Capítulo Dois – Artilheira e Discussões na Biblioteca

11 AM. O Expresso de Hogwarts parte. Paris ficou na mesma cabine que Crabbe e Goyle; Draco e Pansy, como eram monitores, tinham que ficar, pelo menos metade da viagem até Hogwarts na cabine dos monitores, onde se encontravam também com Ronald Weasley e Hermione Granger. Draco e Ronald haviam sido nomeados monitores-chefe; o que deixou Granger desapontada porque, apesar de estar feliz pelo amigo, esperava sinceramente que ela recebesse a nomeação. - Não sei como podem escolher um Weasley para ser monitor – resmungou Draco.

- Oras! Para ser monitor da Grifinória está de bom tamanho – disse Pansy. – Afinal, você não achou que colocariam alguém dscente pra monitorar aquela casa, não é mesmo?! - Draco fez uma expressão como quem diz "sim, é claro". - Ignore, Rony! – sussurrou Hermione para o ruivo, ao ver que ele já estava todo vermelho olhando para Draco e Pansy. - Apenas ignore. É isso que eles querem, vê-lo nervoso.

Crabbe e Goyle não paravam de comer. Fora a lata de biscoitos que a mãe de cada um deles mandou, quando o carrinho de doces do Expresso passou, eles compraram uma boa quantidade de guloseimas. - Por Salazar! Parem de comer um pouco! – disse Paris. – Vocês estão parecendo porcos.

Crabbe e Goyle encararam Paris por um momento e, ignorando o comentário, voltaram a comer.

- Argh! – ela resmungou. – Se Draco perguntar diga que fui procurar Selena – e saiu da cabine.

Selena McFolders, assim como Paris, era uma Sonserina e estava no último ano em Hogwarts; uma garota ruiva, pele muito branca, alta e de olhos verdes... Muito bonita.

- Paris? – perguntou Selena quando viu uma garota de costas para ela entrando na cabine.

Paris virou-se e viu Selena.

- Faz tempo que não nos falamos – ela disse sentando-se ao lado de Selena. – Você viajou, não foi? – Selena assentiu.

- Fui para a Alemanha com meus pais... Visitar alguns parentes. Aproveitei para treinar quadribol, um dos meus primos joga pela Alemanha, e como não estão em temporada de jogos, ele ficou em casa e treinou comigo.

- Você também quer entrar para o time este ano? – perguntou Paris.

- Sim... Artilheira. Você também, não é? – Paris assentiu.

- Cadê a Paris? – perguntou Draco quando ele e Pansy voltaram para a cabine onde estavam Crabbe e Goyle.

- Foi procurar aquela amiga dela...

- Deixe-me adivinhar – disse Pansy. – Como sempre, vocês dois estavam comendo como porcos. Paris se irritou e foi procurar a McFolders.

Crabbe e Goyle lançaram um olhar ofendido. Draco e Pansy riram.

- Eu vou procurar ela – disse Draco. – Encontrei Montague, e ele disse que quer falar com Paris...

- Não creio que seja sobre quadribol – disse Pansy rindo maliciosamente. Draco a fitou. – Ora, Draco! Não seja idiota, você sabe que Montague quer sair com ela.

- Cale a boca! – disse Draco. – Você vai comigo ou vai ficar aqui? – Pansy olhou para Crabbe e Goyle, que ainda procuravam o que comer...

- Eu vou com você!

Draco e Pansy chegaram na cabine onde Selena e Paris estavam.

- Paris? – chamou Draco. A garota olhou pra ele. – Montague está te procurando.

- O que ele quer? – perguntou Selena. – É sobre o time de quadribol? Porque se for, eu aproveito e vou junto.

- Eu não acho que... Ai! – disse Pansy. Quando ela começou a falar Draco deu um beliscão nela.

- Não acha o quê?! – perguntou Paris. Pansy sacudiu a cabeça dizendo que não era nada. – Que seja, já estamos chegando... Depois eu falo com ele.

O Expresso chegou e todos desceram. Draco e Pansy ficaram ajudando os alunos a se organizarem... e zombando um pouco dos primeiranistas; os alertavam para serem cautelosos ao atravessarem o lago, porque a Lula gostava de puxar alguns alunos dos barcos para debaixo d'água, e saiam rindo das expressões de horror no rosto das crianças.

