Loucura Platônica
By Marmaduke Scarlet
Capítulo 4 – Piquenique molhado.
Capítulo dedicado à Fefys Malfoy, que me ajudou com a idéia do piquenique.
"Vocês já compraram as roupas pro baile?" – a Jude perguntou. A gente estava em Hogsmeade, na frente da Trapo Belo Moda Mágica.
"Nós já" - os Marotos disseram. Não é difícil de imaginar que eles tenham dado um jeito de ir até lá durante a semana pra comprar as roupas.
Eu estava olhando a vitrine, quando vi lá dentro a senhora que atendia a loja tirar um vestido i.g.u.a.l ao do quadro e mostrar para uma garota que estava lá.
O MEU vestido!
Eu me desviei da Roxy e da Jude e entrei correndo na loja, esbarrando em um monte de gente e fazendo um coitado cair por cima do balcão. Praticamente arranquei o vestido das mãos da vendedora.
"MOÇA, O QUE VOCÊ PENSA QUE ESTÁ FAZENDO!" – a mulher gritou. Eu olhei em volta. TODA a loja estava me olhando, o caritchas que eu tinha atirado por cima do balcão sacudia as pernas, tentando recobrar o equilíbrio, do lado de fora os meus amigos se matavam de rir.
Eu fiquei da cor dos meus cabelos.
"Er... eu acho que vou levar esse vestido" - disse, entregando o vestido meio relutantemente pra vendedora. Ela me olhou com uma cara braba, e foi pro caixa, comigo atrás.
Pedi desculpas pro senhor, e comprei o vestido, que alías, não saiu baratinho não, mas o que eu ia fazer? Depois daquele pequeno escândalo, eu tinha que comprar o vestido.
Quando eu saí da loja, ainda com todo mundo me olhando, a Jude perguntou:
"Lily, como você consegue pagar mico até pra comprar um vestido?"
Eu fiquei mais vermelha ainda.
Eu não sei se foi provavelmente problemas na hora de meu cérebro registrar o que o Tiago fez, mas o acho que ele sorriu pra mim. Bom, ele costuma sorrir, mas não pra mim, nem da maneira que ele sorriu.
"Eu ia comprar o meu vestido, mas depois do que a Lily fez, não tenho mais coragem de entrar lá dentro." – a Roxy disse, fazendo os garotos rirem mais ainda.
Eu revirei os olhos, não ia deixar que esses idiotas estragarem o dia do MEU aniversário.
Comecei a descer a rua, em direção ao Três Vassouras, quando o Tiago me puxou:
"Lily, é pra cá"
Então eu fui com eles. A gente passou a Casa dos Gritos, e desceu mais um pouco, pela zona rural de Hogsmeade.
Eu não vi quanto tempo a gente caminhou, mas deu pra notar que a gente estava entrando na zona rural mesmo, porque dava pra ver galinheiros, chiqueiros, celeiros, essas coisas.
Eu estava andando, quando eu vi um esquilo. Gente, sem noção, eu sou fascinada por esquilos. Então, eu fui seguindo o esquilo, me afastando um pouco do pessoal.
Eu, só pra variar, não vi quando o povo parou de andar, e continuei andando, cuidando o esquilinho. Só fui me tocar que a gente tinha chegado quando levantei o rosto do chão, onde o esquilo estava, e dei de cara num galho mais baixo.
Imediatamente o pessoal começou a rir. Não sei porque, aquilo tinha machucado.
Quando eu terminei de massagear o meu nariz, o mais prejudicado com o "acidente", eu vi aonde a gente estava.
A primeira coisa que eu enxerguei foi uma faixa onde estava escrito:
"Feliz Aniversário, Lílian!"
Meu coração deu um salto. Então eu vi armado um piquenique! Um piquenique pra mim! AI QUE EMOÇÃO!
"SURPRESA!" – eles gritaram em unissínuo. Uma festa de aniversário surpresa, pra mim! Minha primeira festa de aniversário surpresa... Meu amigos são tão queridos, eles se deram o trabalho de fazer isso!
"Gente, eu acho que vou chorar."
"Ah não, não chora não."
Eu me vi abraçando todo mundo, tava tudo tão perfeito!
