N/a: Olha só. Resolvi postar mais um cap. porque fiquei muito tempo sem fazê-lo, por isso, aí vai o melhor capítulo de todos os tempos... Bárbara me perdoe, t�? Fica com suspense pra você também.

Capítulo 8 – O baile...

Tudo bem, tudo bem, CALMA. Nada de perguntas, já vou dizer o que aconteceu. Sirius achou uma tragédia. Remus não opinou e Rabicho sempre fica em cima do muro, ou fica do lado do Sirius.

Meu diálogo com Lauren não foi muito amistoso, como vocês já deviam estar esperando. E aí nós fomos discutindo, o bar inteiro ficou em silêncio olhando pra nossa cara, aquela coisa. Ela falou um monte, como se estivéssemos noivos ou qualquer coisa parecida. Aí eu me irritei, disse que nós não tínhamos nada, a baboseira de sempre. Lauren se enfureceu, começou a falar coisas sem sentido sobre Lily, e ela não parava de falar, até que eu berrei com ela. Ela me encarou com os olhos cheios de lágrimas e disse baixinho: "Você está me dando o fora?". E adivinhem? Oh sim: "ESTOU!". E foi isso que aconteceu. Meu primeiro baile sem companhia. Não que eu não pudesse encontrar uma durante o evento...

Agora, aqui está o comentário de Sirius, depois de voltarmos de Hogsmeade e estarmos todos deitados na cama quase dormindo:

"COMO VOCÊ DISPENSOU UMA GOSTOSA DAQUELA!". - Nada a declarar.

A semana passou mais devagar do que esperávamos; os professores lotavam a gente de deveres e mais deveres, redações com 3 metros de comprimento, tudo por causa daqueles malditos exames de fim de ano. Eu e Sirius fazíamos só metade, já que sabíamos aquilo tudo até de ponta-cabeça. Remus também sabia, mas insistia que toda aquela lição pós-regime ditatorial diário ia nos ajudar nos NIEM's.

Rabicho, que ao contrário de nós, não tinha nem noção do que pudesse ser uma televisão em suas aulas de Estudos dos Trouxas (aula que considero muito inútil), pedia ajuda o tempo todo. "O que é um apontador?". "Por que os trouxas têm que lavar vasos sanitários com a própria mão e uma bucha?". "Mas por que eles pensam que trasgos não existem?".

Eu e Sirius jogamos snap e paqueramos garotas o tempo todo (coisa que agora ficou bem menos freqüente pra mim), não temos "saco" pra essas perguntas tão patéticas. Então, sobra sempre pro Aluado satisfazer as dúvidas do pobre Rabicho. Quando Remus se enche e pede pra perguntar para nós, o resultado não é muito bom. ("James, o que é um caderno?". "Pergunta pro Almofadinhas". "Sirius o que...". "É uma espécie caixa quadrada roxa, que quando você faz um desejo, ela realiza").

Nesta semana corrida, Lauren mal olhou pra minha cara e Lily continuou com aquela teimosia de ignorar o fato mais claro que existe: Somos almas gêmeas; como disse minha consciência outro dia. Que, por falar nela, estava certa sobre o passeio a Hogsmeade. Acho que preciso prestar mais atenção ao meu subconsciente...

Certo, sábado seguinte chegou e os murmúrios sobre esse bendito baile do Dia dos Namorados estavam por todos os lugares. No Salão Comunal, nos banheiros, na hora do café e na hora do almoço também.

Todos já tinham suas fantasias e pares e estavam ansiosos para a noite divertida que viria.

O tempo passou rápido naquele dia, eu e os outros Marotos passamos a tarde perto do lago, comendo sapos de chocolate e rindo sobre as coisas de sempre. E, pela última vez, tentamos arrancar daquele cachorro com que fantasia ele ia.

"Vamos, Almofadinhas, qual é problema? Nunca tivemos segredos!", disse Remus.

"Não adianta. Não vou falar".

"Mas POR QUE NÃO? Pelo menos pra mim, como retribuição por você ficar morando na minha casa nas férias", eu disse, rindo.

"Não vou falar pra ninguém! E, aliás, Pontas, você disse que não era problema algum eu morar na sua casa porque eu era como irmão pra você".

"Por isso mesmo, ora essa! Somos quase irmãos cara, por favor, Sirius!".

"Não".

"SIRIUS! Conta, pelo amor de Merlin", disse Remus.

"Não", riu ele. "De jeito nenhum".

"Sirius, você é cruel", Remus disse, cruzando os braços.

