Capítulo Onze – Sem Argumentos.

Ela corria furiosamente. Não, não podia ser verdade. A varinha estava firme em sua mão direita. Ela tropeçou várias vezes. Não enxergava direito; as lágrimas embaçavam sua vista. Malditas lágrimas que insistiam em cair. Algumas pessoas tentavam pará-la. Mas não adiantava. Paris corria decidida. Seus olhos expressavam tristeza e ao mesmo tempo esperança. "Ela só pode estar mentindo" pensava enquanto corria, "Tenho certeza de que Juliet está apenas fazendo uma brincadeira comigo".
Já não agüentava mais correr até que o viu, caído a alguns centímetros a sua frente...

"Não! Frederick" correu e se abaixou perto do corpo.

- Acorde, Frederick! Não podemos deixar que os aurores nos vençam, não é? Esqueceu o que você me disse? Eles não têm chances contra dois McPearson juntos. Vamos!"
Ela ouviu uma risada fria – porém percebeu que a pessoa forçava o riso.
- Ele está morto, Paris! Eu o matei! – Potter estava parado encarando Paris. – Não imaginei que veria a famosa garota fria e sem sentimentos da Sonserina chorando.
Paris enxugou as lágrimas e levantou o rosto. Seus olhos expressavam um misto de ódio, fúria, loucura e sede por vingança.

Estava quase na hora do almoço. Paris trancafiada em seu quarto, com o pensamento longe. Uma tremenda confusão era formada em sua mente... Pensava em Draco e no sonho que tivera novamente.
Ela ouviu alguém bater à porta, e mandou que entrasse.
Era Gregory, trazia consigo uma bandeja com um copo de suco de abacaxi e duas torradas com geléia.
- Trouxe pra você comer – disse ele, sentando-se ao lado da irmã e colocando a bandeja na cama.
- Obrigada... Mas não estou com fome.
- Estando ou não, vai comer – disse Gregory, pegando a torrada e entregando à Paris.
A garota pegou a torrada e deu uma mordida, completamente sem vontade.
- Greg... – ela começou hesitante.
- Hum?
- Se eu lhe contar uma coisa... Promete que não conta a mais ninguém? Nem ao papai, nem a Frederick e muito menos a Ashton. Ah, nem para minha madrinha, nem meu padrinho, nem...
- Eu já entendi, Paris! – ele interrompeu.
- Er... De uns dias pra cá, eu... Eu tenho sonhos estranhos... Muito estranhos.
- E o que acontece neles? – perguntou interessado.
- Na verdade... É sempre o mesmo sonho... Eu sou uma Comensal da Morte... Estamos em uma batalha, então Juliet Merteuil me avisa que viu Frederick caído no chão há alguns metros de mim e que Potter está parado na frente dele, rindo. Eu corro até lá e, quando chego, vejo que Frederick está morto. Potter ri e diz que foi ele que o matou. Eu sinto um ódio incrível por Potter e digo que vou matá-lo... Então ouço um grito... Era Siryn Malfoy gritando, me distraio e Potter ergue a varinha... Abre a boca para proferir o feitiço... Ouço uma voz estranha lançando uma Maldição Imperdoável... Então sinto uma dor terrível, grito e caio no chão.
Gregory a encarou, sério.
- Há quanto tempo tem este sonho? – perguntou.
- Não sei exatamente... Acho que sonhei com isso umas três ou quatro vezes... Acordo assustada... E esses dias, quando dormi na casa de Draco, acordei com ele assustado, praticamente em cima de mim, me acudindo, tentando me acordar... Ele disse que eu estava suando, tremendo, e que gritei.
- Isso é sério, Paris – disse Gregory preocupado. – Temos que procurar um profissional.
- Draco disse a mesma coisa... Queria que eu contasse pelo menos a Frederick, já que é um bom entendedor de sonhos.
- E o garoto estava certo... Você deveria ter contado.
- Não quero preocupá-lo.
- Então me prometa uma coisa... Se voltar a sonhar com isso, quero que me avise. Se eu não estiver mais aqui, me mande uma carta e eu venho pra casa... E nós vamos juntos procurar um profissional, ok?
Ela resmungou concordando.
- Fora isso... Está tudo bem?
- Não. Depois do que disse, eu não paro de pensar em Draco, no que ele diria se soubesse disso, e o pior... Estou me martirizando por causa disso. Odeio me sentir assim.
- Hum... Normalmente as garotas gostam de se sentirem... Apaixonadas!
- Primeiro, eu não sou normal... E segundo, não estou apaixonada... Apenas estou pensando em Draco, o que é muito diferente, caso não saiba.
- Então, o que é o "me sentir assim" que você disse?
- Estou com vontade de vê-lo, só isso. Bem, talvez... Talvez de abraçá-lo também...

Só abraçá-lo? – perguntou Gregory, soltando um risinho idiota.

Paris não respondeu, apenas encarou o irmão.
- Vá até a casa dele – sugeriu Gregory. – Narcisa não está em casa... A vi sair a algum tempo.
- Ela estando ou não em casa, não me importa... Não irei fazer nada que a Sra. Malfoy não possa estar presente. Você só pensa em merda, viu!
- Ah! Termine de tomar seu café primeiro...
- Mas já está quase na hora do almoço, Gregory...
- Bah, tudo bem! Então vá logo!

Draco estava na sala de visitas.
- Senhor? – chamou Rob. Draco ergueu os olhos. – A Srta. McPearson veio visitá-lo.
- Então a mande entrar logo, elfo estúpido. Não precisa avisar quando é ela, apenas a mande entrar.
- Sim, senhor. Rob pede desculpas, senhor. Com licença.

