Obrigada pelas reviews, meninas! Vocês são demais! Beijos para a Lady K, Lady F, Spirita, Marie, Taiza, Cris, Nessa, Mila, Claudia B, Mary, Jess Nobre, Fabi! Rosa, o capítulo do Barão Vermelho eu escrevi baseado nas suas mensagens sobre a Mata Hari, pois sabemos que a nossa Marguerite é espiã tripla, né! Oi Jessyca Pinheiro, este capítulo foi escrito baseado na sua review sobre a referência do livro do primeiro encontro entre o Roxton e o Malone. JuAvalon e Pat, adorei as reviews de vocês, mais os seus e-mails estão retornando, me enviem o endereço correto, para saber onde foi que eu comi bola!
OXFORD UNIVERSITY
Chapter 20 – Triceratops Valley
Author: BETTIN
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Roxton, Challenger e Malone caminhavam apressadamente pela selva. Roxton ouvia atentamente a narrativa do Malone sobre a investida do tiranossauro sobre eles e então disse:
- Quer dizer que você atirou aquele assado para o T-Rex como fez naquela partida contra a equipe de Richmond? Eu já lhe disse que aquela foi a melhor corrida para o gol que eu já vi em toda a temporada, não disse? E aquele arremesso que você enviou então, foi muito bom mesmo! Quem sabe, se não tivesse nos acompanhado nesta expedição, hoje você poderia estar jogando rugby pela seleção da Irlanda, não é mesmo! Roxton virou-se e deu um leve sorriso com o canto da boca.
Malone deu de ombros. Estava ali agora. E assim o grupo continuou a jornada. Porém, após caminharem a quase duas horas, embrenhando-se pela vegetação, George parou e disse:
- Vamos parar um minuto aqui, Roxton! Neste ritmo, eu não terei forças para correr, se de repente encontrarmos problemas pela frente! Challenger dava sinais de cansaço.
- Além do mais, eu já lhe disse que indo por esse caminho, toparemos com o acampamento dos homens-macacos! É melhor irmos pelas montanhas e contornarmos o acampamento deles, se não quisermos confusão! Challenger sentou então numa pedra e retirando um lenço do bolso do seu paletó de linho creme, foi secando o suor da testa.
- Ah, não! Chega de montanhas desta vez, Professor! Quase escorreguei lá de cima ontem, e não quero fazer escaladas tão cedo! Malone falava com decisão e então foi sentar-se ao lado do Challenger na mesma pedra. E como se fosse um ritual, também tirou um lenço do bolso da calça e secou o rosto, a testa e a nuca. Malone sofria de sudorese, e naqueles dias quentes, seu corpo transpirava muito.
- Eu sei que o meu ritmo está acelerado demais! Mas quero chegar o quanto antes na casa da árvore e conferir se as garotas estão bem! Disse Roxton, que também retirou o chapéu e com o dorso da mão, pôs-se a remover as gotas de suor da testa, tornando a ajeitá-lo sobre a cabeça novamente.
- Mas esperem! Existe um atalho que encurtaria a nossa jornada em pelo menos três horas! John olhou lá para baixo, para o vale, abraçado ao seu rifle com mira telescópica.
- De jeito nenhum, meu amigo! Atravessar o vale dos triceratops é uma verdadeira loucura! Além do quê, o vale é estreito demais e a manada notaria a nossa presença em instantes. E você sabe que o olfato deles é extremamente sensível para compensar sua visão deficiente. E territoriais como são, seríamos abatidos num piscar de olhos! Eu ainda acredito ser a escalada pelas montanhas, o melhor caminho! Disse Challenger, firmemente.
- Para você pode ser, Challenger! É um excelente alpinista! Mas eu prefiro me esgueirar pela terras baixas! Afirmou Roxton.
- E você, meu caro jovem? Posso contar com a sua coragem! A mesma que provou possuir lá em Londres, na minha casa? Roxton piscou para o Malone.
