Quero agradecer a todas as minhas amigas maravilhosas que continuam deixando suas reviews. Meus agradecimentos a Lady K, Lady F, Rosa Veluchi, Simone Zeze, Norma, Jess Nobre, Taiza, Jessica Pinheiro, Lorena Lebeau, Mary Dashwood, Nessa Reinerh, Mila BH, Simplismente Mila. Que bom que vocês estão gostando e me desculpem a demora nos capítulos, é que perto das nossas escritoras de fics, eu tô só gatinhando, né! E muito obrigada a Lady K, que continua me ajudando a manter esta fic firme dentro deste site! Que bom ter uma moderadora alto astral como você, K! Um beijão pra todas vocês meninas, que com suas reviews vão moldando a Oxford e me inspirando! Valeu!!
OXFORD
UNIVERSITY
Chapter 10 - Come Back
Author -
BETTIN
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- Andrew!!!! O nome dele saiu como um grito dos lábios de Marguerite. Ela agora estava sentada sobre a cama de folhas. Roxton adentrou rapidamente na barraca, segurando com uma mão seu estimado chapéu de caçador, enquanto empunhava o revólver 48 em todas as direções à procura de algo ou alguém que pudesse ter amedrontado a mulher de seus desejos.
- Tudo bem Marguerite? Ajoelhado e ainda com a arma em punho, com a outra mão, acariciou o rosto pálido à sua frente. Marguerite assustada, segurou com ambas as mãos o rosto dele e disse:
- John, é você? Estamos no platô? Em seguida o abraçou com força, precisava saber que ele era real, precisava confirmar que o que vivera fora um pesadelo e o cheiro almiscarado do homem que a apertava contra o peito confirmava tudo.
- Quem é Andrew, Marguerite? Alguns minutos depois, somente quando Marguerite se afastou daquele abraço, pois por ele poderiam ficar assim a manhã toda, foi que ele formulou a pergunta que lhe trazia um certo amargor à garganta. Saber que Marguerite tivera outros homens na vida dela, realmente, não era um assunto fácil de digerir para Roxton.
- Como assim? Eu não falei nada! Desconversou Marguerite. Levantando e aprumando a roupa, ela saiu da barraca escovando os longos cabelos castanhos com o dedos.
Ele continuou ali ajoelhado, mas os seus olhos agora estavam estreitados e o seu semblante deixava claro que ela escondia mais um mistério. E esse, ela teria que contar a ele, cedo ou tarde. Roxton recolocou sua arma no coltre e saiu da barraca, recolhendo a Winchester 45 que largara na abertura da barraca e que Marguerite pulara na maior displicência!
Sentado na pedra da vigília, enquanto limpava o rifle, Roxton observava Marguerite preparar o café e as panquecas. Ela sorria. Um sorriso aliviado iluminava seu rosto enquanto assoviava La Marseillaise. Havia muita disposição nela naquela manhã. Mas ele a conhecia muito bem. Ela era rabugenta e preguiçosa ao acordar. Escondia algo e deliberadamente tentava distraí-lo. Fingiria acreditar, até um segundo momento. Depois a confrontaria. O que Marguerite escondia? Quem era Andrew? Sentiu novamente o bolo no estômago ao recordar esse nome.
- Veja, Roxton! Preparei as panquecas e não as queimei! Eu não sou simplesmente magnífica? Ela ofereceu-lhe a comida no prato de ferro esmaltado.
- O café está ótimo! Com pouco açúcar, como você gosta! Foi até ele e entregou-lhe uma caneca fumegante. John cobriu a mão dela com a sua, antes de pegar a caneca. Marguerite não retirou a sua mão ao contato da dele. Ao contrário, sorriu divertida e se afastou vagarosamente, daquele jeito só dela quando quer fazer charme. Mais uma prova de que tentava esconder algo, pensou Roxton enquanto sorvia o café. Ela estava certa, o café e as panquecas estavam deliciosos.
Mas ele era um caçador. Seu instinto predatório sabia que aquela fêmea humana tinha algo a lhe dizer. Sempre desconfiado e alerta, nenhuma mulher conseguia enganá-lo assim, tão facilmente. É certo que Danielle o enganou direitinho, mas ela era uma feiticeira vudu, tinha lá seus truques tribais. Marguerite era uma mulher normal. E ele conhecia bem as mulheres e seus pequenos truques femininos.
Envolvido nos seus pensamentos acerca dos mistérios da sua dama, Roxton não percebeu a aproximação de um Oviraptor. Animal carnívoro de um metro e oitenta, o Oviraptor parecia muito com o Velociraptor, os mais sangrentos inimigos da expedição de Challenger. Porém o Oviraptor possuia uma cabeça parecida como a de um galo de crista vermelho púrpura. No lugar de dentes afiados, um bico forte, capaz de rasgar a carne ou decepar um braço num só ataque. Mas eles só enfrentaram Oviraptors quando aproximaram de seus ninhos. Marguerite!!!! Provavelmente esse era o macho e a fêmea atacaria Marguerite, que agora estava se banhando no regato.
Suas conclusões estavam corretas! Com um tiro para o alto, Roxton conseguiu atordoar momentaneamente o Oviraraptor macho e correu em direção ao regato. Deparou com uma cena maravilhosa a seus olhos! Marguerite nua em pêlo tentava afastar a Oviraptor fêmea com um galho de árvore.
