Cap 30: Final do ano letivo em Hogwarts
Lupin precisou de ajuda de Shackbolt para segurar Harry que se debatia querendo ir ver Larissa.
Neste mesmo momento, apareceu Tonks, Krum e dois aurores acompanhados do corpo de Moody.
- Oh! Mais perdas! – lamentou Hagrid que segurou o choro.
- Moody morreu! – disse Nymphadora com lágrimas nos olhos.
Dumbledore se aproximou do velho amigo e colocou a mão na testa do auror falando algumas palavras em uma língua que não dava para entender.
Foi quando Harry olhou para os lados e viu Draco se aproximar junto com Vance e Dogde que carregava Luna desacordada nos braços.
- O que está acontecendo? – perguntou Draco esfregando a cabeça.
Potter com raiva partiu pra cima de Malfoy e o jogou ao chão:
- Você! Você! Você tinha que levá-la a Hogwarts em segurança!... Agora! Ela está morta! Ela está morta
- Quem? – Draco com a cara assustada.
- HARRY! – disse Dumbledore, mas o grifinório não deu atenção.
- LARISSA! – bradou Harry. – VOCÊ MERECE... MERECE! – continuou Potter a falar apontando a varinha para o garoto Malfoy e faíscas verdes chamuscaram dali.
- HARRY POTTER! – gritou Dumbledore lançou um feitiço tirando o grifinório de cima do sonserino.
- Ele é maluco! Pirado!... – disse Draco assustado e apontando para Harry: - Vocês viram!... Ele ia me matar!... Eu não sabia o tinha acontecido com a professora! Estávamos indo em direção a Hogwarts quando eu recebi uma pancada na cabeça e quando eu acordei tinha dois aurores do meu lado! Lovegood ainda está desacordada... Deve ter levado a pancada também!... E quando eu volto... Esse maluco querendo me matar!
- Acalme-se, Draco! – disse serenamente Dumbledore.
Harry estava suspenso no ar sob o efeito da magia de diretor de Hogwarts que logo depois o colocou ao chão. Potter ainda estava abalado, mas parou de se debater ao ver o corpo de Larissa sendo carregado por Hagrid.
Dumbledore se aproximou de Harry e apoiou sua mão no ombro do garoto dizendo: - Foi opção dela, Harry!
O filho de Lílian estava em soluços baixos e não disse nada. Dumbledore olhou para o lado e viu corpos. E pareceu lamentar fechando os olhos e logo dizendo:
- Minerva! Teremos um longo dia! Agora de manhã, todos os alunos retornarão a escola e receberão noticias tristes!... Por favor! Leve Draco e Luna! Eles precisam de cuidados! – o rosto de Alvo Dumbledore deixou uma lágrima cair sobre sua longa barba. A chefe de Grifinória também mostrava tristeza. E então o diretor continuou a dizer: - Hagrid! Leve Lara para os cuidados com funeral... Peça ajuda a Narcisa! Fleur e Maxime irão ajudá-la!... Remo! Creio que o corpo de Moody deve ser levado a Londres onde será velado!
- Sim! Avisarei imediatamente a Ministra! – disse Lupin se virando aos aurores.
Quatro aurores se aproximaram do corpo de Alastor "Olho-Tonto" Moody e o elevaram em uma maca mágica. Shackbolt deu a ordem: - AURORES! APRESENTAR VARINHAS!
Rapidamente, os demais aurores, alguns membros da Ordem da Fênix, Krum e seus amigos levantaram as varinhas para a passagem do corpo de Moody entre eles. Depois seguiram em escolta. Lupin se despediu dizendo que voltaria a Hogwarts a noite para o funeral de Larissa.
Enquanto isso, Molly Weasley chorando estava ao chão segurando o corpo de seu terceiro filho. Carlinhos junto com os gêmeos e Gui estavam em pé e cabisbaixos com cena. O diretor se aproximou de Arthur e sussurrou ao ouvido dele. O patriarca dos Weasley concordou com algo.
Se aproximando da mulher e com a ajuda dos filhos, eles seguiram carregando o corpo de Percy em direção a escola de magia.
- Harry? Vamos! Você precisa descansar! Melhor! Todos nós precisamos agora de um pouco de paz! – disse Dumbledore oferecendo a mão ao garoto que recusou saindo bufando dali e indo a cabana de Hagrid.