"Tudo bem que eu sou a ovelha branca da família Black, mas alguma coisa eu tinha que herdar da minha querida mamãe...".

"Ei, está anoitecendo. Acho melhor subirmos pra tomar banho", eu disse.

"Certo, vamos nessa".

"É, e quem sabe eu fuço na sua sacola e desvendo esse mistério...", riu Aluado.

"Acha mesmo que eu não escondi a sacola?".

"Ah, deixa pra l�, a gente vai acabar sabendo mesmo". E com isso seguimos para a Torre da Grifinória, ainda tentando persuadir Sirius a revelar sua fantasia.

Tomamos banho (Sirius primeiro, ele exigiu, depois eu, Remus e Rabicho teve que ficar por último, saca só a desculpa: "Ah, Peter, você tem que entender, temos que nos arrumar mais do que você, ora, afinal, a chance de você arranjar uma garota é praticamente nula...") e começamos a nos vestir para o baile que começaria às oito da noite. Eu e Almofadinhas achamos cedo demais. Devia começar umas onze; às duas estaríamos só esquentando pra noitada que viria e às sete já ficávamos no Salão Principal pro café da manhã. Mas sabe como é, já somos conhecidos como subversivos nessa ditadura bruxa, se reclamássemos, tortura na certa.

Vesti minha roupa de Lobo Mau. A cabeça incomodava um pouco, eu já não enxergo muito bem, quanto mais com aquela coisa peluda. Depois eu tiro, pensei. Sirius como já esperávamos, foi o último a se trocar. Ele se trancou no banheiro e disse para esperá-lo lá embaixo, para presenciarmos sua descida divina...

Oh, sim, foi isso que fizemos. Ficamos eu, o bolinho e o Romeu ao pé da escada para descobrir finalmente do que aquele cachorro ia pra esse bendito baile. As pessoas foram se aglomerando ao redor; Anne e Lisa vieram ver o que estava acontecendo. Elas estavam muito bonitas, Anne de Cleópatra, com uma peruca lisa e preta, mais comprida que seus cabelos naturais e adornos dourados; e Lisa de Julieta, com um aplique de cabelo ondulado louro que ia até a cintura, com uma margarida perto da orelha.

E o povo foi fazendo aquele furdunço já conhecido, quando Sirius Black resolve dar seu show. Uma multidão; sem brincadeira; uma multidão de garotas veio ver Almofadinhas descer as escadas, triunfante.

A porta do nosso dormitório se abriu e foi aí que caiu a ficha. Sirius estava com uma espécie de túnica branca comprida, uma corda grossa amarrada na cintura, barba e cabelos brancos gigantes e um cajado preto na mão. Sim, ele estava vestido de MERLIN. Eu posso com uma coisa dessas?

Garotas berravam o nome dele e coisas tipo assim: "Você é meu deus, Sirius! GOSTOSOOOOO!". E aí eu percebi que eu não tive a idéia perfeita. ELE teve. Almofadinhas se sentiu um DEUS mesmo. Reclamam do meu ego, mas o dele não tem comparação.

Depois da "apalpação" em cima do meu amigo e comentários convencidos, finalmente descemos para o Salão Principal. Procurava Lily por todo o caminho e nem sinal dela. Onde teria se metido a ruivinha? Aí resolvi não me preocupar, afinal, mulheres realmente demoram a se produzir para nós... (N/a: na verdade, meu pai sempre me disse que as mulheres não se vestem para os homens, e sim para outras mulheres. Podem observar, num restaurante por exemplo, quando uma mulher entra, as outras reparam até na cor da meia que ela está usando. E ainda comentam, por sinal. "Nossa, olha só a calça daquela mulher, gente que horror"...).

Certo, então chegamos no Salão Principal, todo decorado com corações vermelhos e dourados, estrelas brilhantes voando por aí e o céu encantado com uma noite clara e a cada minuto que se olhava uma estrela cadente caía. Tudo estava realmente muito bem montado; as mesas compridas de sempre não estavam mais lá e pequenas poltronas de veludo vermelho foram colocadas nos cantos do Salão, para que desse espaço para a pista de dança. Havia um barzinho improvisado, onde McGonagall e Sprout estavam vestidas de garçonetes trouxas para atender a "população". Estavam uma graça...

Sentamo-nos nas poltronas confortáveis ; Sirius e Anne do meu lado esquerdo, Remus e Lisa do meu lado direito e Rabicho, desacompanhado como eu, na minha frente. As pessoas começavam a chegar, observando ansiosas, a bela decoração do Salão Principal.