"Vamos comer gente!"
Então a gente sentou e eu abri os presentes que, em vez de eles enviarem por correio coruja, eles decidiram me dar ali.
Um livro da Jude, outro do Remo, Uma blusa preta super sexy da Roxy, doces do Pedro, um pergaminho próprio pra passar bilhetinhos durante a aula (você escrevia nele e quem tivesse o outro pergaminho lia o que você escreveu e respondia de volta) do Sirius e um colar do Tiago.
Sinceramente, eu nunca pensei que o Tiago pudesse me dar um colar. Pelo menos não uma coisa tão bonita e delicada como aquele. Era uma fadinha. O corpo dela era de prata, e as asas mudavam de cor conforme o seu humor. Era tão linda... Não sei como ele descobriu que eu acho as fadas criaturas fascinantes.
Ah, claro, o piquenique.
Bom, nós tínhamos cerveja amanteigada, bolinhos de abóbora, croassaints de doce de leite e chocolate, muita porcaria da Dedosdemel, e acho que era isso.
Não prestei muita atenção na comida, pra ser sincera.
Lá pelas tantas, a Roxy olhou no relógio e levantou.
"Nossa, já é tão tarde assim? Eu preciso ir gente, combinei de encontrar o Byron pra comprar as nossas roupas em conjunto."
"Vão de par de vaso?" – o Sirius perguntou com uma cara aparentemente inocente. Eu ri, mordiscando um croassaint. A Roxy apenas revirou os olhos.
"Aproveitando que você vai lá, Roxy, eu acho que vou aproveitar também e comprar a minha roupa." – Jude Murray, dando uma de castiçal? Essa era nova pra mim.
"Claro, Ju. Ai você aproveita e dá opinião na minha roupa!"
"Então vamos logo."
Elas se despediram rapidinho e deram o fora, parecendo bem apressadas.
Eu me virei pros Marotos com uma cara confusa. Eles deram de ombros.
"É o amor, Lily" – Remo disse, fazendo a gente rir.
De repente um vento mais forte bateu, e acabou levando um dos meus cartões de aniversário. Como eu destestaria perder algum deles, eu me levantei de um pulo, e saí correndo atrás dele. O vento não parava! E eu correndo e correndo. Acho que corri um bom pedaço até conseguir pegar o cartão de novo. Voltei arfando pro lugar em que estávamos. Quando eu cheguei, o Sirius se levantou.
"Bom pessoal, tá tudo muito bom, mas acabei de lembrar que eu tenho um encontro agora e tenho que ir. Tchaus" – Sirius Black, que desculpa mais esfarrapada! Eu levantei uma sombrancelha, desconfiada, mas ele aparantemente ignorou, e se foi.
Eu sentei novamente, e voltei pro meu croassaint.
De repente, o Remo se levantou, como se tivesse acabado de se lembrar de algo muito urgente.
"Desculpa Lily, mas eu preciso ir. Acabei de lembrar que eu preciso ir. Tenho que passar na livraria pra comprar penas novas e um outro livro de transfirguração, já que o meu alguém destruiu." - Olhar significativo pro Tiago. – "Pedro?"
O Pedrinho olhou pra ele depois pra mim e depois pro Tiago, e se levantou, pegando mais uns bolinhos.
"Eu vou junto" – ele disse com a boca cheia.
E então eu me vi sozinha com Tiago Potter.
"E então somos só eu e você. A menos que você tenha alguma coisa pra fazer também e me deixe aqui sozinha". – eu disse, de uma maneira que eu tentei que soasse divertida.
Ele deu um sorriso e desviou o olhar.
Merlin, o que deu em todo mundo hoje?
Tiago Isaac Potter jamais desviaria o olhar!
Ficou aquele silêncio pesado entre a gente.
"Então..." – eu disse tentando puxar conversa, o que, de fato, não é o meu dom. Aliás, eu sou péssima nisso.
"Então..." - Tiago apenas repetiu. Eu esfreguei as palmas das mãos na calça jeans. Por que raios eu estava tão nervosa?
Eu não devia ficar nervosa. Não devia mesmo. Toda vez que eu fico nervosa eu acabo falando bobagem.
