Cap. 7: 1º Natal em Hogwarts.
Deixe-me ver .. deixe-me ver.. o que aconteceu de interessante depois que Pedro entrou para o grupo, hum... Há sim, lembrei!
Estava especialmente barulhento aquele dia no dormitório masculino, e eu suponho que nos outros também. Finalmente as nossas merecidas férias tinham chegado, e os estudantes faziam suas malas pra passar o natal e ano novo em casa, eu, Tiago e Pedro íamos ficar, Remo falou que teria que passar o natal em casa, por causa da mãe que estava um pouco adoentada e ele não queria deixar de fazer companhia a ela.
A hora de partir chegou, fomos até os portões do castelo nos despedir de Remo, fizemos ele prometer que escreveria, e ficamos de mandar seus presentes a tempo pro natal, Remo ficou super sem graça, e disse mais de mil vezes que não era necessário até que nós gritarmos que íamos mandar nem que fosse a força, ele ficou mais corado ainda mas agradeceu.
Percebia-se pelo jeito de Remo que a família dele era muito humilde, ele nós disse que tinha uma grande família, mas que todos estavam muito distantes.
A família de Pedro também era muito humilde, e seus pais queriam um grande futuro pra ele, queriam que ele fosse um grande bruxo, famoso e poderoso, queriam que ele fosse bem sucedido. Pobre gente, se tinha uma coisa que Pedro definitivamente não era, era um bruxo poderoso. Mas eu não pude deixar de sentir certa afeição por Pedro depois que soube disso, pelo que ele havia falado a família dele embora humilde era quase tão autoritária e mandona quando a minha, talvez fosse por isso que Pedro sempre queria tentar parecer importante, talvez isso explicasse por que ele quis tanto a nossa companhia, provavelmente ele nos via como gente popular e com um bom nome, eu realmente senti pena dele.
O melhor de nós sem duvida era Tiago, tinha uma família maravilhosa, e não tinha do que reclamar, tinha uma mãe boa, embora rigorosa, e um pai generoso que só ligava pro bem estar do filho e da família, era com certeza a família perfeita. É claro que eu ficava feliz por Tiago, mas não podia deixar de sentir uma ponta de inveja, uma inveja boa é claro, mas ainda sim, inveja, enquanto a família dele sempre mandava cartas gentis e atenciosas a minha família já havia mandado 12 berradores, por saber que eu tinha caído na Grifinória, por saber que eu andava com ralé, por eu não responder aos berradores, por eu ter mandado um berrador mal-educado respondendo aos berradores, e por diversos outros motivos, o último havia sido por eu comunicar que ia passar o natal e ano novo em Hogwarts.
Entramos dentro do castelo esfregando as mãos congeladas pelo tempo frio. Hogwarts parecia fantasmagórica sem todos aqueles alunos correndo pelos corredores pra chegar a tempo nas aulas.
Passamos o resto do dia no salão comunal jogando snap explosivo e jogando conversa fora, já estava escuro quando descemos para o jantar, o teto de Hogwarts refletia a bela noite que tinha lá fora, e a lua estava quase cheia, comemos, voltamos ao salão e fomos dormir.
Vários dias haviam se passado, e nós estávamos as vésperas do natal, eu estava a janela pensando se pulando dela eu me machucaria muito, com certeza seria uma coisa bem mais interessante do que o que estávamos fazendo agora, ou seja, nada.
Pedro e Tiago jogavam entediantemente snap explosivo, e eu havia ido pra janela ver a neve cair, eu gostava de fazer isso em casa, me fazia me sentir mais calmo.
Foi quando eu vi uma carruagem sem cavalos parar em frente aos portões, me ajeitei na cadeira pra ver melhor, dela desceu uma pessoa com um grande malão que ia arrastando, conforme foi se aproximando pude identificar quem era a pessoa.
- Remo! – Me ergui rapidamente da cadeira enquanto informava aos meus colegas a novidade – Ele voltou!
- Mas já? Ele não ia passar as férias com a mãe? – Perguntou Tiago com uma cara descrente e levantando pra ir olhar na janela também.
- Sim, mas pelo jeito mudou de idéia.
- É... vamos lá recebe-lo.
Saímos do salão comunal andando o mais depressa que nossas pernas podiam, Pedro tentava acompanhar nosso passo, o que não parecia estar conseguindo muito bem.
