Capítulo Nove – Visitas.

- Eu vou chamar minha mãe! – disse Draco.
- Pra quê?
- Precisamos levíla ao St. Mungo's. Você só pode estar doente.
- Babaca! – disse Paris, dando um tapa no braço de Draco.
- Você só pode estar doente se acha que vou ficar dois meses atrás daquela maluca! Não mesmo. Escolha outra.
- Certo... Escolho outra. Mas você só terá essas duas opções!
- E quem é a outra opção? – perguntou Draco, com medo da resposta.
Paris sorriu triunfante.
- Granger! Ou Weasley, você escolhe...
Draco engasgou com a própria saliva e começou a tossir.

- Você só pode estar brincando! – ele concluiu.
- Não... Não estou brincando... Tem de ser alguém que odeie você, Draco, outra qualquer seria fácil demais!
Draco suspirou pesadamente.
- Que seja a lunática!
- Dois meses a partir do momento que voltarmos à escola! – disse sorrindo vitoriosa. – Boa noite! – e deu um beijo no rosto de Draco.
- Boa noite... Boa noite – ele repetiu, indignado. – Só se for para você!
- Oh! Não pensa em desistir assim tão fácil, não é?
- Certamente não... Mas se prepare Paris. Aquela maluquinha cairá de amores por mim! E depois disso, ah, eu saberei dar o troco.
- Claro, meu amor, com certeza – disse irônica.
Então o rosto de Draco se clareou em satisfação.
- O que está pensando? – perguntou Paris com receio.
- Que seria justo se você entrasse na aposta – ele disse com satisfação.
Paris o fitou pensando...
- E como eu participaria?
- Fazendo o mesmo que eu... Quer dizer, não exatamente o mesmo, obviamente... Eu escolho um garoto e você terá que fazê-lo se apaixonar por você.
- Eu já sei quem vai escolher... Você é óbvio demais, Draco. Irá escolher o Potter!
- Então, você topa?
- Creio que não...
- E por que não!
- Porque não sou eu que saio por aí falando que sou linda, maravilhosa e que todos me querem... Não que eu não seja... Enfim, não preciso provar nada disso.
- Está com medoé? De se apaixonar por Potter?
- Não seja estúpido, Draco, você sabe que o que disse foi completamente ridículo e sem nexo. Apenas não vou participar da aposta, já que a mesma foi feita a você.
Paris ajeitou-se na cama e se cobriu com um lençol.
- Boa noite! – disse sorrindo para Draco.

Ela corria furiosamente. Não, não podia ser verdade. A varinha estava firme em sua mão direita. Tropeçou várias vezes. Não enxergava direito; as lágrimas embaçavam sua vista. Malditas lágrimas que insistiam em cair. Algumas pessoas tentavam paríla. Mas não adiantava. Paris corria decidida. Seus olhos expressavam tristeza e ao mesmo tempo esperança. "Ela só pode estar mentindo" pensava enquanto corria, "Tenho certeza de que Juliet está apenas fazendo uma brincadeira comigo".

Já não agüentava mais correr até que o viu, caído a alguns centímetros a sua frente... Correu e se abaixou perto do corpo.

- Acorde, Frederick! Não podemos deixar que os aurores nos vençam, não é? Esqueceu o que você me disse? Eles não têm chances contra dois McPearson juntos. Vamos!
Ela ouviu uma risada fria – porém percebeu que a pessoa forçava o riso.
- Ele está morto, Paris! Eu o matei! – Potter estava parado encarando Paris. – Não imaginei que veria a famosa sonserina, fria e sem sentimentos, chorando.
Paris enxugou as lágrimas e levantou o rosto. Seus olhos expressavam um misto de ódio, loucura e sede por vingança.
- Tire meu nome de sua boca, seu mestiço imundo! – ela disse abruptamente. Sua voz tremia, tamanha era a fúria.
- Oh! Você realmente está brava! Que bonitinha – disse, imitando ridiculamente a voz de um bebê.
Paris crispou os olhos, levantou-se e parou na frente de Potter; apertava tanto a varinha em sua mão que foi praticamente um milagre essa não se partir.
- Vamos, Paris! – Harry desdenhou. – Vamos ver do que é capaz! Nem seu irmão e nem seu namoradinho estão aqui para socorrê-la. Aliás, nem Malfoy apareceu correndo para te salvar.
- Não preciso de ninguém para me socorrer, Potter. E você sabe muito bem disso!
Potter não respondeu, ficou apenas fitando a mulher parada à sua frente.
- Eu o matarei, Potter! A única coisa que você pode ter certeza nesta sua inútil, ridícula e miserável vidinhaé que eu o matarei.
- Então por que não o faz agora, já que é tão corajosa? – ameaçou.
- Antes você deve sofrer... Sofrer muito. Quem sabe até definhar.
Eles ficaram em silêncio. O sangue de Paris borbulhava de ódio e ela perdeu completamente a paciência vendo aquele sorriso desdenhoso no rosto de Potter. Até que ela ouviu um grito e se distraiu. Siryn gritara a poucos metros de distância. Aproveitando a distração da mulher, Potter ergueu a varinha.
- Sabia que a pegaria desprevenida! – disse.
Paris não entendeu porquê, talvez pelo susto, quem sabe, mas acabou por largar a varinha.
- Avada Kedavra! – ouviu alguém dizer... Sentiu uma dor agonizante. Gritou e caiu no chão.

