As lembranças de uma guerra...

O mundo é feito por pessoas... O mundo de hoje é o reflexo das pessoas de antigamente.

É o que ocorreu por prenderem seus filhos, já que eles pediam liberdade.Mas, quando se há liberdade demais, há depressão.

Crianças que desejam atenção, crianças que choram por afeto.

No mundo milhares de pessoas são cruéis e impiedosas, não enxergam a bondade e pisam nos mais fracos.

Principalmente, se conseguirem algo em troca.

Esnobar as pessoas virou passatempo de alguns.Enquanto, o hobby de outros é apenas as lágrimas.

Pessoas cada vez mais são falsas, ciumentas, invejosas.

E menos confiáveis.

As pessoas só enxergam seus próprios narizes.

E foi por isso, que eu estive ali... Tentando acabar com um mundo que não me pertencia.

Com um mundo que deveria ser destruído.Não para alguém dominar as ruínas, mas, para educar e reeducar essas pessoas nojentas.

Como se eu fosse um bom exemplo de pessoa.

Eu esnobava, eu era o "ser superior", não obedecia a regras tolas... E ainda era um estudante de uma escola... Muito conhecida.

Claro o tal "herói" estava lá.

Hogwarts, além do santo Potter bobo, havia Dumbledore, o diretor...

Eu estava no último ano, faltava apenas, três meses para me formar... Quando a guerra começou e o desespero, também.

Ainda juravam que a escola de magia bruxa era segura, e realmente, era.Eu era um comensal, nunca neguei, depois, do feito nada se podia fazer.

Eu havia me transformado em um nas férias do Natal.No dia vinte e oito de dezembro, me lembro como se fosse hoje.

O silêncio, ninguém ainda sabia.Além, daquele diretor maldito que começou a me cercar, não evitava dar risos e dizer que eu podia me arrepender e que eu podia voltar atrás.

E fingiam que nunca ouviram eu falar... Mas, eu confesso:

"Eu podia... E eu queria...".

Porém, estava entre a cruz e a espada, meu pai me mataria e meu orgulho acabaria com o resto dos meus dias.

Por isso, continuei em silêncio.Sendo apenas, um recente comensal.

Como alguns diziam... Jovem demais, bobo demais, será morto logo.

E meu pai ria, ainda lembro da risada irônica e fria que congelava o mais puro coração e os assustavam.Além, de fazer as almas das pessoas tremerem de terror.

"Não... Ele é um Malfoy" dizia meu pai com orgulho.

Aqueles idiotas foram mortos um a um.Tirando os que se renderam ou foram capturados.

Mesmo com a guerra já em ação, todos terminaram o ano, inclusive eu.

Acho que Alvo Dumbledore acreditava demais em mim.

Demais...

E quando eu já estava formado fui terminar com meus deveres...

Mas, não escolares.

Eu fui para a guerra, como um servo de Tom Riddle!Sim, pois, este é seu nome.Não temi dizer seu nome verdadeiro... Nada daquilo que não pode ser dito ou outro.

Voldemort não era nada.Apenas, um nome falso e sem razão.Uma loucura de alguém que desejava um mundo que não podia ter.

Enquanto, eu também queria um mundo, que não me pertencia... Queria esnobar e mostrar não só na riqueza, mas, em todos os aspectos o quão eu era forte e como eu era poderoso.Melhor do que todos.

Entretanto, eu só não sabia que no fim...

Como Voldemort pensava ser superior.

Eu e ele éramos iguais.Totalmente cegos.

E no final, eu vi que eu era igual a todas as pessoas.

E bruxos.

Que eu não era superior... Em nada.

Que sempre haveria alguém melhor do que eu...

Agora voltando a falar sobre o diretor da escola bruxa mais conhecida que se viu até nos últimos anos...

Ele confiava demais em mim.Na verdade, ele confiava em todos os seus estudantes.

E amavam os como um pai.Principalmente, o Santo Potter.

Eu vi aqueles olhos azuis pedirem socorro, quando Voldemort perfurava seu coração com as próprias mãos.

