Capítulo dois – Eu ouvi direito?
Pronto, aquela foi a sua sentença. Por que justo hoje, aquele Malfoy desgraçado tinha que olhar ela daquela maneira? Justo hoje que ela tinha aula dupla de Poções durante a manhã? Durante a aula de Snape, Gina ficou só pensando naquele olhar, daquele belo rapaz...
"Que belo nada! É um metido que gosta de enganar pessoas! Gina, Gina, Gina... olha só em que você está pensando, bem, considerando, é melhor do que planos para acabar com o namoro do Harry Perfeito Potter e da Cho Metida Chang". Enquanto Gina estava voando em pensamentos, ela nem percebeu que Snape estava em frente da mesa dela, com um olhar muito irritado. Foi aí que ela se deu conta de que a classe toda estava olhando para ela, suas orelhas começaram a ficar quentes e vermelhas.
- Então Weasley, responda!
- Ahn... responder, ah, o que?
- Tsk tsk tsk, acho que por causa disso, Weasley, terei de lhe dar uma detenção.
- O que? Mas por que?
- Como assim por que? Alem de avoada é cínica! Quem sabe uma conversa com McGonagall sobre isso lhe basta, não?
"Como assim? Ai meu Merlin, e agora o que eu faço? Uma detenção já na segunda semana de aulas...".
- Vou escrever um bilhete para McGonagall falando sobre o seu comportamento – E naquela hora, Gina teria pulado no pescoço daquele homem, mas ela preferiu continuar com as mãos limpas – Pronto. Terminei.- Falou Snape selando o pergaminho com a varinha – Agora suba até a sala dela, e tome cuidado para não se perder no caminho! – Os alunos da Sonserina riram, e Snape nem deu importância.
Gina pegou o pergaminho na mão e saiu da sala, pisando duro, que injustiça! Só porque ela não sabia responder uma pergunta ele á manda para McGonagall! Pensando bem, até que não foi tão injustiça, ela realmente precisava prestar mais atenção.
Ainda nas masmorras, Gina parou de andar quando ouviu passos, e seu dia não poderia ficar pior, ela não conseguia acreditar na sua imensa sorte. Draco avistou Gina, e este deu um sorrisinho maroto.
- Ho-ho! Olha quem eu encontrei! Porque não está em aula Weasley?
- Detenção, mas e você, Malfoy? O que faz fora da aula?-Gina perguntou em um tom ríspido.
- Ai! Calminha, não está óbvio? Estou matando aula lindinha!
" O que? Eu ouvi direito? Draco Malfoy, aquele loiro lindo, maravilhoso e popular acabou de me chamar de lindinha? Não! Definitivamente isso é uma brincadeira..."
- Quem te deu esta liberdade, Malfoy? – Ela sabia que estava corando.
- Não preciso de permissão para falar o que eu quero, Gininha. – "Meu Merlin... calma Gina, calma! Não perca o controle...". Gina não percebeu que Malfoy estava se aproximando, ela sabia de uma coisa, TINHA que sair rápido dali!
- Bom! Se já acabou de me importunar Malfoy, eu vou indo, não quero me prejudicar por você! – E dizendo isso, ela passou reto por ele e foi embora.
- Bom Weasley, não posso negar que você tem um belo traseiro... – Malfoy disse isso num sussurro tão baixo, mas Gina tinha ouvido, naquelas masmorras em silêncio, tudo faz barulho.
Gina continou seu caminho, ela não sabia se deveria ficar feliz ou irritada com o comportamento de Malfoy. " Ah gina! Deixa disso! É claro que eu devo ficar irritada! Ninguém merece ter a família contra o cara mais lindo do colégio... NÃO, ele NÃO é o mais lindo! Ele não é nada! Absolutamente NADA!", e com esse pensamento Gina bufou e saiu andando mais rápido.
- Com licença, Profa. McGonagall? – gina disse ao abrir a porta da sala da professora.
- Sim? Ah! Entre Virgínia. Sente-se, - ela acrescentou quando Gina entrou e ficou parada, de pé - e oque lhe traz aqui? Não devia estar na aula de Severo? – A profa perguntou, mesmo já sabendo do que se tratava.
- O professor Snape me mandou aqui, ele mandou este pergaminho, para você ler. – Gina entregou timidamente o pergaminho para a professora, e esta olhou Gina com um olhar desconfiado.
- Vejamos – disse McGonagall abrindo o pergaminho com um toque da varinha, ela leu a carta, e em seguida, olhou para Gina por cima dos óculos. – Bem, senhorita Weasley, pelo que o professor diz aqui, você não estava prestando atenção na aula, e ainda questionou quando ele lhe deu uma detenção por estar meio, avoada – Gina corou, e muito – Explique-se.
- Eu... eu... estava... er... pensando em...- "PENSANDO NO MALFOY" sua consciência gritou, mas ela preferiu seguir o bom senso – pensando no baile de fim de ano.- Aquela foi a melhor desculpa que Gina pôde inventar, mesmo assim, a professora não pareceu se convencer.
