- Mamãe?!? Papai?!? Cheguei! – Tiago gritou, jogando suas malas no chão do Salão de Entrada de sua casa.
O motorista de sua família fora buscá-lo na estação, e Sirius e Lidiane haviam pêgo uma carona. Tiago ficou sentado entre os dois, e a viagem transcorrera em profundo silêncio.
- Olá, querido! – sua mão falou, parando na porta – Como foram os exames?
- A mesma coisa de sempre – ele deu de ombros, e com um sorriso maroto, continuou – Ou seja, me dei bem, como em todos os anos!
- Não conte vantagem antes da hora, querido! Agora vamos jantar!
- Não estou contando vantagem, apenas estou dizendo a verdade! – ele deu de ombros e seguiu a mãe, que dava ordem aos empregados para recolherem suas malas.
- E então? Quais são as novidades?
- Nada demais... Sirius e Lidi terminaram.
- Verdade? – ela levantou uma sobrancelha – O que aconteceu?
- Uma longa história... – e começou a contar tudo que acontecera para sua mãe, enquanto se sentavam na mesa de jantar e esperavam seu pai.
- Olá, meu filho! – Ricardo entrou, bagunçando os cabelos de Tiago e dando um beijo em sua esposa – Sobre o que estavam falando?
- Lidi e Sirius terminaram. – ele falou, enquanto seu pai sentava-se na ponta da mesa.
- Ah, não se preocupem, eles vão voltar!
- Porque acha isso?
- Oras, eles se gostam! Brigas acontecem... Nos tempos de Hogwarts, eu e sua mãe terminamosquatro vezes antes de finalmente nos acertarmos.
Sua mão sorrius diante das lembranças daquela época.
- E então? Quais serão os planos para essas férias?
- Nenhum, filhão! Terei que trabalhar.
- Trabalhar nas férias, papai?
- Culpa desse Voldemort. Eles estão recrutando todos os aurors antigos, porque estamos com poucos.
- E qual a necessidade de tantos Aurores?
- Bem se vê que você não gosta do Profeta Diário... – sua mãe falou.
- Oras, filhão! É impressionante como Voldemort cresceu em apenas um ano. O povo treme de medo quando alguém lhe pronuncia o nome. Agora devem chamá-lo de Você-Sabe-Quem!
- Frank comentou isso comigo nas férias passadas.
- Pois então! O pai dele estava comigo hoje na reunião. Como fazia tempo que não aparecia um bruxo realmente poderoso, poucas pessoas estavam se integrando na Academia, mas agora estamos realmente necessitados. Dos alunos de Hogwarts que estavam no 7º ano este ano, a maioria está indo para a Academia. O Ministério tem feito muita propaganda para os jovens.
- Afinal, o que esse Voldemort tem demais?
- Poder! E seus partidários cresceram bastante nos últimos meses. Ele tem espiões no Ministério, porque ele tem conseguido informações secretas nossas. Não temos mais segurança para bolarmos ataques ou defesas.
- E você vai lutar em uma guerra que não é sua, papai?
- A guerra, quando acontece, meu filho, é de todos. Pense nisso caso algum dia você queira ser Auror!
- Mas eu quero! E serei o melhor!
- Não tenho dúvidas disso!
- Pare de animar o garoto, Ricardo!
- Oras, porque eu deveria parar, Amanda?
- É muito perigoso que ele se torne Auror. Ele é muito jovem!
- Os jovens crescem, mamãe!
- Porque você não pode ser advogado, como eu?
- Porque ser advogado não traz emoções fortes!
- É uma profissão muito emocionante, ouviu, espertinho?
- Não tanto quanto um campo de batalha!
- Tiago, pare, se não sua mãe vai Ter um ataque do coração! – Ricardo falou e, nesse momento, os empregados trouxeram o jantar.
- Não vamos viajar nessas férias por causa de Voldemort! – Tiago reclamava com Sirius.
Logo que acordara fora para a casa do amigo e aproveitara para tomar o seu café da manhã lá. Depois disso os dois se retiraram e foram conversar no quarto do moreno de olhos azuis, que era bem grande.
