OXFORD UNIVERSITY
Chapter 11 - Surprises
Author: BETTIN
......................§.........................
- Fazia tempo que não aconteciam tremores como esse! Disse Marguerite preocupada.
- Eu não acho isso de todo ruim! Sempre que acontecem esses tremores, abrem-se novas fendas nas rochas e há sempre a esperança de encontrarmos um caminho para sairmos do platô! Concluiu Roxton.
- É verdade! Marguerite sorriu e beijou rapidamente os lábios dele. O que o deixou surpreso e feliz. O que mais adorava naquela mulher era a sua irreverência.
- Mas é melhor ficarmos longe das rochas e das árvores, pode ser perigoso! Venha, vamos até aquela clareira até que o terremoto cesse. Roxton pegou o rifle e com a outra mão puxou Marguerite apressadamente pelo vale.
Vinte minutos se passaram, quando finalmente o terremoto cessou. Vapores saiam das rochas, o cenário no platô modificara. Muitas árvores cairam. Podia-se ver fendas aqui e ali, além de amontoados de rochas que rolaram das montanhas. Animais mortos agora serviam de refeição para outros. Naquele momento não havia predadores para o casal que tranquilamente retornava para o acampamento e recolhiam os seus pertences.
- Está na hora de voltarmos para casa! Posso até sentir o cheiro do guisado de iguanadonte da Verônica! Marguerite devaneava.
- Delícia mesmo são aqueles legumes pré-históricos, cozidos no vapor da peneira de palha e servido com pedaços de manga! Uma das receitas do Summerlee! Roxton deu uma piscadela.
- Você falando em comida, Roxton? Pensei que a esfomeada do grupo fosse eu? Ela riu.
- Sem dúvida esse título é seu por direito, mas eu também aprecio a boa mesa! Roxton soltou uma gargalhada que logo se dissipou com a tristeza no rosto de Marguerite.
- O que foi Marguerite? Não acredito que você ficou assim com o que eu disse? Ele segurou o queixo dela.
- Ah, esqueça! É melhor começarmos a caminhar. Não quero dormir mais uma noite na selva! Ela sabia muito bem o que significava ter um título e a dor que a falta deste causava nela.
- Nem que eu viva cem anos eu vou conseguir entender as mulheres! Roxton endireitou a mochila nas costas e começou a seguir a sua parceira.
Caminharam várias horas, até que Marguerite avistou um pequeno córrego e disse:
- Vamos tomar um pouco d'água e descansar, John? Não era um pedido. Ela sentou rapidamente numa pedra e retirou as botas e as meias, refrescando os pés na água fria e molhando com um lenço o colo e a nuca.
Roxton sempre alerta, providenciou o abastecimento dos cantis, o seu e o dela. Mas enquanto prestava atenção aos ruídos dos arredores, não percebeu que estava muito próximo de Marguerite.
Atrevida e divertida, ela tratou de bater com força os pés na água, molhando o rosto e o chapéu de Roxton.
- Marguerite! O chapéu não! Se tinha algo que era o xodó do caçador, era o seu velho chapéu de feltro, que já o acompanhara em tantos safáris e expedições.
- Uiuiui!!!! Meu chapeuzinho querido! Ela era toda provocação. E continuou a molhá-lo batendo os pés mais forte.
- Ah! É assim, né! Você sofrerá a ira do monstro devorador de pés! Ele segurou os tornozelos dela com as duas mãos e começou a dar várias mordidinhas naqueles pés delicados e refrescados pela água gelada. Marguerite não sabia se sentia dor ou cócegas. Era uma sensação deliciosa e indescritível.
- Não! Não! Ela gritava e gargalhava ao mesmo tempo.
- Sim! Sim! Você pediu! Ele estava completamente excitado. Sempre teve uma tara por pés femininos. Era a sua chance. E que chance!
Ele parou de mordê-los e deu vários beijos em seguida.
- Seus pés são tão lindos quanto você, mulher! Machuquei? Ele agora esfregava as mãos, como se assim tirasse qualquer dor que pudesse ter causado.
- Não, John! Na verdade me diverti muito! Ela estava sendo sincera.
- Você é feliz quanto está comigo, Marguerite? Ele precisava saber isso.
- A maior parte do tempo! Mas porquê a pergunta? Ela sorria.
Ele saiu de dentro do córrego e sentou ao lado dela na pedra e perguntou:
- Essa manhã você pronunciou o nome de alguém. Andrew mais precisamente. Quem era? Fez parte do seu passado? Ele nunca a metralhara com tantas perguntas.
- Bom...acho melhor irmos andando, antes que escureça! Ela tentou levantar-se, mas foi obrigada a sentar novamente com a puxada que levou do Roxton.
- Senta! E me conte que sonho ou pesadelo era aquele! Quem era Andrew, Marguerite? Era uma ordem e Marguerite sabia que nenhum dos dois sairia dali enquanto ela não desse a explicação que ele queria.
- Isso já faz muito tempo...Eu e a minha amiga Adrienne saímos da Inglaterra e fomos para a França a procura de uma vida melhor. Andrew foi um amigo nosso que havia desaparecido e no dia em que o nosso navio se distanciava do porto rumo a França, ele apareceu no pier chamando por nós. Mas já era tarde. Fomos para a França e nunca mais soubemos dele. Quando você me ouviu chamar pelo nome dele, foi devido a surpresa de vê-lo no porto, só isso! Ela não mentira, apenas omitira muitas coisas importantes.
- Era apenas um "amigo"? Roxton desconfiava.
- Sim! Sua resposta foi curta, queria encerrar logo aquela conversa.
- Isso não tem nada a ver com o conhecimento necessário que aquela tal de Morgana lhe disse naquele lago lá atrás, tem? Ele arqueou uma sombrancelha.
- Sim e não! Algumas coisas do meu passado eu me recordava e outras eu havia apagado da memória, mas neste sonho tudo me foi revelado e é só! Mas vamos mudar o rumo desta prosa. Não quero mais falar sobre isso! Já estou descansada, vamos continuar a caminhada?
- Vamos. E assim eles prosseguiram a jornada sem contratempos. Já anoitecia quando chegaram na casa da árvore. As velas de sebo acesas lá no alto, trouxeram conforto e felicidade para eles.
- Chegamos! Roxton acionou a engenhoca que fazia o elevador de madeira descer e quando este chegou ao chão ele disse:
- As damas primeiro! Marguerite fez um meneio e entrou no elevador, seguida por Roxton.
Quando o elevador chegou no topo, eles sairam sorridentes quando depararam com uma quarta pessoa a mesa, bebendo vinho com Malone, Veronica e Challenger.
- Quem bom que vocês voltaram! Ficamos preocupados devido ao terremoto! Challenger levantou e foi abraçar Roxton e Marguerite.
- Ah! Desculpem-me! Deixe-me apresentar o nosso convidado! Este é o conceituado professor Andrew de Sunderland, da Universidade de Dublin.