- Conte comigo, Roxton! Sua idéia me parece melhor que a da escalada! E então Malone apertou fortemente a mão direita do Roxton, o que deixou Challenger com cara de quem não estava entendendo nada.
- Mas...E se na pior das hipóteses, um dos ancestrais daquele rinoceronte branco, que você possui na sua sala de troféus, investir contra nós? A couraça do triceratops me parece bem mais grossa que a de um rinoceronte! E aqueles chifres enormes então! Se compararmos aos touros das arenas de Madri, quando atingem os toureiros, parecem fazer cócegas neles se comparado ao que um triceratops poderia fazer conosco! Você viu o tamanho daqueles chifres? E são três! Disse Malone.
- Lógico que são três chifres, Malone! Porisso o nome Triceratops Horridus, que quer dizer "Três Chifres Terríveis"! Corrigiu Challenger, ainda acreditando que aceitariam a sua idéia da escalada.
- Mas estou com a minha Winche aqui, Challenger! Roxton disse isso, alisando o rifle de mira telescópica, como uma mãe que acaricia um filho.
- E estou prevenido! Pois tenho uma generosa munição aqui na minha mochila! Disse isso e orgulhoso mostrou também o cinturão repleto de cartuchos.
- Só que você me disse que abateu aquele rinoceronte com o seu fuzil Express! Não foi? Lembrou-lhe Malone.
- Nem me lembre disso, Malone! A raiva que me dá por ter perdido o meu fuzil Blends 577 da Axite Express! Que fuzil certeiro era aquele! Tinha um ejetor duplo e as balas traçavam a trajetória de umas 350 jardas e....Bingo! Lá estava o animal abatido! Roxton teatralizou o momento em que o seu fuzil abatia a caça, porém não notou que a sua narrativa criou um certo desconforto no Challenger.
- Eu trouxe o fuzil comigo, nesta expedição! Mas ele ficou lá no acampamento ao pé do platô, enquanto embarcávamos no balão, fujindo às pressas daqueles tribais! Mas até que esta Winchester que a "Miss Krux" comprou para nós...Não tem me decepcionado! Confirmou John, enfatizando o nome de Marguerite, com o rifle debaixo do braço.
- A conversa me parece muito interessante, mas não querendo ser intrometido, eu poderia participar e saber sobre exatamente o quê vocês estão conversando? Rufou Challenger, sentindo-se excluído.
- Claro que sim, meu velho! John foi até o Challenger e segurando-o pelos ombros, o chacoalhou de um jeito brincalhão.
- Veja Challenger...Se você quiser vir conosco, prometo lhe contar tudo sobre o dia em que convidei o nosso jornalista para apreciar um bom charuto de Havana, lá na minha casa na Vigo Street! Você sabe onde é! Fica perto do Instituto de Zoologia, no Albany! Roxton conhecia bem Challenger. Apesar de não demonstrar, a curiosidade dele falava mais alto.
E assim os três desceram vale abaixo enquanto Roxton contava como testou a coragem do jovem Malone. Que havia dito para o Ned que tinha como hóspede, o brilhante jóquei do Grand National, porém alcoólatra, Jack Ballinger. E que este estava armado e sofrendo de delirium tremens. Mas que o mesmo precisava ser imobilizado por eles, para ser alimentado, senão morreria. O problema era que o Jack tinha uma pontaria infalível e ele ou o Malone poderiam sofrer um ferimento à bala.
- E sofreram, Malone? Challenger estava muito interessado na narrativa.
- Que nada! O Roxton estava testando a minha coragem, Professor! Ele já havia cuidado pessoalmente do Ballinger naquela manhã! Disse Malone, sorrindo.
- Mas o Jack possue realmente uma boa pontaria! Para a minha sorte, foi o tremor das mãos dele, que ao atirar em mim, só conseguiu fazer um furo na bainha do meu quimono! Se eu não abro as pernas...ai,ai,ai! Roxton olhou para seu membro.