- Hum, já era hora! – resmungou Paris. – Eu estou morrendo de fome.

Crabbe e Goyle balançaram suas enormes cabeças afirmando que também estavam com fome. Paris fez uma expressão horrorizada.

- Como vocês agüentam comer tanto?!

Eles não responderam. Paris, Selena, Crabbe e Goyle se dirigiram para uma das carruagens.

Foram para o salão principal e sentaram-se na mesa da Sonserina. Montague se sentou ao lado de Paris.

- Porque não foi falar comigo no Expresso? – perguntou.

- É bom te ver também – disse Paris um pouco irritada.

- Sim, sim... Mas você ainda não respondeu.

- Não estávamos muito longe de Hogwarts... E como eu iria te ver o ano letivo inteiro, não quis me apressar.

- Sei... Depois do jantar nós conversamos. Pode ir ao meu dormitório quando formos para o salão comunal?

- O dormitório não é só seu, sendo assim, outros garotos também vão estar lá. Eu não vou entrar.

- Então preferia que eu estivesse sozinho, é?! – perguntou em tom malicioso.

- Oh, você não sabe o quanto, Montague – ela respondeu em tom irônico.

- De qualquer forma – Montague mudou sua expressão divertida, - os outros demoram a ir para o dormitório, então dá tempo de conversarmos.

Paris gesticulou dizendo "que seja". - Tsc, tsc – resmungou Paris para Selena, que estava sentada na sua frente. – Poucos sangue-puros este ano... Quase nenhum Sonserino!

- Bem-Vindos à Hogwarts! – disse Alvo Dumbledore levantando-se antes do banquete ser servido. – Primeiramente, gostaria de dar as boas-vindas aos novos alunos – sorriu docilmente. – Existem algumas regras que devem ser cumpridas, mas antes de alertá-los sobre isso, tenho um importante aviso a todos. Vocês terão uma nova professora de Defesa Contra as Artes das Trevas este ano, porém, devido a um imprevisto, ela não poderá se apresentar durante alguns dias. Portanto, peço desculpas a todos os alunos! – e então Dumbledore deu os avisos de sempre, como a entrada proíbida na Floresta.

Depois que Paris e Montague comeram, subiram para o salão comunal e foram conversar. Draco e Pansy, que tinham saído para conversar com Snape, estavam chegando na mesa da Sonserina quando viram os dois subindo.

- Aonde eles vão?! – perguntou Draco.

- Você ainda pergunta, Draco? – disse Pansy rindo. Draco lançou um olhar mortífero. – Tudo bem, não está mais aqui quem falou... Estava apenas brincando... Mas, você não disse que o Montague queria falar com ela?! Então, como não conversaram no Expresso, acho que irão conversar agora. – Draco bufou. – Porque você tem tanto ciúmes da Paris? Depois você reclama quando falam que você gosta dela.

- Eu não gosto dela! – esbravejou Draco. – É que... Ah, não devo explicações pra ninguém... Além do mais, tenho que cuidar dela. - Que desculpa mais esfarrapada Draco! – disse Pansy. Draco a olhou e não respondeu.

Depois de uns dez minutos que todos tinham voltado para o salão comunal, Paris apareceu. Estava descalça e o nó de sua gravata estava desfeito, deixando a gravata apenas enroscada em seu pescoço.

- O que Montague queria?! – perguntou Draco enquanto analisava o estado de Paris.

- Eu estou no time de quadribol... Artilheira! – respondeu Paris sorrindo e se jogando no sofá ao lado de Draco.

- Como assim? Você não fez nenhum teste, nem nada e simplesmente entrou? Como conseguiu? Além do mais, não existe mulheres no nosso time – perguntou Draco com a voz um pouco aborrecida.

Paris sorriu maliciosamente.

- Charme Sonserino! – respondeu... – Eu transei com ele! – acrescentou impaciente ao ver a expressão de confusão no rosto de Draco. Pansy, Draco, Crabbe e Goyle arregalaram os olhos. - É sério? – perguntou Pansy. – E como foi? Montague é bom?

Draco lançou a Pansy um olhar indignado.