Chegamos a escadaria do 1º andar onde já se encontrava Remo, que sorriu timidamente ao nos ver.
- Olá.. espero não ter estragado os planos de vocês vindo mais cedo.
- De maneira nenhuma, não tínhamos nenhum plano, estávamos quase morrendo de tédio.
- Que bom, quer dizer, não vocês estarem morrendo de tédio, eu digo por eu não ter estragado nada.
- Nós entendemos cara.. calma! – Eu falei rindo do jeito de Remo.
- Mas por que você voltou mais cedo Remo? – Perguntou Tiago.
- Foi minha mãe, ela praticamente me obrigou a voltar, disse que já que ela tinha melhorado não tinha o porque deu continuar lá, e que era muito melhor passar o natal com meus amigo, então, eu voltei.
- Que legal! Que bom que sua mãe melhorou!
- É... – Respondeu Remo sem- graça, em seguida olhou desconfiado pra algum ponto atrás de nós, nos viramos pra ver o que era.
O grupo de sonserinos que eu e Remo tivemos o prazer de conhecer naquele episódio da biblioteca tinham ficado em Hogwarts também, e andavam ultimamente parecendo tão entediados quanto nós, mas agora pareciam estar se divertindo com alguma coisa.
- Então Remo vamos pra sala comunal pra você guardar suas coisas.
- Certo..
- Vamos Remo, vamos subir ao salão comunal pra guardar suas coisas...
- É.. e vamos aproveitar pra fugirmos desses sonserinos maus também...
Eu e Tiago fechamos os punhos quando ouvimos nossa ridícula imitação feita pelos sonserinos, estavam claramente tentando nos irritar, deviam achar divertido provocar primeiranistas.
Podíamos ouvir os passos deles atrás de nós, eu e Tiago nos entreolhamos, os meninos eram com certeza o dobro do nosso tamanho e força, e com certeza também assustavam, se tentassem nós provocar era melhor simplesmente não dar ouvidos.
- Ei.. franguinhos... ei.. coisinhas... estão fugindo da gente?
- É.. estão com medo? Eu pensei que os grifinórios fosse corajosos, mas olha só, eu não estou vendo ninguém aqui assim.
- Ei.. mulequinho, onde estão seus livros? Pensei que você fosse grudado neles.
- É.. e vejo que achou seus óculos.
Todos nós, com exceção de Pedro, estávamos nos controlando. Olhei de esguelha pra Remo que parecia estar apelando a todo custo pra sua calma.
De repente ouvimos um estrondo e o malão de Remo explodiu, assim como nossas paciências, enquanto Pedro se escondia atrás de Tiago, esse mais eu e Remo sacamos nossas varinhas.
- Han! Olha.. eles são nervosinhos!
- Vai descobrir que somos mais do que nervosinhos!- Eu falei com toda raiva que consegui., mas quem agiu primeiro foi Tiago.
- Petrificus totalus!
Um dos quatro meninos imediatamente ficou duro como uma pedra, enquanto os outros 3 sacavam as varinhas lívidos de raiva.
- Expelliarmus! – Um dos sonserinos jogaram o feitiço em nossa direção, e por pouco quase pega em Pedro, que estava escondido atrás de Tiago, então quando este saiu do caminho do feitiço quase sobrou pra Pedrinho, que aliás, saiu correndo, anotei mentalmente me ver com ele depois.
O sonserino petrificado estava de volta a briga com a ajuda de um amigo, então nós estávamos em desvantagem, Remo jogou um feitiço da perna presa em um deles, mas este já tinha se recuperado, eu havia jogado um furnunculos bem em cheio na cara de um deles, e este não ficou nem um pouco feliz, aliás, eles pareciam bem raivosos por estarem se esforçando tanto com apenas 3 alunos do 1º ano.
Foi quando tudo mudou de repente, sabe aquelas coisa que simplesmente acontecem de repente? E você não sabe bem o que e nem como aquilo aconteceu? É, foi o que houve.
De repente, Tiago foi desarmado e jogado contra uma parede por um sonserino que ainda estava por influencia de um tarantallegra lançado pelo mesmo.
