Olá pessoal! Aqui estou de novo. Bem, espero que gostem da minha detenção com a ruivinha...
Capítulo 3 – Detenção
Estava no meu quarto, na minha cama pensando na vida e na detenção que eu ia cumprir hoje à noite com a garota mais cobiçada e certinha da escola. Eu acho que era a primeira detenção da vida dela. Enquanto a minha, hum, acho já passam das quinhentas. Já aprontei tanto em Hogwarts que perdi a conta de quantas vezes fui parar na sala do diretor, prometer que não ia fazer mais nada ao Ranhoso e no dia seguinte o acharem no corredor de cabeça para baixo. Eu vivo a vida me divertindo, como vocês já devem ter notado. Ora, a gente só tem uma vida mesmo então porque não aproveitar? Certo?
Fiquei ali deitado tanto tempo que quando olhei no relógio percebi que estava cinco minutos atrasado. Ah, isso é terrível pra quem tem um compromisso com a Evans...
Desci as escadas correndo e ela já estava lá, sentada em uma poltrona perto da lareira, balançando o corpo pra frente e pra trás de tão nervosa que estava. Sorri. Continuei caminhando até que ela me notasse. Aí eu não pude conter o comentário sem graça:
"Olá Evans. Nervosa?".
"Sim. Quer dizer não. Sei lá...".
"Calma. Vamos ter uma noite longa, muito longa", respondi rindo. Mesmo roendo as unhas de nervosismo ela era linda. Os cabelos ruivos, ondulados e compridos exalavam um cheiro tão bom...
"Você está atrasado".
"Eu sei disso", respondi.
"Me diga, Potter. Como é cumprir detenção?", perguntou ela, me encarando. Sorri de novo.
"Ah, normal. A gente simplesmente faz o que eles mandam", respondi. Era um daqueles raros momentos que tínhamos uma conversa civilizada.
"O que eu faço? Com que cara eu vou olhar pra McGonagall? Eu sempre fui uma aluna exemplar..."
"Lily, uma detenção não vai fazer diferença", eu disse a ela, passando a mão pelos cabelos. Ela olhou pra mim com aqueles olhos verdes e brilhantes tão profundamente que... nem sei dizer o que senti. Foi como se ela lesse todos os meus pensamentos, como se ela pudesse ver os sentimentos mais profundos da minha alma. Juro por Merlin que mais um pouco a gente se beijava (quer dizer, eu a beijaria), mas a McGonagall tinha que estragar tudo, né?
"Prontos?", perguntou ela. Me afastei de Lily e saí do Salão Comunal com McGonagall.
Seguimos a professora até a biblioteca, onde ela nos explicou como catalogar os livros. Filch iria no vigiar. Ah, mais essa...
"Olha que eu estou de olho em vocês dois, hein?", disse ele carrancudo, enquanto eu e Lily verificávamos os livros nas prateleiras e anotávamos nos pergaminhos. Oh coisa chata de se fazer!
Ficamos ali, fazendo aquele trabalho patético, enquanto Filch adormecera numa cadeira (e roncando). Lily estava numa escada, olhando os livros de uma prateleira bem alta e eu agachado no chão, verificando os livros que ficavam bem em baixo, da mesma prateleira. Estava ali, anotando quando ouvi um barulho de livros caindo.
"Lily, você está bem?", perguntei, levantando-me e olhando para cima. Não foi nem eu fazer a pergunta que Lily despencou da escada! E eu, com meus ótimos reflexos, a peguei, mas a queda foi alta e acabamos caindo os dois em cima da prateleira derrubando todos os livros!
Filch nem com todo aquele barulho acordou continuou babando em cima da gata dele (para a nossa sorte). Estávamos caídos de lado, ofegantes, meus braços em torno da cintura de Lily e os dela em meu pescoço. Não pude deixar de sorrir quando ela olhou para mim surpresa. Ficamos ali uns bons cinco minutos, bem perto um do outro até que ela balançou a cabeça em negativa, se afastou de mim e se levantou devagar. Eu fiz o mesmo e a encarei, sorrindo. Notei que estava corada. Hehe...
"Para a primeira detenção até que não foi tão ruim assim, não?"
"Ah, cala a boca Potter, e me ajuda com isso aqui", respondeu ela, fazendo uma careta e esfregando as costas.
"Nem vai me agradecer?", perguntei amargurado.
"Obrigada, Potter", respondeu ela, revirando os olhos.
Com feitiços simples colocamos tudo no lugar e ficamos ali até umas quatro da manhã terminando de catalogar a nossa parte. Depois fomos para o dormitório quase caindo de sono com Filch nos escoltando. Oh, vida...