Quando a maioria das pessoas já estava presente, Dumbledore, que estava vestido de jamaicano (N/a: Imaginem aqueles caras que fazem reggae, cheio de trancinhas no cabelo, rastafari, que se diz, não é?), abriu os braços e nos disse:

"Meu Merlin. Estou vendo cada coisa aqui... olha só, até o próprio Merlin!", ele disse e Sirius bateu com o cajado no chão. "Sua idéia foi realmente divina, sr. Black, tenho que admitir! Espero que se divirtam! Que a festa comece!", todo mundo berrou e uma música animada começou a tocar. Flitwick era o DJ da noite (N/a: acho que não existia essa coisa de DJ na época, mas não pude resistir...) e vários casais já foram para a pista de dança.

Depois de umas três músicas e uma cerveja amanteigada, não agüentei e perguntei a Lisa onde estava Lily, porque Anne estava muito ocupada no momento.

"Não sei James, ela deve estar com o...".

"O QUÊ?", eu disse, não entendendo nada no que ela dizia, por causa da música alta.

"EU DISSE QUE ELA DEVE ESTAR COM SEU PAR, JAMES!".

"OH, OBRIGADO".

"O QUÊ?".

"OBRIGADO!".

"NADA". Com isso me levantei e fui pegar mais cervejas amanteigadas para todos, no barzinho da McGonagall.

Chegando lá encontrei Lily. E para minha completa alegria, estava desacompanhada e vestida de Chapeuzinho Vermelho...

"Chapeuzinho... bom te ver por aqui...", eu disse rindo. Não precisava gritar, ali a música não atingia tanto nossos tímpanos.

"Ah, não...", ela disse, virando-se e dando de cara com o Lobo Mau aqui... Ela me olhou de cima abaixo e revirou os olhos. "Como foi que você descobriu?".

"Eu não sabia. É sério!", eu disse, ainda rindo. Ela estava linda. Vestido vermelho até o joelho, uma cesta na mão, sapatinho vermelho, o capuz amarrado perto ao pescoço e os cabelos acaju caindo por baixo deste. Simples e linda.

"Ah, tá bom...".

"Estou falando sério. Onde está o seu acompanhante?", perguntei.

"Está dançando com a sua", disse ela, mesquinha. Olhei para pista de dança e encontrei Lauren vestida de rainha dançando com um garoto louro com uma armadura de ferro, parecido com Sir Cadogan. Ele estava muito desengonçado com aquilo e a cada pouco se notava a cara de dor que Lauren fazia.

"Meu Merlin...", eu ri.

"Não vejo nada de engraçado nisso".

"Oh, por quê? Está sozinha? Não se preocupe, eu te faço companhia".

"Melhor sozinha do que mal acompanhada".

"Mas é teimosa! Lily, o que custa me dar uma chance?".

"Custa tempo. E paciência, claro".

"Não custa paciência, porque se você aceitar, não vou mais pedir pra sair, ora essa!". Ela pareceu pensar no assunto.

"Não. Ainda há o item tempo".

"Como pode saber? Você nunca me deixou provar que posso ser melhor do que você acha que sou!".

"Hum... não".

"Agora quero saber, POR QUE NÃO?".

"Porque não, ora essa. E não me venha com porque não, não é resposta, que pra mim é resposta sim. Só não é justificativa". (N/a: Gostaram dessa, eh?).

"Tá bom, então senhorita Chapeuzinho, me concede o prazer desta dança?", eu disse, oferecendo-lhe a mão, depois trocar de roupa com um feitiço. (isso é um truque meu e do Sirius, não íamos ficar vestidos daquele jeito o baile todo, então, decidimos fazer isso. Há essa hora, ele já devia estar trocado também).

Lily me olhou atentamente, como se aquilo fosse a coisa mais absurda que ela já tinha escutado. Mas para minha incrível surpresa, acho que a música lenta e o clima perfeito do lugar a fizeram aceitar meu convite e pegar minha mão.

Lily largou a cesta numa cadeira qualquer; baixou o capuz e fomos para a pista. Muitos curiosos olhavam para nós espantados. James Potter e Lily Evans dançando juntos? Isso mesmo seu bando de babacas, eu diria. Mas, invés disso, minha mão direita enlaçou-a pela cintura e a outra estava entrelaçada na dela.

Lily pôs uma mão em meu ombro e se deixou levar por meus movimentos. Aquilo era incrível. Eu estava dançando com Lily Evans. Era um milagre, era como se o tempo tivesse parado e era como se eu dependesse daquilo pra viver.

Depois de um tempo ela descansou a cabeça em meu ombro, o que deixou meu rosto mais perto do dela.

