OBS: O que estiver em aspas e itálico, será um pensamento, uma lembrança ou um sonho.
No último capítulo...
- . . . Até logo. Quando eu estiver com vontade, virei buscar a menina, a sua cabeça e depois mando meus servos tomarem suas terras. – ela sorriu, montou no cavalo e foi embora, sem nem olhar para trás.
- Nos veremos de novo, Hanayuki. Só que da próxima vez você será minha noiva... – Falou ao vento, como se ela pudesse escutar as palavras baixas dele.
Fim do último capítulo.
Hanayuki levou uma semana para voltar às suas terras, onde recebeu um interrogatório de seus servos, os quais, ela nem deu atenção. Há muito tempo ela não voltava ao castelo, estavam curiosos com sua vinda.
- Hanayuki-sama! Como foi com o Lorde do Oeste, o Príncipe Sesshoumaru? – Perguntou um ser verde de olhos negros, do tamanho do Jyaken, mas com aparência de dragão chinês.
- Anh... Haru... como você sabe que me encontrei com ele...? Huh... – Andava no meio de seu jardim, que era muito vasto, como se procurasse por algo – Bem, foi uma conversa... – custou um pouco mais a responder – interessante! – Finalizou. Este fora o único servo que ela respondera, pois ele era um ótimo conselheiro para ela e acompanhava-a desde que era criança, para quase todo o lugar. Era como um pai, irmão, ou coisa assim, só que submisso a ela.
- Hanayuki-sama... Espero que ele não tenha conseguido te persuadir, pois ouvi falar que ele convence a mulher que ele desejar, a se deitar com ele... e já que você é muito bela, ele deve ter tentado convencê-la, não?
- Sim, sim. – respondeu, sem dar muita atenção.
- Mas você não caiu, não é, Hanayuki-sama?
- Não... Mas ele me pediu em casamento. – Comentou, muito desinteressada com a conversa.
- O quê! Como é que é! – falou o dragão, chamado Haru.
- Pois é. Ele disse que sou a primeira mulher que ele fez essa proposta. Duvido muito. – Falou, pegando uma flor vermelha e destruindo-a – Haru! Será que até do jardim, eu devo cuidar sozinha! Eu já disse para não colocar flores vermelhas no meu jardim! Já basta a minha meia lua vermelha...
- Hanayuki-sama... – havia uma gota enorme na cabeça de Haru – esse lorde nunca pediu nenhuma garota em casamento, de acordo com nossos informantes de confiança. Eu ouvi falar também... que quando ele quer muito alguma coisa, ele não desiste fácil. – falou, ignorando o que ela dissera sobre as flores.
- O que está insinuando, Haru? – Agora ela dava-lhe mais atenção e havia uma gota enorme na cabeça dela, também – Que ele irá atrás de mim até aqui, se for preciso?
- Err... Acho que sim, Hanayuki-sama... – Ele diminuiu o tom de voz.
- Ah, não... eu não quero aquele youkai cachorro atrás de mim... "Principalmente aquele cachorro!" Antes um Deus, a um youkai... soldados! – gritou para alguns fiéis que vigiavam o jardim, coisa que não era muito útil num castelo como aquele... – Fiquem de olho nas nossas terras! Não deixem que nenhum youkai estranho entre nelas sem minha permissão! "Já que meus servos não têm nada a fazer aqui no meu castelo e já que logo ficarei impossibilitada, vou despachá-los..." – deu uma longa pausa – Avisem os youkais, hanyous e humanos de todo o sul que forem fiéis a mim! Vocês irão à guerra e, se for o caso, irão até o inferno para mim! – Deu esta ordem com pose de general.
- Haru! – gritou Hanayuki, dez minutos depois – Vá até aquele Daiyoukai, Sesshoumaru e pegue a criança humana que está com ele usando seus poderes de esconder a energia maligna, seu cheiro e sua aparência! – Ordenou, parecendo estar de muito mau humor.
- Sim, Hanayuki-sama! – O pequeno dragão obedeceu, sumindo no ar, mas na verdade, ficara transparente.
Alguns dos soldados que estavam lá, ou melhor, generais das tropas mais poderosas que há tempos nada tinham o que fazer, obedeceram e saíram com seus subordinados, avisando toda a sua terra e preparando-se para o pior.
Geralmente, Hanay não ficaria tão preocupada com algum visitante inimigo e nem usaria suas tropas, que ela pensava que seriam para sempre inúteis... mas, o problema, era que aquele visitante era um cão muito poderoso e em poucos dias ela entraria no cio. Ela não deveria nem chegar perto dele nessa época. Não era à toa que youkais cães em seu castelo eram proibidos. Seu povo o retardaria o máximo que pudessem enquanto ela estivesse com esses problemas. Depois, ela se livraria dele.
Enquanto isso, Sesshoumaru e seus 'protegidos' andavam em direção ao sul do Japão.
- Sssessshoumaru-sssama! Aonde essstamos indo? – perguntou um Jyaken, com uma criança humana lhe incomodando e correndo em volta dele, falando besteira.