- PARIS! Acorde, Paris, acorde! – Draco dizia desesperado; estava praticamente em cima dela.
A garota abriu os olhos; sua cabeça latejava. Suava frio e seu rosto expressava dor e susto. Lembrando-se do que aconteceu, passou a mão por seu corpo e depois passou os dedos no rosto de Draco, para certificar-se se estava viva ou não, certificar-se de que realmente estava ali.
Ela sentou na cama, ainda suava e estava apavorada.
- O que aconteceu? Você me assustou – disse Draco. – Estava tremendo na cama, suando e... Então você gritou.
Os olhos de Paris lacrimejaram. "Não chore, não chore, não chore!", repetia mentalmente, "Você vai parecer uma garotinha fraca!". Ela soluçou e uma lágrima escorreu por seu rosto; uma lágrima que se apressou em limpar.
- Tudo bem – disse Draco –, pode chorar. Não vou te amolar.
"Não, Paris. Não chore!", dizia a si mesma... "Não seja fraca e ridícula como uma garotinha! Não chore!". Mas era tarde; quando deu por si mesma, percebeu que as lágrimas rolavam livremente por seu rosto.
Draco fez com que a garota descesse com ele até a cozinha para beber um copo d'água, ou uma xícara de ch� algo que a acalmasse. Logo que chegaram, Draco acordou os elfos-domésticos e ordenou que preparassem um chá calmante para os dois, enquanto esperavam na sala de visitas.
- Você já está melhor? – perguntou preocupado. A garota assentiu. – O que aconteceu? Sonhou novamente com sua mãe?
- Não... Desta vez foi diferente. Sonhei com Frederick... Siryn... E Potter – disse pausadamente.
- Frederick, Siryn e... Potter? – disse o último nome com desprezo, porém estava intrigado.
- Sr. Malfoy? – chamou Rob, entrando na sala segurando uma bandeja com duas xícaras de chá fumegante nas mãos.
Draco fez sinal para que o elfo colocasse a bandeja na mesa de centro e saísse. Pegou sua xícara e entregou uma para Paris, então a garota narrou seu sonho.
- Mas, foi Potter que lançou o feitiço? E o "Avada Kedavra" atingiu você ou foi outro feitiço? – perguntou confuso.
- Eu não sei – ela respondeu. – Não parecia a voz de Potter. Porém a única pessoa que vi com a varinha erguida perto de mim era ele. Mas não consegui distinguir nada, foi rápido demais. Eu senti uma dor terrível e caí no chão.
- Estranho... Pergunte a Frederick sobre o sonho, não é ele que entende dessas coisas?
- Sim... Mas não quero preocupílo. É a segunda vez que tenho este sonho... Acho melhor não contar nada pra ele.
Draco lançou um olhar desaprovador a Paris.
- Draco, não conte nada para Frederick, estou falando sério. Prometa-me! – então Draco assentiu, mesmo a contragosto.
Eles ficaram ali até terminarem de beber o chá e rumaram novamente para o quarto. Deitaram-se um de frente para o outro; então Paris fechou os olhos e tentou dormir. Draco tinha perdido o sono e ainda tentava entender o sonho de Paris. O louro esqueceu seus pensamentos e fitou Paris, que adormecera rápido.

