Capítulo XXII – É Fácil Matar

- Hey, Sirius! Vamos logo! A galera vai encontrar a gente em frente ao Caldeirão Furado!

- Calma ae, Tiago, já estou indo!

Depois de receberem as cartas de Hogwarts, os amigos resolveram se encontrar para comprar a lista de materiais. Já estavam no dia 17 de agosto e logo entrariam para o 7º e último ano em Hogwarts.

As férias foram bastante divertidas para ambos os lados, e Tiago aprendera bastante sobre como ser um Auror nos dias em que fora visitar a Academia.

- Pronto! Vamos nessa! – Sirius falou, seguindo o amigo em direção ao carro de Ricardo e Amanda Potter.

Ele deixaria o filho e Sirius em frente ao Caldeirão Furado e seguiria para a Academia, enquanto Amanda iria para o Ministério auxiliar o novo advogado que entrara lá e que se encontrava um tanto enrolado com tantos papéis e casos.

A viagem foi rápida e confortável e quando chegaram l�, todos os amigos já os esperavam.

Depois de se despedirem dos pais de Tiago e o garoto pegar dinheiro com Amanda, entraram no Caldeirão.

- Vocês demoraram! – Pedro reclamou.

- Foi culpa do Sirius, ele não parava de enrolar. Nunca vi alguém querer se arrumar tanto para vir ao Beco Diagonal.

- Eu não queria me arrumar! – Sirius se indignou – Eu só me atrasei um pouco no banho.

- Ah, tudo bem... – Remo sorriu – Agora contem-nos sobre as visitas ao Ministério e à Academia.

- Cara, foi demais! – Sirius falou, empolgado – Vou trabalhar no Departamento de Mistérios no futuro!

- Trabalharemos juntos, então. – Lílian sorriu.

- Lá é muito maneiro, sem noção!

- Mas a Academia é muito melhor! – Tiago falou – O treinamento é demais! Eles lançam feitiços em bonecos de pano e passam por obstáculos para treinarem agilidade!

- Nossa, Tiago, você é muito sortudo! Eu sempre quis ir à Academia... – Lidiane falou.

- E até que ser advogado não é tão chato assim, sabe? – Sirius comentou – O trabalho da tia Amanda é bastante interessante. Mas eu quero é conhecer os segredos do Departamento de Mistérios.

É melhor irmos comprar o material logo, sabe? – Frank falou – Vocês estão empolgados agora, mas na hora que começarem a trabalhar de verdade, vão ver que as coisas não são tão bonitas assim...

- Ah, qualé, Frank! – Alice riu – Deixe a gente se divertir um pouco. Ano que vem nós teremos muitas responsabilidades. Precisamos aproveitar os últimos ano de nossa adolescência.

- Concordo com ela, Frank! – Lara falou.

- Tudo bem, tudo bem... – ele falou, enquanto entravam na Floreios e Borrões.

- Certo, pessoal! – Lara começou – Vamos comprar os livros, e depois vamos até Madame Malkin porque eu preciso de novas vestes.

- A loja está bem cheia, não acham? – Pedro perguntou, olhando para as pessoas se empurrando a procura de livros.

- Essa é a época em que todos os alunos resolvem vir comprar o material. – Remo deu de ombros, procurando nas prateleiras os livros necessários.

- Vejam só, quem está por aqui... Pottynho! – parado de frente para Tiago, estavam Lúcio Malfoy, Narcisa Black, Belatriz Black, Rodolfo Lestrange, Crable, Goyle, Evan Rosier, Anthony Dolohov e Severo Snape.

- Chegou quem não devia, acabou minha alegria... – Tiago suspirou.

Lidiane apertava o braço do amigo com uma força incomum.

- Agora eu estou formado, Pottynho, já posso te azarar...

- Você até pode, mas não gostaria... – Frank apareceu, já com a varinha em punho.

- O Frank tem razão... – Lidiane empunhou a sua também – Ou você esqueceu que eu posso usar a varinha fora de Hogwarts?

- De vocês, apenas dois podem usar varinha... Aqui, eu, Rodolfo, Crable, Goyle, Evan e Anthony podemos.

- Duvido que algum de vocês saibam diferenciar uma varinha de uma pena! – Frank falou, sério.

- Que bagunça é essa dentro da minha loja? – o dono da Floreios apareceu – Se querem brigar, vão lá pra fora!

- Vamos embora, pessoal! – Malfoy falou – Ainda teremos muito tempo para resolvermos nossas diferenças.

