Capítulo Treze – Bode ou Hipogrifo?

Na semana seguinte, enquanto tomavam o café, os alunos do sétimo ano receberam novos horários; e para a alegria de Paris e Selena, os dois primeiros tempos eram Adivinhação, na Torre Norte, junto dos alunos da Grifinória.

Paris soltou um muxoxo de desânimo.
- O quê? – perguntou Draco, enquanto dava uma bela mordida em sua torrada.

- Não é da sua conta, é?

- Ora, pel'amor de Merlim! – indignou-se Pansy. – Está me dando nos nervos essa criancice de vocês dois. Já faz uma semana que voltamos e ainda não se falam! Porque simplesmente não pedem desculpas um para o outro e terminam com essa frescura de uma vez por todas?

- Se tem alguma criança aqui, é a Paris, com certeza! – disse Draco.

- É melhor calar a sua boca, Draco, se não quiser que eu mesma o faça!

Paris levantou-se – resmungando algo que soou como 'seu idiota, cretino!', – pegou sua mochila e saiu do Grande Salão, com Selena em seus calcanhares.

- Quem é aquele garoto na porta conversando com Paris? – perguntou Draco, crispando os olhos para enxergar melhor.

- Oh, você não soube, Draco? – disse Pansy, satisfeita. – Edward Streit. Ele está afim de McPearson desde o começo do ano letivo. E pelo que percebi sábado à noite, ela reconsiderou a situação...

Draco fez um barulho qualquer com a boca e voltou a atenção para suas torradas.

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- Bom dia, meus queridos! – cumprimentou calorosamente a Professora Trelawney.
- Hmn, estava bom até chegar aqui, né – cochichou Selena, enquanto ela e Paris acomodavam-se no fundo da classe.
- Este trimestre será dedicado à leitura das borras de café, conhecida como Cafeomancia.
- Nós já estudamos isso, não? – sibilou Paris para Selena, que encolheu os ombros e fez uma cara de "e daí?", mas por fim, respondeu:
- Acho que o que estudamos foi folhas de chá, ou algo parecido... Que seja, pra mim tanto faz, é a mesma coisa: inutilidade, perca de tempo... – as duas reviraram os olhos.
A Professora Sibila ainda estava falando, explicando sobre os métodos que usariam durante o aprendizado.
- Agora, meus queridos, queiram, por favor, formar duplas – ela continuou, – peço que cada um de vocês pegue uma xícara e um pires na prateleira e venham até mim para colocar o pó do café, o açúcar e a água fervente. Então, voltem aos seus lugares, e depois de beber todo o café, virem sua xícara no pires, deixe descansar por um minuto, enquanto meditam sobre suas vidas, e em seguida, desvire a xícara e quero que um tente ler a borra do outro, identificando as figuras no livro "Adivinhação Avançada – Livro Padrão Para o Sétimo Ano".
Selena e Paris voltaram para seus lugares, cinco minutos mais tarde, com duas xícaras com água fervente, duas colheres de café e uma de açúcar.
- Nós realmente temos que beber isso? – perguntou Montague, olhando da xícara para a professora.
- Certamente, meu querido – respondeu Sibila docilmente, sua voz mística ecoando na sala de aula.
- Que café horrível! – exclamou Paris, depois de bebericar da sua xícara. – Eu não creio que temos que beber isso...