"Porque me desespero tanto quando acontecesse algo com ela? Por mais que aconteça algo bobo, como um pesadelo... Não pode ser isso. Não... Ela é como uma irmã", pensava. "Ela tem o rosto tão bonito... Como um desenho... Feito à mão..." /I ele a fitava com carinho. De repente sentiu uma imensa vontade de acariciar o rosto de Paris e de abraçíla. "Não, melhor não... Você não pode e nem deve pensar em Paris desta forma!", martirizou-se mentalmente.

-

- Draco? – ele ouviu alguém chamar.
Abriu os olhos e viu que Paris estava praticamente em cima dele tentando acordílo. Ela já estava vestida e com os cabelos molhados.
- Vamos Draco, levante! Já amanheceu – ela disse sorrindo e foi abrir a janela.
A claridade invadiu o quarto de Draco e banhou seu rosto, forçando-o a proteger os olhos com as mãos. Draco nem ao menos tinha dado conta de que dormiu, e não se lembrou de forma alguma em que momento da madrugada isto acontecera.
- Você... – ele hesitou, mas optou por perguntar – Você está melhor?
Paris já tinha voltado até a cama e estava sentada ao lado de Draco.
- Sim, estou. Obrigada por ter me escutado ontem e... – ela sorriu docilmente; não completou a frase, porém não era preciso.
- Tudo bem... Afinal, somos amigos, huh? – ele disse sorrindo.
- Irmãos – ela acrescentou, sorrindo.
"Isso mesmo... Irmãos", Draco repetiu mentalmente... Perdeu-se em pensamentos, mas logo foi trazido de volta por um travesseiro que acertou seu rosto. Levantou os olhos e viu Paris rindo parada na frente da cama.
- Você não muda – disse.
- E nem você – ela concluiu. – Ande logo! Vamos descer para tomar café.

-

- Dormiram bem? – perguntou Narcisa Malfoy quando Draco e Paris juntaram-se a ela pra tomar o café da manhã.
- Sim, muito bem – respondeu Paris sem olhar para Draco, pois sabia que o garoto desaprovava com o olhar.
Ótimo – sorriu Narcisa. – A coruja que entregou a correspondência hoje deixou isto pra você, Draco – e entregou a ele um envelope pardo, com o brasão de Hogwarts. – E também um para você, Paris.
Draco abriu a carta e leu; depois a amassou e deu para Rob jogar no lixo.
- O que tem tanta importância assim? – perguntou Narcisa, irônica.

- Bah! McGonagall avisando que iremos voltar a Hogwarts dia 18.
- De novembro? – perguntou Paris. Em seguida, deu sua carta para o elfo jogar fora, afinal, era igual à do garoto.
- Obviamente – respondeu Draco. – É uma pena...
- Ora Draco, não diga bobagens – advertiu Narcisa- você tem que estudar. Agora, vamos esquecer isso e tomar o café antes que esfrie.
- Tem matérias completamente inúteis em Hogwarts – Draco continuou resmungando.
- Por exemplo? – perguntou Narcisa, erguendo a sobrancelha.
- Trato das Criaturas Mágicas, Adivinhação, Estudo dos Trouxas...
- Você não faz Estudo dos Trouxas – interrompeu Paris.
- Não é por isso que deixa de ser uma matéria inútil – ele bufou. Paris e Narcisa riram. – Me respondam uma coisa... É fato que serei um Comensal da Morte, fato que irei trabalhar no Ministério, e qual a utilidade de saber tratar as criaturas mágicas?
- Nunca se sabe, Draco – disse Narcisa , nunca se sabe. Talvez precise disso algum dia.
Ele ainda resmungou algo, porém foi inaudível.
- Depois que tomarmos café – disse Narcisa- eu preciso sair. Vou ao Ministério da Magia, Fudge me irrita com essas bobeiras.

