N/A- Mil perdões por os próximos capítulos serem tão rápidos e a história acabar de forma tão precipitada. É que fiz questão de escrever antes de ser publicado o livro 6, porque temia... certas coisas (como vocês vão ver no final da fic e, aliás, são mencionadas nela várias vezes). Desculpem Ter ficado tanto tempo sem atualizar, tanto mais que esses capítulos já estão escritos há dias, mas não postei mais cedo porque estou sem pc em casa. Inclusive agora estou postando de uma loja. Esperando amanhã ou depois ter o meu querido PC nas mãos, aqui vos deixo com o final da fic. O final - final, mesmo - já estava escrito há muito tempo. Eu tinha dito para voces que seria um final triste mas agora, por motivos que não vêm ao caso, já acho que não é tão triste assim.

CAPíTULO 7

-Largo Grimmauld nº12. - Murmurei.

Na minha frente, entre os edifícios nº11 e 13, começou a surgir uma outra casa, empurrando os edifícios que a ladeavam, como se alguém tivesse enchendo uma casa inflável! Espantoso! Uma das coisa mais impressionantes que eu presenciei nos dias que passei no mundo bruxo. Como em "Harry Potter e a Ordem da Fênix", Lupin bateu com a varinha na porta e, depois de uns barulhinhos desagradáveis e metálicos, a porta se abriu, com um ruído semelhante ao das portas das casas assombradas dos filmes. Não pude deixar de sorrir, ao imaginar o Scooby Doo tremendo do meu lado.

Lá dentro, porém, a casa não era aquela coisa horrorosa que eu tinha imaginado. Pelo visto, a faxina que os membros da Ordem fizeram no livro 5, tinha conseguido que aquela casa se tornasse uma versão imóvel do Patinho Feio. Bom, não era ainda um lindo cisne, mas não tinha um ar tão sinistro quanto o nome ("grimm" significa "sinistro" em inglês).

As cabeças de elfos continuavam ladeando a escadaria, o que me causou um arrepio. Lupin deve ter notado o meu desconforto, já que colocou uma mão sobre o meu ombro e me levou para o lado oposto da sala. Foi então que uma porta se abriu, deixando ver a cabeleira ruiva de uma mulher baixinha e gordinha, que imediatamente eu reconheci.

-Srª Weasley! - Deixei escapar, emocionada. Sempre adorara o casal Molly e Artur e achava linda a relação de amizade e respeito que ela tinha com Lupin. Aliás, a única mulher dos livros de quem eu não tenho ciúmes e não me importaria se terminasse nos braços de Remus. Quer dizer, não me importaria se isso não significasse a morte de Arthur Weasley, que eu adoro!

Molly Weasley sorriu para mim com ar maternal. Me lembrei da minha própria mãe, que sempre achava que eu estava brincando quando falava de Lupin e fiz uma nota mental para não esquecer de lhe falar de Molly.

A Srª Weasley me abraçou:

-Finalmente, você veio! - Exclamou. - Você não imagina a vontade que todos nós tinhamos de lhe conhecer.

Sorri, encabulada, e repliquei, comovida:

-Com certeza, não era nem de longe tão grande quanto a vontade que eu tinha de conhecer vocês.

Molly me devolveu o sorriso e comentou com Lupin:

-Muito bem, Remus, você arrumou uma menina bem simpática! Que pena que vocês não podem ficar juntos para sempre. - Abanou a cabeça e, com um suspiro, continuou - E nem vem com essa história de que, se ela morasse aqui seria diferente, que você não ia poder ter nada de verdade com ela, por ser lobisomem, porque eu te diria o que faria com vocês dois se o portal permitisse que ela ficasse aqui para sempre.

Senti um aperto no estômago e olhei para Lupin, que baixou os olhos. Ele nunca tinha referido aquele detalhe. Abri a boca para lhe perguntar que história era aquela, quando a porta se abriu, deixando passar uma jovem, alta, magra e com um visual espampanante que teria me chocado bastante, se eu não estivesse acostumada com os punks londrinos: roupa preta, esfarrapada, cabelo curto, espetado e de um tom forte de rosa, que provavelmente ficaria mal em outra pessoa, mas nela dava uma graça a mais. Não era muito bonita, mas tinha um sorriso encantador, bem mais simpático do que eu esperava. Se eu já não estava muito bem, por causa da conversa de Molly, a visão de Tonks, a minha maior rival segundo as fics e o meu próprio ponto de vista (afinal, a J. K. Rowling adora histórias em que "os opostos se atraem" e se eu não amasse tanto o Lupin e não o tivesse do meu lado, seria shipper Remus/Tonks roxa), o fato de vê-la bem mais atraente do que eu imaginava e me olhando com um sorriso tão simpático me deixou no chão...

-Ah! - Exclamou ela, caminhando em direção a mim. - Você deve se a Mary. Essa o meu segundo nome, sabia? Mas vamos combinar que Nymphadora Mary não é exatamente um nome bonito. - Comentou, torcendo o nariz e acrescentando.

Tentei esboçar um sorriso que ocultasse o meu ciúme e a vontade que tinha de esganá-la.

-Porque não só Mary? - Indaguei.

Ela suspirou:

-Tem gente que me chama assim, mas é um nome muito... normal. Eu gosto de ser diferente.

-Nymphadora é diferente! - Comentei, sem conseguir ficar calada.

Para meu espanto, ela riu e comentou:

-Eu disse "diferente", não disse "horrível"!

Decididamente, eu não devia ficar brava com ela. Se houvesse algum interesse dela por Remus, ela não seria tão simpática comigo... ou seria? Talvez sim, sabendo da história do portal, que não era eterno...

Lembrei o quanto a adorava antes de saber do monte de pessoas que torciam para que ela terminasse a história nos braços de Lupin e, o que é pior, de ter reparado naquela conversinha particular de ambos no capítulo 24 ou 25 ("Oclumência") do livro 5. Lembrei o quanto me identificava com o jeito de ser dela, apesar de jamais ter coragem de usar cabelo colorido (odeio chamar a atenção, nisso somos totalmente opostas) e muito menos curto (usei durante anos e não tem absolutamente nada a ver comigo, muito pouco feminino para o meu gosto). Lembrei igualmente das gargalhadas que dava cada vez que ela mostrava a sua atrapalhação no livro 5 (exatamente como eu!). Acabei, também, por me lembrar das fics que criei, em que ela era a maior amiga da "minha" Mary Hallow... e toda a raiva que estava sentindo se esfumou, como num passe de mágica. Sorri, dessa vez com vontade e de alguma forma tive certeza que ela ainda seria importante na minha vida.