Chegando ali, percebeu que a região onde estavam as mudas dos lírios estava toda queimada. Lembrou de Larissa novamente. Sentia-se sozinho de novo. Da mesma forma que quando perdeu Sírius.
E ficou ali quieto e com pensamentos flutuantes e confusos até o sol das dez horas da manhã.
Voltando a escola, Harry percebeu que os alunos que retornaram já sabiam da morte da professora McClaggan e seguiu para torre de Grifinória sem comentar nada com ninguém.
Chegando lá, ficou sabendo que Gina e Ron junto com Hermione tinham ido embora para Toca dos Weasley, pois Percy seria enterrado próximo da casa deles. Segundo comentário de Neville, eles ficariam lá uma semana.
- Harry? – Neville pareceu preocupado. Potter foi para o quarto sem dizer uma palavra.
Deitou na cama e adormeceu profundamente.
Harry Potter acordou chorando apesar de não lembrar do sonho que teve. Olhou as horas: eram três horas da tarde. Levantando percebeu que Dino, Simas e Neville não se encontravam no dormitório. Foi a janela e viu que o dia estava ainda claro. Resolveu tomar banho para animar. Após o banho, seguiu em direção a sala comunal onde estava vazia. Lembrou que tinha o funeral de Larissa em Hogwarts. Foi até ao salão principal, estava e viu que todos os alunos estavam assistindo numa grande tela mágica o velório de Alastor "Olho-Tonto" Moody:
iAlastor Moody, auror aposentado e com grandes feitos para comunidade bruxa na luta contra Aquele-Que-Retornou e seus aos seguidores está sendo velado aqui no salão principal do Ministério da Magia desde meio-dia.
Segundo informações da Ministra Amélia Bones, Sr. Moody morreu em combate contras as forças do mal. Não se sabe ao certo onde foi tal batalha, mas há especulações que foi próxima a escola de magia de Hogwarts.
Sr. Moody, "Olho-Tonto" como era apelidado devido ao seu olho mágico de vidro que movia para todos os lados, foi um grande auror que preza pela prudência e segurança em suas ações: "Vigilância Constante!" era que dizia sempre segundo amigos próximos.
Alastor Moody chegou a lecionar na escola de magia em Hogwarts no período do Torneio Tribruxo e segundo alunos, um bom professor na arte de defesa contra arte das trevas.
Sim, telespectadores! Grande perda se faz neste dia. E várias autoridades bruxa comparecem pra prestar a ultima homenagem a esse auror especial!"/i
Enquanto, o caixão de Alastor que estava sendo lacrado os repórteres bruxos anunciavam todos os grandes feitos daquele auror pela comunidade bruxa, principalmente, na primeira guerra contra Aquele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado.
i"Neste momento, os aurores levaram o caixão de Moody para uma sala sepulcral que se localiza no subsolo do Ministério da Magia. Lá o corpo desse Grande será guardado e lembrado pelas seguinte frase em seu jazigo: bMantenham sua vigilância constante/b"/i
Aurores com Tonks e Shackbolt estavam ladeando para segurar e conduzir o caixão para tal sala, onde apenas seguiu algumas pessoas e amigos pessoais de Moody. Todos os aurores levantaram as varinhas em sinal de respeito à passagem do caixão e entoaram ao mesmo tempo e em alto tom: "Vigilância Constante Sempre!".
Harry percebeu que Dumbledore não se encontrava entre as pessoas, chegando a ouvir o comentário de uma aluna morena Corvinal do primeiro ano que disse que o professor Filius Flitwick estava representando a Escola de Hogwarts.
- Quando será o funeral da professora McClaggan? E aonde será? – perguntou uma garota de Lufa-lufa ao uma de Corvinal.
- A noite, creio!.. Dizem que estão esperando sepultar o Moody primeiro!... Para arrumar aqui! A janta será nos salões comunais das casas! – respondeu a garota.
- E onde está o corpo dela? – perguntou uma outra garota Lufa-lufa.
- Não se sabe! Dizem que está na sala de Dumbledore! Mas é boato!... Eu acho que esteja nos aposentos dela! – comentou a menina morena.
Harry saiu correndo dali e foi para Torre Corvinal para o quarto de Larissa. Chegando lá, encontrou Narcisa Malfoy com lágrimas nos olhos recolhendo as roupas queimadas da amiga.