- É claro que não transei com ele – respondeu Paris rindo. – Como vocês são idiotas! Se ainda não transei com o Draco que conheço há dezesseis anos, vou transar com Montague que conheço apenas há sete?

Novamente Draco arregalou os olhos. - Eu estava brincando, Draco – disse Paris. – Sabe o que é isso?! Brincadeira – ela disse a última palavra bem devagar.

- Bom, existem alguns comentários, Paris – começou Pansy, - de que você e o Terêncio Higgs se encontraram por acaso no verão passado e... – Pansy fez uma expressão de "você sabe o resto".

Paris ficou levemente corada.

- Sim, sim, eu ouvi os comentários... Oras! Mas todos vocês sabiam que eu tinha uma certa queda por ele, não é verdade?! – disse Paris meio indignada. – Além do mais, não sou mais criança para dar importância se falam ou não do que aconteceu, foi só uma vez e eu não dou muita importância pra isso.

- Mas eu duvido que você não gostaria de encontrar Higgs novamente – disse Pansy maliciosa.

- Ah seria bom se nos encontrássemos, mas... – Draco a interrompeu.

- Ah, chega de besteiras! – disse impaciente. – Se não transou com ele como entrou para o time?

- Hei, olha o respeito, viu! Além de ser mais velha que você, sou uma mulher, cuidado com a atitude... Enfim, aceitei ir a Hogsmead com Montague no primeiro passeio e ele queria um beijo meu, então dei – ela disse sorrindo. – Claro, amanhã vou fazer o teste para artilheira, para disfarçar, afinal, o que iriam pensar se eu entrasse no time sem ao menos fazer o teste?! – ela riu. – Além do mais, ele sabe que sou ótima em quadribol, disse que foi só por isso que permitiu que eu entrasse, já que "no time da Sonserina não entram garotas!" – disse imitando Montague falando.

Draco rolou os olhos.

- Você o beijou? – Pansy parecia desconfiada.

- Apenas um beijo, não foi nada demais.

- Ah, eu não falei, Draco?! – disse Pansy convicta.

- Porquê? O que estavam falando de mim? – perguntou Paris sem entender.

- Não estávamos falando nada – disse Draco. - Sabem, pra falar a verdade – disse Paris com uma expressão pensativa, - ele beija bem melhor do que imaginei.

- Ele é bem bonito – disse Pansy analisando pensamentos.

- Argh – resmungou Draco. – Calem a boca vocês duas!

- Ciúmes, Draco? – perguntou Paris rindo. – Se quiser eu também beijo você – ela se aproximou do rosto do garoto.

- Sai pra lá! Prefiro beijar uma... uma Weasley! – ele disse emburrado.

- Hum... Eu estava brincando – riu Paris. – Mas se quiser, amanhã posso falar com a Weasley. Sabe, ela é até bonita. Na verdade, naquela casa infernal que é a Grifinória, ela é a única pessoa bonita.

- Pensei que achasse o tal Olívio Wood bonito – disse Pansy.

- Sim... Achava, mas já que ele saiu de Hogwarts...

Draco a encarou... Achou melhor não fazer comentários.

- Nossa! Como você é estressado! – disse Paris levantando-se. – Até estragou meu humor... Boa noite pra vocês! – e subiu para o dormitório.

- Você podia me dar outro beijo, não é mesmo? – perguntou Montague, na manhã seguinte quando todos desciam para tomar café, e segurou Paris pelo braço.

- Não, querido, não poderia – respondeu fingindo um sorriso dócil.

- Seria bom você rever seus conceitos, Paris – ele disse malicioso, - eu quero outro beijo... Não se esqueça do time de quadribol.

- Montague – disse Paris ameaçadoramente. – Primeiro: você é quem deveria rever os conceitos, beijando você novamente ou não eu entro para o time, pois tenho talento próprio. E segundo: não me faça usar isso em você – ela disse enquanto colocava a mão na varinha dela.

Montague resmungou, mas acabou largando o braço da garota e descendo.

- Quando você vai fazer o teste para entrar no time de quadribol? – perguntou Draco enquanto sentava-se ao lado de Paris na mesa para tomar o café da manhã.

- Hoje à tarde, depois das aulas – respondeu olhando seu prato.

