N/A- Bom, apesar de estar sem um pingo de imaginação e de ter perdido totalmente o gosto por fics, já que comecei essa, vou terminar, portanto aqui vai mais um capítulo. Desculpem o meu mau-humor e mil perdões se ele estiver refletido no capítulo. :(
E eu, que odeio histórias narradas na primeira pessoa, mordi a língua!
CAPÍTULO 5
Fez quarta-feira uma semana que eu tive a minha primeira discussão com o Lupin. Não, não se assustem! Foi só uma briguinha à toa. Qual é o casal apaixonado que nunca discute? Amor sem umas briguinhas de vez em quando não tem nem graça, não é? E fazer as pazes é tão bom! Eheheh! Bom, para dizer a verdade, eu nunca fui de brigar com os meus ex-namorados ou "amigos coloridos"… talvez por isso tenha cansado deles e nenhuma das minhas relações pré-Lupin tenha dado certo. Mas dessa vez é diferente. O Remus é diferente… e estou disposta a lutar por esse amor com unhas e dentes… mesmo que tenha continuar para sempre no meu mundo, fingindo ser apenas uma sonhadora solitária e escondendo a minha felicidade… Mas eu nem acho que vou ter que ficar para sempre com uma separação de dois mundos entre nós: ele não é visível aqui, mas eu sou, no mundo dele. É. Finalmente, decidi ir ao mundo dele… Tenha tanto medo de me decepcionar, de chegar lá e ver que as coisas não são tão maravilhosas quanto eu imaginava… e depois, não deve ser fácil ser Trouxa num mundo de bruxos. Muito menos um mundo em guerra.
Mas vocês devem estar se perguntando qual o motivo da nossa briga (ou talvez não. Não o sou o Lockart, para vocês terem interesse na minha vida amorosa). Bom, mas para quem possa estar se perguntando isso, aqui vai, em duas palavras: lua cheia.
Desde o começo que eu estou querendo passar as noites de lua cheia com ele. Era o único momento em que eu queria passar para o mundo dele, mas ele sempre recusa, sempre foge, sempre diz que não é um espetáculo bonito de se ver.
Quarta-feira passada foi noite de lua cheia… e eu não me segurei. Não agüento mais essa ideia dele de me afastar no momento que eu mais queria estar junto dele. Insisti, disse que não queria saber se não era um espetáculo bonito, expliquei que queria estar do lado dele num momento tão difícil, mas ele foi irredutível. Repetiu o que sempre havia me dito: que mesmo com a poção mata-cão, uma transformação nem sempre é pacífica e que um lobo, por mais manso que esteja, é sempre um lobo. Aí, eu perdi a cabeça (sim, sou esquentada mesmo!) e disse que se ele me amasse de verdade, ia querer que eu estivesse do lado dele. Não adiantou de nada. Remus é turrão e não mudou de ideia. Pelo contrário, replicou que era justamente por me amar tanto que não queria correr o risco de me machucar.
Fiquei irritada, sim, não vou negar… mas no dia seguinte, dia da minha última prova na faculdade, quando ele veio me visitar para saber como tinha corrido a prova, todo cansado e com aquela carinha de cachorrinho maltratado, não resisti a me jogar nos braços dele. Não dá para ficar zangada com uma coisinha tão fofa!
Mas não pensem que eu desisti, não! Na próxima lua cheia, eu vou insistir de novo. Vou dar um jeito de ir para lá, mesmo que ele não queira. Ele pode ser turrão, mas eu não sou menos… e tenho certeza que ele vai se sentir muito melhor se eu estiver perto dele numa hora tão complicada. Sei perfeitamente que não é um espetáculo bonito, mas eu não vou em busca de beleza, mas sim de dar um pouco de conforto ao homem que eu amo… quer ele queira, quer não!
Naquele mesmo dia, viajei para o Norte de Portugal. Era noite de São João, que lá se festeja muito. Fogos de artifício belíssimos e cada margem do rio Douro, alguns saindo mesmo dos barcos que estavam no rio, tudo isso iluminou o meu romence com Lupin… Espero que ninguém tenha reparado no beijo que nós não resistimos a trocar… Bom, estava tudo olhando para o céu, para a chuva de estrelas de prata que explodia e caía sobre nós. Não. Acho que ninguém viu… tomara! Sim, porque, se alguém viu, não viu um casal se beijando, mas sim uma louca, erguida nas pontas dos pés, esticando os braços e os lábios no vazio!
No dia seguinte, encontrei a minha prima Dalila. Foi ela quem me "apresentou" o mundo de Harry Potter. Foi graças a ela que eu conheci o meu Lupin. Foi ela quem me emprestou todos os livros, antes de eu os comprar. Não resisti. Decidi contar para ela, em tom de brincadeira (claro, não quero me arriscar a ser internada na ala psiquiátrica de um hospital, com camisa-de-forças!), que estou apaixonada pelo Remus. Curiosamente, ela ficou me olhando, muito séria e perguntou:
- Como é que resolves o problema da lua cheia?
Que bom que a filhinha dela, Camila, resolveu chorar naquele exato momento, senão eu teria muita coisa para explicar… principalmente "porquê eu nunca passei uma noite de lua cheia com ele"! Humpf!
Bom, tenho que ir agora: ele acabou de chegar. Vai me levar para o mundo dele. É hoje que eu vou conhecer o mundo que povoa os meus sonhos. Torçam por mim!