- O que ele quer? – perguntou Paris.
- Revistar a Mansão novamente. Mas não vou permitir essa invasão de privacidadeé um completo absurdo.
Depois que Narcisa saiu, Paris e Draco ficaram conversando nos jardins da Mansão.
Narcisa voltou tarde, quase na hora do chá.
- Como foi no Ministério? – perguntou Draco à sua mãe.
- Mais turbulento do que eu esperava – respondeu cansada. – Como não dei permissão para revistarem a mansão, me fizeram inúmeras perguntas, sobre seu pai, sobre a mansão, até sobre seus estudos em Hogwarts, por incrível que pareça. Muitas das perguntas que me fizeram, não entendi o sentido, mas apenas respondi.
Ficaram conversando durante algum tempo. Depois que tomaram o chá da tarde, Paris e Draco resolveram sair para voar. A garota passou rapidamente em casa para pegar sua vassoura e se agasalhar, aproveitando para levar suas coisas de volta.
- Você tem poucos dias para pensar em como vai fazer a Lovegood cair de amores por você – disse quando saíram da Mansão.
- Ora, isso vai ser fácil, Paris, não se preocupe.
É o que veremos – ela disse dando um impulso para a vassoura subir no ar. Draco fez o mesmo.
Voaram durante algum tempo; apostavam corridas, treinavam manobras ou apenas voavam, lado a lado, conversando.
- Hey! Paris? – chamou Ashton lá de baixo. – Desça aqui!
Ela virou a vassoura e desceu até o irmão.
- Vá tomar banho e se trocar, temos uma surpresa pra você.
A garota olhou desconfiada pra o irmão, mas aceitou o que ele disse. Despediu-se de Draco e foi para casa.

-

- Vamos a algum lugar? – perguntou Paris ao irmão quando entrava em casa.
- Na verdade, eu não sei – ele respondeu. – Mas acho que sim.
- Como não sabe? – ela perguntou indignada.
- Apenas vá tomar seu banho... Depois aviso se vamos ou não sair.
Paris revirou os olhos. Subiu as escadas diretamente para seu quarto; guardou a vassoura no closet e foi para o banheiro. Ao entrar encontrou seu banho – de espuma – pronto. I "Não tem só espuma para banho aqui" /I , ela pensou enquanto cheirava o ar. I "Bah, devem ter colocado óleos para banho... Ou algo assim. Esses elfos não sabem o que inventar para tentar agradar, tsc!" /I . Despiu-se e entrou calmamente na banheira.
I Passada quase uma hora... /I
- PARIS? – berrou Frederick à porta do banheiro do quarto da garota. – Saia logo do banho!
- Já estou saindo! – ela berrou de volta. – E quem deu permissão pra entrar no meu quarto, huh?
- Ora, não enche – resmungou Frederick revirando os olhos. – E Ashton mandou avisíla que vamos jantar fora! Disse para você colocar um vestido... Algo formal.
- Entendi! Agora saia e diga que eu já estou indo!
Paris saiu do banho e foi se trocar. Optou por um vestido prateado que havia ganhado de seu irmão mais velho, Gregory, no natal do ano passado. Era um vestido tomara-que-caia, feito de um pano liso e macio. Muito delicado, e bonito também. Calçou uma sandália preta de tiras finas que ganhara de seu pai. E apenas prendeu um pouco do cabelo.

-

- Estou pronta! – disse, entrando na sala de visitas e encontrando seus dois irmãos vestidos formalmente, muito elegantes, sentados no sofá.
Frederick usava um terno preto, com uma camisa creme. Ashton vestia um terno azul petróleo e uma camisa em tom azul mais claro.
- Posso saber aonde vamos? – perguntou Paris.

- Jantar fora! – respondeu Ashton pondo-se de pé.

- Alguma ocasião especial que eu não me lembrei? – ela perguntou com as sobrancelhas erguidas.

- Não se esqueceu de nada. Mas, ainda assimé uma ocasião especial.