"Lindo dia" – eu disse com um suspiro. Viu, não falei, eu sempre acabo falando bobagem!
Ele riu. Pelo menos o senso de humor ainda continuava o mesmo. Merlinzinho, o que houve? Primeiro esse povo me deixa sozinha, COM O TIAGO! E agora esse aí resolve dar uma de mudo... Ninguém merece.
A gente ficou em silêncio. Eu continuei comendo o croassaint, e ele bebericando uma cerveja amanteigada.
Eu espiei ele de canto de olho. A maneira que ele tomava a cerveja era tão charmosa! O vento despenteava ainda mais o cabelo dele, mas ele não parecia notar. O olhar perdido no nada, eu nunca tinha visto aquele olhar antes. Os dedos compridos e finos segurando displicentemente a garrafa, ah Merlin, quem dera que aqueles dedos estivessem em mim... PELOS DRAGÕES DA ROMÊNIA, O QUE EU ESTOU PENSANDO! Controle os hormônios, Evans.
Ele olhou pra mim, e eu abaixei a cabeça rapidinho, desviando o olhar. Eu senti ele me olhando por algum tempo.
Eu levantei a cabeça pra encarar ele, mas ele desviou o olhar, fingindo que não estava me observando.
Nem sei quanto tempo ficamos nessa. Por incrível que pareça, eu estava achando aquilo muito engraçado.
Lá pela décima vez que ele desviou o olhar, eu olhei meio braba pra ele. Ele nem me olhou.
"Tiago?" – eu chamei. Aí ele olhou.
Sabe aqueles ataques de riso que vem de repente e pegam você de surpresa? Aqueles que vem como um tsunami e você não consegue segurar?
Então.
Um daqueles me atacou. Quando eu dei por mim, eu tava em cima da toalha de piquenique, rindo que nem uma louca.
"Lily?" – Tiago se aproximou de mim, receoso. Eu parei de rir imediatamente e num pulo estava de novo sentada.
"Oi. Pode falar" – eu disse, enquanto inspirava uma grande quantidade de ar. Ele sorriu.
"Sabe, Lily, eu estava pensando..."
CABRUM!
Um relâmpago cortou o céu.
Eu olhei o céu. Merlin, ele tava cinza-chumbo, e eu nem tinha notado! Cara, onde eu andava com a cabeça?
"Lily, o negócio é que..."
"Que...?"
CABRUM!
Novo relâmpago. Gotas do tamanho e da quantidade de água do lado de Hogwarts começaram a cair.
"Tiago, me ajuda aqui." – eu pedi desesperada, tentando juntar tudo, o vento que começara a bater cada vez mais forte também não ajudava. As pobres comidas que bravamente tinham sobrevivido ao ataque do sempre esfomeado Pedrinho, não mereciam acabar assim. Ele segurou o meu pulso, me impedindo. Eu olhei pra ele. O que ele pensava que estava fazendo?
"Tiago!"
"Lily, você..." – Droga, ele não tava vendo que eu estava sem tempo? Se não quer ajudar também não atrapalha.
Eu soltei meu pulso da mão dele com um puxão.
Desistindo da comida, agarrei todos os presentes e cartões e aninhei eles nos meus braços. Me levantei, precisávamos procurar abrigo, será que o Tiago não podia ver isso?
"Lily..."
"Vem, levanta! O que você está fazendo aí ainda?"
"Será que você pode me escutar?"
"Agora não é uma hora muito boa pra conversa, Tiago, depois você me fala seja lá o que tiver que falar."
Comecei a correr, a procura de algum lugar pra nós nos abrigarmos. Avistei a entrada de uma caverna, não muito longe. A chuva caía com força, meus cabelos grudavam no rosto. Maldita a hora que eu havia decidido deixar eles soltos.
"Lily, não vai aí..." – Ele era louco ou o que? Não dava pra ver que aquilo era uma caverna? E que cavernas são bons lugares pra se abrigar durante uma tempestade? ALOOOOOOOOU!
Eu corri pra caverna.
Só que quando eu entrei lá, eu vi o que o Tiago estava querendo dizer. Na parte mais longe da entrada, onde a chuva ainda podia nos alcançar, e pra onde eu fui, a água chegava aos joelhos.