- Onde está Larissa? – perguntou Harry ofegante.
- Olá, Harry!... Você está bem?
- Estarei, se me disser onde está Lara?
Narcisa estranhou a atitude do garoto, mas respondeu seriamente:
- Lara foi levada temporariamente por Dumbledore para um lugar que ele não me informou ao certo, mas seria um lugar onde ela poderia ficar até que começasse o funeral dela...
Não deu tempo de ouvir o restante da fala da Sra. Malfoy, Harry saiu correndo dali e o único lugar que lhe veio a cabeça era a entrada do Mausoléu dos Fundadores. Foi até ao Griffo. Estava sem a chave para entrar no local: "Droga!", pensou recostando no lugar qdo percebeu que estava aberto, pois chegou a cair de costa ao chão.
Levantou mais que depressa descendo as escadas e seguindo o corredor que levava a sala principal., mas Larissa não estava lá.
Mas os Fundadores estavam rindo e pareciam comemorar algo:
- O que vocês estão rindo? – Harry nervoso.
- Ora! O Retorno de Slyhterin! – disse Godric com uma taça de vinho apontando pra Salazar que estava abraçado a Rowena e Helga muito feliz.
Harry ficou estarrecido com a cena, não imaginava que os fundadores comemorariam com tantas mortes no momento.
- O Retorno de um amigo! O Perdão!... Que forma maior de comemoração seria maior! Ao meu eterno amigo Salazar!... Venha, Harry Potter! Você salvou Hogwarts! Libertando Slytherin! – brindou Gryffindor tomando um gole longo de vinho, enquanto Rowena dava um beijo na bochecha de Slytherin e Helga abraçava-o fortemente.
Slytherin se aproximou dizendo que era eternamente grato.
- Vocês tinham razão! Ela iria morrer de qualquer forma! Os sonhos dela já falavam isso! – disse Harry entre as gargalhadas dos fundadores em festa.
- O que você está dizendo? – Salazar parou e perguntou com estranheza.
- Lara! Ela morreu hoje pela manhã! – disse Harry quando Godric e demais fundadores pararam de rir.
- Quando? – Salazar de cara feia e se aproximando de Potter.
- Depois que você sumiu com Voldemort! – respondeu Harry secamente.
Slytherin parecia assustado com que ouviu, enquanto Rowena soltou um grito de dor. Helga abraçou a amiga e Godric abaixou a cabeça e disse:
- Salazar foi libertado através do perdão! E retornou a Hogwarts! Agora a escola está forte e unida com seu retorno! Por isso nossa felicidade!... Mas agora! Essa notícia da morte de Larissa! Então é assim! É assim que se fecha o ciclo de angustias e rivalidades passadas!... Ela tinha sangue sonserino e corvinal, mas agiu como uma grifinória e pela sua lealdade a Hogwarts e para o retorno de Slytherin, mas ela ainda escolheu a morte!
- Escolheu? Como assim? – Harry estava confuso. – Você está dizendo que escolheu se sacrificar para salvar Snape? Não faz sentido! Por que ela faria isso?... Ela deveria continuar entre nós!
Salazar parou e parecia apreensivo dizendo:
- Ela escolheu por ter um motivo que eu não tive coragem de lutar no passado! Eu desisti de Rowena e dos meus sonhos devido a um orgulho, presunção e arrogância de que seria superior! Eu fui egoísta e não tive sentimento altruísta para com os outros! Larissa não! Ela teve! Ela deu a vida dela por isso! Para combater a secura dos sentimentos humanos esquecidos por muitos inclusive de alguns alunos que passaram por esta casa verde de Hogwarts! Por isso o perdão! – disse o fundador de Sonserina consternadamente.
Harry dava passos para trás e não acreditava nas palavras daquela memória.
- Eu sinto tanto quanto você! – disse Salazar.
- Não sinta! Por de um sonseirno, ela não quis mais viver! – disse Harry secamente.
- Não pense que você seja o único a sofrer aqui, Harry Potter! Eu sou pai e sei agora como é perder um filho! Um filho que levou o nome de Slytherin durante anos da minha ausência! Mantendo a Casa Sonserina de pé!... Alias duas filhas! Não pense que gostei de saber da morte de Isabella, mãe de Tom Marvolo Riddle!... Não pense que não sinto nada em meu peito! Agora daria minha vida pela minha filha, mas ela fez o que fez por amor! E eu serei eternamente grato a ela, mas levando um sentimento de dor em meu coração! – disse Salazar entrando em seu quadro e sentando em sua cadeira.
