Parte 8

Cap. 1: Confronto de Idéias

Agora Hotohori, não precisava mais esconder o fato de estar gostando de Tamahome, na academia todos ficaram sabendo de uma forma tão rápida que Tamahome achou que estava sendo vigiado, então assim que Hotohori chegou foi recebido com um beijo na frente de todos, ao som de muitos "Aêêêês".

Um beijo cheio de amor, ansiedade e felicidade. Como era empregado da faculdade costumava ouvir muitas coisas, fossem fofocas de outros funcionários ou comentários dos alunos que achavam que os empregados são cegos, surdos e mudos e falam tudo sem o menor pudor na frente deles, assim ouviu o boato de que Hotohori e Nakago haviam terminado. Ficou muito contente em saber que Hotohori gostava mesmo dele e queria mesmo algo sério.

Pra variar Hotohori ficou sentado, somente observando. Gostava muito de observar Tamahome ensinando os movimentos de luta para os outros alunos, gostava de vê-lo treinando com outros lutadores, principalmente quando estava sem camisa, quando era possível ver o peitoral definido e músculos do braço de Tamahome trabalharem, babava com tudo isso.

- São nove e dez. - comentou Tamahome com Hotohori, enxugando-se depois de uma ducha fria no vestiário. – Tenho que pegar Nuriko na faculdade.

- Tem medo que ela ande sozinha? – perguntou Hotohori sorrindo malicioso. – Posso pedir a Nakago para pegá-la antes de vir me buscar. Aliais o que ela faz na faculdade, estamos de férias?

Tamahome olhou-o com cara feia.

- E quem disse que eu não você pra cima e pra baixo no carro do Nakarashi. – disse ríspido.

- Então me leve para casa todos os dias. – retrucou Hotohori.

- Se você quiser ir de ônibus. – Tamahome disse sarcástico.

- Por que você não compra um carro? O que ganha na academia, na faculdade e nas lutas não é tão pouco assim.

- Tenho coisas mais importantes pra fazer com meu dinheiro. – replicou.

- O que, por exemplo?

- Eu vou buscar Nuriko. – disse jogando a toalha molhada em cima de Hotohori, que a cheirou e jogou-a em cima de uma porta do Box.

Abraçou Tamahome pelas costas enquanto ele chacoalhava os cabelos com as mãos, estava completamente pelado e Hotohori passou a mão pelo seu peito e desceu, mas antes de chegar ao pênis Tamahome segurou-o.

- Não Hotohori. Eu disse que tenho que pegar Nuriko. – afastou as mãos de Hotohori e vestiu a calça.

- E por que não deixa que Nakago a pegue?

- Eu não o quero com minha irmã.

- Sei irmão. – corrigiu.

- Minha irmã. E já lhe disse para não falar sobre isso. – cortou Tamahome

- Também não precisa ser tão rude.

- Então cale a boca.

Hotohori cruzou os braços e ficou batendo o pé enquanto Tamahome se vestia. Ele amarrou os sapatos e passou a mão no cabelo sem, no entanto, penteá-lo.

- Tchau! – disse ao passar direto por Hotohori.

Hotohori ficou pasmo e saiu atrás de Tamahome.

- Tchau? O que é que eu fiz com você? Não pode me tratar assim. – reclamou, segurando-o pelo braço.

Tamahome o olhou sério, mas sorriu. Puxou Hotohori para junto de si e beijou-o na boca.

- Desculpe-me. Mas eu fico furioso quando alguém fala de Nuriko.

- Mas eu sou seu namorado, Tamahome. – reclamou. – Puxa vida! Não deveria ficar tão nervoso assim comigo.

- Sei! Agora me deixe ir. – Beijou-o novamente e saiu.

Pouco depois Nakago apareceu e levou-o para casa.

Cap. 2: Novas Dúvidas, Novos Amores, Novas Decisões

Nuriko ficou meio acanhada quando Hotohori terminou com Nakago e tornou publico seu namoro com Tamahome, mas Nakago lhe disse que ela não deveria se importar, já que ela mesma dissera que nada tinha haver com isso e não deixariam de ser amigos por causa disso. Amigos. Essa palavra a incomodava. Nakago não sabia que não era mulher de verdade, ou assim ela achava, mas se ele soubesse faria alguma diferença?

- Eu vou contar para ele. – disse Nuriko pra seu irmão.

- Contar o que? Pra quem? – perguntou Tamahome colocando o bule de café na mesa.

- Pra Nakago que eu não sou mulher.

Tamahome deixou os pratos caírem no chão, quebrando-se.

- Ficou louca?

- Acho que sim. – Nuriko baixou a cabeça. – Estou apaixonada por ele. – confessou, escondendo o rosto nas mãos. – Estou tão confusa Tamahome. Eu gosto dele, mas enquanto ele achar que sou mulher, não iria querer nada comigo.