- . . . – O lorde não respondeu, parecia imerso em seus pensamentos, como sempre.
- Sesshoumaru-sama! O senhor está de mau humor? – Perguntou a menina, Rin, agora correndo em volta do lorde.
- Sim. – respondeu friamente e sem nenhum interesse de puxar uma conversa, algo comum para ele.
- "Aie! Sssessshoumaru-sssama sssempre resssponde o que a pirralha pergunta!" – Pensou o sapo.
- Sesshoumaru-sama, onde estamos indo? – perguntou a garotinha, muito sorridente.
- "Aposssto que agora ele vai resssponder!" – Jyaken pensou.
- . . . – Dessa vez, ele não respondeu nada e Rin também não deu muita importância por ele ter ficado quieto, já estava acostumada.
- "Pelo menosss de vezzz em quando Sssessshoumaru-sssama resssponde à Rin... Ele nunca me resssponde..." – Fez cara de choro.
Mais três dias se passaram, Sesshoumaru estava muito próximo ao sul do Japão. Enquanto se aproximavam, Haru observava-os. Ele queria ter certeza de que nada falharia, então decidira analisar seus costumes por alguns dias...
- "A garotinha humana fica brincando o tempo todo e não sai de perto do Lorde. O sapo inútil fica brigando com a garotinha e mandando que ela fique calada. O Lorde não dá atenção a nenhum dos dois." – Pensou Haru– "Será mesmo que a menina vai fazer falta a ele? Ele parece não se importar com ninguém..." – apareceu uma gota na cabeça dele. Como diria à Hanayuki que não ia fazer diferença alguma caso ele seqüestrassea garotinha? O Daiyoukai parecia estar nem aí para o resto do mundo!
- Sesshoumaru-sama! O Jyaken não quer brincar comigo! – falou a menina, fazendo cara de criança chorona.
- . . . – Por alguns segundos, o Daiyoukai ficou calado, logo se pondo a falar. Haru assistia a tudo não muito de perto, pois o Daiyoukai poderia ouvir ele se aproximar ou sentir que a direção do vento, mas não o cheiro deste, mudara. – Jyaken. – começou.
- Sssim, Sssessshoumaru-sssama? – Perguntou, morrendo de medo.
- Vá brincar com a Rin. – Virou o rosto para o céu, como quem não quer mais ser perturbado.
- Masss... Sssessshoumaru-sssama...
- Já. – ordenou o príncipe, encarando-o, agora, com 'aquele' olhar.
- "Engano o meu." – pensou Haru – "Ele se importa mais com a menina do que aparenta! Vou seqüestrá-la, então. Mas... Ela nunca sai de perto dele! Se eu não capturá-la em mais alguns dias, Hanayuki-sama vai me castigar..."
- Jyaken! – gritou Rin – Vamos brincar de pega-pega!
- Sssim...
- Venha me pegar, Jyaken! Como você é lerdo! – sai correndo, pra longe do sapo.
- "Nossa! Isso é que é coincidência! Exatamente o que eu queria!" – pensou Haru.
Ele esperou que a criança se distanciasse o suficiente do lorde e do sapo e se preparou para atacar. Ele estava quase dando o bote nela, quando...
- Nem tente, dragão. – falou o príncipe, aparecendo na frente dele rapidamente e segurando-o pela cabeça. Sesshoumaru manteve a boca dele fechada, segurando forte.
- Ah! Sesshoumaru-sama! – começou a menina – Como o senhor é rápido!
- Agora, dragão, eu irei soltá-lo lentamente – falou o lorde, observando o ser transparente ganhar cor – e se você tentar fugir ou atacar e não responder às minhas perguntas, irei decepá-lo.
Sesshoumaru soltou Haru lentamente, o qual, estava com medo de ser feito em pedaços e preparou-se para entregar o jogo.
- "Nunca vi tal habilidade antes a não ser em Hanayuki-sama..." – pensou Haru – "Ninguém, com exceção dela sentira a leve mudança de direção do vento enquanto me movo... Esse youkai... será um perigo para ela..."
- Então, dragão, quem te mandou aqui? – perguntou o príncipe.
- Me chamo Haru, e não dragão. Hanayuki-sama me mandou seqüestrar a criança humana que estava com você... assim você seria mais 'cauteloso' ao se aproximar dela, enquanto...
- Enquanto...? Continue. – falou o Daiyoukai, já tendo a certeza de que ela dera essa ordem por estar quase no 'cio'.
- . . .
- . . . – Sesshoumaru deu um sorriso malicioso, fazendo com que o dragão demonstrasse uma expressão leve, quase imperceptível mas visível para o Lorde, de susto.
- Se você descobriu, ótimo. – respondeu Haru grossamente, ao perceber que Sesshoumaru havia percebido. – Agora que você sabe o motivo, irei pegar a criança.
- E quem disse que irei deixar? – perguntou, sem dar muita atenção a ele.