Os fundadores entraram ali também, aproximando de Salazar. Rowena sentou no colo do seu antigo amor, enquanto ele fazia um afago nela. Helga ficou na parte de trás da cadeira, abraçando os dois. Godric apoiou sua mão no ombro de seu velho amigo.
Harry percebendo que nem os fundadores sabiam do paradeiro de Larissa, saiu dali correndo. Ainda queria explicações sobre a morte dela. De Sírius foi difícil entender, e agora dela, está quase impossível de reconhecer.
Voltando ao corredor do primeiro andar, seguiu para o salão principal que estava vazio, mas pronto para o funeral de Larissa. Estava em penumbra o local com tochas iluminando razoavelmente. O corpo da professora McClaggan já estava estendido numa mesa enfeitada com flores.
Harry se aproximou para vê-la melhor. Tentou aproximar mas deu de cara com algo transparente na sua frente: - Ai! O que é isso?
Tocou e sentiu como se tivesse algo como um vidro que não deixasse aproximar mais.
- Foi colocado para proteger melhor o corpo dela e que agüentasse até a cremação! – disse Dumbledore atravessando o corredor central do salão principal.
- Ela será queimada? – Harry confuso.
- Sim, Harry! Tradição Irlandesa e da família dela!... (Dumbledore dá um grande suspiro)... Hoje a noite!... Já jantou, Harry? – perguntou Dumbledore.
- Não! E nem quero! Estou sem fome!... – disse Harry olhando para o rosto de Larissa e depois disse: - Eu estive com os fundadores! Eles disseram que ela escolheu morrer! Eu não consigo acreditar nisso!... Ela se jogou para salvar Snape pelo que eu vi!
Dumbledore olhou para cima e deu um grande suspiro depois disse: - Sim! Salvar Severo! Ela tinha uma dívida com ele se eu recordo!
Harry lembrou que Snape a tinha salvado no ataque em Yorkshire, assim como, as palavras do diretor no ano passado, das retribuições de favores entre os bruxos. Fechou os olhos e começou a se perguntar se não haveria outro modo dela ter salvado o professor de poções.
- Ah! O que nós fazemos, Harry! Nossos atos, as vezes, são impensados, mas Larissa acreditou que fez o certo! E eu sei que ela fez, pois ela é boa estrategista! E o amor faz coisas... – de repente, disse Dumbledore olhando para trás continuando: - Venha, Harry! Vou lhe mostrar o mais uma coisa que você não sabe, mas pode esclarecer muitas duvidas da decisão de Lara em salvar Severo!
O grifinório acompanhou o diretor para anti-sala a esquerda. Quando a porta se fechou, Dumbledore lançou um feitiço onde conseguia ver o salão principal todo:
- Ah! Foi assim na Mansão Malfoy! Quando... – Harry parou de falar ao ver uma figurinha tarimbada de Hogwarts se aproximar de Larissa: - Snape!
O professor trazia em suas mãos uma Orquídea Negra, enquanto caminhava calmamente pelo salão.
Harry Potter observava as ações com cautela do professor de poções. Chegando mais perto do corpo de Larissa, ele viu melhor a expressão facial de Snape:
Parece que murmurou alguma coisa que fez a proteção mágica desaparecer. Ele colocou a flor próxima do rosto dela. A face de Snape era tristonha e séria. Algo meio indefinido para Harry. A expressão parecia de compadecimento.
- Mas o que ele está fazendo ali? – Harry surpreso. Dumbledore sorriu, mas não tirou os olhos da cena, dizendo: - Olhe, Harry! O que você vê? O que você em Severo? O que você realmente vê nele? Como você viu a ultima vez no quaro de Larissa? O que ele está emanando?
Potter olhou e algo emanava de Snape. Era turvo e menos intenso que da outra vez. A sensação que passava era de que algo atormentava. Algo estava diferente, mas principalmente, uma...
- Dor da perda! – disse Dumbledore fechando os olhos: - Você também está emanando essa sensação, Harry! Eu percebo! Não vejo, mas percebo!
