Capitulo 2: Um Passado que não quer passar!

Por várias semanas, se evitaram. Cruzavam-se nas salas dos professores ou mesmo no corredor, mas Snape sempre virava o rosto e fingia que ele não estava ali. Mas Lupin não agüentava isso. Não era tão forte. Na verdade era um fraco e admitia isso, além do mais ainda amava o ex-namorado. Então depois que aos alunos não mais era permitida a saída do Salão Comunal, foi procurar Snape.

- O que faz aqui? – perguntou Snape da porta.

- Não vai me convidar para entrar? – perguntou Lupin.

Snape empurrou a porta, mas Lupin pôs o pé impedindo-a de bater. Empurrou a porta e Snape deu um passo para trás.

- Não está sendo educado, Severo. – disse fechando a porta e trancando-a.

- Fique longe de mim, Remo Lupin – ameaçou Snape. – Ou se arrependerá.

- Tsc, tsc, continua teimoso. – disse virando a cadeira e se sentando. Eu sei que gostou de me ver. Mesmo que diga que não.

- Engano seu. – retrucou Snape. – eu detestei, lembrei dos péssimos momentos de antes.

Lupin entristeceu-se. Levantou e ficou diante de Snape, que desviou o olhar. Segurou em seu braço e levantou o rosto de Snape com uma das mãos.

- Então todos os momentos que passamos juntos foram péssimos para você?

- Não, Remo. Eu não quis dizer isso. – respondeu Snape com lágrimas nos olhos. – Eu te amei mais do que tudo em minha vida, mas isso acabou.

- Mas ainda podemos reviver alguns daqueles momentos, Severo.

- Não. Não podemos. Já disse que tudo aquilo ficou para trás.

Mas não era verdade. Sabia disso no fundo de seu coração que doía ao vê-lo, doía quando ele o tocava. Lembrava de todo o tempo que passaram juntos, de seus beijos, de seu toque, de todas as vezes que o defendeu das provocações de Sirius e Tiago. Tudo foi muito bom, mas decidiu deixar tudo para lá, esquecê-lo. Mas Lupin tinha que reaparecer em sua vida e estragar tudo. Estava decidido a ignorá-lo, mas Lupin insistia em manter-se em sua presença, em sua vida.

- Por que diz essas coisas se posso ver que ainda sente alguma coisa por mim? – perguntou aproximando-se da boca de Snape.

- Por favor...

Mas não disse o resto, deixou-se levar pelo toque dele em seu rosto, por seus braços o envolvendo, por seu corpo quente, pelo gosto de sua boca. Abraçou-o também e entregou-se ao beijo quente de seu antigo amor.

Lupin colocou o braço em volta da cintura de Snape e puxou para junto de seu corpo, beijando-o na boca, sentindo novamente seus lábios e todo o tesão que aquilo lhe provocava. Severo era quente, tinha muito fogo se lembrava-se bem. Logo ambos estavam envolvidos por recordações do passado, sentindo-se novamente adolescentes apaixonados.

Então Snape afastou-se e deu um tapa no rosto de Lupin.

- Eu te disse para afastar-se de mim. – gritou com lagrimas escorrendo por seu rosto. –Não faça isso novamente. Não pode trazer aquele tempo de volta. Não pode mudar as coisas. Será que você não entende?

- Não. Eu não entendo. Severo. – disse de pé firme - Ainda me ama. Eu sei. Eu senti quando me beijou.

- E se ainda amar? Isso não faz diferença. Vá embora. Deixe-me em paz. – gritou. Mas ele mesmo saiu da sala, chorando. Todo seu corpo doía numa mistura de amor, paixão, desejo e até mesmo um pouco de ódio. Seu coração queria se entregar, mas sua mente dizia que não, que estava errado e que tudo provocaria mais dor e sofrimento. Mas isso já não sentia agora?

Mais tarde dormiu, pensando em Lupin e sonhou que eles ainda eram adolescentes e que estavam juntos, fazendo juras de amor eterno.

Continua...