Capítulo Três – Morte e Loucura.

Poucas pessoas fizeram o teste para artilheiro do time de quadribol da Sonserina, porém eram péssimos, Draco mal entendia como eles conseguiam ficar 10 segundos nas suas vassouras sem cair. Paris era muito boa em quadribol, crescera jogando com seus irmãos, e depois de ver o teste da garota, Crabbe admitiu que, mesmo se ela não saísse com Montague, teria sua vaga garantida no time. Selena também jogava bem, treinou muito durante as férias de verão; treinos que deram bons resultados, já que foi a segunda escolhida como artilheira do time; outra que Montague só aceitou por jogar excepcionalmente bem. O primeiro jogo seria contra a Corvinal, depois do Dia das Bruxas.

- Você já escolheu padrinho de formatura, Paris? – perguntou Pansy. Elas estavam sentadas perto do lago, conversando. Era sábado, portanto tinham o dia inteiro livre.

- Não – respondeu Paris. – É cedo, temos o ano letivo inteiro pela frente, só se passaram sete dias do ano Pansy.

- Sim, eu sei... Mas, você não tem nem uma ligeira idéia de quem chamará?

- Talvez Emmiot... Ou, Draco... Sei lá.

- Quem é Emmiot?

- Amigo de Frederick.

- É o tal de McDermitt?

- Sim, como sabe? – perguntou Paris olhando torto Pansy.

- Draco fala dele de vez em quando...

- O que Draco fala dele? – perguntou um pouco confusa.

- Ao que parece, Draco não gosta desse Emmiot... Ele acha que você é apaixonada por ele ou algo assim, é o que dá a entender com o que Draco diz.

- Não sou apaixonada por ele – riu Paris, - obviamente o acho muito bonito... Mas é como se fossemos irmãos.

- Entendo... Paris, você já reparou que... Que o Draco sente muito ciúmes de você? – Pansy hesitou, mas acabou perguntando. – Não acha que ele goste de você?

- Não acho, aliás, eu tenho certeza de que Draco não gosta de mim, pelo menos não no sentido que você diz. Nós somos amigos, nos conhecemos desde que nascemos, é normal ele ficar com ciúmes de algumas coisas, eu também sinto ciúmes dele.

- Não sei... – disse pensativa. – O Draco vive te defendendo e tudo mais.

- Pare de falar asneiras garota! – bufou Paris. – Eu vou entrar... Vou escrever uma carta para Gregory avisando que consegui entrar para o time – disse rapidamente, levantou-se e foi para o dormitório feminino.

Uma das coisas que Paris mais odiava era isso: pessoas dando palpites sobre os sentimentos dela ou de Draco, e outras insinuando que eles deveriam namorar. "É muita ousadia dessa garota falar essas coisas. Onde já se viu?! Que idéia mais estúpida! Como se já não bastasse meu pai, meus irmãos e meu padrinho dizendo que Draco e eu deveríamos namorar, essa aí me vem com isso! Argh!". Estava passando, distraída, pelo Hall de Entrada do castelo, quando uma garota, atrapalhada, segurando alguns livros e com a mochila nas costas, bateu com força em Paris. A mochila da menina abriu, deixando cair alguns pergaminhos.

- Cuidado idiota, olhe por onde anda! – esbravejou Paris antes mesmo de ver quem era.

- Desculpe – a garota respondeu corada. Era Gina.

- Ah, Weasley?! – disse Paris com a voz mais calma. Abaixou-se, pegou os livros de Gina e os entregou. - Está no quinto ano, não?! – Gina assentiu – Estudando para os N.O.M.s? - Sim, estou – respondeu Gina desconfiada... Desde quando uma Sonserina puxava papo com ela? McPearson sempre enchia sua paciência, porque agora estava mudando?

Paris estava ajudando Gina a pegar alguns pergaminhos, quando encontrou um com anotações sobre poções.

- Está errado! – ela disse olhando o pergaminho.

- O quê? – perguntou Gina, atordoada.

- Aqui! – disse Paris chegando mais perto de Gina para lhe mostrar o papel. – Asfódalo em pó e não Asfédalo em pó! E aqui é raiz de Mandrágoras e não folhas de Mandrágoras.