Eu me distrai por um instante pra ver como estava Tiago e também fui desarmado, o sonserino que ainda tinha a cara cheia de furúnculos veio pra cima de mim com um rosto distorcido por um sorriso de satisfação, olhei de relance pra Remo que lutava com dois ao mesmo tempo, e não sabia se se defendia ou se nos ajudava. Foi quando ele também foi atingido, e desarmado, achei por um instante que era nosso fim, Tiago estava ao meu lado com uma varinha apontada para o pescoço, foi quando mais uma vez eu lembrei de mim mesmo naquele infeliz dia perto da minha casa, olhei o sonserino a minha frente que se aproximava ainda rindo, e que era sem duvida o dobro ou mais do meu tamanho, e tinha uma varinha em mãos apontada para o meu rosto, eu só podia ficar parado e esperar o que ele ia fazer, pelo menos era o que meu bom-censo me falava.
Bom eu ainda podia escutar ele, só que agora gritando no meu ouvido, mas seu grito foi abafado pelo do sonserino.
Quando me vi ali, parado, sem poder fazer nada, e sem uma varinha pra me defender, fiz a única coisa que estava ao meu alcance, uma coisa estúpida, mas que foi a única coisa que me veio a mente, chutei a canela dele com toda a força que pude.
O sonserino que ameaçava Tiago virou pra olhar o que tinha acontecido, então foi a vez de Tiago recebe-lo com um soco no nariz, infelizmente não foi tão forte assim, mas o suficiente pra fazer o sonserino tombar, os dois outros sonserinos que estavam cuidando de Remo se viraram pra nos enfrentar, Remo estava rindo no chão e parecia estar ficando sem ar, ele tinha sido atingido pelo Rictusempra, Tiago aproveitou a distração dos sonserinos pra ajudar Remo, quando os dois se deram conta disso, estavam prontos pra atacar quando eu segurei o braço de um deles, o seu amigo mirou um feitiço em mim e lançou, eu simplesmente fui pra trás do garoto e o feitiço pegou nele, eu teria sido jogado contra a parede junto com o sonserino atingido se não tivesse saído na última hora.
Então finalmente ficamos 3 contra 3, o amigo do sonserino atingido veio contra mim, pra infeliz sorte dele, eu realmente me senti mal em me aproveitar de um certo ponto delicado que todos nós homens temos mas, foi o único jeito, chutei o .. vocês sabem o que dele.
Foi ai que tudo ficou muito rápido, sem que eu visse um deles veio por detrás de mim e passou o braço pelo meu pescoço me sufocando, Remo subiu em cima dele e agiu como um verdadeiro animal, lhe mordeu o braço, ele me soltou e eu fui ajudar Tiago que estava brigando com o outro, pisei no pé dele e depois o soquei, o outro ainda estava tentando se livrar de Remo que tentava derruba-lo, o pobre coitado que eu chutei se levantou e bateu com força na minha nuca, Tiago se atracava com o último, eu estava caído no chão mais já levantava e estava pronto pra outra, enquanto isso o sonserino que estava estatelado no chão pelo feitiço do próprio companheiro se levantou e começou a correr com toda velocidade pra ajudar os amigos, e foi ai que McGonagall chegou.
- O QUE DIABOS ESTÁ HAVENDO AQUI!? EU QUERO UMA EXPLICAÇÃO JÁ!
Era com certeza uma cena engraçada, todos pareciam ter se paralisados ao ouvir a voz de McGonagall, eu havia parado um soco no meio do ar, Remo com o óculos torto estava montado em um dos sonserinos tentando sufoca-lo com os braços, e este tentava tira-lo de lá pra respirar, o que ele parecia ter esquecido, Tiago jogado no chão atracado com um outro sonserino que tentava enforca-lo, e o último sonserino que vinha correndo tinha parado no meio de um pulo que pretendia dar em cima de Tiago. Todos agora, parados olhando McGonagall com os lábios contraídos, os olhos serrados e uma cara de colocar medo em qualquer um, e um pouco atrás dela, estava Pedro, encolhido como um rato espiando a situação .
Mais tarde comemorávamos o natal, trocamos os presentes, felicitações e agora tentávamos comer algo.
- Hum.. droga, peguei um feijãosinho de pus, era o último, preciso de alguma coisa pra tirar esse gosto da minha boca, Tiago passa um sapo de chocolate.
- Não..
- Por que não seu egoísta? Quer todos só pra você?
- Não, por que eu ainda não posso mover o braço.