Tamahome abaixou-se ao lado de Nuriko, segurou as mãos da irmã e olhou bem em seus olhos.

- Não quer mais fazer a cirurgia?

- Não sei. Eu não sei.

Tamahome suspirou e levantou-se. Nuriko chorou.

- Eu sei que você trabalhou muito para pagar essa cirurgia, mas agora... Está tudo tão confuso. Se eu fizer a cirurgia corro o risco de ele nunca me querer mesmo sabendo que eu já fui homem.

- Você é quem sabe, minha flor. – disse de cócoras catando os cacos dos pratos do chão. Segurou o queixo, apoiando o cotovelo na coxa, sorrindo pra Nuriko. – Seja qual for a sua decisão, saiba que eu estarei a seu lado.

Jogou o lixo fora e beijou a cabeça da irmã.

- Não se preocupe com isso, minha flor. Eu te amarei seja você homem ou mulher. Agora vamos tomar café ou chegaremos atrasados de novo.

- Você vai mesmo pedir demissão da faculdade? – perguntou Nuriko enxugando as lágrimas.

Tamahome confirmou.

- Hotohori não tem nada haver com isso, não é?

- Claro que não. – respondeu todo ultrajado. - Só não preciso mais trabalhar tanto. Ficarei só com a academia que é o que eu gosto de fazer. Além do mais. Já temos dinheiro o suficiente para a operação. Isso se você ainda for fazer.

- Está me recriminando?

- Não, claro que não. A decisão é sua e só sua. Você já falou com o doutor sobre essa sua dúvida?

- Já sim. – respondeu corando. – Ele disse que era comum esse tipo de dúvidas e que só devia fazer a operação quando estivesse absolutamente certa de tudo.

Tamahome sorriu. E Nuriko sorriu de volta.

Cap. 3: Uma Nova Chance Para Amar

- Nakago! – chamou Nuriko ao vê-lo no estacionamento.

- Oi, Nuriko!

Nuriko aproximou-se de Nakago ofegante.

- Eu queria falar com você, é muito importante.

Nakago observou-a bem. Apertava as mãos uma na outra e mordia os lábios.

- Está bem. Mas você não quer dar uma volta? Ir pra outro lugar?

Ela concordou, entrou no carro de Nakago e pararam no parque li perto, o mesmo que estudaram ainda no dia anterior. Nakago comprou sorvete pra ele e Nuriko e foram caminhar um pouco. Estava nervosa e ficou calada durante um bom tempo até que finalmente resolveu falar. Mostrou um banco a Nakago e se sentaram.

- Preciso te dizer uma coisa, mas não sei como começar.

- Que tal pelo começo? – disse bem humorado.

Nuriko sorriu e olhou em volta. O parque estava vazio, nuvens escuras afugentaram as pessoas que com medo da chuva preferiram não arriscar um passeio.

- Eu não sou exatamente quem você pensa. – sentiu-se corar e baixou a cabeça envergonhada. - Eu não sou exatamente o que você vê.

Nakago sorriu.

- Vai dizer que você é homem? - disse rindo do que pensou ser uma piada.

Nuriko olhou-o chocada. Como ele adivinhara?

Nakago parou de ir e arregalou seus lindos olhos azuis.

- Então isso é verdade? È o que tinha a me dizer?

Ele começou a rir, fazendo Nuriko corar violentamente.

- Não escarneça de mim, Nakago! – levantou-se e correu. Ele foi atrás dela.

- Espere, Nuriko. – gritou, segurando-a pelo braço. – Não estou rindo de você.

- Não está?

Nakago balançou a cabeça e num impulso a puxou e beijou.

Nuriko ficou muito surpresa com o gesto.

- Meu Deus! Desculpe-me! – disse afastando a boca, mas Nuriko puxou-o de volta e o beijou. Nakago segurou-a pela cintura e a apertou contra seu corpo.

- Acho que estou apaixonado por você, Nuriko. – confessou entre os beijos que trocava. – Pensei que estava virando hetero ou ficando maluco, até sonhei que você era homem, antes mesmo de Hotohori me contar...era verdade, eu mal posso acreditar.

- Eu é que não posso acreditar. – Nuriko chorava de emoção. – Sonhei tanto tempo com isso. Você nem imagina o quanto. Mas espere aí... Você já sabia?

- Não, quer dizer, mas ou menos. – Hotohori me falou, mas não explicou sobre o que falava.

Nuriko olhou para Nakago, uma tristeza podia-se ser vislumbrada em seus olhos.

- E Hotohori? – perguntou Nuriko um pouco triste.

Nakago suspirou e a abraçou mais forte.

- Sei que ainda amo Hotohori. Ainda é meio complicado isso, mas eu sei que vou esquecê-lo, principalmente agora que tenho você.

