Parte 2
Cap. 1: Reencontro
Dois anos se passaram desde o sequestro e Hotohori agora, um rapaz esguio e muito bonito com longos cabelos negros, estava na faculdade. Era um excelente aluno, mas não tinha muitos amigos, um dos fatores que contribuía par isso era o seu namorado, um loiro, alto e forte, lutador de kickboxing e muito assediado, tanto por garotos quanto por garotas. Hotohori sentia muito ciúme dele e tinha raiva porque a maioria das pessoas que se aproximava dele era por interesse em seu namorado.
Não era todo mundo que sabia do namoro dos dois, alguns achavam que eles eram somente amigos, e isso era devido ao fato de que seus pais não sabiam que ele era homossexual. Tinha pavor só de pensar na reação do pai ao saber disso, com a mãe até conseguiria se entender, mas com o pai sabia não teria conversa.
Andava a passos rápidos e como segurava alguns livros, por isso não viu um homem de boné agachado, limpando o chão, e tropeçou nele, derrubando seus livros no chão.
- Seu idiota! – gritou Hotohori furioso. – Por que você não sai do meu caminho?
Seu coração disparou e ele achou que iria desmaiar quando o homem levantou a cabeça trazendo seus livros no braço.
- Tama... Tamahome! – gritou levando as mãos à boca, assustado com sua própria reação.
Tamahome devolveu os livros a Hotohori e levantou os olhos para alguém que vinha atrás dele, baixou a cabeça, cobrindo o rosto com o boné.
O homem abraçou a cintura de Hotohori e beijou-o no rosto.
- O que foi, meu amor? - perguntou, olhando Tamahome de cima a baixo. - Você parece assustado. Esse daí fez alguma coisa para você?
- N-não, Nakago. Eu só tropecei e derrubei os livros.
Nakago torceu o nariz e Tamahome abaixou-se para pegar o material de limpeza.
- Com licença. – disse, baixando mais ainda o boné. - O idiota aqui, precisa terminar seu serviço. - E se retirou.
- Quem esse empregadinho pensa que é? – disse Nakago, mas deu de ombros. – Bem, não importa. Mas que diabos você tem Hotohori? Parece que viu um fantasma!
- Nada, meu amor. – respondeu Hotohori tentando se recuperar do choque. – Eu só levei um susto quando tropecei, só isso mesmo. Vamos embora.
Nakago pegou os livros de Hotohori, os pôs em uma das mãos e com a outra segurou a mão do namorado. Continuou intrigado com a reação dele, mas não deu mais atenção ao isso depois de deixá-lo em casa.
Cap. 2: ExplicaçõesHotohori estava atônito, jamais, mesmo em sm seus mais loucos sonhos, e quantos foram os sonhos, ele não imaginava encontrar Tamahome como empregado da faculdade em que estudava. Achava que aquilo fora um delírio e não consegui dormir essa noite. Pela manhã quando Nakago ligara para aparentemente perguntando se ele estava bem, foi que percebera o quanto fora descuidado. Será que o namorado percebeu alguma coisa? Outra coisa o incomodava, por que Tamahome evitara deliberadamente Nakago? Será que já se conheciam?
Tentou ser o mais discreto possível quando Nakago apareceu para pegá-lo em casa. Iam juntos para a faculdade sempre, o que não era nada estranho aos olhos de quem quer que fosse. Conheciam-se desde crianças, pois suas famílias eram amigas e Hotohori ainda não sabia dirigir e considerava constrangedor ir com o chofer para a faculdade, então Nakago ofereceu-se para levá-lo todos os dias, dizendo que não seria incômodo nenhum fazer isso, já que estudavam no mesmo lugar. O pai de Hotohori na maior das inocências nada via demais nisso, embora Hotohori tivesse a certeza de que sua mãe já desconfiava de alguma coisa.
- O que você tem? – perguntou Nakago, quando pararam num sinal pouco depois de deixarem a casa de Hotohori. Ele sorriu. – Está calado hoje.