- Certo, leia a minha borra primeiro – disse Selena, quando as duas terminaram de beber o café, entregando a xícara para Paris.
- Er... – murmurou enquanto rodava a xícara na frente do rosto contorcido, tentando distinguir alguma imagem. – Isso aqui parece... hmn – ela consultou o livro, – É o mais próximo de uma pá, eu acho. Enfim, er, gravidez próxima. E isso aqui parece um garfo de dois dentes, que significa – consultou o livro novamente, - inveja a sua volta.
- Bah, quem não sabe que sou rodeada de pessoas invejosas? Parkinson e Tremere são duas belas amostras, não!
- Que seja... Agora leia a minha – Paris entregou sua xícara para Selena; assim como a amiga, Selena rodou e rodou a xícara, até que conseguiu distinguir algo que ela pensava ser um bode e uma mão segurando uma varinha apontada para ele.
- Hmn... Isso não tem no livro. Affe, até nisso você complica, Paris – disse, revirando os olhos. Hmn, a varinha é um sinal de imprevistos, pra você ficar alerta, mas só a varinha. E o bode, quer dizer, se for isso mesmo, er...
- Precisam de ajuda? – perguntou Trelawney, que estava passando de dupla em dupla verificando o trabalho. – Deixe-me me ver esta xícara, querida – disse antes que pudessem responder.
Paris e Selena se encararam, sorrisos debochados se abriram, e contaram, nos dedos, até cinco.
- Ohh! – a professora soltou uma exclamação de horror.
As duas garotas sorriram triunfantes.
- Aposta quanto que ela viu a morte? – murmurou Selena, nada surpresa.
- O que tem aí, professora? – perguntou Paris, fingindo estar gentilmente interessada.
- Oh, minha querida, eu sinto muito... Sinto muito mesmo... a varinha, sendo apontada para o hipogrifo... oh, minha querida...
- Um hipogrifo, é? – disse Selena, encabulada. – Hmn, pelo menos a varinha eu acertei...
- E o que significa? – perguntou, sem olhar para Selena, abafando o riso.
- Alguém de sua família viaja muito? – perguntou sinistramente Sibila.
- Hmn... Todos eles? Mas, principalmente meu irmão, Frederick, e meu pai. Por quê?
- Minha criança, o hipogrifo é um sinal de que se deve evitar viajar, e a varinha sendo apontada para ele... Oh, eu detesto dar este tipo de notícia, mas é meu dever, alguém próximo a você será morto em uma dessas viagens. Oh, eu sinto tanto, doçura – a professora devolveu a xícara para Selena e continuou andando pela sala, às vezes lançando tristes olhares à Paris e balançando negativamente a cabeça.
- Eu ainda juro que isso é um bode! – resmungou Selena, com a testa muito franzida, examinando a figura na borra da xícara em suas mãos.
As duas riram.
- Pelo menos ela mudou um pouco a rotina, não é mesmo? – disse Paris – Finalmente é alguém da minha família que vai morrer, e não "alguma amiga muito próxima de você, minha querida" – disse imitando a professora em seu sussurro místico.
Paris já recebera duas vezes a notícia de que uma amiga próxima morreria e, depois disso, a professora lançava olhares profundamente tristes e piedosos para Selena, o que causava nada mais que risos nas duas garotas – e em toda a turma.

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- Então, Selena – começou Draco, enquanto almoçavam – como você vai morrer este ano?
- Ah, não, este ano eu permanecerei ao lado de Paris, "minha amiga muito próxima". Quem vai morrer é Frederick, ou o Sr. McPearson... Vai cair de um hipogrifo, ser engolido por um, ou coisa assim – disse enquanto colocava uma porção de caçarola de frango em seu prato.
Draco fitou Paris, com o ar preocupado.
- Paris, você se lembra dos seus sonhos, não lembra? – sussurrou Draco.

Ela revirou os olhos enquanto comia um pedaço de rocambole de carne.
- Eu sei que ainda está nervosa comigo, mas estou falando sério.
- Ah, qual é, garoto! Vai me dizer que está acreditando no que aquela morcegona anda dizendo? Tsc.
- Você sabe que eu não acredito, mas os seus sonhos, depois essa da Trelawney... É melhor falar sobre isso com alguém, nem que seja apenas com o seu irmão.
- Por Merlim! Me deixa comer em paz, Draco! Além do mais, você conhece bem aquela velha charlatã!

- Eu estou falando sério – insistiu Draco, bebericando seu suco.
- Deixe de bobagens! – ela disse, dando o assunto por concluído.


N/A:

Gomen² pela demora. Mas, se o aceitar, mas eu vou publicar mais um capítulo. E terminar a fic o mais rápido possível.

Ééé, os títulos continuam horríveis, ehuaheua.

Certo, Cafeomancia. O hipogrifo, na verdade é um galo, mas eu queria usar animais mágicos, por isso substituí. O mesmo com a varinha, na verdade, é um revólver .

Muito² obrigada pelas reviews. Ah, e eu esqueci de falar, se alguém quiser que eu mande um e-mail, avisando que publiquei novo capítulo, é só deixar um aviso aí nas reviews, okie dookie? ;)

Hmn. E, se não virar bagunça, eu vou colocar algumas coisas de HalfBlood Prince mais pra frente.

Aliás, Matt, domo arigatou por me passar o livro, hehe . Bom, e domo arigatou pra Lux também, ne, afinal, você que passou o livro pra ele xP

Aliás, saudade de você desnaturada que não respondeu minha carta até hoje! Heuaheua.

Küsse pra todo mundo