O garoto concordou. Era como ele se sentia. Tinha perdido e sentia só: - Mas e Snape, Por que ele se sentindo assim?... Ele não gostava dela! – comentou Harry, enquanto o professor de poções fechava os olhos e parecia triste desta vez. Foi a primeira vez, em todos esses anos que o grifinório viu o professor de poções temido pela sua prepotência e indiferença em uma lagrima correr pelo seu rosto macilento.
- Ah! Isso é que ele passava pelas suas ações para com os outros! Sua secura de sentimentos... Mas no fundo, não era verdade! E eu sabia disso! – disse Dumbledore olhando Harry de esguelha: - Lara! Fez a diferença esse ano! Severo pensou que sua habilidade em oclumência estava baixa, cogitando até em sair da Ordem para não prejudicar os nossos planos de espionar as ações de Voldemort!... Entretanto, eu percebi que isso poderia ser mais forte que se imagina... Larissa reacendeu algo que ele achou que tinha esquecido! Ahh! – o diretor se voltou a cena. Harry fez o mesmo.
Snape fez um carinho no rosto de McCLaggan, depois aproximando da boca dela, a beijou. O filho de Lilian deu um passo pra trás. Assustou com que viu:
- Ele? Ele! – disse estarrecido.
Dumbledore não tirando os olhos da cena disse:
- Harry? Você sempre me questionou sobre minha confiança ao Professor Snape!... Agora, você está vendo com seus próprios olhos!... – o diretor se voltou para o grifinório e continuou a falar:
- Snape tem algo de bom! Ele estava em trevas e infeliz, mas lembrou de acender a luz dentro dele a tempo!...Você sabe que eu presenciei o salvamento de Lara em Yorkshire! Logo depois que ela foi embora, tive uma conversa com Severo e ele me contou o que aconteceu; O como ele entrou para seguidores de Voldemort!... Sim! Tom o seduziu dizendo que conseguiria Larissa para seu professor de poções, caso ele se tornasse um dos comensais da morte!...
Harry olhava para o professor Snape que acariciava as mãos de McClaggan. Dumbledore continuou sua história:
- ... Severo concordou, pois desejava Lara e segundo Tom, ela seria uma seguidora também e que seria uma questão de tempo!... Foi onde Riddle se enganou! Larissa não se tornou Comensal!... Ele não contou ao seu mais novo discípulo!... Foi então que no ataque em Yorkshire que Severo percebeu que seu amor poderia ser morto, pois foi enganado pelo seu líder em questão!... Salvo-a matando jovem Wilkes, mesmo sabendo que ela gostava de Sírius...
Snape fecha os olhos pegando a mão de Larissa e passando-a em seu rosto, enquanto o diretor continuava a falar para Harry na anti-sala:
- ... Então, vi que podia contar com ele! Ele era um ex-aluno pedindo auxílio!... Ele estava atormentado e confuso com tudo aquilo que aconteceu!... Eu orientei para que guardasse segredo sobre a sobrevivência de Lara e eu mantive segredo sobre o que aconteceu realmente naquela noite fatídica!... Por isso disse que um auror matou os comensais!... Foi, então, que combinamos para que Severo me ajudasse a descobrir os planos de Voldemort se ele continuasse infiltrado dentro daquele circulo das trevas!... Era arriscado, mas Snape se prontificou! Queria se redimir da escolha equivocada que fez!... Ele foi um bom aluno de Defesa contra Artes das Trevas, assim como, de Poções! Ele foi o melhor aluno em Oclumência e Legilimência...! Apenas o ajudei a melhorar na arte de bloquear a mente, pois ele era jovem e essa habilidade é extremamente difícil na juventude! Tem que tirar todos os pensamentos que podem comprometer e serem usados contra a pessoa!... E Severo disse que seria uma "ótima" oportunidade de esquecer Lara... pois ela gostava de outro e não dele!... Achei meio ilógico que ele disse, mas não argumentei!... Ele sabia que Lara estava viva e era único que sabia e sempre indiretamente perguntava por ela... Humm! E estamos vendo agora que ele não esqueceu!...
Dumbledore sorriu ao se virar para ver Snape dar um breve sorriso. Harry ficou surpreso, pois era uma expressão sincera naquele rosto que era inexpressível em qualquer outra situação.