- Vão pela sombra... – Remo falou enquanto os sonserinos saíam da loja.

- Hey, onde está o Pedro? – Lara perguntou, de repente.

- Ah, ele deve Ter ido comer alguma coisa... – Alice deu de ombros – Ele já tinha comprado todos os livros e como ele morre de medo dos sonserinos, deve Ter saído daqui quando os viu.

- Deve ser... Vamos terminar de comprar os livros logo. – Lílian falou, voltando sua atenção para as prateleiras.

Depois de comprarem os livros e irem na loja da Madame Malkin para Lara comprar suas roupas, eles resolveram ir tomar um sorvete.

- Ah, vocês estão aí! – Pedro entrou na sorveteria, correndo, cheio de bolsas sacudindo.

- Onde você estava? – Remo perguntou.

- Eu me recusava a ficar dentro daquela livraria com um monte de sonserinos me encurralando. Fui dar umas voltas... – havia uma estranha expressão em seu rosto.

- Hum... Senta aí com a gente! – Tiago deu de ombros.

- Vocês já fizeram tudo que tinham que fazer? – Pedro perguntou, enquanto pedia o seu sorvete.

- Acredito que sim... Compramos as vestes de Lara e o material... Não me lembro de mais nada... – Frank falou.

- Certo... – ele deu de ombros e começou a tomar o seu sorvete.

Assim que terminou, se levantou e se virou para os amigos:

- Vocês vão ficar aqui?

- Vamos dar umas voltas e depois iremos pra casa... – Alice falou.

- Bem, eu já vou indo... Tenho um compromisso urgente!

- Que compromisso? – Sirius perguntou, debochado – Namorada nova, Rabicho?

- Ah, cala a boca, Almofadinhas! – ele falou, irritado, e foi embora.

- Nossa... O Rabicho anda muito extressado para o meu gosto... – Sirius suspirou.

Depois de darem algumas voltas pelo Beco Diagonal, eles se despediram e combinaram, como sempre, de se encontrar na última cabine do Expresso de Hogwarts no dia 1º de Setembro.

- Não vejo a hora de voltar para Hogwarts... – Lílian comentou com Lidiane, enquanto arrumavam as malas.

- Não sei porque você faz tanta questão de arrumar as malas com tanta antecedência, ainda falta uma semana para irmos para Hogwarts, Lily.

É para não nos atrasarmos no dia. E também para não corrermos o risco de esquecer nada.

- As vezes eu acho que você é responsável demais...

- Não é à toa que eu sou Monitora – Chefe... – Lílian sorriu.

- Pelo menos temos você e o Remo para nos encobrir quando queremos fazer alguma besteira!

- Não conte tanto com isso, Lidiane Armstrong!

- Mas é verdade... – ela deu de ombros.

Nesse momento uma coruja marrom entrou pela janela e pousou no ombro de Lidiane, lhe oferecendo uma carta.

- Que coruja é essa?

É Johan, a coruja dos pais de Tiago. Estranho... Quando o Tiago me manda cartas ele usa a coruja dele.

- Ele deve tê-la usado para enviar outra carta e acabou tendo que usar a da mãe dele para escrever pra você.

- Pode ser... – ela pegou a carta e acariciou a coruja.

- O que o Potter diz aí?

- Calma aí... – ela terminou de abrir a carta – É a letra da tia Amanda, não do Tiago... E está muito tremida...

Ela começou a ler a carta e a cada linha que lia sua expressão mudava e seus olhos se enchiam de lágrima. Quando terminou de ler, jogou a carta no chão e se sentou pesadamente na cama, chorando.

- Lidi! O que aconteceu?

A garota apontou para a carta no chão.

Lílian a pegou com cuidado e começou a ler:

"Querida,

Desculpe estar te incomodando nas suas férias com os trouxas, mas infelizmente aconteceu algo inesperado nessas férias.

Como você sabe, os ataques dos Comensais da Morte (aliados de Voldemort) têm aumentado mais a cada dia que passa, e, Ricardo, como auror, têm que estar sempre no campo de batalha.

Ontem houve um ataque numa rua trouxa e meu marido foi convocado para lutar contra eles. Muitos Aurores e Comensais morreram, e, infelizmente, Ricardo foi atingido por um Avada Kedavra e faleceu.

Tiago está inconsolável, e eu também, mas preciso ser forte, pelo meu filho. O enterro será amanhã cedo, e gostaria que você comparecesse. Um abraço,

A.P"

Surpresa e triste, Lílian se sentou na cama ao lado da amiga e a abraçou.