- Bah, que besteira! Entrar no time só porque vai sair com o capitão – resmungou Draco.

- Draco, amor da minha vida – ela disse sorrindo carinhosamente. – Se esqueceu que você entrou para o time pagando?! – ela disse a última palavra mais forte. Draco bufou e continuou comendo. – Hey, olha!

- O quê? – ele perguntou emburrado.

- Os três idiotas! Não param de olhar para nós.

- Que três idiotas?

- A minha avó, cacete! – ela disse irritada. – Quem poderiam ser os três idiotas??? Potter, Granger e Weasley.

Draco levantou sua cabeça. O trio Grifinório os estava encarando. Paris sorriu. Começou a balançar a mão freneticamente em um aceno exagerado e a mandar beijinhos para os três, que ficaram sem graça e abaixaram a cabeça. - Como eles são idiotas – ela disse rindo.

- Paris? – chamou Selena que estava do outro lado da mesa. – Nossos horários de aula.

- Ai que horror! – resmungou Paris olhando para o seu horário. – Logo de cara dois tempos com McGonagall.

- Vamos logo – disse Selena, - ou vamos nos atrasar – ela levantou-se. Paris pegou uma torrada, colocou sua mochila nas costas e saiu junto de Selena.

Depois que os dois tempos de Transformação acabaram, Paris e Selena estavam indo para a aula de Poções quando encontraram Harry Potter, Hermione Granger, Ronald Weasley e Gina Weasley no caminho. Quando Harry estava passando ao lado delas, Paris piscou para Selena e a empurrou com seu quadril; Selena esbarrou em Potter e o fez cair no chão, já que o garoto estava distraído. As duas riram; Rony e Hermione foram ajudar Harry a se levantar e Gina ficou encarando Paris.

- Tsc, tsc – murmurou Paris para Gina. – Porque gosta desse idiota, Weasley?! Você é até bonitinha, com certeza consegue algo melhor – deu uma piscadela e saiu com Selena.

- Desde quando fala com Grifinórios, ainda mais um Weasley? – perguntou Selena.

- Hum... Simplesmente não tenho nada contra a garota.

Selena encarou Paris com um olhar estranho, encolheu os ombros e as duas seguiram para aula de Poções.

- E então, como foram as aulas? – perguntou Draco, meio indiferente, na hora do almoço. - Hum... Eles só falam dos N.I.E.M.s – respondeu Paris. – Isso enche a paciência.

- Coisa que você já não tem muita, não é? – resmungou Pansy. Paris sorriu falsamente para Pansy. - Estão falando que você conversou com a Weasley – disse Goyle, - é verdade? Está se misturando com pobretões Grifinórios?

- Nossa, que povo mais fofoqueiro... Vocês não têm o que fazer, não? – disse Paris irritada. – E eu não conversei com ela, apenas falei uma coisa. E isso não é da conta de vocês – acrescentou ao ver Crabbe abrir a boca e deduziu que ele perguntaria o que ela disse à Gina. Paris riu.

- O que foi? – perguntou Draco. – Porque está rindo?

- Lembrei do tombo do Potter. Selena e eu estávamos indo pra aula de Poções e encontramos Potter, Weasley, Granger e a Weasley Fêmea no caminho, dei uma bundada em Selena e ela esbarrou no Potter. Como sempre o idiota estava distraído, então ele caiu no chão – riu novamente. - Bom, eu já vou indo... Mais e mais aulas. Elas nunca acabam – resmungou para si mesma.

- Não se esqueça do teste para o time de quadribol à tarde – disse Draco, - apesar de já ter sua vaga garantida.

- Sim, já tenho a vaga garantida, porém vão ver como também terei a vaga por talento natural, e isso é um fato! – disse orgulhosa.

- Ela é tão convencida – bufou Crabbe vendo a garota sair.

- Ela não é convencida – defendeu Draco, - ela é realmente boa. E é verdade que ela, saindo ou não com Montague, tem sua vaga garantida no time.

- Se ela é tão boa assim porque não entrou antes? – perguntou Pansy.

- Ela nunca se interessou em fazer o teste... Além do mais, nunca tinha vagas para artilheiros, e é o que Paris é.

Pansy fez uma cara indiferente e voltou a comer.