- Saia daqui seu raptor frangote! Saia! Não tá vendo, que eu estou nua, com frio, e muito, muito irritada!!! Vamos, saia, saia! Roxtoooon! Roxtoooon! Me ajuda! Quietinho aí! Ainda bem que você não tem aquelas unhas compridas horrorosas igual a dos seus primos, né! Xô, passa! Roxtoooon!!!!
De repente ouviu-se um estampido de arma de fogo que ecoou pelo ar. A fêmea de Oviraptor viu Roxton acenando para ela. Marguerite também assustou-se e caiu sentada dentro da parte rasa do pequeno lago. O animal correu em seguida em direção ao caçador.
Correndo pela floresta, Roxton conseguiu embrenhar-se por uma fresta na rocha, despistando o casal pré histórico. Mas o seu ombro direito estava sangrando. Durante a escapada, acabou levando uma bicada do macho, antes de se esconder sob as rochas.
Minutos depois, ao retornar exausto para o acampamento, encontrou Marguerite vestida de saia cáqui e blusa lilás, sentada sobre o tronco que servia de banco, torcendo langarosamente os cabelos encharcados de água.
- Droga, Marguerite! Você tinha que ir tão longe tomar o seu maldito banho! Estávamos seguros deste lado! Roxton esbravejou ofegante, ao sentar em outro tronco, enquanto tirava o pó de terra do seu chapéu.
- Tomar banho deste lado do lago? Pra você ficar me olhando? De jeito nenhum! Ela continuou a desembaraçar as madeixas encaracoladas, não demonstrando qualquer agradecimento ao seu salvador.
- Da próxima vez, deixo você lá...para virar alimento para a ninhada de Oviraptor! Você não percebeu que estava próxima demais do ninho deles! Mas é claro que não! Por acaso a senhora presta atenção em alguma coisa? É sempre o idiota aqui que tem que verificar tudo, estar sempre alerta, não é mesmo? Ele a olhava visivelmente nervoso.
Ora, mas esta é a sua parte na expedição, meu querido Lord John Roxton! Nos proteger! Foi esse o motivo que nos deu, além da sua sede por aventuras, para fazer parte desta expedição, lembra-se? Havia uma zombaria no olhar e nas palavras de Marguerite que logo se dissiparam ao ver a mancha de sangue que brotava no ombro e escorria pelas costas da camisa de Roxton, quando o mesmo se virou.
- John! Você foi ferido? Malditos raptors! Marguerite correu e fez Roxton sentar-se no tronco de árvore.
- Oviraptors, Marguerite! Corrigiu-a, ao mesmo tempo que forçou uma cara de dor, só para fazê-la sentir remorso pelo descaso dela em relação ao seu ato heróico.
- Só porque aprendeu a catalogar dinossauros com o Challenger, não quer dizer que transformou-se num paleontólogo, John! Assim que encontrar o Summerlee, vou contar a ele que você pensa que já é um cientista e tentou tomar o lugar dele na expedição! Me aguarde, viu! Marguerite tentava desculpar-se a seu modo, brincando, enquando desabotoava carinhosamente a camisa ensanguentada de Roxton.
- Venha até aqui, John! Vou limpar este ferimento e fazer um curativo. Marguerite o puxou pela mão, fazendo-o sentar próximo a fogueira. Precisava de água quente para limpar o ferimento, a linha e a agulha que usaria. Três pontos eram o suficiente para fechar o corte no ombro. Usaria também aquele unguento nojento preparado pela Verônica, mas que evitava a inflamação de cortes e outras lesões.
Enquanto efetuava o procedimento, Marguerite acariciou os cabelos castanhos de Roxton. Notou que aumentara o número de cabelos brancos nas têmporas, enquanto diminiuia o volume de cabelos. Acreditou ser o sol causticante do platô, o autor daqueles fios dourados em meio aos cabelos dele que em contraste do rosto bronzeado, o tornava mais bonito e mais desejável.
- John? Marguerite pronunciou o nome dele, fazendo uma longa pausa em seguida.
- Hummmm!!! Era a resposta gutural e aborrecida dele, que estava sentado de costas, enquanto ela terminava o curativo.
- Obrigada por me salvar! Ela beijou em seguida o topo da cabeça dele. Ainda sentado de costas para ela, e com um sorriso maroto, ele puxou as mãos dela e as depositou sobre o seu peito nu, com poucos pêlos, beijando um dos pulsos.
- Que tal você me agradecer como se deve? Levantou-se e virou de frente para Marguerite, embrenhando a sua mão direita sob os cabelos dela, acariciando-lhe a nuca.
Descendo a outra mão experiente até a cintura dela, a puxou com força contra si. E depois de olhar profundamente aqueles olhos azuis intensos, a beijou com sofreguidão. Uma, duas, três vezes. A cada investida, mais exigente sua boca ficava. Precisava muito daquela mulher. A cada beijo, um gemido baixinho e cadenciado, saia da garganta, disrritimado, como o próprio coração.
Meu Deus?! O que era aquilo? Como a presença daquela mulher poderia queimar como ferro em brasa o seu peito. Fazer seu corpo arder em febre, quando ela o tocava?Como?
De repente, houver um tremor. Estaria Roxton alucinando? Tudo bem que ardia em desejos pela sua Dama Escarlate, mas sentir o corpo inteiro trepidar já era demais! Não era alucinação. Em instantes perceberam que não só seus corpos tremiam, mas pricipalmente o chão sob eles e tudo mais.
- Terremoto!!!
