Gente mil perdões, mas toda vez que tiver "" e sem nome do lado são os pensamentos do Heero. Eu esqueci de falar isso com vocês no primeiro capitulo. Espero que gostem... Boa leiura!

Cap 2 : Sem pistas.

"Era uma manha de sexta-feira muito chuvosa, era como se o céu chorasse pelas três vidas perdidas. Eu e meu parceiro estávamos a caminho da empresa de Holly interrogar Treize.

Chegamos no prédio, muito bonito por sinal, alto pintado de branco com alguns tijolos na parte lateral e bem no alto estava escrito "Holly" em dourado. Entramos e fomos olhados por todos, mas isso não me incomodou nem um pouco já estava acostumado aos olhares. Não demorou, para o dono viesse nos atender."

-Por favor senhores, venham conosco. Na minha sala será mais confortável conversarmos.

-Senhor Treize, não queremos conversar, queremos interrogá-lo, queremos saber se tem algo que possa nos ajudar. – diz Heero em tom frio.

-Sim, mas é uma história meio longa e eu não gostaria de contá-la perto dos funcionários.

-Tudo bem. –Trowa olhou para Heero e esperou Treize se afastar um pouco para falar – talvez seja uma perda de tempo, mas pense bem isso pode nos ajudar mais tarde nos detalhes futuros.

-Certo.

Os dois entraram numa enorme sala, com um grande sofá, uma tv e uma mesa bem no fundo da sala. Havia também uma pequena cozinha e um closet.

Treize sentou-se no sofá e apontou para duas poltronas, no qual sentaram sem pestanejar, ele fitou as pequenas gotas de chuva que caiam na janela.

-Eu e Zechs crescemos juntos e na faculdade começamos a ter um caso, mas ele não queria falar isso para ninguém dizia que os nossos amigos não aceitariam e tudo mais, eu não vi nenhum problema. Até descobrir que enquanto nos ficamos juntos a noite ele ficava junto com VÁRIAS meninas durante o dia, aquilo me enfureceu e eu terminei tudo com ele. Não demorou muito e nos ficamos amigos de novo e abrimos a firma. Tem um bom tempo que ele disse que não tinha conseguido me esquecer e nos acabamos voltando começamos dividindo um apartamento aqui perto, só que eu não sabia que antes de mim havia existido uma garota bem nova e ela tinha ficado grávida. Por cinco anos eu não aceitei isso, mas eu comecei a ver que aos poucos ele estava ficando infeliz do meu lado e resolvi ceder, dei o nosso apartamento para ele e terminei tudo...- lágrimas caiam de seus olhos, e ele voltou a olhar para os policiais – ele ficou muito feliz, a menina e a criança também.

-Você as conhecia?- pergunta Trowa, meio assustado.

-Na verdade eu só as conheci há poucos dias. Catherine, certo? Estava me pedindo para ser o padrinho da menina Hilde, e sabe aquilo me deixou bastante feliz e eu acabei aceitando o convite. Acabei me apegando as meninas e larguei de verdade do Zechs, eu já até tinha arranjado uma namorada.

-Me diz a quanto tempo eles estavam planejando esse batizado? – pergunta Heero, que havia anotado toda a história.

-Catherine sempre desejou isso, mas somente há um ano os dois se acertaram de verdade. O batizado estava marcado para o dia do nascimento dela que seria amanha. 21 de janeiro...

-Você sabe de alguém que possa nos dar mais informações? – pergunta Heero e Trowa quase que em coro.

-Sim... o nome dela era Sally Poo, divida o apartamento com a Catherine desde o nascimento da menina.

-Muito obrigado. – diz Trowa já se levantando.

-Me façam um favor?

-Sim?- pergunta Heero se levantando também.

-Peguem esse miserável.

-Pode deixar. – responde Trowa.

Os dois já estavam na porta quando Heero para e pergunta.

-Por acaso você toca algum instrumento?

-Sim, toco violão porque?

-Nada. Muito obrigado. – responde Heero saindo.

-Nos não perguntamos se ele tinha um álibi. – diz trowa se dirigindo a garagem.

-Ele por enquanto não é um suspeito. – reponde Heero – e tratá-lo assim logo de cara só vai piorar a nossa situação.