E gargalhando, os três desceram rapidamente até atingirem o vale. E se esconderam na vegetação para tramar uma estratégia de travessia. Mas o que viram foi uma das cenas mais belas já vista em todo o platô!
No vale dos triceratops podiam-se avistar quatro machos pastando calmamente. Mais adiante umas quatro fêmeas, sendo que duas pastavam e as outras duas ajoelhadas sobre as patas traseiras pareciam contemplar aqueles sete filhotes a brincarem na relva. Os pequenos rechonchudos já mediam uns dois metros de comprimento. Mas cheios de energia, ora corriam um atrás do outro, ora davam cambalhotas, exibindo-se para as mães. E quando uma das fêmeas levantou-se e foi pastar, uma das que estavam a pastar, voltou calmamente e tomou o posto da outra, na observação dos filhotes. Challenger maravilhado, constatou que elas se comportavam como as fêmeas das manadas de elefantes.
Um pouco mais próximo aos nossos aventureiros, pelo tamanho pouco desenvolvido dos chifres, dois machos jovens estavam investindo um contra o outro. Já exercitavam a disputa futura pelos direitos de acasalamento e escala hieráquica com os outros machos do bando. Apesar de jovens, suas cabeças eram enormes e extremamente fortes. Além do chifre pequeno e grosso no nariz, tinham mais dois chifres de aproximadamente um metro sobre cada um dos olhos. As maxilas laterias tinham bochechas musculosas e ao mostrar os dentes, notava-se que eram bem afiados! O bico córneo curvado lembrava muito aos dos rinocerontes. E pareciam ter a função de arrancar plantas mais duras do chão. Já possuiam o tamanho dos machos adultos. Deviam ter aproximadamente um nove metros de comprimento, uns três metros de altura e deviam pesar talvez umas seis toneladas.
De todos os dinossauros estudados pelo Challenger, o triceratops era o seu preferido. Como viviam em manadas, eram difícil encontrá-los andando a solta pelo platô. Challenger olhava-os com admiração. Olhava para aquelas pernas grandes e largas como pilares. As da frente eram especialmente fortes, porque precisavam sustentar sua ampla e pesada cabeça com aquela enorme couraça óssea em volta do pescoço que protegia seus ombros, permitindo-lhes resistir aos violentos golpes de outros dinossauros. Eles eram acizentados, mas a couraça dos machos, possuiam manchas em tons de vinho e amarelo. Seria um atrativo para as fêmeas?
- De qual lado vem o vento, Malone? Roxton perguntou e, Malone molhou a sua mão numa pequena poça d'água e a levantou para o alto.
- Vem a noroeste, Roxton! Se formos por ali, talvez passemos desapercebidos pelos jovenzinhos nervosos! Disse Ned, referindo-se aos triceratops adolescentes medindo forças entre si.
- Mas creio eu, que seja melhor nos camuflarmos! Eu tenho comigo um rolo de barbante e podemos cortar essa grama cheirosa e envolvermos os nossos corpos com ela. O cheiro do mato, encobriria o nosso próprio odor, se por ventura o vento mudasse de rumo! Disse Challenger, sabiamente.
- Esse é o nosso grande Challenger! O que seria de nós sem o seu conhecimento, meu amigo! Roxton sorriu e bateu no ombro do cientista.
E foi assim que eles enrolaram pelo corpo, várias hastes daquela erva cheirosa, que lembrava muito a capim limão. E começaram a esgueirar-se pelas laterais do vale. Quando notavam que os machos levantavam suas cabeças, para espreitar ao redor, eles paravam e ficavam imóveis por alguns instantes. Quando tudo parecia voltar ao normal, continuavam a resvalar cuidadosamente pela vegetação. Até que ocorreu o incidente mais glorioso que já viram.....
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