- O restante das ações de Snape, você sabe pelo meu depoimento no julgamento de Peter no Ministério da Magia... – disse Alvo calmamente.
Harry estava confuso ainda: - Larissa descobriu que Snape a salvou? Mas como? Se ninguém disse? – Harry perguntou com curiosidade.
- Não sei exatamente quando isso ocorreu, mas que eu sei que foi depois do episodio do Comensal ter a seqüestrado! Percebi quando um dia Larissa me perguntou se eu conhecia o comensal que a tinha salvado! Se ele tinha estudado em Hogwarts!... Eu respondi questionando o que o coração dela sentia! Ela me disse que era Severo e depois ela não continuou a me dizer, mas um lindo sorriso iluminou o seu rosto! – Dumbledore sorriu brevemente.
Harry estava atônito. Não esperava por essa e disse concluindo: - Você confia em Snape por ele gostar de Lara!
- Sim! E acrescento que por todos esses anos guardar segredos que poderiam prejudicar as pessoas, como de Larissa!... Venha, Harry! – disse o diretor de Hogwarts abrindo a porta:
- Severo! Que bom que chegou! – Dumbledore abordou assustando Snape que se recompôs instantaneamente surpreendendo Harry que a capacidade do professor de poções de fazer isso sem perder a prepotência.
O diretor chamou Snape para um canto e conversaram algo ali, enquanto o salão começou a encher de alunos, professores, pessoas conhecidas de Hogsmead e os fantasmas de Hogwarts.
Foi um velório foi silencioso, não tinham repórteres e nem autoridades bruxas, apenas o pessoal da escola e de Hogsmead. Narcisa, Draco e Lupin se sentaram junto aos demais professores. Luna e Neville sentaram ao lado de Harry.
Dumbledore não falou nada dessa vez, apenas McGonagall falou um texto que foi escrito por ele. Harry não prestou atenção no que dizia. Seus pensamentos iam e vinham apenas olhando para o corpo de Lara.
- Pra onde levaram o corpo dela? – perguntava alguém atrás de Harry.
- Para o lago! – respondeu outra pessoa.
- Vão cremá-la lá! – completou um terceiro.
Após as homenagens prestadas, levitaram o corpo de Larissa para encaminhá-la para o grande lago. Os alunos fizeram um cortejo de luzes e velas que seguiu. Enquanto andavam, Hagrid ia a frente segurando a velha lanterna que sempre recebeu os alunos do primeiro ano na escola.
Até certo ponto, a professora McGonagal impediu que o cortejo continuasse, pois deveriam apenas ter a presença de poucas pessoas a cremação.
- Sinto, Potter! Apenas a pessoa mais velha participa desse ritual... – disse a chefe de Grifinória.
- A senhora não vai? – perguntou Dino.
- Não! Neste caso, apenas Alvo é o responsável por isso! – respondeu pesarosamente.
Harry apenas acompanhou de longe Dumbledore, e um grupo de elfos domésticos que carregavam o corpo de Lara até a borda onde tinha um barco de madeira e um caixa de metal em cima.
- Eu ouvi dizer que Grope, o irmão do Hagrid, que fez aquele barco! – comentou Neville ao pé do ouvido de Harry.
- Tá difícil ver daqui! Não tem visão de ninguém! Só Dumbledore! – disse Potter, quando o diretor acendeu uma tocha e encaminhava para perto do corpo de Larissa.
Potter queria chegar mais perto para ver Lara pela ultima vez: - Neville! Cobre-me! Vou chegar mais perto de lá...
Longbottom procurou esconder Harry quando este se abaixou para o lado de um arbusto e correu descendo um morro para aproximar mais da borda do lago e também não ser visto.
Entretanto chegando mais perto, não deu mais tempo de ver a professora, pois já seu corpo já estava queimando entre gravetos de madeira em volta de seu corpo. E o barco foi empurrado pelos sereianos até o centro do lago.
Harry ficou olhando de longe a fumaça furta-cor que se formava acima da fogueira, enquanto todos retornavam para dentro do Castelo.
O filho de Lílian ficou ali olhando a partida de uma pessoa que ele admirava muito.
A semana passou lentamente. Os pensamentos de Harry era de querer encontrar Voldemort e cumprir a profecia vingando a morte de pessoas que lhe eram queridas.