- Agora – interrompeu Frederick – chega de perguntas e vamos indo, huh?
Ao saírem, Paris avistou um Rolls Royce azul marinho, parado no portão da Mansão McPearson. Reconheceu ser o carro de seu pai. Bill costumava fazer visitas ao povoado trouxa, não por prazer, obviamente, mas por negócios. Como achara o metrô um meio de transporte completamente desagradável, optou por comprar um carro, ao menos não se daria o desgosto de andar perto de trouxas. Havia um homem no banco dianteiro. Por um instante, Paris criou esperanças de que fosse seu pai, mas, ao apurar a vista, reconheceu ser apenas Malcon; o motorista particular da família McPearson, porém não morava na mansão assim como os outros criados – elfos-domésticos na sua grande maioria, e uma mulher que cuidava do jardim, – ele só aparecia quando era chamado, o que Paris achava ótimo, já que o homem descarado – e pervertido – dava em cima da garota. Ela não se atrevia a ficar sozinha com o motorista, I "Sabe-se lá o que ele pode tentar..." /I , pensava.
- Ande, Paris! – chamou Frederick. – Ou vamos nos atrasar ainda mais!
A garota correu e entrou no carro, seguida por Ashton, então eles partiram.
- Vamos jantar em qual restaurante? – ela perguntou curiosa.
- Restaurante bruxo – respondeu Ashton.
- Não seria um dos restaurantes de Hogsmeade, não é? – indagou um pouco enojada. – Quero dizer, os "restaurantes" daquele povoado não são lá essas coisas...
- Não é em Hogsmeade... E sim em Londres... E não precisa fazer essa cara – acrescentou ao ver a expressão de desprezo da irmã. – É um restaurante bruxo, como já lhe disse, não há trouxa algum por lá.
- E como tem tanta certeza disso?
- O local é enfeitiçado para somente bruxos conseguirem enxergar.
- Então, porque temos que ir de carro, não podemos simplesmente aparatar?
- Não, não podemos, Paris, e me faça um favor! – pediu Frederick. – Cale a boca... Chega de perguntas, ok?
A garota bufou e fechou a cara.
Passados vinte minutos, o carro parou em frente a um belo estabelecimento.
Ao entrar, Paris não pôde não notar a beleza extraordinária do local.

- Hey, Paris! – murmurou Ashton. – Feche seus olhos... E não se preocupe, eu a guiarei até a mesa.
A garota fechou os olhos, intrigada, e Ashton, segurando sua mão direita, a guiou até uma mesa onde dois homens – um jovem e bonito, o outro era um senhor, porém muito elegante e charmoso – estavam sentados sorrindo.
- Abra os olhos! – disse Ashton soltando a mão da irmã.
Paris obedeceu, e ao fitar os dois homens sentados, ficou boquiaberta.
- Gregory! Papai! – exclamou e foi logo abraçílos.
- Como vai, criança? – perguntou Bill enquanto beijava sua filha.
- Oh! Não creio que Paris seja uma criança, pai – disse Gregory sorrindo. – Olhe pra ela. Veja o mulherão que se tornou! Está linda como a mamãe.
- A beleza é de família, huh? – acrescentou Frederick, jogando o cabelo para trás.
Paris fitou Gregory e seus olhos lacrimejaram.
- Estava com saudades! – disse, abraçando o irmão.
- Ora, não chore, sim? – Gregory murmurou ao seu ouvido. – Fiquei muito tempo sem vê-la e agora que nos encontramos irá chorar? – disse, limpando as lágrimas do rosto da irmã.
Paris soltou o irmão e o encarou. Sua boca formou-se em um lindo sorriso. Há muito não o via, já que o time da Irlanda andara muito ocupado com treinos, jogos e tudo mais.
- Hey! – sorriu Gregory. – Parabéns por entrar para o time de quadribol da escola! Uma garota no time da Sonserina, inacreditável.
- E falando em sonserina, porque o Draco não veio? – perguntou Bill.

- Porque não foi convidado – respondeu Paris, simplesmente.

- Deveriam tê-lo convidado, então. Uma vez que vocês dois não se desgrudam...

Paris sorriu. Também havia um certo tempo que não via o pai, levando em conta que, quando ela embarcou para Hogwarts, Bill tinha ido viajar dois dias antes.
Todos se sentaram e logo pediram o jantar. Depois que jantaram – comida deliciosaótima bebida e, uma excepcional sobremesa – Bill pagou a conta e resolveram ir para casa.

Malcon, o motorista, os esperava do outro lado da rua. Quando estava entrando no carro, Bill avistou um trouxa morto a uns quatro metros do carro, em uma praça.

- Malcon? – disse, fitando o motorista.