"Eu já sei o que meus braços vão querer,

Quando eu te encontrar.
Na forma de um 'c', vão te abraçar
Um abraço apertado,
Pra você não escapar"

(Quando Eu Te Encontrar – Biquíni Cavadão)

Paris sorriu ao entrar na sala, deu um beijo no rosto de Draco e sentou-se ao seu lado.
- Ahn... Paris, eu posso saber por que você me perguntou aquilo ontem? – indagou, sem dar nem tempo para a garota respirar.
- Aquilo?... O quê? – fingiu-se de desentendida.
- Se eu seria capaz de gostar de você... É que nunca conversamos em relação a isso, você sabe... Quero dizer, pelo menos não se tratando de nós dois... Juntos. E também estranhei porque, ora, você nunca ficou ao menos rosada quando fala desses assuntos comigo... E ontem você estava a maior parte do tempo encabulada. Sem contar a cara de desapontamento que fez quando eu disse que não almoçaria com você porque não queria deixar minha mãe sozinha.
- Eu... Apenas senti vontade de perguntar aquilo... E eu queria almoçar com você, só isso... – disse com a voz melancólica e cansada, enquanto fitava o chão.
- Quando você quer apenas almoçar comigo e eu digo não, normalmente, você zomba de mim, diz algo engraçado... Não sei. Mas ontem, seu olhar estava triste... – Draco segurou a cabeça da garota e a levantou, forçando-a a encará-lo. – Assim como está agora.
Ela fraquejou ao olhar para Draco e seus olhos lacrimejaram.
"Oh não... Não seja idiota. Você não vai chorar, vai? Que coisa mais ridícula, McPearson!", brigou com si mesma.
- Me desculpe – pediu Draco sinceramente. – Não queria fazê-la chorar. Não sabia que... Er... Era tão importante pra você.
"Ou seja lá o que for...", ele completou mentalmente. "Ela deve estar na fase menstrual, pré-menstrual, pós-menstrual, ou algo do tipo, Paris não é de ficar chorando por bobagens... A não ser quando está... Hum, sobrecarregada, eu diria".
- Não zombe de mim – ela pediu.
- Mas eu não disse nada.
- Tenho certeza de que está pensando em alguma coisa... Que seja, pense o que quiser... Não me importo mesmo. E caso queira saber... Sim, é importante almoçar com meu melhor amigo.
Draco a encarou por um instante.
- Você vai chorar! – acusou, rindo.
- Não... Não vou chorar. Porque choraria?
- Paris... Não adianta. Eu a conheço melhor do que qualquer um já sonhou em conhecer... Eu conheço suas-
- "Eu, eu, eu". Você me conhece tão bem que nem percebeu que – ela ficou muda.
- Sim... Eu percebi, apenas não demonstrei – disse Draco, que começou a sentir-se ofendido. – E caso esteja interessada em saber... Eu também senti vontade beijá-la. E isso não é de hoje! Há algum tempo sinto vontade de fazer isso... E por que eu não faço? Porque a respeito. Não a trato como as outras...
- Bem, talvez eu queira que você me trate como as outras, ou talvez eu seja como as outras! – ela disse abruptamente.
- Pra mim você não é, ou pelo menos não era como as outras garotas... É a única onde encontrei uma amizade verdadeira, sem interesses... A única que me conhece tão bem quanto a si própria. E a única pessoa em que confio, apesar de ninguém acreditar que eu seja capaz disso.
- Da qual sempre morreu de ciúmes... – ela completou com a voz fria.
- Sim... Da qual sempre tive ciúmes. É normal sentir ciúmes dos amigos, não é? E não me venha com essa, você também sente ciúmes de mim quando estou com Parkinson. Em todo caso, como estava dizendo, não a beijei por respeito, pois não sabia se você queria o mesmo e...
- Não me beijou porque é um covarde e teve medo, isso sim.
- Não... Nunca tive medo de fazer isso. Mas, só queria beijá-la se soubesse que seria correspondido. Você foi quem não notou isso, Paris.

Que desculpa ridícula, Draco! Se não sabia o que falar, era melhor que calasse essa sua boca!

Bem, seria melhor se você ficasse quieta quando não tivesse argumentos, e simplesmente quisesse discutir com alguém...

Argh, sinto muito, mas eu não sou obrigada a ficar aqui escutando desaforos de um moleque qualquer! – disse, alterando o tom da voz, e saindo pela porta da sala.

Bem típico de Paris DeLowe McPearson! – gritou Draco. – Fugir quando perde a razão e o controle da situação!

Paris chegou em casa tão nervosa que mal notou a presença de Emmiot, passando direto pela sala de visitas e subindo para seu quarto.

Merlim, o que deu na irmã de vocês? – perguntou a Gregory e Frederick.

Eu suponho que-

- PORQUE VOCÊ TEM SER TÃO IDIOTA DRACO MALFOY? ARRRRRGH! – o grito, vindo do quarto de cima, atropelou as palavras de Gregory e foi seguidopeloestrondoso somde um espelho se partindo.


N/A

Primeiro:

PERDÃO pela demora da atualização, mas o pc está MUITO³ ruim. Já foi formatado, mas a técnica não fez o trabalho direito, levamos de volta, ela fez qualquer coisa, e ainda não está lá essas coisas... Mas hoje ele está de bom humor, eu diria xP

Meu pc querido, amado e idolatrado. Ai³².

Segundo:

Agradecer muuuito á Kaylani!

E também á Karen, Adriana e Ronnie.

Vocês não têm idéia de como essas reviews me animam.

DOMO ARIGATOU³ a todos vocês ;)

Terceiro:

Calma.

A história é enrolada, mas aos poucos as coisas se encaixam xP

Küsse