Capítulo Doze – Tarantallegra.

18 de Novembro, 11hs.

Todos os estudantes estavam imersos no Expresso de Hogwarts; alguns sentados, conversando animadamente sobre o tempo que passaram em casa, e outros na janela, acenando para seus parentes enquanto o Expresso começava a andar.

Uma garota loira, muito magra, adentrou na cabine onde Paris, Selena, Crabbe e Goyle conversavam – com exceção de Crabbe e Goyle, que apenas comiam, como sempre.
- Tremere! – exclamou Paris, fingindo surpresa. – Há quanto tempo…
- Pouco, eu diria – retrucou Néfaste, com um sorriso cínico nos lábios.
- O que quer? – alfinetou Selena.
- Ora, não seja mal educada, McFolders… Vim falar com sua amiga, Paris.
- Sobre o Amorzinho Malfoy, imagino eu – disse Paris.
- O que mais poderia ser? – Néfaste arqueou as sobrancelhas para Paris. – Onde ele está?
- Não sei, talvez na cabine dos monitores...
- Se o vir, diga a ele que...
- Sim, sim… Dizer que você o procura, eu digo! – cortou Paris, impaciente.
- Ah! Mas desta vez, McPearson, seja um pouquinho mais útil, e dê o recado no dia certo, ok? – e saiu balançando seus longos cabelos cabine afora.
Paris gesticulou para a porta, onde Néfaste acabara de passar, de tal forma que teve certeza de que se seu pai a visse, seria bem castigada. Depois voltou sua atenção para Selena, continuando a conversa com a amiga.

A porta abriu novamente.
- Ora, mas que inferno, Tremere! – brandiu Paris, levantando a cabeça para a porta. Porém parou de falar, não era Néfaste que entrava, e sim as pessoas que ela mais adorava em todo o castelo: Harry Potter, Neville Longbottom, Luna Lovegood e Gina Weasley – esta última, por sua vez, era tratada com menos carinho da parte de Paris; e ainda faltavam duas pessoinhas inoportunas ali.
- Estão perdidos? – indagou, com a voz arrastada, enquanto se levantava; Selena fez o mesmo.
- Não, não estamos perdidos – respondeu Luna, com sua voz sonhadora. – O resto do trem está lotado, e aqui ainda há lugares, então pensamos que poderíamos nos sentar aqui e…
Luna foi interrompida por gargalhadas de Paris e Selena – Crabbe e Goyle ainda comiam.
- Vocês… Vocês acham que vão se sentar aqui? – perguntou Selena, quando conseguiu cessar o riso. – Devem estar com febre!
- E o que tem de mais em sentarmos aqui? – perguntou Potter, ofendido.
- Haha, eu não sabia que você era comediante, Potter... Além do mais, não creio que você seja burro o suficiente para não saber o porquê – retorquiu Paris.
- Se isso for lhe incomodar, Paris, então nós não precisamos conversar… Cada um senta do seu lado, e não precisamos dirigir a palavra…

E quem disse que vocês conversariam conosco? – cortou Selena.

Espere, do que me chamou? – perguntou Paris, atônita.
- De Paris – disse Potter, confuso. – Ora, não é esse seu nome?
- E desde quando gente como você – o mirou de cima a baixo – me chama pelo primeiro nome?
- Não fale assim dele, McPearson – defendeu Neville.
- Oh! Que ceninha comovente – zombou Selena. – Longbottom defendendo a namoradinha… É, Weasley, melhor você avisar ao seu irmão que ele perdeu a vez!
- Lave a boca para se referir a mim, McFolders! – retrucou Neville, dando um passo – trêmulo – à frente. Crabbe e Goyle levantaram-se e os encararam ameaçadoramente.
- Tudo bem – disse Paris, fazendo sinal para os dois relaxarem, – parece que Longbottom está muito corajoso desde o ano passado, quando minha madrinha voltou a andar por aí…
- E eu lá sei quem é sua madrinha! – ele disse, impaciente.

Como não sabe? – perguntou docilmente – Bellatrix Lestrange… Ou não se lembra que ela era um dos Comensais da Morte que torturou seus pais até enlouquecerem?
A expressão no rosto de Neville se tornou tensa, e ele corou – provavelmente de raiva; sorrisos maldosos se formaram nos lábios dos Sonserinos.
- Cuidado com a atitude, Paris – disse Potter, com uma tentativa fracassada de colocar medo na garota; que crispou os olhos e fez cara de quem ia vomitar.
- Pare de repetir meu nome, Potter! Ele não é qualquer merda para estar nessa sua imunda boca mestiça!

McPearson, por favor! – suplicou Gina, por fim, se pronunciando.
- Por favor, o quê, Weasley? Não vou ficar aturando esse aí – indicou Potter com a cabeça – sujando meu nome.
- Harry não fez nada de mais – insistiu Gina.

