Notas Da Autora: Olá! Aqui estou eu, com minha nova história: "De Repente, O Amor". Essa é a primeira que publico sobre Sailor Moon, e o casal central é o meu predileto, Seiya Kou, e Serena Tsukino.

         Agradecimento: Obrigada a quem deixou os reviews. Adorei lê – los, e procurarei melhorar as histórias sob os aspectos que vocês indicaram.

Esclarecimento: Quero deixar claro que a história está situada num universo alternativo, onde não existem as Sailor Moon e as Stars (só o game da Sailor V), nem o Milênio de Prata. Darien não aparece na história (bom, só no começo).

As personalidades das personagens também mudaram um pouco.

Sinopse: Serena está ferida pelo desprezo de Darien, e agora teme se entregar a uma nova relação. Seiya nunca se apaixonou de verdade, e mantém relacionamentos superficiais. Seus caminhos se cruzam, e tudo pode acontecer.

Disclaimer: Se fosse meu, eu deixava o Darien com a Raye (há quem diga que eles namoraram. Não sei, porque não vi a primeira fase de Sailor Moon), e teria feito o Seiya aparecer há muito mais tempo!

No Capítulo Anterior: Mina passou a foto às mãos de Seiya, que tremia loucamente. Para desolação de Seiya, uma rápida olhada na foto confirmou seus temores: a mulher era sua irmãzinha, Setsuna, grávida de dois meses, na época.

"Acho" Ele disse, quebrando o silêncio "que devo ir falar com Serena. Desculpar – me, pela minha irmã"

De Repente, O Amor: Capítulo 2 – A Conversa No Quarto Rosa.

Ouvindo o visitante, Mina deu um sorriso, doce e sábio. Erguendo – se, dirigiu – se à escada:

"Venha. Vou levá – lo até o quarto dela"

Os dois caminharam em silêncio, cada um imerso em seus próprios pensamentos. Seiya ainda tinha nas mãos a foto de sua irmã, Setsuna, abraçada a seu cunhado, Darien, exibindo a barriguinha.

"É este aqui" Mina disse, estacando abruptamente diante de uma porta, pintada de branco com pequenas flores cor – de – rosa suave e com a moldura pintada de rosa pálido.

"Sempre romântica, a Serena" A gêmea suspirou, conformada, enquanto balançava a longa cabeleira loura "Vou dormir, Seiya. Prazer em conhecê – lo. Boa noite"

"Boa noite, Mina" Seiya respondeu, sério. Depois que a garota sumiu por trás de uma porta, – amarela com pequenos raios laranja e de moldura laranja – o jovem bateu na porta branca.

O som foi maciço e suave. De dentro, uma leve voz, meiga e delicada, disse, embargada:

"Quem é?"

"Serena? Sou eu, Seiya"

O silêncio se fez dentro do aposento da jovem. Apenas o miado suave da gatinha foi ouvido, e a porta abriu – se.

Seiya viu – se dentro de um quarto, todo cor – de – rosa, amplo e aromatizado a rosas.

As paredes eram cobertas por papel de parede cor – de – rosa, com frisos brancos. Largas prateleiras patinadas de branco, com frisos rosa, carregavam ursinhos e bonecas. Numa escrivaninha branca, livros, muitos livros, indicavam que ela era uma garota estudiosa.

Num canto do grande aposento, estava uma pequena mesinha rosa, com uma pilha de CDs e um aparelho de som, rosa. Debaixo da mesinha, havia uma casinha, com uma caixinha de areia dentro, as duas, cor de rosa e branco. No cimo da casinha, tinha uma plaqueta, de madeira rosa. Uma vasilha de plástico mesclado de branco e rosa estava na frente da casinha. Gravado caprichosamente na plaqueta, estava o pomposo nome da gatinha de Serena:

LUNA STAR TSUKINO

"Você adora branco e cor de rosa" Ele disse, à guisa de começo de conversa. Foi quando fixou seu olhar em Serena. Ela usava um pijama de flanela rosa e pantufas de coelhinho, também cor de rosa. Sua cama era dupla, também rosa, coberta por lençóis e colchas brancos, e as cortinas, brancas e cor de rosa.

"É. Sou uma incorrigível romântica"  A garota disse, e botou a língua de fora, fazendo uma cômica careta.

Seiya deu uma gargalhada suave e ficou encantado quando a garota corou, embaraçada. Sorrindo, o jovem perguntou:

"Posso me sentar?"