As paredes eram brancas e o teto de um tom de azul. A cama era bem espaçosa e estava quase sempre bagunçada. Nas paredes haviam vários posteres do Pudlemere United e pendurado num canto, um grande bastão de Quadribol, que fora usado por seu pai nos seus tempos de Hogwarts. Haviam várias revistas e roupas espalhadas por todo o canto. O closet era no estilo do da casa de Lidiane, mas ficava do lado oposto ao da lareira, e estava em profunda desordem. A porta do banheiro se encontrava à direita da lareira.
- Nós também não iremos... – o garoto deu de ombros.
- Lidi estava querendo sair do país, mas Dumbledore achou desaconselhável que ela viajasse sozinha, e é capaz de ela ir para a casa da Evans semana que vem.
- Pelo menos ela vai sair daqui! – Sirius falou, se jogando na cama.
- E vocês dois?
- O que tem?
- Como vão?
- Você viu no carro, cara! Sem avanços!
- Ah, mas ela está bolada porque você voltou a sair com metade do Castelo!
Sirius deu um sorriso safado.
- Ela não esperava que eu fosse ficar me rastejando aos pés dela, né?
- Até parece que você não conhece as garotas... É lógico que ela pensou, se não, qual seria a graça de terminar?
- Potter, Potter, Potter... Você está ficando tão machista... – Sirius falou, debochado.
- Tenho o melhor professor do mundo! – o garoto riu e eles iniciaram uma guerra de travesseiros.
- Vocês não tem mais nada para fazer na vida, não? – perguntou uma voz na porta do quarto.
Eles pararam e olharam para Lidiane. Ela usava os cabelos num rabo de cavalo, uma camiseta rosa, uma calça jeans e um tênis.
- Você por aqui? – Tiago ergueu uma sobrancelha.
- Eu fui lá na sua casa e sua mãe me disse que você veio para cá, então eu vim te procurar. – ela entrou no quarto, despreocupadamente, fechando a porta, sob os olhares assustados de Sirius e Tiago.
- Ah... Mas aqui é a casa do Sirius, caso você não se lembre...
- E daí? – ela perguntou, solenemente, enquanto pegava uma revista no chão – Não deixaria esse tipo de coisa espalhada pelo chão se fosse você, Sirius!
Ela jogou a revista em cima do garoto, que corou. Uma bruxa nua se mexia na capa, enquanto Tiago ria da cara do amigo.
- Isso é um tanto constrangedor, Lidi... – Sirius comentou.
- Ah... Eu imaginei que fosse! – ela falou, se sentando na cama perto deles – Afinal, sobre o que estavam falando?
- Sobre você ir viajar.
- Ah, não é bem uma viagem... Vou para a casa da Lily.
- Pelo menos vai sair daqui. Eu e Tiago não poderemos viajar.
- Porque não? – ela e Sirius conversavam normalmente e Tiago estava se sentindo meio excluído.
- Problemas no Ministério... – Tiago falou, para lembrarem que ele estava ali – Voldemort está causando problemas, e como estão sem aurors, o Ministério pediu ajuda dos nossos pais.
- Voldemort...? – ela repetiu sombriamente.
- Mas afinal, porque você queria falar comigo? – Tiago mudou de assunto rapidamente.
- Ah, nada demais... É que eu não sabia se iria encontrar com você mais tarde, e eu resolvi ir para a casa de Lily amanhã.
- Tão cedo?
- Ah, sabe como é... Nada para fazer aqui e ficar sozinha lá em casa é um saco, então Lily mandou eu ir mais cedo. Ela vai me ensinar algumas coisas trouxas.
- Que inveja de você...
- Você tem inveja de mim porque eu vou sair daqui ou porque eu vou passar as férias com a Lily?
- Eu diria que os dois... – Sirius falou e ele e Lidiane riram do amigo.
Naquele momento, parecia que nada havia mudado, que eles continuavam amigos como eram aos 13 anos e que nunca haviam discutido.
- Que tal irmos dar umas voltas de cavalo?
- Apostar corrida? – Lidiane ergueu uma sobrancelha.
- Como nos velhos tempos...
- E eu vou ganhar, como nos velhos tempos... – Lidiane deu um sorriso superior.