Hotohori fingiu estar ofendido.
- E por acaso está querendo dizer que eu falo demais?
- Eu? – foi a vez de Nakago fazer cara de ofendido. – Imagina. Claro que não. – Ele pôs o braço no ombro de Hotohori, que inclinou-se para trocarem um demorado beijo de língua.
- Ops! – disse Hotohori pondo uma mecha de cabelo atrás da orelha. – O sinal abriu.
Ainda estou estranho, conclui depois de ser chamado a atenção pela professora, e Nakago também percebeu isso. Mas Hotohori sabia que só descansaria quando reencontrasse Tamahome.
Teve sua oportunidade no final da manhã. Ficara na sala copiando a matéria que perdera por estar "ausente" na aula quando o rapaz da limpeza apareceu.
- Boa tarde! – cumprimentou Tamahome num tom irônico. – Como um dos melhores alunos da faculdade ficou até mais tarde copiando a matéria?
Hotohori quase caiu da cadeira com o entusiasmo ao levantar e atirar-se no pescoço de Tamahome.
- Não faça isso, por favor – pediu Tamahome assustado. Como sempre Hotohori o surpreendia com suas reações. – Já pensou se alguém nos vê? O seu namorado, por exemplo?
Hotohori corou e baixou os olhos, envergonhado.
- Me desculpe. Acho que me empolguei demais. – Levantou a cabeça e o encarou. – E você o que está fazendo aqui?
- Vim limpar a sala, oras. – respondei Tamahome sorrindo.
- Não seja bobo. – retrucou sorrindo também. – Você sabe o que eu quero dizer. Como veio para aqui? Tive medo Tive medo que estivesse preso.
- Não fui. – disse virando-se para pegar a vassoura. – Gostaria de não ter feito aquilo.
- E a sua vó?
- Morreu há três meses. – respondeu secamente.
- Sinto muito.
- Não se preocupe com isso. Foi melhor assim. – disse começando a varrer o chão. – Ela estava sofrendo muito. Acredito que a morte tenha sido um alívio para ela.
- ...
Tamahome olhou e sorriu para Hotohori, que tinha no rosto uma expressão de espanto.
- Vovó trabalhou por muitos anos aqui. – explicou. – E tiveram uma certa consideração pelo neto dela. Estou aqui há quase um ano. – Viu que Hotohori abriu a boca para falar e completou. – Consegui te evitar todo esse tempo, mas você fez o favor de tropeçar em mim.
Barulhos de passos foram ouvidos no corredor a essa hora vazio e silencioso.
- É melhor você ir. – recomeçou a varrer o chão. – Não ia querer que te vissem conversando com o faxineiro.
Hotohori pegou os livros e saiu sorridente da sala. Abraçou Nakago quando este chegou perguntando se ele vira algum passarinho verde. Mais tarde quando chegaram em casa deram de cara com os pais de Hotohori pondo as malas no carro.
- Eu tinha me esquecido que eles iam viajar. – comentou quando atravessaram o portão de entrada da mansão. Encostou-se no ombro do namorado, dizendo numa voz doce: – Você não quer ficar aqui, amor?
Nakago sorriu e desceu do carro, cumprimentando os pais de Hotohori a quem chamava de "tios".
- Os senhores viajarão com meus pais, tio?
O pai de Hotohori mal olhou pra Nakago conferindo a bagagem.
- Sim, nós iremos para a conferencia juntos. – olhou para o relógio. – E já estamos atrasados. Vamos embora Naoko.
A mãe de Hotohori voltou sorrindo e entrou no carro que o marido já ligara.
- Fique se quiser, Nakago. – disse o Sr. Kishomoto. - Nós ficaremos cinco dias fora e vocês poderão fazer companhia um para o outro.
Hotohori sentiu-se corar com o olhar da mãe, que ia dele para Nakago e respirou aliviado quando os pais partiram.
- A casa é nossa, meu amor. – sussurrou Nakago no ouvido de Hotohori e agarrou-o pela cintura levando-o para dentro de casa.