Soltei a mão que estava na dela gentilmente e abracei-a de vez pela cintura. Lily acabou por me envolver pelo pescoço.

De repente dou de cara com Sirius olhando pra mim, com a boca aberta, dançando com Anne. Ele mexeu a boca como de dissesse o que deu nela! Ergui os ombros em sinal de que eu também não sabia. Mas eu não sabia mesmo. Eu a convidei e ela aceitou. E isso, podemos dizer, para um cara dedicado a conquistar essa ruivinha teimosa, já um bom começo...

Ao nosso lado, dançavam Lauren e o Lufa-lufa metido a Sir Cadogan. Sua armadura fazia um barulho desgraçado, mas nada que atrapalhasse meu momento romântico com Lily.

De repente, aquela música lenta e extremamente oportuna foi substituída bruscamente por uma outra agitadinha. Achei que aquilo era uma tremenda falta de consideração de Flitwick.

"O que é isso?", perguntei, sem esperar resposta.

"Beatles", respondeu Lily, olhando pra mim e esperando que eu começasse a dançar.

"Mas eu não sei dançar isso".

"Fácil Potter. Só mova os pés assim, vê? Me dê a mão, isso. E é só me girar de vez em quando". Ah, agora sim.

"Ah, agora sim". E então, continuamos ali, dançando. O ritmo era bom e os movimentos fluíam como se eu soubesse dançar aquilo faz anos. E aí, presenciei um momento fantástico. Lily sorriu. Isso mesmo, ela sorriu, e dessa vez estava comigo. COMIGO! Aquilo era inacreditável. Eu não podia acreditar. Ela sorriu. Sorriu mesmo. (N/a: Gente apaixonada é tão engraçado né?)

Quando a música acabou, todos gritavam bis e Flitwick fez o favor de continuar com as canções que faziam Lily sorrir. E foi indo assim, até cansarmos e eu obrigá-la a sentar em uma poltrona.

"É Potter. No quesito dançar você passou", ela disse.

"Isso é algum tipo de teste?", perguntei sorrindo e respirando rápido. Ela fez uma careta e descansou a cabeça no encosto. "Vou buscar bebidas". Ela fez que sim com a cabeça. Eu me levantei e fui pegar umas cervejas amanteigadas para nós. Chegando ao barzinho vi uma coisa que me fez rir como nunca antes. O RANHOSO VESTIDO DE VAMPIRO.

"Ranho... o que...hahahaha...meu Merlin...o que signifi...hahahaha!" Acho que tinha enfeitiçado a cara para ficar mais branca do que neve, dentes postiços ridículos, um sanguinho mal pintado escorrendo da boca, uma capa curta demais e os cabelos mais oleosos do que nunca.

"Como ainda ousa falar comigo Potter?".

"O quê? Oh sim. Era pra eu ter medo de você. Ops, esqueci. Meu Merlin! É o Ranhoso! Socorro, alguém me salve!".

"Argh...".

"Não se preocupa não, colega. Depois dessa noite, juro nunca mais encostar um dedo em você", eu disse sorrindo, pegando as garrafas, e voltando para meu conforto cardiológico. Eu estava feliz demais com aquilo tudo. Se Snape não fosse tão nojento, retardado e babaca, eu lhe daria um beijo na testa.

"Aqui, Lily", eu disse lhe entregando a garrafa.

"Oh, obrigada". Observei-a dar um longo gole e depois olhar pra mim. "Preparado para os NIEM's?". Não acredito que estava me perguntando sobre aquilo.

"Claro. Nem preciso te perguntar o mesmo". Obviamente, ela vivia com a cara nos livros. Ok, livros são bons, mas Lily podia deixar seu rosto em exposição para eu ficar olhando. Ela meneou a cabeça.

"Não sei. Talvez para o que eu desejo fazer depois, não esteja nem perto do que eu preciso".

"Mas o que afinal você pretende fazer?", perguntei interessado. Eu estava nervoso, mas a conversa parecia fluir sem que eu precisasse ter muito controle sobre ela.

"Não tenho certeza direito. Eu gosto muito de Runas Antigas, talvez pudesse seguir alguma coisa ligada a isso. Mas acho que prefiro ser auror". O QUÊ? COMO ASSIM? LILY ESTAVA PENSANDO EM SEGUIR A MESMA CARREIRA QUE EU? Meu Merlin, aquela noite estava se saindo realmente melhor do que esperava.

"Você está brincando".

"Por que eu brincaria com uma coisa dessas?".

"Porque eu também quero me tornar auror".