- Você pode até ser a melhor na corrida, mas depois vamos fazer um campeonato de mira.
- Ah, não! Em mira é impossível de ganhar de você!
- Não é atoa que eu sou o melhor batedor de Hogwarts! Eu tenho uma ótima mira para lançar aqueles balaços nos adversários.
- Hey, não se ache tanto que eu já ganhei de você uma vez! – Tiago falou, enquanto os três desciam as escadas rindo.
- O que é uma vez diante de uma vida inteira, Potter?
- Oras, Black... Eu ganho de você em todo o resto mesmo...
- Me dê um exemplo!
- Nas brigas corpo a corpo, na inteligência, no futebol...
- Ah, Tiago, você pode até ganhar do Sirius no futebol, mas que vocês jogam mal pra caramba, não se pode negar!
- Ah, você joga bem porque seu irmão era jogador e te ensinou.
Lidiane já não ficava triste quando mencionavam seus familiares, apenas sentia uma grande saudade deles.
- Eu sugiro um campeonato de embaixadinhas!
- Hey, meninos, eu sempre ganho...
- Ela tem razão, Sirius... É tão humilhante perder para uma garota.
- Hoje será a nossa revanche, Pontas!
Lidiane lhes lançou um olhar superior e eles entraram nos estábulos.
Depois de selarem os cavalos, eles montaram e se posicionaram.
- Muito bem, meninos, prontos para perder?
- Prontos para ganhar, isso sim!
- Tudo bem, Tiago, se você diz... – ela deu um sorriso debochado – Às suas marcas, apontar, JÁ!
Eles deram leves pontapés na barriga de seus cavalos e sairam correndo. Lidiane, logo já se encontrava a uma grande vantagem deles.
- Qual é, molengões? Não conseguem me alcansar?!
- Cale a boca, Lidiane! – Tiago gritou, a uma certa distância da garota.
- Não calo, não! Vocês não conseguem me alcansar mesmo!
- Isso, Lidi, fica tirando vantagem! Quero ver quando a gente passar você!
- Sirius, eu sempre achei que você sonhava alto demais... – ela falou e virou-se para a frente.
Eles continuaram a cavalgar por mais ou menos vinte minutos, e em todo o percuso Lidiane continuou na frente. Depois de darem várias voltas nos arredores da propriedade, os meninos finalmente desistiram.
- Ok, Lidi... Nós desistimos... Nunca vamos conseguir te vencer.
Com um sorriso vitorioso ela parou o cavalo perto da piscina e desmontou.
- Eu sou demais.
- Mas agora vamos ver quem é o melhor de mira.
- Isso me lembra a gente lá na cachoeira que fica depois do pomar lá de casa quando tínhamos 10 anos.
- Essa foi a única vez que o Tiago conseguiu me vencer em mira.
- Pura sorte, nunca mais consigo... – o garoto falou, sorrindo.
- E então, vocês aceitam?
- Aceitamos! – Tiago e Lidiane falaram ao mesmo tempo.
- Precisamos de uma latinha... – Sirius falou.
- Ah, moleza... – Lidiane pegou sua varinha e transfigurou uma pedra em uma lata.
- Eu sempre esqueço que você tem permissão para usar a sua varinha fora do Castelo.
- Certo, eu começo... Três chances para cada? – Tiago perguntou.
- Certo... Pode começar!
Tiago jogou a primeira pedra e acertou. Já na Segunda e na terceira, não chegou nem perto.
- Não adianta, Pontas. Eu sou o melhor!
- Hey, Sirius, nem vem! Eu ainda não joguei! – Lidiane falou.
- Vai na fé... Eu sei que você não vai conseguir me vencer mesmo...
- Cale a boca! – ela falou enquanto jogava a primeira pedra e errava.
- Eu avisei...
Ela lançou um olhar mortal para Sirius e lançou a segunda, que foi direto na lata.
- Você disse alguma coisa, Black?
- Isso não quer dizer nada, Armstrong...
Ela lançou a terceira, e novamente errou.
- Agora é a minha vez de acabar com vocês.
- Você fala demais... – Tiago riu.
