N/a: Olá pessoal!Desculpem a demora, mas é que eu tive uma crise de inspiração. Eu meio que desanimei, porque esse capítulo é meio huh... Deixa pra lá. Primeiro, eu queria agradecer aos meus amigos por simplesmente escutarem as baboseiras que eu digo todo dia e por me inspirarem bastante... Um beijo para a Hitomi, para Sarah, para o Brunão e pra Luana. Além da Rafinha e da Helena, claro. Vocês são ótimos!
Obrigado pra todo mundo, mas não temos tempo para comentários personalizados... Obrigado mesmo. A todos que leram e comentaram.
Capítulo 11 – As cartas na mesa
"Isso o quê?", perguntou Frank.
"O caminho do coração!", ela repetiu minhas palavras. Por um momento achei que o frio estava afetando seu cérebro, mas então, caiu a ficha. 'O caminho do coração'. E de que lado o coração fica?
"Pessoal, vamos pra esquerda", eu disse sorrindo. E então começamos a caminhar pelo corredor. Era um pouco mais estreito do que estávamos antes e era levemente inclinado para baixo. À medida que descíamos, a luz ficava mais fraca e a temperatura abaixava. Eu e Evans caminhávamos na frente, enquanto Lisa, Frank e Walter nos seguiam.
Andamos muito, mas nada de chegarmos a uma nova bifurcação, ou ao final do corredor. Estávamos silenciosos, o som de nossos passos ecoavam em nossos ouvidos e o frio congelava nossas mãos e rostos. Ficamos assim por uma boa meia hora, até que Frank quebrou o silêncio:
"Hum... James?".
"O que foi?", eu disse virando-me e dando de cara com uma Lisa completamente pálida.
"Eu acho que ela piorou...", ele respondeu.
"Meu Merlin Lisa! Ela já estava resfriada, e a temperatura muito baixa...", disse Lily, encostando o dorso da mão na testa da amiga.
"Temos que levá-la de volta", eu disse.
"Que isso gente. A gente chegou até aqui, eu agüen...", começou Lisa, mas logo despencou e caiu nos braços de Frank, que me pareceu completamente constrangido com aquilo.
"Não vai ter jeito, temos de voltar", disse Evans, desesperando-se.
"Ah, não. Andamos tudo isso pra voltar e deixar que outras equipes nos alcancem? De jeito nenhum", disse Walter. "Eu e o Longbottom voltamos e levamos a garota para a enfermaria e vocês dois continuam".
"Não! Não posso deixá-la sozinha! Ela desmaiou, pode ter alguma coisa grave e...".
"Evans ela não vai estar sozinha. Vamos levá-la de volta em segurança, e aposto que a sua outra amiga e Lupin vão estar ao lado dela".
"Mas, porque é que você não fica e continua a procurar?", retrucou Evans, nervosa.
"Porque você é mais inteligente do que eu. E não há ninguém melhor que vocês dois para resolver o enigma todo", ela disse, apontando para nós. "E não deve faltar muito até chegarem à bandeira. Vamos, ela pode estar piorando, Longbottom". Frank pegou Lisa no colo e caminhou de volta com Walter ao seu lado. E para a minha sorte inacreditável, era só eu e Evans agora. Ela olhou para mim, provavelmente esperando um comentário sem graça de minha parte, mas apenas encarei-a, indiferente.
Recomeçamos a caminhada sem dizer mais nada. O corredor parecia interminável e agora a escuridão reinava sobre nós, forçando-nos a acender nossas varinhas para enxergar alguma coisa. De vez em quando Evans se assustava com um rato que passava. Ela devia estar se perguntando porque é que eu ainda não havia tentado puxar assunto com ela esse tempo todo...
"Você está bem, Potter?", curiosa...
"Estou", respondi.
"Mordeu a língua?".
"Não, Evans". E ela calou-se. Minha voz foi séria e fria, o que a fez deixar de manifestar sua alegria por chamá-la pela primeira vez pelo sobrenome em quatro anos. (N/a: Se é que ela tinha ficado alegre mesmo, néam...).
E continuamos andando, já ofegantes pelo corredor deserto. Já não tinha mais noção do tempo, mas imaginava que o almoço já teria sido servido. Eu já estava exausto, porque tudo o que tivemos de fazer até ali era andar.