Na semana seguinte, noticiários espalhavam sobre a morte de Larissa. Rita Skeeter não poupou em elogios e salvas para McClaggan, mas reclamou da imprensa não ter sido avisada para cobrir um funeral dessa importância:
i(...) Segundo divulgação de uma carta da escola de magia Hogwarts, eles alegam que era do desejo de Larissa McClaggan (...)/i
- Ninguém merece! Nem morrendo, as pessoas tem sossego destes tipo de gente! – comentou Mione de mãos dadas a Rony.
Os amigos estavam preocupados com Harry, mas não falaram nada ao vê-lo entrar no salão comunal. Ele estava silencioso demais. Gina parecia que tinha receio de comentar algo durante a ultima semana de aula.
Potter se sentou em uma poltrona e ali ficou. Então alguém arriscou:
- Oi! – disse Gina sentando ao lado de Harry que não respondeu. – Sinto muito!
- Não sinta! – disse secamente Potter.
- Credo, Harry! – disse Rony assustado se aproximou junto com Hermione e Neville.
- Humf! Você sente, então? Oras! Seu irmão passa para o lado das trevas e ainda querendo se dar bem, acabou matando Lara! Ele mereceu morrer mesmo! – Harry estava nervoso.
Ron fez cara que não gostou do comentário de Harry e Gina esbravejou: - Olha! Ela que se jogou na frente do feitiço! E querendo ou não, Harry Potter! Percy era meu irmão!... Tá! Tudo bem! Eu concordo que ele era presunçoso e arrogante, mas, leia meus lábios, ERA MEU IRMÃO! E ninguém merece morrer! Não daquele jeito!
Harry fechou mais a cara e encarou Gina que disse: - Se você não respeita a morte do meu irmão pelo menos respeita a dor da minha mãe e de minha família!...
A Weasley saiu dali e foi para o dormitório feminino seguido por Hermione.
- Desculpa, Ron! – disse Harry se aproximando do seu melhor amigo.
- Tudo bem, cara! Eu entendo o que passa! – Ron desanimado. – Amanhã é o ultimo dia de aula! E fico me perguntando como será?... Minhas férias não vai ser tão boa! Mamãe chorando vai ser difícil...
- Eu pensei em ira pra sua casa, Ron! – respondeu Harry : - Mas eu primeiro devo ir pra casa dos meus tios por um tempo.
Ron pareceu gostar da idéia: - Acredito que Gina gostará!
- Eu acho que ela está me odiando!
- Nada! Ela apenas desabafou por esse tempo que você não falou nada desde que chegamos da Toca. – respondeu Ron.
Harry deu um sorriso meio que desanimado pra o amigo.
Meia hora antes de pegar as carruagens para seguir para estação do Expresso Hogwarts e voltar pra Londres, Harry sentou numa pedra e vislumbrou novamente um campo onde nasceriam os lírios. Ele viu que algo estava diferente no meio daquelas cinzas. Saiu dali e se aproximou de um local onde uma muda da flor começou a brotar. Uma lagrima caiu dos olhos de Harry.
-Estranho, não? – Luna assustando Harry.
- O que você quer dizer? – Harry se voltando para a planta.
- Como uma coisa tão simples pode nascer no meio de um lugar que de terreno ruim! – Luna sorrindo.
- Ainda não entendi! – Potter confuso.
- Há esperança mesmo quando não parece verdade aos nossos olhos! – Luna saindo dali pulando de alegria.
Harry não entendeu muito bem o que houve, se voltou para a mudinha. Logo depois, alguém se aproximou e tocou seu ombro. Era Gina: - Ron me falou sobre ontem!
- Er... Gina! Eu queria lhe pedir desculp... – a Weasley não deixou Harry falar apenas se aproximou dos lábios dele, mas não o beijou. Depois o abraçou: - Eu te amo! E isso apenas me basta...
- É isso que tenho medo, Gina! Estou sempre perdendo pessoas que gosto e não quero te perder também!... Está ficando perigoso! Voldemort pode usar o que eu sinto por você contra mim...
- Shss! Voldemort não vai conseguir dividir as pessoas novamente... – disse Gina, Harry sorriu, sentiu uma tranqüila imensa ali. Quando iam se beijar novamente, deram o sinal da ultima chamada pra irem ao trem.
Saíram correndo dali de mãos dadas.
Fim?
Será?
13