"Viu o que eu quis dizer?"
Tiago estava atrás de mim. Então, com um barulho dos diabos, a pedra que estava a frente da caverna, se moveu, fechando a saída da caverna.
"E agora, o que a gente faz? – Eu olhei preocupada pro Tiago. Ele tinha que saber o que fazer pra nos tirar dali. Sei lá o que, mas ele podia simplesmente tirar a varinha do bolso e fazer um feitiço super-complicado que eu nunca tinha sequer ouvido falar, e sem esforço nenhum tirasse a maldita pedra. Podia né? Claro que podia. Obvio que podia!
Então ele colocou a mão no bolso. Ele vai tirar a varinha e vai fazer um feitiço e nós vamos sair daqui! YES!
Só que em vez da varinha, ele tirou um espelho. UM ESPELHO! Ótima hora pra se olhar no espelho, Potter, ótima mesmo.
"Sirius Black!" – Ah sim, agora ele ia dar pra falar sozinho. Ou pior ainda, com gente que estava beeeeeeeeem longe de nós. Era só o que me faltava agora, além de estar presa dentro de uma caverna, meu amigo estava ficando louco. Eu me recostei na parede da caverna, a água fria entrando por todos os lados do tênis, a lama na barra da calça. Aí caramba, meus tênis estavam arruinados, não quero nem ver o estado disso amanhã.
"E aí, Pontas, como vão as coisas com a ruivinha?" – "As coisas com a ruivinha?" HEY! Essa era a voz do Sirius! De onde estava vindo isso?
Eu me aproximei com cuidado do Tiago, e tentei olhar por cima do ombro dele.
"Vixi, pela sua cara deu hipogrifo..."
"SIRIUS! Ela tá aqui do meu lado, sabia?"
"Que ótimo!" Ele deu um tchausinho animado pra mim. "Então quer dizer que deu tudo certo? E vocês só me chamaram pra me convidar pra ser o padrinho, não precisava perguntar, eu aceito ser o padrinho do casamento, e do das crianças também..."
"Casamento? Crianças? Do que é que você está falando?"
O Sirius parou de falar e olhou pro Tiago.
"Digo, eu aceito ser o carinha que joga a goles no treino. Era isso que eu queria dizer. Então, o que houve?"
"Sabe aquela caverna perto do celeiro dos Thompson?"
"Sei."
"Estamos presos aqui. Você pode dar um jeito de nos tirar daqui?"
"VOCÊ TÁ BRINCANDO, NÉ? Com toda essa chuva caindo, eu não vou sair pra rua, mas não mesmo. Aproveita que só estão vocês dois aí, sem ninguém pra atrapalhar." – ele piscou marotamente. Sabe até que a situação tão ruim assim. Eu e o Tiago, juntos, numa caverna...
Não é bem o que eu imaginava, mas serve. LILIAN EVANS! A coisa já não vai bem, ainda mais com você tendo pensamentos maliciosos com o seu melhor amigo.
"SIRIUS!"
"Tá bom, tá bom, eu dou jeito de salvar vocês. Só que vai demorar um pouco. Aliás, vai demorar bastante, porque com essa chuva que está caindo, isso deve ter virado num lamaçal sem fim, e, mesmo que, no caso de eu conseguir achar a caverna com essa chuva toda, eu não vou ser de muita valia aí não. Quando a chuva diminuir um pouco, eu vou."
"Obrigada."
Com um pequeno estalo, o espelho voltou a mostrar o nosso reflexo. Eu me afastei dele, já não havia nada pra ver.
"Agora só nos resta esperar" – o Tiago disse, se encostando na parede. - "Porque você não põe seus presentes lá?"
Ele apontou uma fenda num ponto alto da rocha. Eu tive que escalar um pouco a rocha pra alcançar, mas coloquei os presentes lá. Pelo menos não teria que ficar segurando aquilo o tempo todo.
Então o Tiago começou a desabotoar a camisa.
Ai Merlinzinho do meu coração, será que ele tinha levado a sério o que o Sirius disse?
Eu sei que vivo pensando bobagem, mas na real eu ainda sou muito nova pra casar. E meu pai certamente faria o Tiago se casar comigo se desconfiasse do que iria acontecer quando ele terminasse de desabotoar aquela camisa.