- Ah... Obrigada... Mas, McPearson, o que quer com isso? – perguntou Gina.

- Não seja mal agradecida Weasley, estou ajudando! – respondeu com a voz arrastada.

- Não com isso – apontou para os pergaminhos que Paris segurava. – Quero saber o que quer me tratando assim. Sempre me insultou, ignorou e encheu minha paciência, porque essa mudança?

- Eu tenho 17 anos, Weasley, e você tem 15. Não somos mais crianças – disse simplesmente.

- Isso não explica nada! Você continua brigando com Rony, Harry e Hermione.

- Sim... Granger é uma sangue-ruim, nunca vou me cansar de insultá-la, Potter se acha o máximo por causa da cicatriz estúpida, adoro enchê-lo, e seu irmão, ele sempre reage da maneira que quero às minhas provocações, por isso continuo implicando com ele. Além do mais, você nunca me encheu tanto o saco pra eu continuar te tratando assim, e outra coisa, graças à você Tom Riddle quase conseguiu matar três sangue-ruins, isso merece um crédito, não?! – riu-se Paris.

- Não tem graça, McPearson.

- Pra mim tem... Affe, esse pessoal de Hogwarts anda muito estressado – murmurou mais para si do que outra coisa. – De qualquer jeito, apesar de parecer estranho não tenho nada contra você garota, claro, só não concordo com seu gosto horrível... Apaixonada por Potter? – Paris fez uma careta de desgosto. – E também não gosto da idéia de você ser uma Grifinória, apesar de ser indiferente pra mim. Ah, e claro, também não gosto da idéia de você ser uma Weasley, mas...

- Do que gosta em mim então?! E eu não sou apaixonada por Harry! – brandiu Gina. – Porque todos dizem isso?! Não percebem que eu cresci e não sou mais aquela menina ingênua e idiota?!

- É comovente Weasley – disse Paris passando as mãos nos olhos como se limpasse lágrimas. – Porém tenho que lhe dizer: pode até não gostar mais do Potter, porém ainda é muito ingênua, em todos os sentidos.

Gina a encarou, porém não disse nada.

- Pronto! – disse Paris entregando a mochila para Gina. – Já fiz minha boa ação do ano. Até mais! – e foi saindo.

- Obrigada – sorriu Gina.

- O que estava fazendo conversando com a McPearson? – perguntou Rony se aproximando.

- Eu esbarrei nela sem querer, derrubei minhas coisas no chão e ela estava me ajudando a recolher.

- Só isso? – disse Hermione, como se esperasse que Gina falasse sobre os insultos e ameaças que McPearson teria dito a ela.

- Não, ela também corrigiu duas coisas que estavam erradas na minha lição de Poções – disse Gina.

- McPearson ajudou você? – perguntou Harry incrédulo.

- Sim! Acho que ela não é tão esnobe quando parece – Gina sorriu e foi se sentar para começar a estudar.

Paris foi até o dormitório, pegou alguns pergaminhos na sua mochila, o tinteiro, um pena e desceu para o salão comunal. Já que iria escrever para Gregory, aproveitou a disposição e o tempo livre e resolveu escrever para os outros irmãos e Narcisa.

Uma carta caiu em sua cabeça e depois em cima da mesa. Ela estava abrindo a boca para xingar a pessoa quando notou ser Draco.

- O que você quer? – perguntou ríspida.

- Esta carta é sua – respondeu Draco. – Ou acha que eu vim aqui simplesmente porque acho prazeroso jogar papéis em você?

- Isso realmente não foi engraçado Draco – disse pegando a carta. – Precisa inovar suas piadas.

Paris leu a carta, amassou e jogou no lixo.

- Meu pai – disse indiferente, - só para avisar que vai ficar mais um tempo em Bruxelas e me desejar bons estudos.

- Está de mau humor? – perguntou Draco.

- Não, porque?

- Você amassou a carta e jogou no lixo – disse Draco como se fosse a coisa mais óbvia do mundo.

- Sim, eu já li a carta. Não preciso guardá-la de lembrança como a primeira carta do meu ano letivo.

- Vi você conversando com a Weasley no Hall de Entrada.

