Adrift on the ocean (Á deriva no Oceano)
Afloat in a daydream (Flutuando em um devaneio)
Or lost in the maze (Ou perdido no labirinto)
Or blind in the haze (Ou cego no nevoeiro)
So what does it matter? (Então, por que isso importa?).

Iron Maiden – Como esta amigo

Cap. II – "Boa noite, doce príncipe".

Havia alguma coisa errada ali. Sussurros vindo de algum lugar... De sua cabeça, na verdade. Vozes misturadas; familiares, mas ele não sabia dizer quem eram.

Está escondendo alguma coisa?

Flashes disparavam contra ele. Malditos fotógrafos, ele os odiava!

Boa noite, doce príncipe.

Eu amo você, mãe...

Ele tinha que abrir os olhos. Mas eles estavam abertos! Não estava dormindo, as luzes estavam apenas desligadas...

Eu não posso fazer, pai!

Você sempre me decepcionou mesmo.Que o demônio o carregue, garoto.

Merlin, ele não sabia o que era aquilo. Não queria ficar só, só não podia... Lembrar... Ele não lembrava...

Você não é meu filho!

Está perdendo tempo, Draco...

Draco, Draco... Malfoy. Dragões... Grandes Dragões ferozes em uma terra coberta de gelo. Ele era o rei do gelo, mas não havia esquimós na Antártida! Ah, Terras devastadas pelo gelo...

Perdendo tempo...

10...9... Aquele som de guitarra, tão longe... Deus, as pessoas amavam suas músicas, e não faziam a mínima idéia do que queriam dizer...

Nada pessoal.

Nunca é pessoal, Blaise, querido.

...8... "Você ainda pensa nos seus pais?" Pergunta estúpida, não é da sua conta, repórter nojenta!

Você não é meu filho!...

Eu não me importo! Não me importo!

...7...6... Ah, mas seus fãs estavam arrombando a porta! Não, agora ele tinha que trabalhar. Nada de entrevistas agora...

Você vai ficar sozinho. No escuro.

Agora não, Draco.

...5... Nem nunca. Nunca era a hora certa pra ele, não é? Fique com seus malditos papéis, eu não ligo...

Tempo... Você está perdendo...

...4... Eu não imploro. Você sabe. Ah, mas me dê um olhar, pai, eu preciso tanto disso...

Você me deve! Ainda me deve!

Faça parar!

...3...2...O que você faz quando não há nada a perder?

Papai, por favor...

Eu vou coloca-lo em sua cama pra sempre, garoto.

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Ele acordou. E foi como cair em uma piscina gelada.

Ele não tinha a mínima idéia de onde estava. Nem do porquê estava amarrado na cama ou de estar se sentindo tão dolorido que respirar parecia rasgar suas costelas. Sua visão estava embaçada, e ele precisou girar várias vezes os olhos para que entrassem em foco.

Bom, obviamente, aquilo era um... hospital? Sim, e ele parecia estar em um quarto isolado. Não, ainda havia aquele estranho aparelho colorido, piscando pra ele. Será que ele estava a fim de uma conversa? E pelo amor de Merlin, o quê era aquilo que estava enfiado na veia do seu braço?

Suspirou. Ah, que maravilha, o teto estava pulsando! Sua garganta estava pulsando. Dolorosamente.

Decidiu que queria virar a cabeça para o outro lado. Hm, muito bem, cara! Havia uma janela enorme, que o fez sentir-se inexplicavelmente feliz. Ia do teto ao chão, e tinha grades na frente. As grades não impediam a visão de uma cidade colorida lá embaixo. As luzes piscavam no meio de uma noite chuvosa.

Quis se espreguiçar, e as amarras que teoricamente deveriam prender seus pulsos soltaram-se docilmente. Olhou abobado para suas mão e começou a rir histericamente.

- Desculpe, cara! – Disse aoaparelhinho – Parece que eu fui no Inferno e voltei...

Ainda rindo, levantou-se preguiçosamente, decidindo que não iria mais perder tempo com aquele idiota.

Ficou de pé e o quarto pareceu rodar. A sensação de leveza excessiva e incoerência parecia sensacional agora. Alguma coisa caia em seus olhos, e levando a mão até eles descobriu ser seu cabelo.

Havia uma porta no canto do quarto; era um banheiro. Impressionante! Riu de novo. Andou até a pia, e chocou-se com uma cabeça flutuando no espelho. Cabelos muito loiros e muito lisos, caindo sobre os olhos. Olhos muito cinzas e muito ferozes, com cílios muito longos. Traços que seriam angelicais se não tivessem um ar muito arrogante. Tudo era muito alguma coisa. Com um choque, percebeu tratar-se de seu próprio rosto!

Ergueu a mão para tocar a face, e o fizeram a mesma coisa, do outro lado do espelho.

- É, eu sei. É bizarro, não é?

Peloespelho, ele viu ele mesmo encostado na parede atrás dele, de forma descontraída. O Outro Eu sorriu com escárnio.

- Já estava me deixando preocupado. Pensei que não ia acordar mais.

- Bem, acordei. – Respondeu com ar de tédio que lhe pareceu natural. Virou-se para encarar o Outro Eu. – Acho que não estava muito divertido.