"O quê? Pensei que quisesse ser jogador de Quadribol".

"Claro que já pensei nisso. Amo Quadribol. Mas acontece que acho que há coisas mais importantes para fazer. Quero dizer, Quadribol é importante pra mim, mas queria fazer alguma coisa útil mesmo que, bom... você sabe. O que está acontecendo aí fora é realmente muito sério e...", ela me observava atentamente. O que será que deu nessa garota aquela noite? Ela devia ter tomado umas doses de vodka antes de vir pra cá. Mas parecia completamente sóbria. A única coisa é que parecia estar me dando bola. Impossível. Meu Merlin, eu devia estar sonhando.

E a conversa foi rolando. Contei sobre a minha casa e sobre as travessuras que eu fazia (eu praticamente destruía a Mansão dos Potter todo dia). Como quando o cachorro gigante do cozinheiro apareceu por lá do nada e saiu latindo para todos e como eu fui valente pegando o vaso de porcelana chinesa da minha mãe e estraçalhei-o na cabeça do pobre cão alucinado. Eu tinha cinco anos quando isso aconteceu. E ela riu de novo. Lily ria comigo. O QUE ERA AQUILO?

Daí a conversa mudou para a irmã de Lily que morria de inveja dela desde o dia que ela recebeu a carta. E que, aliás, tem inveja por causa de seus cabelos desde que ela se conhece por gente. E disse que de vez em quando tem vontade de jogar a estante de livros em cima dela. Quem sabe ela fica muda e nunca mais repete que ela é uma aberração... E que essa tal de Petúnia arranjou um namorado gigante, que come com um porco. Eu perguntei como é que ela sabe disso e ela respondeu que ele vai lá aos Domingos sem ser convidado, achando que manda, porque descobriu que nesse dia da semana a mãe dela faz macarronada. Disse que a sra. Evans é uma cozinheira de mão cheia e que o bacalhau dela é o melhor que existe. Perguntei o que era bacalhau e ela me explicou que era um peixe salgado, muito apreciado pelos trouxas na Páscoa e no Natal. Comentei que gostaria de experimentar. E daí o momento mais brilhante da minha vida; Lily disse bem assim:

"Ah, qualquer dia você vai lá". Ela olhou pra mim com as mãos na boca, percebendo o que tinha dito. PUTZ. Foi sem querer mas ela me convidou. Pra ir comer bacalhau. Na casa dela. Não acredito. "Olha eu...".

"Sem problemas Lily. Você não quis dizer isso, não foi? Tudo bem. Eu nem ouvi mesmo", eu disse, dando de ombros. Ela parecia desesperada. Acho que só agora ela percebeu que estava conversando comigo numa boa, contando sobre sua casa e sua família. Mas veja bem. Pra mim não tinha nada de errado nisso. Estava achando magnífica aquela conversa.

"Não, eu... olha... eu estou meio cansada, acho que vou subir", ela disse levantando-se. Segurei-a pelo pulso.

"Espera Lily, o que aconteceu?", eu nem sabia a resposta...

"Nada. Eu preciso ir, Potter".

"Li...". E ela sumiu entre a multidão de alunos que dançavam no meio Salão.

Sentei-me de novo abobalhado. IMPOSSÍVEL. AQUILO NÃO TINHA ACONTECIDO. NÃO PODIA!

Dirigi-me à torre da Grifinória também, completamente atordoado. Não. Eu não podia ter dançado com Lily Evans, ela nunca aceitaria... Não... Impossível.

De repente deparei-me com o fogo trepidante da lareira do Salão Comunal. Observei as chamas atentamente. ELA TINHA PIRADO. ERA A ÚNICA EXPLICAÇÃO PLAUSÍVEL.

Enquanto isso, no dormitório feminino...

NÃO. NÃO, NÃO, NÃO E NÃO. Eu não disse aquilo. Eu não o convidei pra comer bacalhau na minha casa. Eu não fiz isso. Aliás, eu nem dancei com ele. Ele não estava lindo com a camisa preta, de manga arregaçada, os braços apoiados nas pernas, o cabelo caindo sobre a testa, dando goles longos na cerveja amanteigada. Não estava mesmo. Ele é um retardado, um estúpido, irritante. Eu não dançaria com ele. Muito menos conversar. Não aconteceu nada, eu nem sai daqui...

AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH! POR QUÊ? POR QUÊ?

N/a: Aha! Aí está o capítulo, espero que tenham gostado. Bom, vejo vocês em breve... Competição Inter-Casas! Helena, você é um gênio... Reviews!

Bia Black,

2 de fevereiro de 2005.