A próxima aula do sétimo ano era de História da Magia, dali uma hora e meia. Aproveitando que teria um tempo livre, Paris foi para a biblioteca fazer uma redação de 45cm sobre Poções, para entregar no outro dia [cuja primeira aula era com o Professor Snape]. Gina estava na biblioteca; copiava uma explicação sobre transfigurações, dever que deveria ter feito durante as férias.

- Perdida por aqui, Weasley? – Gina ouviu uma voz feminina. – Não deveria estar em aula?

Gina levantou a cabeça para ver a pessoa, ia xingá-la, porém quando viu que era Paris, achou melhor não provocar, afinal, além de mais velha e mais alta que Gina, Paris era uma Sonserina, o que significava que era melhor ter cuidado com os insultos. - Fazendo dever – ela respondeu secamente.

- Não tem aulas à tarde? – perguntou Paris.

- Porque está conversando comigo? – perguntou uma Gina desconfiada.

- Pra falar a verdade – Paris pensou. – Por falta de opções – e ela riu.

Gina a encarou.

- Se veio zombar de mim, McPearson, perde seu tempo.

- Hum, sabe meu sobrenome! – disse Paris ignorando o comentário.

- Qualquer bruxo com um mínimo de inteligência sabe.

- Sim, eu sei... Uma garota linda como eu, quem não conheceria?

- Típica sonserina – resmungou Gina para si mesma.

- O que disse? – perguntou Paris se aproximando, o que assustou Gina.

- Só que todos sabem o seu nome devido aos feitos de sua mãe... Que foi uma seguidora de Você-Sabe-Quem.

Paris sorriu.

- Sim, minha mãe foi uma famosa Comensal... Porém – Paris chegou mais perto de Gina, - eu lhe garanto, Weasley, que serei bem melhor que ela. Depois que eu sair de Hogwarts, é só uma questão de tempo até ao Lord me aceitar como sua seguidora.

Gina tremeu ao ouvir a menção do bruxo das trevas. - Você pretende seguir... Você-Sabe-Quem? Porquê?

- Se tem inteligência dentro dessa sua cabeça, Weasley, sabe o porquê... Mesmo não querendo admitir.

- Porque insiste em dizer que Você-Sabe-Quem é mais poderoso, McPearson? Sabe que não é... Sabe muito bem quem é o melhor bruxo.

Paris riu secamente.

- Vocês ainda acreditam que Alvo Dumbledore, aquele velho estúpido, é o maior bruxo do mundo... Ainda desprezam os poderes do Lord – novamente Gina tremeu. - E como já era esperado, tremem só de ouvir falarem sobre Ele.

- É óbvio que Dumbledore é o bruxo mais poderoso do mundo.

- Tsc, tsc. Se Dumbledore é tão poderoso assim e, segundos vocês mesmos, é o melhor bruxo, me responda duas perguntas: Porque temem tanto pronunciar o nome do Lord das Trevas e porque Dumbledore ainda não conseguiu derrotar o Lord?

Como esperado Gina tremeu.

- E-e-eu... Bem... Eu não sei porque ele ainda não derrotou Você-Sabe-Quem, porém isso não importa, Dumbledore é o maior bruxo e ninguém pode mudar isso.

- Sim... Podem mudar isso, aliás, já mudaram... Não seja tola, menina, não vê que o Lord está mais vivo do que nunca e que desta vez vocês não têm chances e o lado das trevas irá vencer? – perguntou Paris ameaçadoramente.

- Ele nunca irá vencer enquanto Dumbledore tiver pessoas fiéis à ele – disse Gina numa tentativa fracassada de esconder o medo em sua voz.

- Isso enquanto Dumbledore estiver vivo – disse Paris com um sorriso frio em seus lábios, – o que significa que é por pouco tempo. Porque acha que Dumbledore ainda não enfrentou o Lord frente à frente em um duelo verdadeiro? Dumbledore tem medo! Ele teme por sua vida, o que mostra que existe ao menos um pingo de inteligência naquela enorme cabeça. - Veremos quem vencerá essa guerra – disse Gina tentando fazer o mesmo tom ameaçador que Paris.