- Ela esbarrou em mim e derrubou algumas coisas... Só estava a ajudando a recolher seus livros e pergaminhos.

Draco a olhou incrédulo.

- Eu ouvi errado ou você disse que estava ajudando Weasley?

- Ouviu muito bem. Ela derrubou suas coisas e eu só ajudei, o que tem demais nisso?!

- Bom... Ela é uma Weasley! Não esperava isso de você. Não xingou ela nem um pouquinho?

- Ela não é a ameba que aparenta ser... Então, resolvi parar de enchê-la com essas rixas infantis.

Draco continuou olhando, quieto... Balançou a cabeça e saiu. "Ela deve estar com febre, ou algo assim".

- Hey, Draco! – chamou Paris. Enfiou a mão em suas vestes e tirou um bilhete. – Tremere pediu que lhe entregasse isso.

Draco pegou o pergaminho, leu e em seguida jogou no lixo.

- Está de mau humor? – perguntou Paris rindo irônica, imitanto Draco segundos antes.

- Há-há-há! – ele sorriu.

- O que ela quer?

- Que eu me encontre com ela às 15hs... De ontem!

- Ah! – exclamou Paris com uma expressão "oops!".

- Que seja... Vou ver se a encontro agora – disse saindo.

Draco estava saindo das Masmorras, quando ouviu uma voz feminina o chamando; virou-se e reconheceu ser Néfaste Tremere.

- Porque não foi me encontrar ontem? – ela perguntou, sem hesitação.

- Porque acabei de receber o seu recado...

"Ah, quanta simpatia de McPearson....", ela pensou indignada. "Pelo menos significa que ela não foi enxerida o suficiente a ponto de ler o bilhete né...".

- Mas, pra que queria me ver? – perguntou Draco.

- Ora, você sabe muito bem, Draco – disse maliciosamente aproximando-se do garoto. Draco recuou.

- Néfaste... Nós não estamos mais saindo juntos. Pare de insistir!

- Ora, Draco... Não precisa ser orgulhoso, pode voltar atrás. Ou será que você esqueceu o quanto nos divertíamos juntos, hum? – ela pousou seu dedo indicador sob os lábios do sonserino.

- Não, não esqueci...

- Então? – ela se aproximou, estava ponto de beijá-lo.

- Apenas não quero mais sair com você.

- Não precisa ser nada sério, Draco – sussurrou em seu ouvido. – Podemos ter apenas alguns encontros... Informais, por assim dizer.

- Podemos conversar outro dia, Néfaste? Não estou com paciência pra essas coisas hoje.

Uma expressão de indignação formou-se no rosto da garota.

- Você só pode estar brincando! – exclamou.

- Não, estou falando sério...

- Ora, Draco! – a expressão tornou-se ainda mais indignada. – Vá a merda, garoto! – e saiu andando.

"Mas... O que foi que eu disse de tão grave assim?", pensou Draco confuso. "Argh... Essas meninas são muito complicadas! Por Salazar!".

Na segunda-feira, Paris recebeu uma carta de Gregory, parabenizando-a por ter entrado para o time da Sonserina. Algum tempo depois sete corujas de igreja, cada uma com um longo pacote pendurado, invadiram o salão principal e pararam ao lado da mesa da Sonserina, uma delas parou na frente de Paris. Tinha um bilhete de Narcisa; assim como Gregory, ela parabenizava Paris por entrar para o time, disse que Lúcio ficou feliz que ela tenha conseguido e que ele tinha mandado aqueles pacotes como presente. Paris olhou para Draco, então abriu o seu pacote. Ela soltou um riso de alegria. Uma Quickeagle. A vassoura que ela tanto queria acabara de ganhar de seu padrinho. Durante uns 30 segundos ficou sem reação, apenas sorrindo e olhando a vassoura, quando voltou em si, levantou-se e foi olhar os outros pacotes. Cada um com um nome na frente.

- Seu pai comprou uma Quickeagle para cada um do time! – disse sorridente para Draco.

Ao ouvirem isso, cada Sonserino do time foi logo procurar seu pacote. Ficaram maravilhados.