- Ele era o meu segundo pai... Ele não merecia isso... – Lidiane falava com pequenos intervalos para os soluços.

- Eu sei, Lidi... Vamos terminar de arrumar nossas coisas e depois nós vamos para a tua casa para amanhã irmos no enterro...

- Eu não sei se quero ir, Lílian...

- Você já conseguiu superar a morte da sua família, Lidiane. As coisas são assim... Uns precisam morrer para outros nascerem.

- Mas ele foi assassinado, droga!

- Eu sei... Mas é assim que as coisas são numa guerra. Muitas vidas são interrompidas...

- Como será que o Tiago est�?

- Eu não sei... Eu vou buscar um copo de água pra você, e, quando terminarmos de arrumar nossas coisas, damos um jeito de ir para a sua casa.

Lílian desceu e voltou com um pouco de água com açúcar e entregou o copo para a amiga.

Ela pegou, parando de vez em quando para soluçar.

Lílian terminou de colocar tudo nas suas malas e nas de Lidiane e se virou pra ela.

- Como posso falar com o seu motorista para vir aqui te buscar?

- Mande uma coruja para ele. Peça para ele vir aqui hoje a noite. Sua mãe já sabe?

- Não, vou lá avis�-la! – ela saiu do quarto, e, quando voltou, Lidiane estava deitada, dormindo, com os olhos inchados.

Paulo foi busc�-las por volta das 19:00h e assim que chegaram na casa de Lidiane, foi cada uma para o seu quarto e dormiram até a manhã seguinte.

Lílian acordou no outro dia e viu que já estava bastante atrasada para o enterro, que seria às 11:00h.

Tomou um banho correndo, vestiu uma calça, uma camiseta e botas pretas, e prendeu os cabelos ruivos em uma trança. Quando desceu, Lidiane já estava sentada na mesa do café, pálida e abatida.

- Dormiu bem? – Lílian perguntou, se sentando ao lado dela.

- Mais ou menos. Tive pesadelos a noite inteira.

- Estou imaginando como o Potter deve estar...

- Inconsolável, eu acho... Tiago amava o pai, ele era seu ídolo. Seu sonho era ser como tio Ricardo... Ele vai querer se vingar de quem fez isso...

Lílian suspirou.

Elas tomaram o café e depois Paulo levou-as para a casa de Tiago, que, como a de todas as tradicionais famílias bruxas, tinha um cemitério nos terrenos.

Lidiane andava devagar olhando as pessoas que vagavam pela grande propriedade, com os olhos úmidos. Eles a cumprimentavam, e ela apenas acenava com a cabeça, sempre seguindo adiante com Lílian um pouco atrás.

Logo elas avistaram Tiago. Ele estava ao lado da mãe, dos pais de Sirius e do mesmo. Lidiane apertou o passo e Lílian teve que correr para conseguir alcanç�-la.

- Tiago! – ela correu para os braços do garoto, que estava com uma expressão que nunca se tinha visto em seu rosto.

Lílian se postou ao lado de Tiago, um pouco sem graça por estar ali e se lembrando de todas as discussões que tiveram desde que se conheceram. Quando Lidiane o soltou, eles ficaram se encarando por um momento, e, de repente, estavam se abraçando. Tiago a apertava forte, e ela retribuía como podia.

- Desculpa... – ela sussurrou timidamente no ouvido do garoto.

- Acho que é um pouco tarde para desculpas, agora... – ele deu um sorriso triste e a soltou.

- Tem razão... Mas... Bem... Eu sinto muito... Por tudo.

- Todos sentem...

É melhor irmos para o mausoléu... – Amanda falou – Já está na hora...

Acenando em concordância, Tiago foi na frente e eles o seguiram. Quando chegaram l�, praticamente todos os convidados os esperavam para lhes desejar os pêsames.

Dumbledore, como sempre acontecia com suas famílias amigas, seria como o pastor dos trouxas, dizendo as frases de consolo. Do começo ao fim, Tiago não prestou atenção a sequer uma palavra. Ele só pensava em quem teria sido o desgraçado que fizera isso, embora soubesse a resposta. No fim das contas, talvez Lidiane estivesse certa e Lúcio Malfoy fosse mesmo se vingar de todos eles por causa daquela discussão nos corredores.

Quando Dumbledore terminou de falar, Tiago observou sua mãe jogar um buquê de rosas brancas sobre o caixão e a primeira pá de terra ser jogada em cima e as pessoas começarem a ir em direção à casa.

- Vamos? – era Sirius.