Evans suspirou. Olhei para ela e seu rosto já não estava corado como sempre. O frio nos desgastava demais, os músculos enrijeciam. (N/a: Ei, imaginem a cena: os dois completamente calados e congelados, andando ofegantes, com aquela fumacinha saindo da boca. Frio é muito bom... Mas fiquem calmos! Não ouso colocar um lago no fim do corredor com uma porta boiando e o James se declarar e sumir, afundando em águas negras...). Eu devia ter me lembrado e levado mais um casaco...
Repentinamente, Evans parou de caminhar. Parei também, virando-me para ela.
"O que foi?", perguntei deixando escapar minha preocupação que meu orgulho lutou tanto para ocultar.
"Não acha que devíamos descansar um pouco? Estamos andando há horas", ela disse, olhando pra mim, pálida, sem aquela raiva familiar em suas palavras. Assenti com a cabeça sentei-me no chão gelado e encostando-me na parede. Ela fez o mesmo, só que para a minha surpresa, ao meu lado.
"Tem alguma idéia de como nos esquentar?", ela perguntou. Mas devia ter se arrependido. Se eu não estivesse tão ressentido provavelmente sugeriria que passássemos os próximos minutos nos beijando ou coisa parecida. Confesso que me senti tentadíssimo a esse comentário. Mas me segurei.
"Não. Não se lembra de nenhum feitiço?", perguntei.
"Hum... não", ela respondeu. "Estava pensando se Frank e a outra garota já levaram Lisa a enfermaria".
"Não se preocupe Evans. Há essas horas Madame Pomfrey já está dando uma poção a ela", respondi.
"Por que resolveu me chamar de Evans?". Eu sabia que não ia agüentar...
"Não é o seu nome?".
"É, mas...".
"Então está bom pra mim", interrompi-a. Ela soltou os braços cruzados e sem querer encostou sua mão na minha. Meu subconsciente não resistiu e peguei sua mão.
"Sua mão está fria, Evans", eu disse, fingindo que achava muito estranho sua mão estar tão mais fria do que a minha.
"Eu sou fria", ela disse.
"Eu sei". (N/a: Noooossa, fala sério. Desbancou a futura senhora Potter agora uh? Pobre Lily, mas agora está sofrendo as conseqüências de rejeitar o cara mais charmoso de todos os tempos... desculpem, não resisti a esse comentário. Oi Paula Grillo!), eu disse, soltando sua mão. Aí aquele silêncio chato pairou. Logo me coloquei em pé novamente.
"Acho melhor continuarmos, ou podem nos alcançar", eu disse sem olha para ela.
"Certo".
Continuamos nossa longa jornada até encontrarmos o fim daquele corredor sombrio... Eu andava normalmente, as mãos dentro dos bolsos e os pés congelando. Longos minutos em absoluto silêncio, varinhas em punho. Eu sentia meu corpo doer e pedir por um descanso. Teríamos de nos apressar, porque mesmo que achássemos a bandeira, demoraríamos mais um século para voltar.
"Quer parar um pouco?", eu perguntei. Evans apenas assentiu com a cabeça. Sentamo-nos de novo, lado a lado, respirando fundo para recuperar o fôlego.
"Não vamos conseguir chegar a tempo", ela disse.
"Não acho que estejamos tão longe assim".
"Mesmo assim, até voltarmos... Acho que perdemos essa".
"Não, não perdemos...", eu disse, quando vi alguma coisa refletir a luz de minha varinha a poucos metros de distância. Evans estreitou os olhos e pela expressão, parece que havia notado um brilho ao longe também. Levantamos rapidamente e corremos pelo corredor escuro e encontramos uma saleta de espelhos. (n/a: Mal sentaram e já tiveram que levantar...).
Era um semicírculo, cheio de espelhos. Mas não havia nada que evidenciasse a presença de uma bandeira.
"Qual foi a parte que sobrou?", perguntou Evans, observando-nos nos espelhos.
"Segura está nossa bandeira,
Invisível aos olhos dos leigos".
"O que isso significa?".
"Não tenho idéia", respondi.
"Invisível aos olhos dos leigos... Ora não me diga. Mas o que faremos para achá-la?". Suspiramos. Chegamos ao fim do corredor, mas descobrimos um beco sem saída.