- Vamos! Guardem isso – disse Minerva se aproximando. – Depois admiram suas novas vassouras, agora vocês têm aulas!

Paris subiu correndo para o dormitório e guardou sua vassoura. Pegou a mochila e desceu. Aula de Feitiços.

Na manhã do dia nove de setembro, enquanto todos tomavam seu café da manhã, o correio coruja invadiu o salão principal, como sempre faziam. Paris recebeu algumas cartas, mas não estava interessada em lê-las agora, colocou- as de lado e continuou comendo. - Paris? – sussurrou Draco a chamando para perto de si; ele recebera uma carta de Narcisa.

- O que foi? – ela perguntou enquanto mordia sua torrada. Ele entregou a carta para a garota ler, ela colocou a torrada de lado e se concentrou na leitura. Dobrou a carta e a colocou na mesa.

- Seu pai é louco? – perguntou olhando assustada para Draco. – Agora o Ministério irá atrás dele como urubu em carniça, e vão querer entrar na Mansão.

- Eu não sei o que deu nele – disse Draco, incrédulo.

A carta que recebeu de Narcisa estava, praticamente inteira, em códigos, caso fosse interceptada, seria impossível tirar alguma informação dali sobre Lúcio.

Draco e Paris estavam tão incrédulos e atordoados com aquilo, que nem ao menos repararam a coruja largando uma cópia de O Profeta Diário ao lado deles. O jornal era de Pansy, depois de ler a notícia da primeira página, ela cutucou Draco e apontou o jornal. Draco leu rapidamente a notícia.

"Aurores assassinados por Comensais da Morte"

"O Ministério da Magia recebeu a carta de um bruxo – não identificado – afirmando ter visto Lúcio Malfoy aos redores de sua Mansão". "Bradley Hoffs, Alice Parmegiani e Teeny McDoors, ambos Aurores, foram mandados para verificar o local. Ouviram um barulho de folhas sendo pisadas, porém antes de conseguirem se virar para ver se havia alguém ali, Hoffs e Parmegiani foram atingidos por uma maldição, morrendo na mesma hora; McDoors conseguiu fugir aparatando". "Cornélio Fudge diz que, ao seu ponto de vista, isso foi uma armadilha feita por Comensais, e afirma que o Ministério está trabalhando arduamente para capturar os bruxos foragidos".

- O que ele tem em mente? – murmurou Draco entre dentes para Paris. – E ainda fez isso perto de casa. Bah enlouqueceu! – afirmou Draco.

- Sua mãe disse que ele ainda está em casa, não?! – ela perguntou.

- Sim, está. Agindo desta forma, eu diria que ele quer ser capturado.

- Ahn... Você sabe Draco, os Comensais são cheios de planos mirabolantes, alguns deles são estúpidos, aos olhos de quem está de fora, porém são planos muito inteligentes e eficientes.

Draco sabia que Paris estava certa, porém não conseguia ver inteligência no que Lúcio fez.

- É melhor fingir não estar ligando pra essa notícia Draco – disse Paris. – Se os outros perceberem a sua preocupação isso pode dar algum rolo... Faça as atividades normais que ia fazer hoje e não fique comentando com ninguém sobre isso – Draco assentiu. Depois todos foram para as suas aulas.


N/A: Néfaste Tremere é sim um tanto quanto... er, usando termos simples, puta ... mas foi a Mari {Chloe/Exotic} que pediu assim, hehe, mais pra frente ela fica bem mais, but okie XP

Okie, quero agradecer ao pessoal que deixou reviews, vocês não sabem como é lindo abrir a página inicial e ver escrito "reviews" ao lado do título da fic ' ... até a song que eu achei que ninguém ia ler, tem reviews, rs...

... agradecimento especial a Babis {Luna Pankiston} por ter aturado a Lesa Mor aqui, e me ajudado com o FF.net... sim, vocês estão lendo tudo certinho em negrito, itálico e tals, porque ela me ensinou, entonces, agradeçam a ela, hehehe... Babis, muuuito obrigada moça, te amoro!

Ah, e mais uma coisa, o próximo capítulo eu não sei quando coloco, porque ainda não foi betado e a Rita {Satine} sumiu do mundo, rs ... é isso, beijokas pra todos!