- E eu vou ajudá-lo a esquecer, meu querido. – disse dando um beijo carinhoso em seus lábios. – Eu vou fazer você muito feliz. – Como era bom dizer isso e como desejara dizê-lo.

Mais tarde Nakago deixou-a em casa, Tamahome não estava e Nuriko achou uma pena, queria contar logo ao irmão que estava namorando Nakago, mas se conformou em contar mais tarde. Despediu-se dele com um beijo e entrou.

Cap. 4: Enfim Nossa Noite De Amor

Hotohori estava contrariado com Tamahome, seu jeito de ser era irritante. Uma hora ele o ignorava e o tratava friamente e outras, vinha cheio de carinho e amor, com abraços e beijos que o deixavam extasiado. E o irritava mais ainda porque o provocava, deixava-o gemendo só de ser tocado por ele e nada fazia, levantava-se e dizia que tinhas outras coisas a fazer.

Ele estava sentado numa mesa da cozinha da casa de Tamahome observando-o preparar o almoço, aprendera a dirigir e se perguntou porque não fizera isso antes, era tão bom ir e vir sem depender de ninguém. Apareceu de surpresa na casa dele pouco minutos antes. Ele abriu a porta com uma cara de nada e disse "Ah! É você?", Hotohori achou aquilo o fim e quase foi embora, mas Tamahome deixou a porta aberta e voltou para dentro de casa, deixando-o ali n aporta sozinho. Entrou e encontrou Tamahome mexendo uma panela no fogão, o cheiro parecia bom e como Tamahome não disse nada sentou-se a observá-lo.

- Não vai me dizer nada? – perguntou para ele. Se Tamahome visse a cara que ele fazia...

- Nada. – disse sem virar-se.

Hotohori abriu a boca para protestar, mas nada disse ao ouvir o riso de Tamahome.

- O que foi meu amor? – disse virando-se para ele, num instante o mal humor de Hotohori se foi ao ver o sorriso de seu amado. – Me parece nervoso hoje, tem suco de maracujá na geladeira. – disse voltando-se para a panela.

- Seu nojento! – disse jogando um talher em Tamahome.

- Ficou louco? Isso dói. – disse ainda rindo. Hotohori virou-se para sair. – Pode parar, volte e sente-se, espere eu terminar aqui, sim?

Como um cão que obedecia as ordens de seu dono, Hotohori sentou-se de novo. Suspirou e ficou calado enquanto Tamahome andava de um lado a outro, lavando talheres, panelas, travessas, congelando, aquecendo, fritando coisas. Fazia tudo tão rapidamente que Hotohori esqueceu a irritação que e deixou-se impressionar com a habilidade de Tamahome na cozinha.

- Você não quer tomar um banho antes do almoço? – perguntou Tamahome expulsando-o da mesa. Hotohori concordou e foi par o quarto dele.

Chegando ao quarto Hotohori sentou-se na cama de Tamahome, depois deitou-se para sentir o cheiro de Tamahome.

- Por que me tortura tanto, Tamahome? – perguntou levando a mão para dentro da calça, tocou o pênis e começou a acaricia-lo, mas parou. Não queria que Tamahome o ouvisse. Tirou a roupa e entrou no banheiro. Enquanto água acariciava seu corpo pensou em Tamahome e novamente teve vontade de masturbar-se, mas controlou-se. E se Tamahome o pegasse? Não queria que ele pensasse que era um maníaco que não agüentava um pouco de abstinência sexual, mas ainda não entendi ao porque disso tudo. Que ódio!

Da porta do quarto Tamahome o observava em silêncio. É claro que desejava Hotohori e como desejava, mas deveria agüentar só mais um pouco. Saiu dali ou não responderia por si, poderia entrar no banheiro e agarrar Hotohori a qualquer momento. Tomou banho no quarto de Nuriko e quando Hotohori saiu do banho encontrou uma mesa pronta e um maravilho bolo confeitado em cor de rosa, com corações vermelho e escrito em branco: "Feliz aniversário, meu amor!"

Hotohori sentiu as lágrimas correrem por seu rosto com a emoção. Tamahome o abraçou por trás.

- Achou que eu tinha esquecido de seu aniversário? – falou limpando as lágrimas do rosto de Hotohori. – Eu te amo. – disse apertando em seus braços e beijando-o com anseio.

- Venha, vamos almoçar. – disse levando-o pelas mãos.

Mas Hotohori prendeu-se ao chão e segurou Tamahome.

- Primeiro meu presente. – disse sorrindo e mordendo o lábio.

Tamahome voltou-se para ele e puxou-o para si.

- E o que você quer ganhar? – perguntou e beijou-o já sabendo da resposta.