- Eu posso! – Sirius lançou a primeira e acertou e o mesmo se sucedeu com a segunda e a terceira pedras.
- Eu falei que eu sou o melhor!
- Agora vamos para as embaixadinhas... – Lidiane os lembrou.
- Melhor de 100 sem chance de a bola cair? – Sirius perguntou.
- Vou dar uma chance para vocês: melhor de 70 com duas chances para a bola cair.
- Beleza!
Lidiane transfigurou a lata em uma bola de futebol e a entregou para Sirius começar.
Ele começou particularmente bem e começou a tirar onda:
- Ah, eu sou demais! Dessa vez você não vaic onseguir me vencer! 15... 16...17... – a bola caiu.
- Acho que você se ferrou, Almofadinhas! – Tiago falou.
- Ainda tenho mais uma chance! – ele recomeçou, e conseguiu manter a bola no seu pé – 30... 31... 32... 33... 34... 35... – e a bola caiu novamente.
- Desista, Sirius! Sua vez, Tiago! – Lidiane entregou a bola para o melhor amigo começar.
Bagunçando os cabelos, Tiago começou. No 29 deixou a bola cair e depois conseguiu se manter até o 50, quando novamente caiu.
- Vai lá, Lidi! Tente me vencer!
- Cuidado, Tiago! Você sabe que eu posso fazer bem melhor do que isso! – ela mostrou a língua para o garoto, enquanto ajeitava a bola no chão.
Começou a fazer as embaixadinhas e, naturalmente, fez até o 70.
Para se exibir mais um pouco, ela passou a bola para a coxa e depois para a cabeça, sempre fazendo uma sequência de embaixadinhas. Quando se cansou, parou a bola no chão.
- Acho que eu ganhei de novo... – ela deu um sorriso debochado.
- Que humilhação, Almofadinhas... Perdemos para uma mulher...
- Vamos Ter que treinar muito para um dia conseguirmos vencê-la...
- E então, meninos? O que vamos fazer agora?
- Voltar pra casa! – Tiago falou – Estou faminto!
Conversando alegremente, eles montaram em seus cavalos e voltaram para a casa de Sirius.
- Querem almoçar aqui? – Sirius os convidou.
- Eu quero! – Tiago se prontificou.
- Não, obrigada! – Lidiane falou – Vou para casa e aproveitar para arrumar minhas malas.
- Então não vamos nos ver mais essas férias? – Tiago perguntou.
- Acho que não. Irei comprar os livros com Lily e irei direto para Hogwarts! Tenho que arrumar várias malas.
- Então, até setembro... – Tiago abraçou a amiga e lhe deu um beijo.
- Juízo, sr. Potter!
- Com certeza o terei! – ele sorriu.
- Tchauzinho, Sirius. – ela deu um beijo na bochecha do garoto.
- Tchau! – ele falou e observou a garota montar no cavalo e partir.
- Certo, Tiago... Agora me explique o que aconteceu aqui!
- Estou tentando entender, estou tentando entender...
- Acho que sair com as garotas do Castelo está deixando-a enciumada... – Sirius deu um sorriso maroto.
- Realmente, amigão... Mas porque isso não dá certo com a Evans?
- Talvez ela seja imune ao seu charme, cara... – Sirius deu de ombros.
- E isso não é nadaanimador... – o garoto falou e seguiu o amigo para dentro da casa.
N.A.:Esse capítulo nem teve nada demais não, mas eu até q gostei dele... Meus tempos de ficar brincando dessas paradas com a galera na rua hehehehe rOx Bem, no último capítulo eu tentei colokr meu MSN aki, ñ deu mt certo, pq ñ apareceu, vms ver c agora vai, ele Kem kiser me adicionar, no problems. Ah, pra kem curte T/L daki a poukin eles vão fikr juntinhos... Axo q é o meu capítulo favorito o q eles c acertamhihihihihi Bem, galera é isso ae... Bjus! Ah, e ñ se eskeçam das reviews, hein?!?! Fui!Ah, claro. Bem, a fic já está terminada, a 2ª parte dela ainda ñ, então kem kiser me dar idéias, fala pelo MSN ou me manda um E-MAIL, ok?!? Vlw...