Entramos no Salão Comunal e Lily se jogou numa poltrona. Eu não podia ir dormir sem ter uma conversinha com a minha flor...
"Ei Lily, se não fosse eu, sua queda ia ser bem feia, não acha?"
"Não. Prefiro cair feio no chão a ser salva em seus braços", ela respondeu.
"Vou fingir pra você que acredito", revidei.
"Pode fingir. Eu não me importo com o que você acredita ou deixa de acreditar. Eu simplesmente não me importo com você".
"Se você não se importasse não estaria perdendo tempo respondendo minhas perguntas".
"Potter por que você cisma em me encher todo dia a toda a hora?".
"Você sabe porque", respondi, cruzando os braços e me aproximando da poltrona em que ela estava.
"Não, eu não... quer dizer, eu sei sim. Você quer que eu saia com você, certo?"
"Exatamente. Quer sair comigo?", perguntei, petulante.
"Não. Nem que você fosse o último homem da face da Terra".
"Certo. Mas não vou desistir de você, você querendo ou não. Nunca", apoiei meu peso nos braços da poltrona até meu rosto ficar bem perto do dela.
"Então espera sentado, queridinho, porque eu jamais sairia com alguém tão arrogante como você", respondeu ela, cruzando os braços.
"Queridinho? Não sabia que tínhamos essa intimidade, amor...", revidei eu.
"Ora Potter, saia da minha frente, estou cansada, preciso dormir para poder ir a aula amanhã...", eu permaneci no mesmo lugar. Eu não podia perder esta oportunidade...
"Você vai pra aula amanhã? Você está indo dormir as quatro da manhã e ainda vai pra aula?".
"Vou porque não sou irresponsável e não quero perder matéria".
"Lily, acho que precisamos achar um meio termo entre nós dois, sabia?".
"Oh, não diga, agora, por favor, deixe-me ir dormir, ou então vá você e me deixe em paz!", disse ela, largando-se no encosto da poltrona.
"Está bem, minha deusa, seu pedido é uma ordem", finalizei a conversa, selando-lhe os lábios de leve. Ela arregalou os olhos, mas não disse nada. Eu já saí correndo sorridente para o dormitório, antes que ela ficasse ainda mais brava do que já estava comigo. Aliás, ela sempre está brava comigo.
Entrei no quarto ainda rindo quando percebi que todos os meus amigos estavam me esperando, sentados em minha cama. Olhei pra eles esperando uma explicação pela espera, mas foram eles que pediram explicações.
"Que sorriso era aquele, Pontas?", perguntou Sirius, cruzando os braços e estreitando os olhos.
"Sorriso? Que sorriso?", perguntei inocentemente.
"Aquele sorriso de bobo apaixonado que estava estampado na sua cara quando você entrou", disse Remus cruzando os braços também.
"Bobo apaixonado?", perguntei rindo, já trocando de roupa pra poder dormir um pouco.
"É! O que foi que aconteceu?", perguntou Peter ansioso.
"Nada de mais..."
"Pontas, se você não me disser agora o que foi que aconteceu entre você e a Lily nessa bendita detenção eu... eu... vou morrer de curiosodade", disse Remus levantando-se e me encarando.
"Está bem. Não foi nada de mais, a Lily estava numa escada verificando uns livros lá e caiu, só que aí o herói aqui estava lá para salvá-la da queda..."
"O quê?", perguntou Sirius abobado.
"Isso mesmo. O melhor ainda está por vir... quando chegamos ao Salão Comunal, ela sentou numa poltrona e eu, logicamente, puxei um papo com ela. Lily até me chamou de queridinho... aí ela me mandou ir dormir e eu disse que o pedido dela era uma ordem e lasquei-lhe um beijo!", eu contei a eles. Claro que eu exagerei um pouco, só para o Sirius ficar com inveja...
"Você a beijou?! De novo?! Seu idiota, ela deve estar te odiando agora", disse Remus.
"Eu pensei que ela já me odiasse. Calma, não foi um beeeeeijo, eu só selei meus lábios nos dela".
"Eu sabia! Seu mentiroso! Safado!", reclamou Sirius jogando um travesseiro em mim.
"Está bem, está bem! Agora vamos dormir que eu estou quebrado", finalizei eu, me cobrindo e adormecendo na hora. Falando sério, acho que esta foi uma das melhores detenções que eu já cumpri!
N/A: Foi meio curto, mas espero que tenham gostado! Mais reviews, please!