- Não preciso esperar para ver, sendo que já tenho a resposta – disse Paris. – Não seja tola, Weasley, sabe que o lado das trevas está de volta e cada vez mais poderoso. Pelos visto, continua sendo a menininha ingênua que Tom Riddle enganou.

- Ela não é ingênua. E apenas diz isso porque um bando de comensais inúteis fugiram de Azkaban – disse Harry indo à direção das duas. Rony e Hermione vinham logo atrás. – Incluindo seu querido padrinho que eu mandei para lá.

- Potter? Venha, venha se juntar à conversa, está divertida – disse Paris sorrindo falsamente. – Sim, você "contribuiu" para mandar meu padrinho para Azkaban, mas, como tudo o que você faz, isso foi inútil, já que era óbvio que eles fugiriam logo, afinal, os Dementadores abandonaram Azkaban.

- O ministério inteiro está atrás deles – disse Hermione, - não conseguirão se esconder por muito tempo. Além do mais, soube que eles estão usando uma nova "arma" mágica para caçá-los.

- Granger? E desde quando uma trouxa entende sobre o mundo mágico? – perguntou Paris.

- Ela não é uma trouxa! – exclamou Rony irritado.

- Ninguém pediu sua opinião, Weasley – respondeu Paris calmamente.

- Você é corajosa de encarar nós quatro, McPearson – disse Hermione.

Paris riu estrondosamente.

- Você realmente acredita que eu temo alguma coisa? Acredita que eu teria medo de encarar vocês quatro juntos? São todos fracos e tolos, o Weasley não consegue ao menos proferir o mais simples feitiço, Potter é um idiota que pensa ter poderes extraordinários, Granger... Você é uma sangue-ruim, não merece explicações minhas... Toda sua "inteligência" é teórica, porque na prática, tsc... Se me lembro bem, uma pessoa chamada Antônio Dolohov a deixou em estado grave há algum tempo arás, hum?! E a outra Weasley, sinceramente, a garota treme apenas à menção do nome do Lord das Trevas.

- Você se acha muito esperta, não é mesmo? – perguntou Rony.

- Eu sei que sou, querido – disse Paris com um sorriso dócil.

- Sonserinos – disse Hermione com desdém. - não passam de um bando de idiotas convencidos com seu precioso sangue-puro.

- Lave essa sua boca trouxa antes de falar de nós. Somos alguns dos poucos inteligentes o suficiente para enxergar quem é verdadeiramente o melhor bruxo do mundo. Somos astutos, espertos e sempre conseguimos o que queremos. Você nos critica porque tem inveja.

- Eu teria inveja de quê? – perguntou Hermione rindo nervosamente.

Paris levantou-se e andou até Hermione. Então disse bem devagar para a garota digerir melhor as palavras.

- Inveja do quê? Você tem o sangue sujo, Granger – ela deu ênfase a essas palavras, - tem inveja porque somos todos sangue-puros e porque você não tem capacidade de ser aceita para a nobre casa de Salazar Slytherin!

Ao ouvir as palavras sangue sujo Hermione lacrimejou. Rony pegou sua varinha.

- Tente alguma coisa, Weasley – disse Paris ameaçadoramente, - e não viverá ao menos para perder o primeiro jogo de quadribol do ano! – Paris empunhou sua varinha. Potter fez o mesmo e apontou a varinha para Paris.

Argo Filch parou entre eles.

- Arranjando brigas, Potter? – ele disse com sua voz agourenta. Harry o olhou e tentou explicar o que estava acontecendo, porém Filch não permitiu.

- Cale essa boca imunda, Potter! Levarei vocês até Severo Snape, se tem algo a explicar, diga a ele.

- Ah ,claro, vai nos levar ao professor Sonserino e nos odeia. "tima... "tima idéia – Rony murmurou para os outros.

- Uhhh – zombou Paris. – Quer dizer que um dos integrantes do Trio Maravilha tem medo de professores!

Rony cerrou os olhos, mas Hermione o cutucou dizendo que não respondesse às provocações.

- O que vocês estavam fazendo? – perguntou Snape depois que Filch os largou na sala do professor.

- Eu estava na biblioteca fazendo deveres de casa – disse Gina com a voz fraca, nunca gostara de Snape, ele dava calafrios à garota.

- Cale-se srta. Weasley! Srta. McPearson – disse Snape virando-se para Paris, - me explique o que aconteceu.