"Talvez se...", ela começou aproximando-se do espelho central. Tocou-o delicadamente com os dedos e ele simplesmente desapareceu, revelando uma bandeira verde e prateada pousada no chão, e logo atrás dela uma porta. Ela virou-se para mim esperando um sorriso, mas eu apenas abaixei-me para apanhar a bandeira.
Girei a maçaneta da porta e dei de cara com uma escada larga de pedra. "Vamos", eu disse, e subimos as escadas rapidamente. No topo, havia uma outra porta de madeira escura que abrimos para descobrir que fomos parar no sétimo andar e teríamos de descer todas as escadas...
Na verdade eu conhecia um bom atalho, mas não pretendia deixar Evans descobri-lo. Então começamos a descer os degraus. Quando passei por uma janela e vi que ainda estávamos no meio da tarde.
Estávamos passando do sexto para o quinto andar, quando ela perguntou:
"O que há com você Potter? Está estranho". Ha ha, não me diga.
"Nada", respondi, fingindo indiferença.
"Se está tentando armar alguma...".
"Fique tranqüila Evans. Eu sou um problema a menos na sua vida agora". Como ela poderia dizer uma coisa dessas? "Se está tentando armar alguma...". Eu estava sofrendo e particularmente acho que isso estava estampado na minha cara. E ela vem me dizer isso? Eu realmente devo merecer.
"Potter, seja o que for o seu plano, não vai dar certo", putz, o que ela queria? Me fazer confessar sobre um plano meu e dos Marotos para roubar um beijo? Bem, isso não seria muito estranho de nossa parte, mas era a última coisa que eu faria no momento. A culpa não era dela, na verdade. Afinal, o que ela poderia esperar de mim? Suspirei e ela continuou. "Eu te conheço Potter, não vai me enganar com essa cara de desapontado".
"Evans...".
"Eu sei o que esperar de...".
"Não deve ter passado pela sua cabeça que eu possa mesmo estar desapontado e não só tentando correr atrás de você, deve?".
"Potter...".
"Assim como o motivo da minha amargura seja por causa da minha desistência a você". Ela me olhava atentamente. "Muito menos que eu possa mesmo ter me apaixonado por você de verdade, certo? Mas não se preocupe. Vou tentar te esquecer o mais rápido que puder", deixei escapar com sinceridade. Eu não estava esperando uma resposta dela, mas não disse mais nada. Seus olhos verdes brilhavam como nunca havia visto antes. Eu ofegava. Putz, eu tinha acabado de dizer que eu estava apaixonado por ela. Nem eu mesmo podia acreditar.
Virei-me devagar e continuei as escadas com a bandeira segura entre os dedos, em silêncio. Por um momento achei que ela não viria, mas logo ouvi seus passos às minhas costas.
Descia os degraus pensativo. Ela devia estar me achando mais patético do que antes. Ou com pena de mim. "Oh, pobrezinho. Eu o destratei. Mas o que posso fazer? Eu não gosto dele...". Argh. Minha vida estava se tornando um bicho de sete cabeças. Vou dizer, amar sem ser correspondido é simplesmente doloroso.
Quando chegamos às portas do Salão, o barulho de sempre dos alunos estava lá, como se na hora do jantar.
Abri a porta com certo cansaço (N/a: Para quem assistiu SdA, As Duas Torres deve lembrar-se da parte em que o Aragorn abre a porta para encontrar o rei, ele estava com os cabelos molhados... bem, imaginem o James adentrando o Salão, mais ou menos desse jeito... Helena, isso te lembra alguma coisa, não?). Todos pararam suas fofocas importantíssimas para olhar-nos curiosos, principalmente porque Evans estava ao meu lado.
Observei ao longe os suportes das casas em frente à mesa dos professores. Vi a bandeira da Corvinal descansar ao lado da nossa, no suporte dos Leões. Já era.
Esbocei um sorriso, porque tínhamos vencido...
N/a: Huh... E aí? Legal, hein? James tá um bagaço. Prometo que as coisas vão melhorar daqui pra frente... Eu sei que algumas cenas foram muito rápidas... Espero postar o próximo em breve... Preciso ir, tenho que tomar banho para ir a aula de Inglês e de Francês também. Ah, que beleza... Falou, pessoal.
Bia Black,
11 de Maio de 2005.