Por favor, esteja com algo por baixo! Eu não confio nos meus hormônios. Nem um pouco.
"Não precisa ficar me olhando com esses olhos arregalados. Só estou tirando a parte mais pesada da roupa, pra secar, e assim não pego um resfriado, entende?"
"Você vai tirar a calça também?"
"Só se você quiser que eu tire." – Sabe Tiago, o problema não é o que você possa fazer contra a minha vontade, mas o que eu posso querer que você faça. Então, por favor, não me tente.
"Claro que não, Lily."
Ele terminou de desabotoar a camisa, e a tirou. Pra minha completa perdição, não, ele não estava com nada por baixo.
Eu choraminguei em pensamento.
Ele era tããããããããããããããããããão perfeito! Não era à toa que tantas garotas se atirassem aos pés dele, e às vezes até se entregassem pra ele. Você entende o que eu quero dizer, não é? Bom, em linguagem mais coloquial, ele é tão bonito que fazia metade da ala feminina implorar para ir pra cama com ele.
A pele estava levemente bronzeada. Embora as temperaturas já fossem mais de inverno, eu não podia me esquecer que há um mês e meio ainda era verão. E os verões na Riviera Francesa deviam ser bem ensolarados.
O corpo dele era definido pela prática de quadribol. Como será que era o gosto dele?
CHEGA, CHEGA!
Aconteça o que acontecer, não pense nisso, não pense no corpo dele, nem do gosto dele, nem na maneira que o peito dele sutilmente subia e descia com a respiração, nem como...
SOCORRO!
"Por que você não tira a sua camisa também?" – calma, Lilyzinha, respira, respira, 1, 2, 3...
"Quero dizer, imagino que você esteja com alguma coisa por baixo, não é?" – BINGO! Estou com a pele em chamas por baixo da camisa, Tiago.
Ele me olhava levemente confuso. Eu consegui captar o porque. Por que eu estava tão perturbada, só por que estava vendo meu melhor amigo sem camisa?
Muito bem, não vamos assustá-lo. Nem vamos dar motivos pra ele achar que talvez o porque dessa sua perturbação seja uma pequena paixão platônica por ele. Ou seria loucura platônica?
Com os dedos levementes trêmulos, eu comecei a desabotoar a camisa de flanela. Concentração, Lily. Ou senão é capaz dele perguntar se você não precisa de ajuda, e isso seria o fim.
Com alguma dificuldade, eu consegui desabotoar aqueles malditos botões. Então eu ouvi um barulhinho de alguma coisa caindo na água, que esta altura já batia na minha cintura, quase. Levei os dedos até aonde deveria estar o meu colarzinho que eu havia ganhado da minha avó, mas ele não estava lá. Olhei pra baixo, e vi ele brilhar no fundo da caverna.
DROGA, DROGA, DROGA!
Eu não podia perder aquele colar. Ele me dava sorte! Ou pelo menos essa era a intenção, já que até agora minha vida parecia uma sucessão de eventos azarados. Mas ruim com ele, pior sem ele.
Joguei a minha camisa pro Tiago, que pegou meio apalermado, e sem querer pensar no estado da minha roupa, mergulhei.
Só voltei a emergir quando o meu colar se encontrava bem seguro entre os meus dedos.
Aí eu vi que a minha camisa branca estava completamente transparente.
ARREEEEEE! Que merda!
Ele, educadamente, desviou o olhar do meu busto.
"Er... Eu acho que eu vou pôr a camisa de novo."
Ele me entregou a camisa.
Enquanto eu vestia a dita cuja, por cima da regata encharcada, eu me lembrei que antes da chuva começar a desabar, o Tiago tentara me falar alguma coisa.
"Tiago, você estava me dizendo alguma coisa. Antes da chuva começar a cair, lembra?"
"Ah, deixa pra lá, não era importante"
Ai Merlin, vai começar.
"Claro que era importante."
"Não era não Lily, esquece."
"Que droga, Tiago. Era importante pra mim!" – Eu não devia ter dito isso, eu não devia ter dito isso, eu não devia ter dito isso...