- Sim, senhor – disse Paris com respeito. – Eu fui até a biblioteca fazer minha redação de Poções, a garota Weasley estava sentada, como ela mesma disse, fazendo seu dever. Começamos a conversar – Gina olhou torto para Paris, - então Potter, Weasley e Granger entraram na biblioteca. Granger estava falando mal de Sonserinos, sendo uma, fui defender minha casa.

- Isso é mentira, você a xingou de sangue sujo! – gritou Rony.

- Eu já disse para calar-se, sr. Weasley! – advertiu Snape.

- Não xinguei a Granger, apenas disse a verdade, Professor... Disse que ela não tinha o sangue-puro como nós e que estava com inveja, por isso insultava os sonserinos.

- Insultou sonserinos srta. Granger? – perguntou Snape.

- Não, exatamente professor.

- Sim ou não srta. Granger?

O sangue de Hermione ferveu.

- Sim, professor! – ela disse com raiva. – Porém fiz isso porque...

- Não interessa o porquê, garota! Não se deve insultar seus colegas de escola. 20 pontos serão tirados da Grifinória! E agradeça por não ser mais – acrescentou o ver a expressão indignada de Hermione.

- McPearson insultou Hermione, professor! – disse Harry. – Não irá fazer nada?

- Sim, sim... – Snape gesticulou indiferente. – 5 pontos a menos para a Sonserina.

- 5? Cinco pontos a menos? – perguntou Rony indignado.

- Não reclame, sr. Weasley, ou posso tirar mais pontos da Grifinória! Agora, podem se retirar.

Depois que saíram da sala de Snape, Paris encarou os quatro grifinórios e saiu, andando triunfante para a direção da sala de aula de História da Magia. - Hey, McPearson? – chamou uma garota da sonserina.

- Ah, Tremere! – disse virando-se. – O que quer?

- Draco não está namorando, está?

- E com quem ele namoraria? – riu-se Paris. Parou logo que percebeu que Néfaste não achara graça no comentário. – Não, não está namorando... Porque?

- Certo... Entregue isso a ele, sim? – pediu estendendo um bilhete e colocando na mão de Paris.

- Era pra isso que estava me procurando? – perguntou uma Paris indignada.

Néfaste assentiu.

- Ah que ótimo! Agora estão me achando com cara de coruja, é?

- Ora, só estou lhe pedindo isso porque você é amiga de Draco, e minha também.

"Até parece", pensou Tremere.

- Não sou exatamente sua amiga, Néfaste, somos apenas... Conhecidas.

- Que seja – gesticulou indiferente. – Vai entregar isso a Draco ou não?

- Sim, sim... Eu entrego.

- "timo. Até mais! – disse Néfaste, e seguiu no sentido contrário ao de Paris.


N/A: ... yep, eu quero agradecer ao pessoal que leu XDD, obrigadddaaaa o/o/, hehe... achei que ninguém ia ler XP... e melhor, pelo menos os que lerem e falaram comigo, elogiaram o primeiro capítulo, uhh, que feliz, hihihi... okie, eu já estou escrevendo o 16º capítulo, mas a fic só está betada até o 3º, porque a Rita tava meio sem tempo... mas, eu vou falar com ela e perguntar se posso mandar alguns capítulos para outra beta, isso acabaria ajudando ela também '

... humm, estes primeiros capítulo são um pouquinho longos mesmo, mas depois eles diminuem, hehe... ah, e a fic, pra quem não sabe, é D/G o/o/, porém demora um pouquinho pra acontecer '... e já falando em D/G, quando terminar esta, eu vou escrever um romance D/G sim, e queria pedir que alguém me ajudasse a escrever XD.

... ah sim, neste capítulo tem personagens novos {dois, se não me engano..}, e um deles, a Néfaste Tremere, é a personagem da Mari {Chloe ou Exotic}, e eu quero agradecer à ela por aceitar participar da fic, você sabe que eu te adoro, não é moça?! ;)

nhá, agradecimento especial à Babis {Luna Pankiston} que me ensinou a arrumar tudo aqui, colocar em negrito, itálico e essas coisas... thanks a lot, moça o/o/ te amoro XD

beijokas pra todos vocês =