-Posso perguntar como?

-Claro! Simples, ele é a terceira pessoa mais rica de toda Boston, iria contratar um advogado e iria acabar com a nossa investigação em questão de segundo encontrando a primeira pessoa que eles achassem culpada, além de que nós não temos nenhuma informação ou indicio de que foi ele.

-Como sempre você esta certo. – diz Trowa entrando no carro.

-Claro, se não eu não seria Capitão Heero não é? – diz ele sorrindo.

No meio do percurso o telefone de Heero toca.

-Yuy? Sim. Ok estamos indo. Trowa vá para o IML, a tal de Sally esta lá para fazer o reconhecimento e o Duo disse que tentaria segurá-la para a gente.

-Ele realmente é 10, nunca peguei um médico como ele, e ainda mais em um caso tão difícil como este. – diz Trowa enquanto fazia a curva e acionava a pequena sirene que havia neste.

Não demoraram para chegarem ao IML, apesar de estarem do outro lado da cidade quando o telefone tocou. Entraram no recinto, e pediram ajuda de cara para um dos legistas que passavam.

-Com licença... – fala Trowa abrir a porta.

-Podem entrar. – fala Duo que abraçava gentilmente a garota. –Sally eu sei que vai ser difícil, mas você tem que contar a eles o que você sabe.

-Eu sei, mas eu não quero... é muito doloroso lembrar que...- novas lágrimas inundaram o rosto de Sally.

-Se você não fizer isso, talvez não peguemos o mostro que fez isso. É isso que você quer?

-Não... – disse em meio as lágrimas que desciam por seu rosto. Sally aparentava ter 20 anos, longos cabelos castanhos e olhos castanhos claros. – o que vocês desejam saber?

-Desde quando conhece Catherine? – Heero tomou parte do interrogatório fazendo todas as perguntas.

-Desde o jardim da infância.

-O que houve quando ela teve o bebe?

-Bom aquele idiota disse que não queria assumir e a deixou sozinha durante anos.

-E ele disse o porque?

-Sim, disse que estava montando a empresa dele com uma pessoa muito especial que ele tinha magoado no passado.

-Pode me dizer o que aconteceu ontem? Porque pelo que eu sei, era você que iria buscar a menina.

-Sim, mas eu me atrasei, meu chefe disse que faltavam três desenhos...

-Desenhos?

-Sim, eu sou estilista. Bom, e quando eu cheguei no colégio eu a busquei e parei uns minutos no banco e acabei por deixá-la no carro e quando eu voltei ela não estava mais lá, eu corri para a policia e dei parte, passei quase a tarde toda lá e quando eu cheguei em casa que eu comuniquei a Cath ela ficou maluca e nos duas brigamos... – houve um momento de silêncio por parte de todos. – a briga foi feia, eu aposto como os nossos vizinhos escutaram, eu estava com raiva, eu não tive culpa, por isso peguei o carro e fui dormir em outro lugar.

-E onde foi? – pergunta Trowa.

-Num hotel com a Metriz e Laurence.

-Muito obrigado. – diz Trowa.

-E eu realmente sinto muito pela sua perda. – diz Heero um pouco antes de sair.

Duo saiu com eles enquanto fez um pequeno sinal para que Sally esperasse.

-Gente, eu sei que provavelmente eu sou um chato, mas será que eu poderia participar das investigações.

-Claro. – falou Trowa entusiasmado.

-Oba, então que tal almoçarmos juntos? Eu conheço um restaurante que serve uma comida maravilhosa.

-Onde fica? – pergunta Heero, não gostando muito da idéia.

-Fica perto da esquina Laurence.

-Ótimo, assim depois do almoço poderemos falar com o dono do tal hotel. – diz Trowa. – nos vemos daqui a uma hora na porta do restaurante.

-Ok. – diz Duo feliz da vida.

Heero e Trowa foram embora e Duo voltou a sala para conversar mais alguma coisa com Sally, apesar de raramente ter falado com ela, ele já havia passado por uma situação assim e sabia que tudo que ela precisava naquele momento era de carinho de quem quer que fosse.

Uma hora depois, Duo esperava eles impaciente.

-Demoramos? – pergunta heero se sentando ao lado de Duo.