Ele acenou em concordância, e, com um último olhar para a cova, foi embora com os outros.

As pessoas já enchiam o grande salão de sua casa e falavam da grande tragédia que havia sido a morte de Ricardo Potter. Em um canto separado, falando baixo, Dumbledore conversava com um grupo de Aurores. Deviam ser os Aurores que estavam ao lado de seu pai quando ele morreu. Ele foi em direção ao grupo, e, quando ele parou de frente para eles, todos ficaram em um incômodo silêncio.

- Tiago! – Dumbledore sorriu com seus olhos, sob os óculos de meia-lua.

- Diretor. – ele o cumprimentou com a cabeça, como fizera com os outros o dia inteiro. Não tinha disposição alguma para sorrir.

- Acredito que você não os conheça. Eles são Aurores e trabalhavam com o seu pai.

- Imaginei que fossem.

- Esse é Quim Sacklebolt. – um jovem negro de porte atlético sorriu.

- Frank você já conhece... E essas duas são Joceline Mellvert e Mara Stuarts. – ele apontou para duas belas garotas, uma loira e uma morena, respectivamente, que deviam ser no máximo 4 anos mais velhas do que ele. Se lembrava de Joceline em Hogwarts a alguns anos atrás. Elas deram sinceros sorrisos.

- Frank, posso falar com você por um instante? – ele chamou o amigo para um canto.

O amigo o seguiu, e Tiago começou, com a voz embargada:

- Você estava l�, na hora... na hora... que meu pai... morreu?

- Estava, Tiago... Era minha primeira batalha séria.

- Então...

- Nós tentamos salv�-lo, Tiago! Tentamos tudo o que podíamos, mas eram muitos Comensais para poucos Aurores. Estávamos ocupados enfrentando os outros, quando vários Comensais encurralaram seu pai. Joceline ainda tentou correr em direção a ele, mas jogaram um feitiço nela.

- Ele não teve chances, então?

- Não, Tiago... Seu pai era um grande Auror, mas ele nunca teria conseguido contra cinco Comensais, sozinho.

- Entendo... Obrigado...

- Espero que você seja tão bom quanto o seu pai, Tiago. Será um orgulho trabalhar com você.

- Certo... – ele deu um esboço de um sorriso.

- Hum... Alice está aí?

- Est�, sim... Ali no canto com as meninas.

- Valeu! – sorrindo, ele foi em direção à namorada.

As pessoas começaram a ir embora, eàs 18:00h, só sobravavam na casa, ele, Sirius, Lidiane, Lílian, Remo, Lara, Pedro, Alice e Frank. Sua mãe estava trancada no escritório com Dumbledore.

Tiago estava sozinho em um canto quando Frank foi na sua direção e se sentou ao lado do amigo.

- Tá tudo bem, cara?

É meio difícil estar, com isso tudo...

- Eu sei... Mas agora é bola pra frente, Tiago. Seu pai morreu de forma honrosa, lutando.

- Preferia que não tivesse morrido.

- Ninguém está dizendo o contrário, cara.

- Sabe... É estranho... Eu imaginava meu pai como um super-herói. Que eu morreria e ele continuaria aqui, vivo, forte, lutando. E agora eu vejo que ele morreu de repente, e que é muito fácil matar...

- Todos têm que morrer, Tiago.

- Mas não meu pai, droga!

- Tiago, você tem que ser forte! Sua mãe continua aqui, e precisa da sua ajuda, cara!

- Talvez você tenha razão...

- Talvez, não... Eu tenho! Vem. Vamos voltar pra perto do pessoal.

Lentamente, Tiago se levantou e foi em direção aos amigos.

- Pessoal... Eu quero fazer um pedido pra vocês... – ele disse lentamente e todos se viraram em sua direção.

- Que tipo de pedido? – Pedro perguntou.

- Um pacto...

- Pacto? – Alice ergueu uma sobrancelha.

- Sim, um pacto de sangue. Vamos jurar que, acima de tudo, seremos sempre amigos, e que nada vai conseguir sobrepor a nossa amizade.

- Eu concordo! – Sirius foi o primeiro a falar.

Um a um, todos acenaram em concordância. Pedro foi o último, e aceitou, ainda um pouco relutante.

- Certo, então... – Tiago pegou um pequeno canivete, e, furou seu dedo indicador e passou o canivete para o lado.

Quando todos terminaram de furar, eles juntaram os dedos, formando um círculo.

- Jurem, aqui e agora, que seremos amigos para sempre, e que um sempre ajudará o outro, e que nunca perderemos o contato, mesmo depois de terminar Hogwarts.