Eu vi naqueles olhos... Compaixão.

Eu vi o seu último sorriso sincero e irônico, apesar do sangue que escorria de sua boca.

E sem ação... O vi cair já morto ao chão.

Infelizmente, eu não pude presenciar o fim de Voldemort, quando Potter o perfurou com a espada da grifinória.

Como tudo acabou "bem"...

Eu estava sem rumo.

Pois, a suplica de Dumbledore, apesar de que ele nada havia dito, somente implorado com o olhar... A ajuda que ele desejava.

Eu nada fiz.

Descobri também, que eu não era forte... Nem corajoso.

Que eu era um covarde.

Entretanto, não foi apenas isso que está na minha mente até hoje.

Lembro das pessoas que matei.

Sem piedade.

Lembro que eu me aproximava de minhas vítimas, e antes de matá-las eu sussurrava um adeus em seus ouvidos para que tremerem, para morrerem desesperados.

Lembrava dos gritos das pessoas que sofriam Crucio.

Era seu passatempo fazê-lo.

Ver os gritos de pavor.

E principalmente, as lágrimas escorrerem por sua face.

Mas, ainda lembrava da morte de uma mulher... Eu não sabia o nome dela.Também, eu nem quis perguntar.

Ela se pôs contra mim.

E então, sem piedade soltei uma Avada.

Era trouxa.Sem magia.

Soltei uma gargalhada forte e sem sempre.

Escutei um choro de criança.

O que fez com ela? Ainda ouvia o grito do menino de dez anos.

Eu o encarei.As lágrimas... Escorriam sem cessar.

Mamãe... Mamãe...

Eu não consigo esquecer.Não consigo apagar, os berros.Todas as noites relembro.

Como se fossem hoje... Como se eu estivesse as ouvindo ainda.

Lembro-me da suplica de um homem que segurava um bebê e estava do lado de uma mulher muito machucada, eu sei, eles eram bruxos... Mas, estavam fracos, sem varinha... Quase mortos.Eu havia os machucado.

Com todas as palavras possíveis, lembro me de ter pisado nas varinhas dele e as terem quebrado e depois, ainda as fiz virar pó.

Lembro me da respiração forçada da mulher.

Que protegeu o filho até quase desmaiar.Do marido segurando sua mão, e dizendo para ela viver.

Do choro do bebê.

Mas, não é só isso que eu me lembro...

Eu lembro que Potter me atingiu no ombro, eu também estava muito machucado.Andava mancando, e tenho uma cicatriz nas costas de uma magia que o Ronald Weasley me acertou.

Lembro me da batalha como se tivesse ocorrido ontem... E lembro do caos.Das ruínas...

Como alguém poderia deixar um mundo em ruínas para dominá-lo...?

Eu só queria o mundo.

Não queria acabar totalmente com ele, acabar com flores, que eu particularmente admiro, com as florestas, árvores e rios.

Mas, com as pessoas...

Não fiz esforços para acabar com todas que eu via pela frente.

Porque eu não acreditava nas pessoas.

Elas eram falsas...

Como eu mesmo era.

Falso...

E claro... Uma cobra venenosa.

Principalmente, quando as vítimas eram mulheres solteiras...

Eu não resistia, fazia provocações.Algumas eu até as envolvia com meu charme.

Não nego, eu tinha charme.

Que encantava a todas as mulheres possíveis.

Todas as que eu queria encantar e as que eu não desejava.

Ainda acho que era um exagero, eu era um exagerado.

Mas, quando a vítima era uma mulher...

Eu murmurava coisas bonitas em seus ouvidos, eu segurava a mão delas.

Assustada?

Não tenha medo... Eu vou fazer muito bem para você.Sabia que seu perfume é o mais gostoso que senti?

Eu tocava a face delas.

Mas, em nenhuma... Eu cheguei a abraçar.

A beijar...

Quer dizer... Menos uma.

Porém, ela não morreu...