Cap. 3: Noite RomânticaO jantar foi servido às sete horas em ponto e Hotohori, quase não tocou na comida e realmente estava com sono quando se despediu de Nakago.
- Tem certeza que você quer dormir? – perguntou malicioso abraçando Hotohori.
- Tenho sim. Não dormi direito essa noite. – disse beijando-o.
- Pensando em mim?
Hotohori não respondeu e Nakago deixou-o ir.
Hotohori não viu Tamahome durante todo o dia seguinte, ficou agoniado. Por que Tamahome fugia dele? Sabia que se ele se escondeu por quase um ano, não adiantaria procurá-lo agora.
À noite, tentou esquecer Tamahome e consegui não pensar nele durante o jantar preparado pelo próprio Nakago para os dois.
- Gostou, meu amor? – perguntou Nakago depois do jantar, envolvendo Hotohori num abraço apertado.
Hotohori estava maravilhado com o gesto do namorado.
- Se eu gostei? – repetiu emocionado. – Mas quem não gostaria?
- Eu mesmo que fiz tudo hein! - disse. – Modéstia à parte você sabe que eu sou um ótimo cozinheiro.
- Sei sim. – disse Hotohori beijando-o. – Mesmo assim eu te adoraria de qualquer jeito.
Hotohori fingiu comer e Nakago estranhou porque ele normalmente comia tudo o que vi apela frente. Mas hotohori fez com que desviar sua a atenção do jantar e levantou-se, incitando-o a também levantar.
Nakago suspendeu Hotohori, que prendeu-se a sua cintura, e subiu as escadas em direção ao quarto, onde jogou o namorado na cama e tirou a camisa, deitando-se entre as pernas de Hotohori. Beijou-o demoradamente e começou a tirar a roupa de Hotohori, beijando o local que ficava descoberto pela roupa que saia. Quando tirou-lhe a calça, beijou seu pé e foi subindo, devagarinho, para a perna, joelho, coxa, passou direto pela virilha e lambeu seu abdômen. Sorriu para Hotohori, que gemia de prazer, e chupou um de seus mamilos enquanto brincava com o outro com os dedos. Abocanhou os lábios de Hotohori, beijando-o freneticamente, enquanto puxava os quadris dele para cima, deixando-o numa posição mais confortável para a penetração.
Hotohori, como sempre acontecia quando transava com o namorado, delirava de prazer e não pensava em outra coisa, e até mesmo Tamahome ele esqueceu durando aqueles momentos de intenso prazer. Foi para as nuvens quando Nakago o penetrou e gemia aos movimentos ritmados que seus corpos faziam.
- Ahh! Ah! Ahhhhh! Ai! Nakago. - gemia. – Ai! Nakago vai, vai!
- Vou sim, meu amor. Vou ama-lo muito.
O ritmo das penetrações aumentava fazendo Nakago apertar e puxar mais forte ainda a cintura de Hotohori. Seu pênis expeliu o sêmem, deixando o líquido escorrer por seu peito e expirar também em Nakago. Logo depois Nakago também gozou, deixando dentro de Hotohori o seu esperma.
Hotohori ajeitou-se no peito suado de Nakago e foi acariciado pelo namorado até que minutos depois adormeceu.
Cap. 4: Só Mesmo em PensamentosNakago levantou-se logo que a respiração de Hotohori tornou-se lenta. Estava morrendo de calor, vestiu somente uma sunga, pôs uma toalha no ombro e desceu.
Jogou-se na piscina, sentindo o alivio e frescor proporcionado pela água, mergulhava e sorria, ao pensar que Hotohori poderia estar ali com ele, mas parecia que ele só pensava em dormir.
Saiu da água ao avistar uma mulher parada na beira da piscina, vestia-se como empregada, mas Nakago não a conhecia, pensou que ela devia ser nova na casa. A mulher deixou o queixo cair ao ver aquele homem todo molhado, lindo e loiro sair, com o corpo quase nu, da piscina.
- Sim? – disse franzido as sombracelhas.