- Eu juro! – todos falaram juntos.

- Nunca quebraremos essa promessa, certo? – Lara perguntou.

Todos concordaram, e ninguém percebeu que Pedro continuou em silêncio.

Logo depois Amanda e Dumbledore apareceram, e, negando um pedido para jantar, o Diretor foi embora, e Amanda convidou todos os amigos de Tiago para dormirem lá.

Cada um foi para o quarto destinado para si, mas Tiago, após se remecher muito na cama, resolveu ir para o escritório, e ficou l�, sentado na mesa que antes observava seu pai trabalhar.

Ficou l�, sozinho, no escuro, pensando na vida, sem saber do tempo, até que ouviu um barulho na porta e alguém entrando, sem perceber que ele estava lá. No momento que essa pessoa fechou a porta, todas as tochas se acenderam.

É muito feio ficar andando por aí na casa dos outros a noite... – ele falou com uma voz debochada e um sorriso cínico no rosto.

- AI, QUE SUSTO! – Lílian gritou, e, colocando a mão na boca, diminiu o tom de voz – Desculpe, não sabia que tinha gente aqui.

- Tudo bem... Mas porque está invadindo o escritório da minha casa?

- Não conseguia dormir, então resolvi dar uma volta, como sempre faço quando tenho insônia, e acabei vindo parar aqui.

- Gostei da camisola... – Tiago deu um sorriso maroto. Lílian vestia uma camisola de algodão branca com o desenho do Pato Donald, que ia até o meio das coxas.

- Há há h�, engraçadinho... Foi a Lidi que me emprestou. – ela se sentou num confortável sofá negro que ficava encostado na parede.

- Posso saber o motivo da sua insônia? – ele perguntou.

- Pra ser sincera, eu não sei... Acho que toda essa confusão... É muita coisa para a minha cabeça... Nunca me imaginei nessa vida, entende? Há 6 anos atrás eu era uma trouxa, que vivia a minha vidinha no meio de pessoas do meu mundo. Então eu vim pra c�, e tudo mudou. Preconceito, magia, animais estranhos, uma guerra que saiu do nada...

- Realmente... As coisas mudaram muito do começo do ano passado pra cá... – ele saiu da cadeira de seu pai e se sentou do lado dela – O lado negro do Mundo Bruxo conseguiu muito poder em muito pouco tempo e o Ministério não estava preparado pra isso. Não estamos conseguindo fazer nada, embora Dumbledore esteja tentando de tudo.

Ela começou a rir de repente.

- Hey, o que foi? Qual é a graça?

- Sei lá... É engraçado, nós dois aqui...

- Porque?

- Oras... Somos nós! E estamos conseguindo mater uma conversa civilizada. Sei l�, você está falando de um jeito mais sério, não parece o Potter insuportável e infantil que eu conhecia...

- Acho que depois de tudo que aconteceu comigo, estava na hora de eu amadurecer...

Ela ficou séria e abaixou acabeça.

- Desculpe... – sussurou.

- Não tem porque se desculpar... – ele sussurrou de volta, e começou a acariciar o rosto de Lílian, que fechou os olhos – Você é linda, sabia?

- Obrigada...

- Não precisa agradeceré a verdade.

Ela ficou em silêncio, ainda de olhos fechados, e ele continuou a se aproximar. No momento seguinte, os dois estavam se beijando.

O beijo de Tiago era quente e lento, e ela finalmente entendeu o motivo de tantas garotas se apaixonarem por ele depois de algumas noites saindo. Ele beijava bem, era bonito, e pelo menos com ela, parecia ser carinhoso. Contudo, como em um estalo, ela percebeu o que estava fazendo e o empurrou lentamente.

É melhor eu ir dormir... – ela se levantou e foi em direção à porta, rapidamente.

- Lílian! – ele a chamou, mas era tarde demais, ela já tinha ido embora.


N.A: Aeeee, finalmenteeee! O primeiro beijo de Tiago e Lily pra vcs... Eu gostei tanto desse capítulo, axei q ficou bem fofo... Me deu uma peninha do Tiago... Eu nem keria matar o Ricardo, mas eu precisava, se não a história iria perder o rumo que eu queria... Bem, agora só faltam oito capítulos pra primeira parte da fic acabar ;) Flws galera, bjaum! Gente, eu vou colokr meu MSN aki, sem o final do endereço , pq c ñ ñ vai apareceu, ele é: bebelmalfoy e o resto vcs jah sabem! Fuiz!