da Mônica fazem.

- Aqui as galotas são bonitas, eu blinco, me divilto e não lecebo coelhadas!

- Mas será que é porque aqui não há coelhinhos de pelúcia nem gorduchas com dentões?

- Isso não vem ao caso, Cascão... Olhe só o que peguei, enquanto ninguém estava olhando!

- Mas isso aqui é o... Sansão?

- Isso mesmo! Adivinhe o que eu tenho em mente pala essa talde?

Duas vozes disseram:

- Mais um plano infalível...

- Isso mesmo, Cascão, mas... Ei, quem disse isso junto com você?

E um braço esquerdo se levanta.

- Laluka-san? (Cebolinha pronuncia Haruka com som de R, e como ele troca as letras...)

- Cebolinha, se esqueceu que eu sei falar e ler em português? O time do São Paulo deixou um gibi da sua turma comigo, é o mesmo que o Keitaro guardava.

- Dloga, me entleguei...

- Venha, Cebolinha... Eu te levarei para perto de sua turminha. Ei, cadê o coelhinho azul de pelúcia?

Sarah passou feito um foguete e pegou o coelhinho das mãos de Cebolinha.

- Oba, agora eu poderei dar um nó nas orelhas dessa coisa encardida e ridícula... Odeio brasileiros! Odeio aqui! Quero voltar para a minha Califórnia! Suu-chan, vem dar nós na orelha desse treco comigo!

- Er... Sarah, se eu fosse você não faria isso...

Eis que surge um Liddo-kun em alta velocidade, se chocando com o rosto da pequena americana.

- Eu já falei para não chegarem perto do meu coelhinho! – disse Mônica, duas vezes mais invocada que o costume.

- Boa, Mônica-chan! Essa pequena ianque teve o que merecia! – aplaudiu Kitsune que, para variar, estava só vendo o circo pegar fogo.

- Isso não foi nada, garotas... Mas... aqueles cinco fios de cabelo pontudos aí... Cebolinha?

- Mo, mo, Mônica?

- Cebolinha, se você soubesse o quanto eu estava preocupada te procurando... Não me deixe preocupada, "baka"!

- "Baka" ?

- Nossa, eu estou aprendendo a falar em japonês... – e riu, envergonhada.

Ao mesmo tempo, na cozinha, Shinobu e Magali decretaram o empate; acabou a comida da despensa e ao lenha do forno da hospedaria.

Franjinha estava completamente catatônico, pois, afinal, estava ao lado de Naru Narusegawa, sua deusa em papel e nanquim. E Kaolla Suu suspirava, pois o ídolo dos inventores de gibis publicados nos países de Terceiro Mundo estava ao seu lado...

Todos se dirigiram à sala. Mutsumi e Magali foram apresentadas, e começaram a trocar informações sobre suas maiores paixões, as melancias!

- Ara, ara, quer dizer que no Brasil as melancias se encontram em qualquer lugar?

- E elas são vermelhinhas, vermelhinhas!

Não preciso dizer que as duas se tornaram amigas logo de cara.

Cascão fugia desesperadamente da mais nova invenção de Kaolla, o "Limpador de Porquinhos Super Economic Plus"... Super-econômico pois... não usava água!

Cascão recebeu o raio limpante e ficou chamuscado. Chamuscado porém limpinho.

Naru e Mônica, cada um segurando o mascotinho da outra, riam ao verem que tinham muitas afinidades entre si:

- Mônica-chan, é verdade que você não sabe cozinhar?

- O Cebolinha espalhou isso?

- Sim, ele espalhou...

- Aquele pestinha... Mas... é verdade...

Keitaro e Cebolinha conversavam sobre as potências das coelhadas de Mônica, o Zan-gan-ken de Motoko e o Naru-punch...

- Keitalo... Como é que você consegue supoltar as pancadas das galotas todos os dias?

- São anos de dedicação, experiência e saber quais tábuas do piso estão podres, para poder cair sem se machucar muito!

Alguns minutos depois, Motoko se aproximou de Naru e Mônica, e pediu, envergonhada:

- Mônica-senpai... Poderia me emprestar seu coelhinho, um só instante?

- Claro, Motoko! O que você vai fazer com ele?

Motoko foi treinar no terraço.

"Nossa, como um coelhinho tão fofo pode dar tantos estragos? Será que..." – E Motoko deu uma coelhada no para-peito do terraço. Não preciso dizer que o terraço desabou...

Na manhã do dia seguinte, os personagens da turma da Mônica se despediam de Hinata-sou. Cebolinha chorava de emoção, pois "despedidas são tlistes e a Mutsumi tem um colo fofinho".

Nesse exato instante, Shirai e Haitani apareceram na hospedaria.

- Keitaro? Aqui virou uma creche? Quem é essa garotinha baixinha, gorducha e dentuça que carrega este coelhinho azul encardido?

- Rapazes, se eu fosse vocês não diria isso...

Mônica e Narusegawa pegaram Sansão e Liddo-kun, os arremessaram e fizeram Shirai e Haitani voarem longe...

- Ninguém fala assim de minha amiga! – exclamou Narusegawa.

- Apoiado! – disse Magali.

E todos caíram na risada. Franjinha, que havia passado a madrugada anterior bolando um aparelho de transporte rápido com Kaolla, deu a partida, e os brasileiros saíram de Hinata-sou.

- Professora Mizuho? O que foi aquilo? São mais parentes seus que querem nos visitar?

- Não, Kei-kun... Não sei de onde eles vêm!

- Flanjinha, essa polcalia que você e a Kaolla inventalam, não funcionou...