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OXFORD UNIVERSITY

Chapter 25 - The Revenge

Author: BETTIN

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Marguerite parou ao ouvir o barulho das explosões. Enquanto que Roxton corria em direção a planície em chamas, ela subiu um pequeno monte e escondeu-se atrás de uma árvore. Viu o momento em que Veronica impedia Roxton de descer morro abaixo.

Num código secreto, estabelecido entre as duas, Veronica a viu lá em cima e com um menear de cabeça, quis dizer que estava tudo sobre controle.

Marguerite então, deu meia volta e deixou Roxton aos cuidados de Veronica e foi até o local onde, ambas, combinaram em deixar um certo objeto escondido. Encontrando-o, Marguerite seguiu determinada para o lado oposto à planície. Num lugar afastado, selva adentro.

Após uma boa caminhada, Marguerite foi interceptada por sete guerreiros canibais. No platô haviam pelos menos umas três tribos canibais. Mas esta era especial. Especial por barganhar com a aldeia de Hipolita, a rainha das amazonas.

Quando eles se aproximaram com seus corpos pintados em branco e preto, impunhando as suas lanças, Marguerite levantou a adaga de Hipolita e imediatamente eles abaixaram as suas armas. Marguerite então falou no dialeto deles:

- Levem-me para a sua tribo! Temos um acordo! Falou com propriedade.

Então eles a levaram para o centro da aldeia. Nesta aldeia havia uma grande choupana de sapé. Homens, mulheres e crianças conviviam como numa típica aldeia de índios daquela região. O único diferencial era a antropofagia que eles praticavam.

Marguerite então, observou que um pouco mais afastadas, haviam duas grandes jaulas feitas de bambu e cipó. Muito resistentes por sinal, e se dirigiu até elas.

Em cada uma delas, haviam dois prisioneiros. Na primeira jaula, um prisioneiro estava sentado no chão de terra, amuado num canto, enquanto que o outro prisioneiro chamava pelo seu nome:

- Marguerite! Por favor, nos tire daqui! Esses índios são canibais! Era a voz de Andrew de Sunderland.

- Não me diga! E por que eu pediria para que eles os libertassem, se foi eu mesma quem ordenou que os prendessem! Disse irônica.

- Marguerite! Eu não acredito que você está fazendo isso comigo? Depois de tudo que fomos um para outro! Em nome do nosso amor! Ele suplicava.

- Que amor, Andrew? Que amor? Você só amou uma pessoa nesta vida...Você, você e somente você! Marguerite rodeava a jaula, com a adaga em punhos, olhando para Radcliffe, que conformado com a sua condenação, tinha o seu olhar parado, enquanto que sentado, ele abraçava os próprios joelhos.

- Quantas pessoas você fez sofrer, Andrew de Sunderland? Usou Anabelle para procriação, deixando seus filhos distantes, enquanto você cuidava dos seus interesses! Quantas mulheres você engravidou e as fez abortarem, como se fossem meras prostitutas, hein? Engraçado...sabe que notei que desde que nos vimos novamente, aqui no platô, você nuncou perguntou sobre Adrienne!

- Não perguntei por achar que ela estivesse bem! Ele respondeu assustado.

- Resposta errada, meu caro! Você não perguntou nada sobre ela, por que como todas as outras, você a usou e a descartou! Logo, por que perguntar por alguém que não tinha mais utilidade, não é mesmo? Ela disse acertiva.

- Marguerite, mais uma vez eu te rogo... Sei que você conhece estes índios... Então peça para que eles nos soltem agora! Pegaremos os aviões e iremos para a França ou qualquer outro lugar e seremos felizes! Ele suplicava.

- Vocês não ouviram as explosões? Lamento, meu caro, mais dei ordens expressas para que explodissem todos os seus aviões! Tsc, tsc! Eu sinto muito! Ela estava no auge da sua ironia.

- Quer dizer que nós estamos presos neste maldito platô? Ele estava descontrolado.

- Nós? Você disse nós? "Non, mon cher"! Daqui a pouco "eu" estarei com os meus amigos apreciando um bom jantar! Enquanto que aqueles dois soldados alemães ali, serão o banquete dos meus colegas antropófagos esta noite! Havia um sorriso maléfico no rosto de Marguerite.

- Por que você está quietinho aí no canto, Radcliffe? Você já sabe qual será o seu destino não é mesmo? Menino esperto! Mas eu vou explicar para o Andrew que desconhece as leis da selva! Marguerite se indireitou e cruzou os braços, como uma professora que ensina um aluno.

- Os alemães morrerão esta noite, enquanto que vocês dois serão saboreados lentamente! Começou a compreender-me Andrew? Radcliffe sabe que morrerá aos poucos para sentir a dor que me causou, quando ele e aquele maldito médico carniceiro, tiraram o meu filho, matando também uma parte de mim! Vocês me fizeram sofrer, mas nada será comparado ao que os aguardam! Chegou a sua hora, Peter Radcliffe! A voz dela estava agora implacável.

- E você, Andrew? Não venha me dizer que não sabia de nada...Pousando de santo! Eu sei que foi você quem ordenou a Radcliffe que fizesse o trabalho sujo, enquanto partia para não ver o resultado da sua monstruosidade! Pobrezinho! Um homem tão sensível, não é mesmo! Ela fazia biquinho ao dizer essas palavras.

- E eu também sei que quando você apareceu no porto de Folkstone, não foi para ir atrás de mim! Você foi atrás de Adrienne! Pois ela sabia de mais, não é mesmo? Os olhos dela estreitaram-se.