"Fala logo, Tiago." – ele estava visivelmente envergonhado. Ou melhor, ele devia estar sem jeito. Ou sei lá. Só sei que ele não estava no seu estado normal.
"Lily, eu ia dizer que..."
Ouvi um barulho do lado de fora da caverna. Então ouvi a voz do Sirius.
"Pessoas, vocês ainda estão aí?"
"SIRIUS!" – ALELUIA IRMÃOS! Era a salvação!
"Sirius, fique onde está. Lily, nenhuma palavra. Eu falo agora." – Tiago disse irritado. Eu olhei pra ele. O que ele tinha na cabeça. A salvação – ALELUIA! – tinha chegado e ele lá, parado.
"Lily, você quer ir ao baile de Hallowen comigo?" – ele despejou de uma vez. Meu.Deus.
MUITO OBRIGADA MERLIN!
"Claro, Tiago. Seria um prazer."
Ele deu um sorriso magnífico.
"Ótimo."
/Eu normal, Lily itálico/
Ufa, consegui terminar esse capítulo.
O outro já está quase pronto. Só falta uma parte minúscula. Mas...
Depende das reviews.
Exatamente Lily. E eu vou respondê-las logo, porque eu preciso ir dormir. Tenho prova de geografia amanhã.
Eu vou resondê-las.
Ai meus sais minerais...
Mizuki Kitsune: Oieeeeeee sobrinha emprestada! Num vai bater mto no meu maninho tá? Huahshaushauhsuua Que bom que você gostou da fic!
Figura minha! O.o? Tem a capa, lá no perfil da Dukis, olha lá. Kissus!
Mimi Granger: É né? Bom, a Lily tem um pouco de auto-estima baixa, sim, como toda a adolescente em crise...
Poxa, muito obrigadinha pela força! Você tem razão, o futuro é algo realmente impressionante... E bem, EU FUI CONVIDADA!
/dança uma dançinha da vitória/
Menos, Lily, menos... Kissus guria! Continua lendo, ok?
Kissus kissus kissus!
Babi Evans: Você é a menina que sempre sabe de tudo, antes de todo mundo! Huahsuahsuahusua
Tanks pelos elogios! A Dukinha vai colocar o próximo capitulo rápido, a gente espera, nééééééééé Duka?
É, Lily. Kissus, Babi.
Kissus!
mAriana: Você amou? Nussa... Que felicidade!
Obrigada! Continue lendo, ok?
Tamy Black: Obrigada pelo "feliz aniversário"! Bom, eu não sei o que o Sirius sente pela Pámela Anderson versão teen, mas sei lá... Vai ver ele está apaixonado por ela.
Eu sei que verde é a cor mais manjada que tem, mas eu simplesmente adoro veludo verde escuro ou azul marinho. E como os olhos da Lily são verdes, eu optei pelo verde escuro. Espero ter respondido as suas dúvidas! Kissus
Kissus
Gaby Malfoy: hauhaushuahsuhauhsua... Sua review me fez rir bastante. Não acho que seja manjado esse négocio Lily-acha-James-irritante-que-é-apaixonado-por-ela. É que a tia JK mostrou assim, então as pessoas tentam se manter fiéis aos livros.
Kissus, kissus, kissus!
Audrey G. Black: Hallowen, hallowen ,hallowen!
Hehehe… num deu pra atualizar logo porque o capítulo não estava querendo ser escrito... Mas o próximo vêm rápido.
Rach-Black: Comente quantas vezes quiser! Eu A-D-O-R-O reviews! Bom, a idéia do Sirius astrônomo está na minha cabeça desde que eu li uma fic muito perfeita da Shadowcat, "O Dilema das Casas".
Trocando saliva é ótima, néam? É muito boa pra descrever aqueles casais muito apaixonados, que gsotam de se engolir em público, sabe? Kissus!
Kanako Sumeragi: Aleluia. As reviews sempre são uma surpresa pra mim... E eu nunca pensei que essa fic pudesse ter tantas reviews assim. È meio assutador, mas maravilhoso. Não entendi o que você quis dizer com "naum gostei nadinha da alguma coisa do James".
Pelo menos alguém me entende! Eu fico tão feliz! Kissus!