A mulher sentiu a vagina molhar de excitação e sacudindo a cabeça discretamente pra voltar a si, perguntou:
- O senhor deseja mais alguma coisa ou eu posso me recolher, senhor?
- Não muito obrigado. – respondeu, olhando a mulher de cima a baixo. – No que depender de mim, você pode se deitar sim.
A mulher molhou os lábios e deu um passo à frente, sentindo uma leve repulsa, Nakago deu outro para trás.
- Você pode ir agora. – disse e se jogou na piscina. A empregada virou-se e ia embora quando ele a chamou de volta. – Ei, você poderia ver se Hotohori está acordado?
- É para chamá-lo, caso ele esteja dormindo, senhor? – perguntou tentando manter o rosto impassível, mas no fundo se perguntando o que aquele homem lindo queria com Hotohori aquela hora.
- Não precisa. – respondeu sorrindo. – Deixe que ele durma. Se ele estiver acordado peça a ele para vir até aqui.
A mulher acenou com a cabeça e retirou-se. Ai! Que homem lindo! Que homem gostoso! Ai! Que Tesão, pensouenquanto ia até o quarto de seu patrão.
Adivinhando quem era, Hotohori mandou-a entrar assim que ouviu as batidas na porta.
- Com licença senhor, ainda está acordado? – disse com certa surpresa.
Hotohori vestia um roupão e olhou para cara da mulher.
- E alguém consegue dormir com um calor desses? – disse pondo o cabelo para trás. – Além do mais Nakago faz muito barulho.
- Ai! Ele é tão bonito! – disse abafando um risinho, mas Hotohori fez uma cara tão feia que ela endireitou-se rapidamente e transmitiu o recado. – O senhor Nakago pediu para o senhor descer, caso estivesse acordado. – disse afinal.
- Eu já ia fazer isso. – disse amarrando o roupão. – Você está dispensada.
A empregada coçou a cabeça depois de deixar o quarto de Hotohori. O que iria fazer dois homens a uma da madrugada na piscina? E por que Hotohori fizera aquela cara quando elogiara Nakago? Está certo que não deveria ter dito aquilo na frente de seu patrão, mas será que havia sido só isso? Decidiu investigar.
- Estava acordado, meu amor? – perguntou Nakago, saindo da piscina para beijar Hotohori.
Vendo o namorado todo molhado, de repente Tamahome veio à mente de Hotohori. Lembrou-se do dia em que ele chegou todo molhado com a chuva e que se ele não tivesse sido tão teimoso, teriam transado. Sorriu Para Nakago tentando afastar o pensamento.
- Virei para o lado e você não estava lá. – disse Hotohori, fazendo manha. - Senti sua falta e acordei.
Nakago apertou-o contra seu corpo abraçando-o forte.
- Que bom, que sente minha falta.
Hotohori abraçou-o bem forte.
- Bobinho. É claro que sinto. – disse sorrindo para o namorado, tirou o roupão e pulou no colo de Nakago, que o jogou na piscina, pulando em seguida.
Os dois trocaram longos beijos e Hotohori sentiu o pênis do namorado tornar-se rijo e pensou novamente em Tamahome. Era Tamahome que o estava beijando. Estremeceu e voltou a ver Nakago.
- Está com frio, amor? – perguntou Nakago docemente, beijando-o no rosto.
Hotohori sorriu.
- Não. – disse num tom sensual, rezando para tirar o outro da cabeça. – Eu estou é muito quente. Beijou-o avidamente e foi levado para a borda da piscina, em meio aos beijos.
Nakago soltou-o e tirou a sunga, mergulhando em seguida para tirar a de Hotohori, mas quando emergiu, não era mas ele quem Hotohori via.