O Outro Eu ergueu as sobrancelhas com interesse cínico.

- Sonhos ruins?

- Pode ser. Está tudo confuso, ainda.

- É normal. Você levou uma surra bem grande, cara.

- E você, é alguma espécie de amigo imaginário? – Ele rebateu com o mesmo cinismo. – Meu anjo da guarda, talvez?

- Não acha que está muito grande pra ter amigos imaginários? – O Outro Eu deu outro sorrisinho. – Quanto ao Anjo da Guarda... Você já o perdeu há muito tempo.

- Ah, sim?

- Ah, sim. Eu tento manter você vivo, por nós dois. Não é preciso encontrar definições. Pelo menos por agora.

Ele ponderou aquilo tudo por um tempo, então balançou a cabeça. Era pensar demais e ele não estava bem. Dando as costas ao Outro Eu, ele andou até a janela. O chão parecia afundar um milímetro a cada passo. As paredes cambaleavam como se ele estivesse olhando através de uma lente de aumento.

- Vai se jogar da janela? – O Outro Eu perguntou ironicamente. – Se você bater as botas, eu vou junto, sabe. Tenha consideração.

- Cala a boca! – Disse entre dentes. Sua língua parecia estar ficando pesada. A sensação de leveza e incoerência tinha passado.

- Você está ligadão, cara. – Não conseguiu mais olhar as malditas luzes piscantes e voltou-se para encarar o Outro Eu. – Sabe isso que estavam injetando na sua veia? A.S.R. Daqui a pouco passa.

A chuva parecia ter se tornado mais forte. Um zumbido irritante começara na sua cabeça. Você me deve!

Apertou as têmporas com as mãos. Você está perdendo...

- ... tempo, cara.

- O que foi que aconteceu, porra! – Estava ficando difícil enxergar alguma coisa. O mundo em volta dele estava girando, e ele continuava parado.

- Eu sei o que você sabe, amigo. Só isso.

Ora, mas não é que você já está perdido de novo?

- Eu não vou dormir de novo! – Não ouvia mais sua própria voz. Mas sabia que devia ter soado desesperada. – Eu não vou...

Morrer de vagar...

Então ele entendeu, com um aperto no peito, o que estava absurdamente errado. Ele olhou o rosto calmo do Outro Eu.

- Quem sou eu?

A porta foi escancarada. Ele não sabia quem tinha entrado no maldito quarto, não interessava mais.

- Quem sou eu, PORRA?

Ainda não é hora pra isso, certo?

Duas enfermeiras correram em direção a ele, e ele teve um vislumbre de ridículos chapéus. O Outro Eu se dissolveu como se fosse feito de fumaça, quando uma delas passou através dele.

São os monstros do seu conto de fadas.

- QUEM SOU EU, MERDA? – Gritou com toda a força na direção das pessoas que entravam, ignorando a dor na garganta. Agora apertava a cabeça o máximo que podia.

Estão por todo lado...

Não há mais sentido nisso, certo?

Você está caindo...

- Não... - Morrer de vagar...

Ele sentiu quando as enfermeiras o seguraram. Sentiu-se ser arrastado para a cama. E sentiu quando a agulha penetrou na carne da sua mão...

- Eu não me lembro! - Ele sussurrou pra ninguém em particular.

- É claro que não. – Ele ouviu a voz do Outro Eu, absurdamente clara. – Você é a merda do Demônio caindo.

Demônio caindo... O Inferno era um deserto na mente dos loucos. Era ruas vazias quando você não queria estar só.

Tudo desapareceu.

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N/A: Bom, esse foi o cap. II. Obrigada pelas reviews, continuem mandando.Adoro le-las.Para minha querida Mel Deep Dark, eu resolvi colocar essas notas d última hora.Deveria ter colocado no primeiro cap, mas não me lembrei.

Td serádo ponto d vista do Draco,mas alguns caps. seraum contados por outros personagens.Ele sofreu um trauma e perdeu a memória.Os amigos dele parecem estar escondendo alguma coisa d seu passado e ele é perseguido por pessoas estranhas,q kerem cobrar uma dívida.Se depender d mim, o final será realmente surpreendente...(hã,hã, vcs vaum ter q leer!)

O primeiro cap. foi qnd o Draco xegou no hospital delirando, como eu espero q vcs tenham entendido-meu modo d escrita pode ser meio confuso,ñ sei. Me avisem se tiver mt ruim! XD-. Agora ele acordou no hospital bruxo. Estavaxapado totale tinham removido as cicatrizes com magia.As frases em negrito eram apenas lembranças qñ estavam, precisamente, em ordemd dialogo. Mts deles estavam soltos.A.S.R foi uma morfina bruxa q eu inventei d ultima hora. Tem efeitos alucinoginos, ao q parece.O.o

Essa fic será basicamente uma eterna alternância entre fantasias e memórias-do Draco na maioria das vezes-e realidade, intaum pode ser q fike um pouco confuso em certos momentos, mas qulqr dúvida,perguntem!XDHaverá mt confusão psicologica.

Bom, obrigada por lerem, mais uma vez. Continuem lendo! XDQualquer duvida, responderei no próximo cap. Bjsssssssssss!