-Se eu disse que sim? – diz ele com um sorriso divertido.

-Nos pediríamos mil desculpas,e diríamos que estávamos tentando encontrar pistas. – fala Trowa sentando ao lado de Heero.

Os três fazem seus pedidos e ficaram conversando sobre as provas que tinham, até Duo aparecer com uma novidade.

-Dorothy Catalonia, irmã mais velha de Catherine, se houvesse alguma espécie de acidente ou assassinato ela seria compensada em 3 mil dólares.

-Mas porque envolver Hilde e Zechs nisso? – pergunta Heero, enquanto o garçom colocava na frente de cada um deles um prato diferente.

-Fiz uma pequena pesquisa e pelo que vi... – diz Duo tirando alguns papeis de dentro da mala – Catherine tinha notas mais altas que ela, era mais popular, mais requisitada, a preferida dos pais,...

-Então seria por vingança? – pergunta Trowa.

-Sim. – respondem os dois ao mesmo tempo. – e onde ela mora? – pergunta Heero.

-Atualmente mora em Zaulin, mora com o dois filhos.

-Muito obrigado, Duo. Você não sabe o quanto esta nos ajudando. – diz Trowa.

No resto do almoço os três apenas conversaram sobre suas preferências, gostos, musicas, entre outras coisas.

-Bom, eu vou pesquisar mais sobre os corpo, tem que ter alguma coisa que estou esquecendo ou não percebendo.

-Não se maltrate tanto, já nos ajudou bastante. – diz Heero entrando no carro. – quando sairmos, da casa de Dorothy, lhe comunicaremos o que descobrimos.

-Muito obrigado.

O carro aos pouco foi se afastando de Duo, que ao invés de voltar para o IML se encaminhou até o hotel.

-O que o senhor deseja?- pergunta um senhor que aparentava ter seus 52 anos.

-Eu desejo saber algumas coisas sobre uma hospede.

-Desculpe, mas não posso.

-Eu sei... – disse Duo tirando seus distintivo- e agora?

-Bom, eu não sei muito sobre ela. – disse o senhor meio receoso.

-A que horas mais ou menos ela chegou?

-Por voltas das oito, disse que precisava de um quarto.

-Ela já esteve aqui outras vezes?

-Não nunca.

-E será que eu poderia ver o quarto no qual ela esta hospedada?

-Sim...

Duo entrou no pequeno recinto, o quarto era velho e tinha cheiro de mofo, os moveis era velhos como todo o resto do hotel, haviam muitas folhas e desenhos espalhados por todo o quarto, mas a coisa que mais chamou a atenção de Duo foi o instrumento que estava em cima da mesa.

-Ela trouxe a harpa ontem?

-Pelo que eu me lembre trouxe sim.

-Muito obrigado.

Heero e Trowa chegaram a casa de Dorothy, era uma casa comum, pequena com um grande gramado na frente as janelas era grandes e havia várias cortinas de diferentes cores. Trowa tocou a sineta e esperou alguns minutos até um menino de uns sete anos abrir a porta.

-Se vocês desejam vender algo, a mamãe disse que não quer comprar.

-Não querido... – diz Trowa- nos somos policiais, será que poderíamos falar com a sua mamãe?

-É importante. – diz Heero.

-Mãe... mãe, policiais... – diz ele entrando na casa.

-Sim? – disse uma mulher de longos cabelos loiros e olhos azuis aparecendo na porta. – entrem.

-Obrigado. Nos...

-Gostariam de fazer perguntas sobre a minha irmã, certo? – pergunta ela com um incrível mal- humor. Josh, vá para o seu quarto e nem tente ouvir a nossa conversa.

-Sim, sobre isso mesmo que gostaríamos de falar. Como sabia? – pergunta heero.

-O seguro já me informou.

-Posso te fazer uma pergunta? Pelo que percebemos sua irmã e você não se falavam muito, porque ela te deixaria essa fortuna toda.

-Não sei, ela me ligou um dia e me disse que me deixaria e pelo que parece cumpriu.

-Porque todo esse ódio dela?

-Eu nasci primeiro, mas foi ela quem se destacou, ela era mais popular. Mas nunca deixei isso atrapalhar a nossa amizade, quando ela se formou acabou por se afastar de mim e eu não pude fazer muita coisa aos poucos paramos de vez de nos falar.