Tamahome beijou puxando-lhe as pernas, e o imprensou na parede da piscina penetrando-o com força. "Estarei delirando? O que está havendo comigo?", pensava segurando com força o corpo do homem com quem transava. Mas quem era ele? "Por que penso em Tamahome uma hora dessas? Sei que estou com Nakago. Deus não deixe que eu pronuncie o nome daquele homem agora na frente de meu namorado." Contudo por mais que tentasse escapar do devaneio, a imagem persistia e ele deixou-se levar. Não falaria uma palavra se quer. Não correria o risco de chamar por Tamahome.
Não era no pescoço do loiro que se pendurava, não era mais o namorado a beijá-lo. Hotohori entregou-se completamente a sua fantasia. E não lembrava de ter sentido tanto prazer em sua vida. Será que Tamahome fazia desse jeito? Era empurrado contra a parede com mais força e sentiu a quentura dentro de seu ânus quando o pênis foi retirado. Jogou a cabeça para trás gozando e viu Nakago voltar depois de um novo mergulho.
Nakago estranhou o modo com que Hotohori o olhava. Parecia estar vendo um estranho.
- Que foi? – perguntou e acariciou o rosto de Hotohori. – Você não gostou? Será que eu te machuquei, meu amor?
Hotohori abraçou-o escondendo o rosto no peito de Nakago, para que ele não visse as lágrimas em seus olhos. Eu sou tão mau. Como posso pensar em outro homem quando tenho um namorado que me ama tanto? É muito injusto com ele.
- Claro que não, meu amor. – respondeu, num enorme esforço para controlar o choro. – Foi tão maravilhoso como se fosse a primeira vez.
E realmente fora a primeira vez que fazia amor com Nakago pensando em outro. Ainda não estavam namorando quando foi seqüestrado por Tamahome, e fora Nakago quem o ajudara esquecer seu amor impossível e nunca perguntara quem fora esse homem. Amava o namorado, tinha certeza e até aquele momento nunca, nem mesmo por um instante, pensou em traí-lo. Ele era tão carinhoso e sempre o satisfez, não precisava de outro. Por que isso agora? Por que de todas as horas Tamahome foi escolher justo essa para aparecer? Não que tivesse deixado de amar Nakago, mas será que estava apaixonado também por Tamahome?
Ainda sem olhar para Nakago, afundou na água e quando o olhou teve medo que ele percebesse que chorara, mas se percebeu não demonstrou. Cataram as sungas e depois de mais algumas voltas na piscina foram se deitar.
Nakago foi com Hotohori até o quarto, não dormiria lá, seria muito arriscado, pois os pais de Hotohori poderiam chegar antes do tempo e pegar os dois na cama. Sentou-se ao lado de Hotohori e o olhou serio.
- Eu machuquei você, não foi? – perguntou segurando suas mãos. Hotohori desviou o rosto. – Eu vi que você chorou... Não, meu amor, não chore mais. Eu confesso que talvez tenha exagerado. Eu peço desculpas e prometo ser mais cuidadoso. Juro. - prometeu beijando-lhe as mãos.
Hotohori puxou as mãos e escondeu o rosto chorando alto. "Ah Deus! Como eu posso trair, mesmo em pensamento, esse homem, que pede desculpas por algo que ele nem mesmo fez?"
- Foi tão ruim assim, Hotohori? – perguntou Nakago, assustado com a reação. Puxou o namorado para junto do corpo tentando consolá-lo. – Desculpe-me, meu amor. Desculpe-me, por favor.
- Não a nada para se desculpar, meu amor - disse soluçando, olhando para o rosto culpado de Nakago. – Você não fez nada de errado. Disse que foi maravilhoso e não menti a esse respeito. Estou chorando por você ser assim, tão maravilhoso comigo. Eu não mereço.
Nakago sorriu acariciando os cabelos de Hotohori.
- Se você diz a verdade, eu fico feliz. – disse, e deu-lhe um beijo na testa. – Você merece todo o carinho do mundo, meu amor. Mas, tem certeza que eu não lhe machuquei mesmo?
Hotohori fez que sim, com a cabeça e beijou Nakago, que saiu logo depois. "Não, eu não mereço." Chorou abraçado ao travesseiro até que finalmente agarrou no sono.
Continua...