- Eu não ordenei que matassem Adrienne, Marguerite! Andrew gritou.

- Você já me revelou tudo o que eu precisava saber! Boa morte para vocês dois! Meus sentimentos! E tirando o chapéu, Marguerite fez uma reverência.

Em seguida deu às costas para as jaulas e para aquela aldeia mal cheirosa. E saiu resoluta, sem olhar para trás, enquanto ecoava os gritos desesperados de Andrew a implorar para que ela o salvasse.

Quando ela já encontrava-se segura, fora das terras dos canibais de barganha, rompeu o choro a muito tempo acumulado! E chorando, caminhou, praticamente se arrastando, até chegar a casa da árvore.

Fazia apenas meia hora que Marguerite chegara em casa, quando ouviu o elevador subir e a conversa animada de Veronica e Roxton.

- Não, não, Veronica! Quem viu este tal de onychosaurus primeiro, fui eu! Roxton reclamava para si o prêmio.

- Pode até ser! Mas foram os meus punhais que o abatarem, Roxton! Você só é bom com o seu facão de perto! Veronica ria dele.

- Mais esse lagartão sabor galinha, é rápido demais! Mas tudo bem! Desta vez você ganhou! Mas na próxima vez....Na próxima...Você verá como age o Grande Caçador Branco! Ele a desafiava para uma outra caçada.

- Quero só ver atuação do Grande Caçador Branco sem o seu rifle! Ela agora gargalhava.

Em seguida, viram Malone saindo do quarto do Challenger. Malone cumprimentou Roxton e em seguida foi até Veronica e pegando-lhe as duas mãos disse:

- Veronica! Que bom que você está bem! Ele a olhava ternamente nos olhos.

- Sim, Ned! Estou bem! E o Challenger, como ele está? Ela sorriu com a preocupação dele e em seguida ficou séria ao lembrar-se que o Challenger estava ferido.

- Está bem e repousando! Lancetei o ferimento com ferro em brasa. A hemorragia cessou e passei aquele unguento antiinflamatório que você sabe fazer, Veronica! Malone contou orgulhoso, por ter providenciado os cuidados necessários.

- Eu sabia que ele estava em boas mãos! E ele teve febre, Malone? Perguntou Roxton.

- Fui agora lá dentro para ver se ele estava como febre, mas ele está bem! Quanto aos soldados alemães, eu os arrastei para longe da casa da árvore e neste momento devem estar servindo de jantar para alguns raptors!

- E quanto a Marguerite? Roxton perguntou preocupado.

- Ela chegou ainda a pouco! Foi até o quarto do Challenger para saber como ele estava e sem dizer uma palavra ou reclamação, foi para o quarto dela! Explicou Malone.

- Vou até lá ver como ela está! Disse Roxton.

- Não! Deixa que eu vou! Enquanto isso faça como combinamos...Quem perdessse a aposta, teria de preparar o lagarto com a receita do Summerlee "Galinha à La Arthur" lembra-se? E com um menear de cabeça, Veronica indicou o fogão de barro e em seguida foi para o quarto de Marguerite.

Os quartos da casa da árvore não possuiam portas, somente cortinas toscas de tecido e fibras. Então Veronica chamou baixinho:

- Marguerite? Posso entrar?

- Entre Veronica! Marguerite nem levantou sua cabeça do travesseiro.

Veronica pode perceber, pelos olhos vermelhos e inchados, que ela chorara muito.

- Tome, Veronica! Guarde a adaga que a Hipolita deu para o Challenger lá nos pertences dele, antes que ele descubra que nós a usamos! Marguerite retirou o punhal debaixo do travesseiro e o entregou para ela.

- Eu fiquei preocupada com você, lá embaixo na planície! Os canibais já haviam levado os dois soldados. Eu me alarmei, pois você estava demorando e fui averiguar... Então vi quando o Roxton entrou na caverna. E pensei que o nosso plano tivesse falhado. Mas ao ver os bandidos sairem da caverna sem vocês, ordenei ao canibais que os capturassem. Depois corri e dei uma olhada para ver como vocês estavam! Felizmente eu os vi amarrados, mas vivos! Então me tranquilizei! Sabia que não seria difícil para vocês se soltarem dali! Disse Veronica baixinho para que ninguém as ouvissem.

- É! realmente não foi difícil! Mas O Roxton pensou que eu tivesse traído a todos! Ela disse chateada.

- Não se preocupe! Eu já o acalmei em relação a isso! Ele só sabe aquilo que nós combinamos, certo? Veronica sorriu e passou a mão pelos cabelos da amiga.

- Mas agora me diga, como você está se sentindo? Veronica quis saber.

- Vingada! Vinguei a mim, a Adrienne e tantas outras pessoas! Mas também estou triste! É como se uma parte de mim tivesse morrido também, entende? E ela voltou a chorar baixinho.

- Tente não pensar nisso! O tempo acalmará esses sentimentos! Agora venha, pelo barulho, os homens estão preparando o jantar! E quando aqueles dois vão para a cozinha, sai comida boa! Veronica tentava animá-la.

- Não, obrigada! Minha cabeça está latejando de tanta dor! Vou tentar dormir. Disse, esfregando a sua mão sobre a de Veronica, agradecida.

- Você não quer ao menos uma xicará de chá? Perguntou Veronica.

- Aceito! Mas peça para o Roxton prepará-lo, por favor? Só ele sabe fazer um bom chá cheiroso! Ela respondeu mimada.

- "Oui, Madam"! E Veronica divertida, saiu do quarto.

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