- Há.. isso? Um mero detalhe.
- E caso você não se lembre fui eu que quase morri enforcado, minha garganta ainda está doendo e eu não consigo comer nada sem que pareça que estou engolindo um fio de arame farpado, obrigada por me lembrar Sirius.
- De nada amigo, disponha, estamos aqui pra isso.
- Desculpe gente, fui eu que coloquei vocês nessa.
- Há Remo não começa!
- Mas foi Sirius!
- Foi nada, você não teve culpa daqueles idiotas cismarem com você!
- Mas..
- Nada de mais! Se falar mais alguma coisa sobre isso eu levanto daqui e vou socar seu outro olho, e você não vai me fazer levantar não é?
- Não...
- Bom.
- Fora que, vocês iam enfrentar a fúria de madame pomfrey por desobedecerem a ordem – Falou Tiago a todo custo com a voz comprimida.
- É.. isso também..
Estávamos na ala hospitalar, madame pomfrey tinha saído pra comunicar a McGonagall nosso estado, da minha opinião estávamos muito bem, nunca pensei que podíamos dar tanto trabalho pra sonserinos daquele tamanho, que só não estavam na ala hospitalar também por orgulho, pois estavam tão ruins quanto nós.
Cumpriríamos detenção na próxima semana, um dia inteiro limpado a sala de troféus, pelo menos iríamos cumprir detenção juntos. Remo foi informado que o seu malão ia ser recuperado, pra ele não se preocupar.
Eu estava louco pra colocar as mãos em Pedro, eu entendia que ele só quis o melhor, e provavelmente se McGonagall não tivesse chegado a briga duraria muito, e eu não sei se sairíamos vitoriosos, mas com certeza eu não estava contente por ele ter nos deixado brigar sozinhos.
Depois que McGonagall chegou nos mandou explicarmos logo a situação, e por um momento nós e os sonserinos parecemos compartilharmos alguma coisa, pois cada um com seu parceiro de briga nos olhamos como se procuracemos uma idéia, mas foi só por um momento, no outro um já estava acusando o outro, quando o olhar mortal que McGonagall deu nos calou.
- Eu quero, que em 1º lugar, vocês se soltem, AGORA!
Cada um lentamente se soltou, eu achei um desperdício da minha força ter parado no meio de um soco certeiro. Achei que não faria mal continua-lo.
- AI!
- SR. BLACK!
- Desculpe professora, foi um reflexo.. – Ai ai, cara eu realmente me amo, até hoje, eu ainda acho que a cara que eu fiz aquele dia foi uma das mais caras de pau que eu fiz até hoje, é claro que não foi suficiente pra convencer McGonagall, embora que por um brevíssimo momento eu achei que a expressão do rosto dela havia se descontraído como se ela fosse rir, o que é claro não deve ter passado de uma impressão.
Depois disso ela nos passou um sermão, de que estava decepcionadissíma conosco, nunca havia visto tamanha selvageria, esperava mais do Sr. Sr. Lupin , etc. etc., descontou 50 pontos da Grifinória, somente por que vocês estavam em desvantagem, e sendo sem duvida mais novos, eu não acredito que tenham começado essa briga, mas não pensem que vão ter essa moleza sempre, e então ela descontou 150 pontos da sonserina, e mais uma vez eu tive uma estranha sensação de que ela sentia um mínimo prazer de estar castigando especialmente aqueles sonserinos, e em seguida passou uma detenção de uma semana limpando latrinas.
Então, lá estávamos nós. Eu, Tiago e Remo, é.. até Remo, arranhados, machucados, doloridos, e extremamente satisfeitos.
Nossa 1º briga, havia sido um sucesso!
N/A: Bom gente, eu espero que vocês estejam gostando, obrigada a queen que comentou, brigada mesmo.
Ameria, pode deixar eu pretendo atualizar logo, e muito obrigada por comentar e que bom que vc gosta tanto da minha fic, fico muito feliz mesmo.
As outras que comentaram, eu mandei e-mails a vcs agradecendo os comentarios como é de meu horrivel costume, encher a caixa postal dos outros com meus agradecimentos.
Respondendo a pergunta da Anya, sim, eu só publico aqui e no 3v, se eu começar a publicar em outro lugar eu dou um toque ok?
B-jos pra todas vcs, e muito obrigada mesmo!!!!!!