Ah, não se intrometa, ok? – disse impaciente, fitando a Grifinória.
- Me intrometo sim! O que tem de tão ofensivo ele dizer seu nome?
Paris balançou a cabeça, olhando indignada para a garota à sua frente, que defendia Potter.
- Ele é mestiço sim, e daí? – continuou Gina.
- E daí que não sou como você, Weasley, que se mistura com essa escória – apontou os outros três com a cabeça. – Não costumo manter contatos com Mestiços, e muito menos com Sangue Ruins.
- Não fale assim de Hermione! – Potter empunhou a varinha.
Paris e Selena se olharam, sorriram desdenhosamente e empunharam suas varinhas.
- Anda, Potter – provocou Selena, – ou tem medo de usar sua varinha?
- Você sabe muito bem que eu não tenho medo e nenhuma controvérsia em usar a varinha em você, McFolders.
- Apenas em mim, não é? Ou pensa que eu não sei da sua paixonite por Paris? Acha que nunca te vimos mirá-la, com o olhar todo abobado!
Potter ficou desconcertado, mas continuou com a varinha firme na mão, encarando Selena.
- Ele não tem coragem de usar… - disse Paris, vagamente. – Esqueceu, Selena? A amiga sangue-ruim dele não está aqui para salvá-lo de algum… Ataque.
- Não preciso que ninguém me defenda – ele disse. – Sei fazer isso sozinho.
- Pois não parece… Pelo que percebi, Potter, você só encara as pessoas quando está com Granger… Ou quando algum professor está perto.
- Pelo que me lembro, só aconteceu de uma vez algum professor vir se intrometer… E foi quando o seu amiguinho, Draco Malfoy, virou aquela bela doninha.
Luna, Gina e Neville deram risinhos abafados.
- Cuidado com quem mexe, Potter, pode acabar se machucando – Paris sacudia sua varinha na frente de Harry.
- Não tenho medo de me machucar.
- Ohh, que meigo, ele é um homenzinho corajoso! – disse imitando uma terrível voz de bebê.
- Sim, eu sou um homenzinho corajoso, mais forte e mais homem do que imagina!
- Então, por que você não prova? – perguntou Selena, erguendo uma sobrancelha.
Potter apontou a varinha para Selena; enquanto Paris e Selena apontavam as próprias varinhas para ele.

Vamos, bebezinho Potter… O que está esperando? Têm medo de levar uma suspensão, é!
Harry crispou os olhos.
- Estupefaça! – bradou, mas Selena e Paris foram rápidas ao desviar, e o feitiço atingiu Goyle, que caiu no chão.
- Expelliarmus! – disseram, em uníssono, Selena e Paris; uma apontava para Gina e outra para Neville, que haviam apanhado as varinhas.
- Tarantallegra! – o feitiço atingiu Potter pelas costas, fazendo o Grifinório começar a dançar ali mesmo.
Crabbe e Goyle explodiram em risadas; nem mesmo Luna conseguiu se segurar, e soltou um muxoxo de zombaria, o que fez com que recebesse um cutucão de Gina, advertindo a garota.
- Desculpe! – ela sibilou para Gina, tapando a boca enquanto ria.
- Uma cena imperdível, eu diria! – uma voz arrastada ecoou na cabine. Draco e Pansy estavam logo atrás de Potter, e vieram abrindo caminho para ficar ao lado de Paris e Selena; logo atrás, Hermione e Ronald vinham correndo.
- O que está acontecendo? – perguntou Hermione esbaforida. – Vi Malfoy com a varinha na mão e… - parou de falar quando viu a situação de Harry.
- Não é nada de mais… Vamos, junte-se à nós, Granger! O Garoto da Cicatriz está nos oferecendo um showzinho particular.
Hermione crispou os olhos para Draco, depois empunhou a varinha e mirou Potter.
- Finite! – disse entre dentes.
Harry murmurou um "obrigado" para ela, em seguida pegou sua varinha que havia caído no chão enquanto ele sapateava pela cabine.
- Por Merlin, Malfoy! – berrou Hermione. – Você é um monitor! Não devia encorajar esses atos, e sim apará-los!
Pansy dava risadinhas abafadas, junto de Selena, Paris, Crabbe e Goyle.
- Ora, Granger, vai me dizer que não foi engraçado! – perguntou Draco, um sorriso cínico nos lábios.
- NÃO! Não teve graça nenhuma!
- Sua vida precisa ser mais… Colorida, Granger! – interveio Pansy.
- E você cale a boca, Parkinson! Até agora não digeri a palavra a você! – disse rapidamente, muito nervosa.
- É, você tem razão… Realmente não DIGERIU a palavra a mim, Granger.
Hermione ficou corada, falou tão rápido que nem ao menos notou o erro, o que fez os Sonserinos rirem ainda mais.
- Vamos, vamos sair daqui! – disse Gina. – Chega de brigas… Já vi que não vai adiantar nada mesmo.
Eles deram as costas e saíram; Potter bateu a porta da cabine tão forte que o vidro se quebrou.
- O que eles queriam? – perguntou Draco, indo se sentar.
- Sentar aqui, conosco – disse Selena.
- Está brincando! – exclamou Pansy, parecendo não acreditar no que ouvira.
- Não, ela não está brincando, eles disseram que não tinha outro lugar no trem e que queriam se sentar aqui… Absurdo! – disse Paris, indignada.

Draco, sua amiga estava te procurando – avisou Selena. - Aquela loira, er... Tremere!
Draco murmurou um "ok" e se acomodou no banco, ao lado de Selena.

Paris não conversava com o garoto desde a discussão na Mansão Malfoy; os dois ficaram mudos a viagem inteira, falando apenas o necessário e com o máximo de frieza possível.

N/A:

Este capítulo é mais pra ocupar espaço mesmo oO.Meio tosco, mas enfim.E como pediram que a Granger meio que 'desse de cara' com a Paris... mas eu vou escrever outro 'confronto', não se preocupem xP. Não vai ficar só nisso, rs.

E gomen² pela demora a postar... Mas com o curso e tudo mais tudo mais, lê-se, a criatividade que não vem, fica difícil escrever xP

A propósito, o texto fica bagunçado assim, sem os parágrafos certinhos, por que o REALMENTE não² vai com a minha cara e não me deixa arrumar isso xx

E domo arigatou² pelas reviews ;)

Küsse