"Sim, claro" A garota disse, puxando com um movimento fluido a cama sobressalente, coberta com um lençol rosa de coelhinhos brancos. "Instale – se aí"

O rapaz obedeceu ao suave mandamento da bela e ronronou, chamando a gatinha. Luna pulou do colo da dona, e enroscou – se no colo do recém – chegado. Seiya, acariciando a pelagem da gata, ouviu um assobio baixinho e ergueu o rosto, para ver o olhar assombrado da loura:

"Surpreendente! Você é o primeiro com quem Luna simpatiza de cara, desde..." A voz dela falhou, e Seiya ergueu os olhos para vê – la à beira das lágrimas "Desde o Darien"

Uma lágrima rolou pelo rosto da jovem e Seiya, com delicadeza, limpou – a. Luna miou, em solidariedade, e Serena deu uma risadinha.

"Como você o conheceu?"

Serena tinha treze anos. Acompanhada pela fiel turminha, Raye, Ami, Michiru, Haruka, Lita e, claro, Mina, ela foi à lanchonete onde seu melhor amigo, Andrew, trabalhava meio – período.

"Oi, Andrew!" Disse Serena, com um sorriso radioso. Ele voltou o olhar para o septeto e sorriu:

"Ela não morre tão cedo. Oi, maninha! Eu estava falando de você pra esse meu amigo" O garoto explicou.

Serena beijou Andrew no rosto, abraçou – o e, sorrateiramente, apanhou umas dez fichas de videogame. Distraidamente, acenou em cumprimento para o desconhecido e foi praticamente arrastada por Mina para o quiosque do fliperama da Sailor V. Rindo, Raye, Ami, Michiru e Haruka acompanharam as gêmeas.

O grupo, pouco depois, aumentou quando o amigo, ilustre desconhecido, de Andrew, juntou – se a elas. Serena festejava, pois acabara de derrotar Mina no flíper. A gêmea estava inconsolável, mas reconhecia a vitória da caçula.

"De mim você não ganha!" Intrometeu – se o desconhecido. Todos viraram – se para ele, e o rosto de Serena iluminou frente ao desafio. Ela pulou de volta para a cadeira e, dirigindo – se ao rapaz, desafiou – o:

"Prove"

Serena parou de falar. Trazia um lindo e nostálgico sorriso no rosto, e virou – se para Seiya:

"Ele, é claro, perdeu. Mas foi aí que ficamos amigos"

"Você namorava na época?"

"Oh, não" Negou a jovem, balançando os cabelos dourados, presos em marias – chiquinhas "Eu tinha treze anos, era muito menininha. Preocupava – se mais em bater as meninas no flíper da Sailor V. Nos últimos quatro anos, tive que me desdobrar entre a escola, as aulas de flauta transversal, os cuidados com a Luna, o namoro e, claro, o flíper. O flíper é a minha vida"

"Eu tenho dois consoles videogame, na minha mala. Nintendo 64 e Playstation. Você sabe jogar?"

"Qual cartucho você tem?" Interessou – se a lourinha, os olhos iluminados por um vibrante fogo azul.

"No 64, James Bond Goldeneye. DK* 64, Zelda Ocarina Of Time, Pokémon e Mario Kart. No Playstation, Harry Potter and the sorcerer's stone, Atlantis, Final Fantasy VII, VIII, IX" O rapaz enumerou.

"Aaaahhh! Harry Potter!" A bela gritou, dando pulinhos, abraçada a Luna. "Você traz aqui?"

"Claro! Quer que eu chame as meninas?"

"Não precisa nem chamar!" Disse alguém, do lado de fora. Serena riu e indicou a Seiya que fosse abrir a porta. Do lado de fora, todas de camisola, parecendo muito acesas, estavam as amigas da lourinha.

Ami, sem graça devido à roupa de dormir, vestia uma camisola azul, de flanela, e meias felpudas, marrom. Seus cabelos curtos estavam presos em uma touquinha também azul.

Lita, sorrindo, usava uma camisola verde de náilon, com desenhos de folhas. Seus cabelos estavam presos em um rabo de cavalo.

Raye tinha um baby doll de seda vermelha, muito contido, de pantufas de leãozinho, vermelhas. Seus cabelos faiscavam na luz, soltos.

Haruka e Michiru, parecendo gêmeas, usavam camisões de algodão, sendo que o de Haruka era dourado e marrom, e o de Michiru, azul esverdeado. Os chinelos seguiam a padronagem dos camisetões.

Mina, bocejando, usava um pijama como o de Serena, só que amarelo onde o de Serena era rosa, e laranja, onde o da gêmea era branco. Seus cabelos sedosos estavam trançados.

"Desculpe, meninas, não quisemos acordá – las" Seiya desculpou – se. Raye sorriu, maliciosamente:

"Ora, Serena, sozinha com um rapaz, no seu quarto?" Com a insinuação da amiga, Serena e Seiya ficaram vermelhíssimos, arrancando risadas de todas. As garotas entraram e eles ficaram jogando. Serena, para variar, bateu Mina em Mario Kart e, para assombro de Seiya, zerou rapidamente o Final Fantasy IX.