Tamahome apalpou as nádegas de Hotohori e enfiou a mão dentro da calça dele apertando sua bunda com força. Puxou-o para cima, fazendo-o ficar agarrado a sua cintura com as pernas. Caminhou com ele para o seu quarto e jogou-o na cama. Desabotoou-lhe o jeans e puxou-o até os joelhos, puxando também a cueca dele. Abriu as pernas de Hotohori e beijou a parte interna das coxas dele, uma de cada vez, lambeu sua virilha em movimentos bem rápidos. Segurou o pênis de Hotohori e começou a chupá-lo.

- Ahhhh! Tamahome. – gemia - Ah! Ahii!

Tamahome continuou a sugá-lo com força, fazendo Hotohori sentir um pouco de dor, misturada com o prazer intenso que o ele lhe dava. Como era bom sentir-lo tocando-o, a boca de Tamahome, tão macia sua língua roçando seu pênis, o desejo de que isso acontece era tanto que Hotohori sentia muito mais prazer.

Segurou o cabelo de Tamahome apertando-o com força e então o momento chegou, gozou na boca de Tamahome, que engoliu com prazer o sêmem do amante. Beijou-o na boca e levantou-se, tirando sua própria camisa, arrancou a de Hotohori e beijou-o loucamente todo seu corpo, também ele ardia de desejo, podia-se sentir no ar a tensão que o desejo guardado dos dois juntos provocava. Tamahome terminou de arrancar a roupa de Hotohori e baixou suas calças, era bem dotado e seu membro estava rijo e parecia pulsar com a vontade do sexo.

Hotohori gemia, Tamahome arfava... Ambos esperaram tanto tempo que essa hora era como um sonho se realizando depois de tanto insistir. Pareciam dois animais selvagens no cio, agarrando-se, chupando-se, delirando de prazer. Hotohori ficou de quatro e abriu as pernas e Tamahome sem demora instalou-se atrás dele. Hotohori podia sentir o pênis de Tamahome roçar em sua bunda, mexia-se rebolando na frente dele, provocando-o.

Então abaixou-se e lambeu as nádegas de Hotohori e enfiou a língua no rabo dele.

- Ah! Tamahome, meu amor... me faça seu logo... eu não agüento mais esperar.. Ah! Ah!

Tamahome levantou-se, acariciou um pouco o pênis e o levou com as mãos para o ânus de seus namorado, brincou um pouco fazendo-o apenas encostar no lugar para só então enfiar-lo dentro.

- Ah! - Hotohori gemia. – Isso Ah! Eu quis tanto você, Tama... ahhhh!

Ele gritava mais e gemia embaixo de Tamahome que apertava-o pela cintura e o puxava contra seu corpo para encaixar-se melhor. Ele sentia o rabo de Hotohori contrai-se e apertar seu pênis e a sensação que isso lhe provocava era sensacional. Aumentava as estocadas a cada minuto e então tirou uma das mãos da cintura de Hotohori e transferiu-a para baixo, tocando-lhe o pênis. Apertou-o e afagou-o e para Hotohori o que já estava bom ficou ótimo, sentia um prazer tão grande que se morresse naquele instante, mesmo que fosse pra o inferno sentiria aquele prazer durante toda a eternidade.

- Ah! Ah! Ahhhhhhhhh! – gritavam ambos.

A idéia de Tamahome era dar o maior prazer possível a Hotohori, mesmo que não sentisse tanto... mas ficou contente quando mesmo se concentrando em Hotohori conseguia também satisfazer-se. Em meios aos gritos e gemidos Hotohori liberou o sêmem, que Tamahome esfregou um pouco em suas mãos e depois passou nas costas dele, voltando então a apertar com toda sua força cintura do namorado, ainda mais quando sentiu que também chegava a sua hora, empurrava com mais ânimo ainda o membro para dentro de Hotohori e finalmente gozou.

Caíram os dois na cama, ofegantes e esgotados.

- Porque demorou tanto tempo? – perguntou Hotohori deitado sobre seu peito, alisando seu rosto.

- Queria que fosse especial para você. – respondeu. – Acha que foi fácil para mim também agüentar toda a sua provocação e não lhe agarrar? Queria que fosse numa data especial para você e escolhi seu aniversário.

Hotohori sorriu para ele.

- Seu bobo. Não precisava esperar tanto tempo. – disse. – De qualquer forma seria especial, Fosse no dia que fosse, eu me lembraria para sempre dele.

- Eu te amo Hotohori. Te amei desde o primeiro dia em que te vi. – confessou tamahome com lágrimas nos olhos.

- Eu também. – Depois daquele dia que me deixou, eu só pensei em você, Tamahome. Todos os dias e todas as noites. Quantas foram as noites que eu sonhava com você, meu amor.

- Te amarei para sempre. – disse puxando-o para um beijo.

Fim