Era como estar voando... para os círculos mais profundos do Inferno.

Sua cabeça rodava sem parar. Sentia dores que pareciam vir de dentro dele. Sua visão escurecia e ele não entendia o que estavam dizendo.

- Calma, Sr. Malfoy. - A voz chegou a seus ouvidos como se ele estivesse embaixo d'água.

- Respire fundo. - Estava em alguma coisa deslizando. Sabia que estava cercado de gente, embora não pudesse realmente vê-los. Não conseguia abrir os olhos.

- Quem fez isso, Sr? - Aquela frasepereceu chegar a ele de forma demasiada clara.

Mãos... Cacetetes... Dor. De repente, ele pôde visualizar monstros deformados em volta dele. Alguma coisa deslizou por sua cabeça e ele tentou se levantar. Não conseguiu mover-se nem um milímetro.

- Acalme-se rapaz! Nos diga quem fez isso com você!

Merlin, eram todos monstros! Sua vista apagou e eleouviu de sua própria voz cantando pra ele! Rosas... Sua mãe adorava rosas. "Boa noite, doce príncipe".Mãe...

Por Deus, ele aindaouvia aquela canção. Ele conhecia, era dele! Ele tinha feito...

- Ele está ficando incosciente.

Seu pai não ia gostar de saber disso. Não pergunte do que, ele não vai gostar e pronto! Alguma coisa gritou dentro de sua cabeça e ele sentiu uma vontade louca de rir. A situação era muito engraçada, e ele não sabia o que estava acontecendo. Não, não, tirem essa...

- ... máscara de mim... Não quero ter...

- Ligue para Potter. - Um daqueles monstros falou enquanto enfiava algo dentro de seu nariz. Sua voz saiu grotescamente ampliada. Potter.- Chame Potter aqui.

Potter... Potter... Harry. Algo engrolou dentro dele. Ele fez esforço para engoliro que ele julgava ser saliva, mas descobriu ser sangue e toda a sua garganta doeu. Harry.

Eu odeio você.

Eu amo você.

Eu sei.

Dizem que quando você morre, você vê sua vida passar pela sua frente. Draco teve um minuto de revelação, ou seja o que for. Por poucos segundos, tudo pareceu fazer sentido. E ele apagou.