Depois de trazerem os colchonetes para o "quarto rosa", que era o carinhoso apelido dos aposentos de Serena, as meninas e Seiya ainda ficaram conversando até altas horas. Sempre por dentro dos últimos boatos, Raye e Lita atualizaram Ami, Michiru e Haruka quanto aos temas de conversa mais bombásticos. Mina, Serena e Seiya ficaram falando sobre comida, até que o burburinho cessou e todos dormiram feitos anjos.

No interior do Japão...

Darien estava com um braço em torno da cintura de Setsuna. E, com a outra mão livre, ele palmilhava, encantado, a barriga de sete meses da esposa. Os cabelos da jovem, soltos como cetim púrpuro, cobriam o tórax e o abdômen do jovem marido. Setsuna ressonava e Darien se pegou cantando a música preferida de Serena:

You and me

We used to be together

Everyday together

Always**

"Que coisa!" Falou o jovem, baixinho. "Por que estou pensando na Serena? Devo esquecê – la!"

Os pensamentos do jovem foram cortados pelos gemidos e a respiração entrecortada de Setsuna.

"Darien" Ela gemeu, suspirando profundamente "Acho... que..." Ela agora arquejava "Está... na hora... Doendo..."

"Calminha, doçura" Darien disse, e começou a gritar, enquanto amparava a parturiente "TAIKI! YATEN!"

Os sonolentos cunhados de Darien entraram nos aposentos simples do casal, e ficaram bem alerta quando Setsuna lhes deu a notícia. Nervoso, Yaten foi chamar a velha criada da família, Aukaili. Meia hora depois, Aukaili entrou, seguida de suas filhas, Masako, Tomoyko e Kendra, que carregavam toalhas, uma bacia e uma chaleira de água quente.

Masako postou – se à cabeça da parturiente, secando o suor que corria célere pela testa banhada da jovem. Tomoyko botou Taiki, Yaten e Darien porta afora. E Kendra, a mais velha, ficou ao lado da mãe, segurando a bacia cheia de água quente.

Doze horas depois, veio ao mundo a filhinha de Setsuna. Loirinha, de olhos azuis, pele branquinha e uma manchinha em forma de Lua no ombro, a pequena media 50 cm e pesava 5 quilos e 100 gramas. Aukaili enrolou uma pequena numa manta emborrachada e mergulhou – a na água morna. Kendra livrou – se da placenta, expelida pela parturiente pouco depois do nascimento do bebê. Masako tranqüilizou a mãe, ansiosa para ver seu bebê. Tomoyko apagou do quarto do casal os traços da presença da família.

"Parabéns" disse Aukaili, entregando o bebê à mãe "É uma menininha, de 5 quilos e 100 gramas, e inteiramente perfeita"

"Chame meu marido, por favor" Pediu Setsuna, cega de lágrimas. Aukaili mandou que Tomoyko fosse chamar Darien, que entrou seguido de perto pelos orgulhosos e comovidos Taiki e Yaten.

"Darien, ela é linda" Setsuna disse, de olhos fechados.

"Só tem um probleminha" Yaten disse, desconfiado.

"O que foi, irmão?" A mãe alarmou – se. Virou – se para a parteira "Aukaili, minha filha é perfeita, não é?"

"É, claro!" Aukaili disse, sem jeito. Respirando fundo, ela decidiu contar a Setsuna "A menina é loira, jovem Setsuna"

"O QUÊ?" Surpreendeu – se a mãe. Abrindo os olhos, Setsuna deu de cara com uma massa de cabelos claros como o sol, e os olhos da pequena, azuis como o céu. Inspirada e encantada com a cor dos olhos da filha, Setsuna sorriu:

"Não importa. Ela é minha, eu a amo"

"Já tem o nome escolhido?" Perguntou Taiki. Darien antecipou – se, tirou a menina dos braços da mãe e estreitou a filha em seus braços:

"Sim. Ela se chamará Skye"

"Skye?" Admirou – se Setsuna.

"Sim, doçura" Darien falou, beijando de leve a testa úmida e suarenta da esposa "Decidi que ela se chamará Skye, e fim de papo" Aukaili percebeu o desconforto da mãe, e apressou – se a dizer:

"Você está exausta, pequena. Descanse. Amanhã poderá ficar grudada em sua pequena, sem preocupar com esse papai babão" Aukaili reuniu suas filhas, e Darien passou Skye para Yaten, meio mudo de emoção. Taiki e Yaten ficaram babando na pequena, sob o olhar embevecido de Setsuna.

Fim do capítulo!

*: DK significa Donkey Kong, popular série de jogos para Super Nintendo e Nintendo 64.

**: O trecho foi retirado da música "Don't speak", do No Doubt, e a tradução do trecho está abaixo:

Você e eu

Estávamos juntos

Todo dia, juntos,

Sempre