"Other Chance"

Autoras: Bru e Natália

NOTAS:

1) ER e seus personagens são propriedade da Constant Productions, Amblim Television, NBC e Warner Channel. Não há nenhuma intenção de violação de direitos autorais.

2) Reproduções ou publicações desta estória só com autorização das autoras.

3) Elogios e críticas construtivas são sempre bem-vindas, mas ofensas não. Se tiver algo a dizer, por favor, seja educado!


Oito anos se passaram desde que eu fui embora pra Africa com a Kem. Naquela epoca o nosso relacionamento estava conturbado, ela nao queria mais ficar em Chicago em um so instante e eu me mudei pra la acho que mais por carinho que eu sentia por ela, na epoca eu pensava que era amor, mas aos poucos vi que me enganei e o que seria amor era nada mais que paixão passageira. Nós nos estabelecemos numa cidade no Congo e continuamos com o nosso trabalho voluntario. Desde que perdemos o nosso filho não conseguimos nos tocar por um bom tempo, até que um ano depois o assunto de bebê surgiu de novo. Decidimos por adoção, estavamos com medo de tudo voltar a acontecer. Adotamos uma linda menina e com o passar do tempo começamos a nos diantanciar. Eu passava horas e horas com nossa filha e ela só se importava com o seu trabalho com os portadores de HIV. A distância entre nós foi ficando cada vez maior. Já não nos tocavamoas a meses e haviam dias que ela não dormia mais em casa. Minha filha as vezes perguntava onde estava a mãe dela e eu nunca sabia como explicar, ate que certo dia ela deixou de se preocupar com isso. Algumas manhãs atras, ao acordar, vi um bilhete em cima da mesa da sala desejando-nos felicidades e falando que já havia encontrado a sua em outro local e que estava indo embora por causa dela.. Eu senti um desespero tomar conta de mim. Como Kem pôde me abandonar com nossa filha, minha filha melhor dizendo? Eu fui ate o quarto de Julie e sentei-a no meu colo. Ao perceber que eu estava triste ela perguntou com uma inocencia:

- O que aconteceu Papai?

- Minha querida, eu tenho que lhe dizer uma coisa muito séria. Sua mamãe e eu não estamaos mais juntos. Ela deixou a nossa casa e agora sozinhos.

Eu me surpreendi com o que a minha filha me disse, afinal, ela só tem 6 anos.

- Ela já nos deixou a muito tempo. E bem que agora a gente podia sair daqui né? Sempre quis conhecer a sua cidade papai! Lá com certeza alguem sera muito melhor para nós!

Há algum tempo eu ja estava querendo voltar pra onde eu nunca devia ter partido. Se eu tivesse ouvido o conselhos de meus amigos talvez não tivesse sofrido tanto e hoje não teria a responsabilidade de criar minha pequena filha sozinho. Na epoca eu fui pra satisfazer os desejos de alguem que hoje nem sinto falta. Poucos dias se passaram desde que ela se foi e rapidamente tive a sabia decisão de que era hora de partir. Liguei pra alguns familiares, ajeitei as papeladas e resolvi tudo. Vou recomeçar minha vida e a de Julie em Chicago Hoje mesmo nós embarcamos de volta e recomeçarei semana que vem no County General Hospital. Soube que muitos de meus companheiros ainda trabalham lá e até ela. Ela, que insistentemente (mais uma vez) me aconselhava que ficasse, mas que por alguma razão que ate hoje eu nao entendo, não a ouvi. Eu não ouvi a mulher que mesmo após tantos anos e tantas novas experiencias eu ainda sinto algo quando lembro dela. Talvez agora possamos ser ao menos amigos e que possamos também esquecer os erros e besteiras do passado.

Mas o pior de tudo não vai ser encontrá-la, assim espero, vai ser encarar minha família que não concorda em termos adotado Julie. Ela é a menina mais doce que já vi e não quem nao se apaixone por seus olhos verdes e cabelos loiros. Eu nunca escondi que ela era adotada para desespero de Kem que se afastou mais ainda da menina. Apesar de ter sido adotada em Chicago, veio para a África ainda bebê e nunca conheceu os EUA. Amanhã nós voltaremos as nossas origens.

Continua