-Ah. – diz Trowa – você conhece Sally?

-Sim, ela cresceu conosco. Nunca gostei muito dela, ela sempre tratava Catherine de um modo muito estranho...

-Como assim?

-Eu não sei explicar, mas ela sempre olhou diferente para a minha irmã e eu sei lá isso sempre me incomodou.

-Só mais uma pergunta, você toca algum instrumento?

-Sim, violino.

-Muito obrigado- diz Heero saindo da bela casa.

-Você acha que foi ela?

-Prefiro não tirar conclusões antes de analisar todas as histórias juntas e saber se o Duo encontrou mais alguma pista.

-Mas Heero, já são oito horas, pelo que eu sei o Duo tem uma irmã pequena e deve estar em casa neste momento com ela, não é melhor deixar tudo isso para amanha?

-Sim, Trowa, acho que é melhor, assim ate poderemos ler melhor todas as histórias.

-Eu não tinha pensando em fazer isso na minha noite, mas o que eu posso fazer, se eu não concordar você vai me decapitar! – diz Trowa rindo.

-Então vamos para casa, e que tal jantarmos uma pizza.

-Adorei a idéia.

Heero passou a noite inteira pensando e investigando cada detalhe esquecido. O sol nasceu e ele não havia largado os papeis.

-Heero desse jeito você vai pirar de tanto trabalhar.

-Prefiro pirar do que deixar assassinos nas ruas. – diz ele tomando mais um copo de café.

-Quantos copos de café você tomou?

-Sei lá, uns 10.

-Hn. Você não toma jeito. –diz Trowa – pelo menos pare para comer.

-Ta bom, mas só porque você esta pedindo!

Duo saiu de casa cedo, queria investigar mais sobre os corpos, chegou rapidamente ao IML e se apressou em retirar os corpos do freezer, hoje quase não havia gente no necrotério por isso ele provavelmente não teria ajuda de mais ninguém.

-Tem que haver algo que estou esquecendo, ou deixando passar em branco. – Duo examinou com tanta delicadeza cada corpo, passava a mão sobre as gargantas esperando encontrar algum pedaço do fio ou quem sabe o próprio fio, mas ao invés disso ele encontrou um pequeno pedaço de tecido no cabelo de Hilde. – bingo! Agora temos que descobrir de onde veio isso.

Duo se dirige numa incrível velocidade para o computador e scaneia o pequeno pedaço de tecido.

-Isso esta muito grosso para ser de um casaco ou blusa... De onde será que veio isso? – ele ficou alguns minutos analisando o tecido – isso poderia ser... – ele digitou rapidamente, e esperou a resposta. – Então... tem alguma coisa errada aqui. Melhor ligar para o Heero e o Trowa.

-Alo? – atende Heero que estava no meio de seu café da manha.

-Espero não estar atrapalhando nada importante.

-Que nada, eu só estava comendo, mas manda o que você tem a me dizer?

-Bom, eu encontrei algo que posa interessar vocês no cabelo de Hilde, se vocês puderem passar aqui poderíamos discutir isso com mais calma. O que me diz?

-Tudo bem, estarei ai em cinco minutos. – diz Heero desligando e engolindo o final do seu café. – Vamos Trowa?

-Porque você sempre faz isso? Sabe, Heero às vezes eu gostaria de sentar e comer como uma pessoa normal.- diz ele fechando a porta da casa.

Não demorou muito para eles se encontrarem no necrotério, acabaram se perdendo como na maioria das vezes que iam lá. Mas no final acabaram por encontrar Duo sentado na frente do computador.

-Bem vindo e bom dia!

-Bom dia... – diz Trowa ofegante de tanto subir e descer escada.

-Bom dia Duo. O que tem para nos?

-Isso... – diz Duo virando a tela do computador.

Continua.

Notas da autora: Espero que gostem. E estou esperando ansiosa os reviews (sei lá se escreve assim!) de vocês!

Muito obrigada para vocês que me mandaram comentários, não sabem a minha emoção ao ver o comentário de vocês (T-T chorando de alegria!) Valeu mesmo!

Beijos Rei!