Sua pele é tão macia... Quero fazer você feliz.Gosta de ar puro?Gosta de felicidade?Eu vou mostrar a felicidade... Qual é sua cor predileta?Estou fazendo muitas perguntas...?

Algumas olhavam com muito medo, outras se divertiam.Algumas ficavam com receios...

Mas, seja como reagiam, na maioria das vezes... Elas acabavam cedendo.Ficavam "encantadas".

Talvez, pelo fato de que eu pudesse as proteger... Não nego que muitas me enfrentaram, sabiam que eu era um comensal.

Apesar, de que eu não andava com máscaras e aqueles mantos.Eu andei... Até me cansar... Ou precisar tirá-los, pois, estavam rasgados ou pesados demais... Chegou uma hora em que até eu estava fraco.

A minha cor predileta é vermelha... Mas, sei que não vou vê-lo... Então... Boa sorte.

Eu sempre quando possível desejava boa sorte.

Avada Kedrava.

Era divertido.

Desculpe... Escapuliu.

E eu ria e ria.

Nem sei como não enlouqueci.

Mas...

Eu me lembro de alguém...

De uma mulher...

Sim aquela que eu falei que não morreu.

Não era uma mulher.

Pois, nem eu era completamente um homem.

Eu estava correndo riscos e brincando com a vida das pessoas.

Eu estava sendo tolo demais.

Mas, era isso...

Ou aquilo.

Eu só optei pela razão errada.

Eu poderia ter desistido quando Dumbledore disse que eu ainda tinha chance, poderia ter trabalhado como um espião... Mas, neguei.

E neguei minha vida no momento que eu o fiz.

Agora voltando à mulher... Que não faleceu.

Eu ouvi um choro de mulher, como tantos que eu havia ouvido antes.

Caminhei em direção de tal, eu sabia onde encontrá-lo, eu conhecia o cheiro do medo, o caminho para encontrar os medrosos.

Lá estava ela, com uma capa e um capuz, branco... Quer dizer... Vermelho e negro.

Sujo de sangue e de sujeira.

Ela estava ao lado de um corpo, conhecido meu.

Logo reconheci...

Era Molly Weasley, a mãe dos Weasley.

A coelha.

E já sabia quem era a garota.

Era ela...

A Weasley fêmea chorando pela perda.

Quando ela me viu, ela gritava, me culpava...

E diferente de todas as situações, ela me enfrentou...

Ainda sinto minha bochecha queimar pelo tapa que ela me deu.

Sim, ela me deu um tapa.

Idiota

Idiota

Quem pensa que é?

Você não tem coração...!

Como eu pude acreditar em você?

Como pode ser tão idiota?

Como nos traiu?

Você era alguém que deveria estar do nosso lado...

Ela gritava...

Sabem por que ela achava que eu deveria estar do lado deles?

Dumbledore confiava em mim... Ele me salvou de uma magia qualquer...

Por que uma magia qualquer?

Eu não a conhecia direito...

Mas, seja como for...

Ele soube me defender

E ninguém se feriu.

Eu prometi segui-los uma vez.

Mas, já ouviram falar na promessa com os dedos cruzados...?

E foi ele, o diretor que veio falar comigo...

"Siga nos..." eu lembro das palavras até hoje.

Mas, novamente, eu repito... Eu não o fiz.

Eu odeio você!

Ela exclamou...

E aquilo ficou na minha mente.

Eu odeio você!

-.-Continua-.-

Olá, esta é uma short-fic.Sim, bem pequena mesmo.Tem só 2 cap.

Que eu irei postar assim, que tiver alguns comentários aqui.Fiquei na séria dúvida de classificar essa fic.Ela é meio angustia, tem o romance de sempre, mas, tem drama... E muita drama.Acho que vai ficar nessa classificação mesmo.

Espero que vocês gostem da história.Eu demorei pra finalizá-la, porém, agora está pronta e eu não vejo a hora de ouvir mais opiniões.

Meus amigos me ajudaram bastante... Muito obrigada!

Bem, eu já vou indo nessa.

Muitos beijos

Dani-chan