- Bem, ele tentou roubar o carro, Sr. McPearson... – disse, encolhendo os ombros. Frederick abafou o riso.
Quando chegaram em casa, Paris subiu, colocou sua camisola e desceu para conversar. Gregory, também de pijama, estava sentado no sofá conversando com Ashton e Frederick; Paris deitou no sofá onde Gregory estava, pousando a cabeça em seu colo.
- Onde está o papai? – perguntou.
- Foi dormir – disse Frederick. – Disse que está muito cansado da viagem. Afinal, pra fazer a surpresa para você ele não teve nem chance de vir em casa e descansar, foi direto para o restaurante com Gregory.
- Hey! – ela disse sorrindo para Gregory. – Você vai ficar em casa até o natal?
- Não... Não posso. Quando você voltar para Hogwarts, no dia 18, eu volto para Irlanda.
- Como sabe que volto para Hogwarts dia 18?
- Narcisa mandou uma carta ao papai avisando...
- E se eu não estivesse em casa – ela começou com voz de quem está dando um sermão, – você viria pra cá e iria embora sem ao menos me ver! Tsc... Que irmão, viu!
- Ora, não seja idiota, Paris. Eu vim porque sabia que você estava em casa. Papai recebeu uma carta de Narcisa avisando sobre o ataque à escola, e disse que vocês voltaram pra casa por uns tempos, então, depois que terminou o trabalho em Bruxelas, foi me visitar na Irlanda e perguntou se eu queria vir ver você.
A garota sorriu.
- E como estão as coisas na Irlanda? – perguntou Ashton.
- Tudo bem... – Gregory, aparentemente, analisava seus pensamentos. – Estamos treinando muito. Foi praticamente um sacrilégio conseguir que o treinador me deixasse vir pra casa. Mas como eu era o único que não pegava "férias" há quase um ano, ele reconsiderou e acabou permitindo.
- Ai dele se não permitisse! – disse Paris séria e convicta.
- Claro! – debochou Frederick – O que você faria? – e riu.
- Sou ótima em todos os tipos de feitiços e poções, se quer mesmo saber! – ela respondeu fingindo estar ofendida.
- E como está Draco? – perguntou Gregory, sorrindo para Paris.
- Bem – ela respondeu olhando desconfiada para o irmão. – Mas porque vocês estão tão interessados nele?
- Ora! Ele não é seu "melhor amigo"? – riu-se.
- Ah! Não me venha com essa também, Gregory! – ela exclamou, levantando do colo do irmão e encarando-o emburrada.
- Eu estava só brincando, Paris! – ele disse ainda rindo. – Mesmo assim, ele realmente é seu melhor amigo, não é? Então...
- Então o quê?
- Então, você, sem dúvida, tem notícias dele, sabe como o garoto está.
- Bah! Sei... Sei... – ela continuou resmungando durante algum tempo, mas foi inaudível.
- Paris não quer mais o Draco, você está desinformado, Gregory! – riu-se Ashton.
Paris abriu a boca para perguntar desde quando ela queria o Draco, mas Gregory foi mais rápido.
- Verdade? E quem é o sortudo que vai apanhar se vier em casa enquanto eu estiver aqui? – perguntou, olhando de Paris para Ashton.
- Emmiot... Lembra dele?
- Emmiot McDermitt? – perguntou receoso.
- O próprio! – disse Frederick olhando para Paris e rindo, a garota estava corada da cabeça aos pés.
- Paris... – começou Gregory – Sinceramente, eu sei que Emmiot é amigo da família e tudo mais, porém não quero você de "casinhos" com ele.
- E por quê não? – perguntou intrigada. – Quer dizer, não que eu realmente queira alguma coisa com ele !
- Você sabe o porquê... Ele é um galinha! E não quero que você se machuque com isso.
- Draco disse a mesma coisa – ela falou amargurada.
- Isso porque ele sabe que Emmiot nunca quer nada além de sexo com as garotas que sai. Draco demonstrou ser um ótimo amigo.
- Vocês e suas teorias! – ela resmungou.
- Isso não é uma teoria, Parisé fato e você sabe disso.
Sim, ela sabia que era um fato, mas não ia admitir.
- Vamos mudar o assunto, sim? – pediu aos irmãos.
Eles conversaram durante horas. Só foram dormir quando não agüentavam mais manter os olhos abertos. Além do mais, eles teriam tempo para conversar com Gregory até ele ir embora.


N/A:

Podem me xingar. Eu mereço. Mas o computador está uma po tão, tão, tão enorme, que me dá nos nervos olhar para ele. Muito lento. Com 987984121 de vírus. E todas as vezes que tentava enviar um caítulo novo, travava. O mesmo acontece com o Fotolog /filaxiagrrrl. Ódio³. But okey dockey, duck. Vou formatar essa porcaria. A fic está salva. E vou postar mais rápido, porque vou ter que usar mais o computador e a net xP. Ééé. Já tenho uma desculpa, comecei a fazer curso de web design

Okie. Chega. Tenho que ir dormir, porque tenho entrevista de emprego ainda hoje T-T.

kata kata

E domo arigatou pelas reviews ;)