- Muito bem, vejo que você não vai me falar a verdade – agora não dava para falar oque era cabelo, e oque era Gina – mas não vou forçá-la a isso. Agora vá ao Salão Principal para o almoço, creio que até você chegar nas masmorras, a aula já terá acabado, depois eu comunico á você oque será a sua detenção.
" Ai, ai, ai, Senhorita Virgínia, o que deu em você para estar pensando no idiota do Malfoy sem parar? Você não o am... EU NÃO AMO ELE, EU NÃO, repito, NÃO AMO ELE! Mas, como eu vou fazer para tirar ele da cabeça?"
- Oque está acontecendo comigo? – ela falou para si própria.
Já de noite, no salão comunal, Gina estava esperando Minerva McGonagall entrar e falar a sua sentença de morte. Enquanto isso, Gina fazia seus deveres, aquele era o ano dos N.O.M's e parece que os professores realmente se preocupam com isso! "Parecem até a Mione em época de exames, não param de nos dar trabalhos".
Então, aí pelas sete e meia, Minerva adentrou no Salão Comunal e se digiriu à Virgínia:
- Muito bem, Senhorita Weasley, para cumprir a sua detenção, você devera ir até a sala de Severo amanha as seis horas da tarde, e ele lhe falará oque fazer.
- Er... 'tá bem.
- Espero ver um comportamento melhor de sua parte durante o decorrer do ano, senhorita. – E com um último olhar para Gina, McGonagall virou-se e foi embora.
- É, acho que devo melhorar, e também parar de pensar no Ma...- mas como ela estava cercada de alunos, achou melhor disfarçar – no Baile.
- Como assim Gina? – Gina olhou perplexa para o lado, e lá estava Suzan, suspirou de alívio – Já pensando no baile? Estamos no fim da segunda semana de aula, e você já está pensando no Baile de Fim de Ano?
- É Suzan. Este ano eu quero..hum – "Vamos... eu consigo inventar uma boa desculpa!" – eu quero me sair melhor do que no ano passado! – "É, até que foi uma boa desculpa".
- Uhum! Acredito! – Suzan disse isso e começou a rir.
- Ai Senhorita Desconfiada! – Gina disse isso e riu também, elas riram, durante uns dez minutos, até que gina se lembrou dos deveres, ela estava realmente atrasada! – Tudo bem, agora chega, preciso terminar os deveres.
- Ai, ai, quem manda deixar para a última hora? – Disse suzan numa boa imitação de Hermione.
- Agora deu pra ficar no meu pé? Agora É sério, eu vou terminar os deveres.
- Okay, e eu vou dormir, eu simplesmente estou morta de cansaço.
No Salão Comunal sonserino, Draco tentava arranjar uma boa desculpa para Pansy largar do seu pé. Ele não conseguia acreditar que namorava ela:
- Pansy, hoje eu estou cansado! – disse ele fingindo um bocejo.
- Ah, mas hoje eu estou pegando fogo – ela respondeu, colocando um sorriso de segundas intenções no rosto.
- Não pode ser amanhã, ou qualquer outro dia? – Draco disse isso num tom grosseiro.
- Está bem, seu grosso! E para sua informação eu estou seriamente braba com você! – Parkinson bufou, e fez biquinho, como de quem está prestes a chorar.
- Se isso era para me deixar triste, Parkinson, não adiantou! Pelo contrário, agora eu vou poder dormir sozinho! – Draco não percebeu, mas tinha levantado um pouco a voz, e chamou a atenção de alguns curiosos – E oque vocês estão olhando? – Draco disse isso aos curiosos e lançou a eles um olhar medonho, isso foi suficiente para todos pararem de olhar.
- Boa noite, Malfoy! – Parkinson disse isso, e com um olhar irritado á Draco, ela se retirou.
Draco então, foi ao seu dormitório, deitou e simplesmente, dormiu. Ele não estava com vontade de falar com ninguém.
Já eram quase duas horas da manhã, na Torre da Grifinória, todos estavam em seus dormitórios, dormindo, exceto por uma ruivinha, debruçada sobre os livros. Ela acordou com um susto, provocado por uma batida na janela. Ela levou um susto, quando se recuperou, viu que estava chovendo, estava também muito frio, Gina recolheu os livros e rumou para o dormitório feminino.
De manhã, Gina acordou tarde. Era um sábado extremamente chuvoso. Ela se vestiu e desceu até o Salão Comunal. E só uma pessoa estava lá. Era justamente quem ela menos queria encontrar.
- Gina! Bom dia! – disse Harry bem animado.
- Ah, olá, Harry! – Ela fingiu estar contente, e para sua surpresa, funcionou muito bem.
Ela não sabia ao certo porque não queria ver o bruxo, mas pelo oque lhe parecia, desde o dia em que Draco resolveu olhá-la, Harry simplesmente sumiu de seus pensamentos, será que isso é am... "NÃO! Isso definitivamente, não é amor! Que pessoa em sã consciência, amaria o frio e idiota Draco Malfoy? Ah, Merlin, me ajude a descobrir oque está acontecendo comigo!" Mas logo ela foi desviada de seus pensamentos por Harry:
- Gina – elafez um acenocom acabeça, confirmando que estava ouvindo – Eu preciso falar com você.