- Assim – Haru mostrou sua verdadeira forma. Seu nome, em nada combinava com ele. Era um dragão enorme, de olhos fundos e negros. Havia uma cicatriz na barriga dele que ia até o pescoço, mas esta não aparecia quando ele estava na outra forma. Em volta do pescoço dele também apareceu um tipo de corrente, com um pingente com a forma de uma meia lua, como a que Sesshoumaru tem na testa. Esta corrente também só apareceu quando Haru demonstrou sua verdadeira forma.
- Ow... e você acha que me assusta tomando a sua verdadeira forma, dragão? – desafiou Sesshoumaru, sem se mover.
- Grrr... Creio que não... mas... tenho capacidade de levar a criança agora... – Ele cuspiu uma meleca na direção do Daiyoukai, que desviou com facilidade.
- Isso não passa de veneno ácido cuspido, – falou o lorde – não vai me fazer mal.
- Pode não fazer mal a você... mas fará a eles. – apontou com a cauda na direção de Rin e Jyaken, que estavam próximos à gosma.
- . . . – continuava com aquele semblante impassível, como se nada tivesse acontecido.
- Por acaso você não se importa com seus protegidos? Tenho certeza que sim...
- Por que eu deveria me importar, caso eles morram? – Falou friamente, como se realmente não se importasse com eles.
- Eu disse que faria mal a eles, e não que os mataria.
- Huh... – Mesmo com a criança e o sapo desmaiados com o cheiro, o Daiyoukai sorriu. Ele sabia disso. Sabia que aquilo não era mortal. Ele podia sentir o cheiro da morte... E sabia que não era a hora de Jyaken e Rin.
- Por que você está sorrindo, cachorro? – falou de forma ríspida.
- . . . – como sempre, ele preferiu não dar respostas.
- Já que ficará quieto, pegarei a criança... – Haru se aproximou. Sesshoumaru o atacou sem usar muita força, e recebeu o ataque de volta. O Lorde voou longe, mesmo com um contra-ataque fraco. Caiu de pé e não voltou a atacar. Ficou apenas observando, em silêncio.
- Eu não sou tão fraco assim, Lorde... Viu como te mandei longe? – ele pegou a criança desmaiada e enrolou-a cuidadosamente com sua cauda, parecia não querer nenhum dano a ela.
Sesshoumaru apenas sorriu, não fez nada para impedir que o dragão levasse Rin. O que ele pretendia com isso?
- "Se eu quisesse, teria te matado há dias, enquanto me observava... Mas resolvi esperar para ver o que você queria..." – O Lorde pensou, sem perder o sorriso demoníaco.
Já havia passado algumas horas... Jyaken estava acordando.
- Sssessshoumaru-sssama! Onde essstá a menina? – Perguntou, pois Sesshoumaru nunca a deixava fora de seu campo de visão.
- . . .
- "Yare, yare... quando ele vai começççar a resssponder minhasss perguntasss?"
- Aquele dragão a seqüestrou. – falou friamente.
- Anh... "Sssessshoumaru-sssama me ressspondeu... finalmente..." – chora de felicidade – Masss... Sssessshoumaru-sssama... Pensssei que vocccê não fossse deixar a menina ssser levada embora...
- Rin Irá convencer à Hanayuki que deve ficar comigo. "Rin conquistará a confiança de Hanayuki, trazendo-a até mim."
- Sssessshoumaru-sssama... Desssculpe perguntar, masss... Quem é... Hanayuki...?
- É a Senhora do Sul, minha noiva.
- O quê! – Falou, assustado. Afinal, não era todo dia em que alguém que diz não precisar nem gostar de ninguém arranjava uma noiva – "Bem... pelo menos, ela deve ser uma youkai... melhor uma youkai do que uma humana... Sesshoumaru-sama não cometerá o mesmo erro de seu pai e também não cairá no amor..."
Hanayuki esperava a volta de Haru. Como sempre, estava sozinha, mergulhada em seus pensamentos. Ela não gostava muito de companhia... Era, de certa forma, muito parecida com o Sesshoumaru.
- "Acho que... por um instante... eu desejei estar realmente casada com ele... Mas... eu não posso... Tenho que governar minhas terras, do jeito que prometi para mim mesma quando criança: sozinha." – pensava. Seu rosto demonstrava uma leve tristeza, a qual era imperceptível – "Meus pais nunca me davam atenção, e logo morreram... cresci sozinha, matei sozinha, aprendi a viver sozinha... eu também não posso chamar meu povo de companhia... eles só querem que eu os proteja, e me temem muito. Aprendi, também, a nunca depender muito de ninguém, e que isso ficasse bem claro aos seres vivos desse mundo... E assim será, até que eu morra... não continuarei minha linhagem."
Hanayuki estava bem distraída, já era de noite e ela estava sentada em seu jardim, observando a beleza das flores noturnas que ali residiam. Ela nunca parava no seu castelo, estava sempre viajando, como a maioria dos Lordes youkais do Japão. Agora que estava lá, tinha que aproveitar... Ela não podia chamar aquele lugar de 'lar'. Era muito quente, o que não lhe agradava muito. Sem contar que o castelo já tinha muitos moradores... Mas a maioria fora à guerra, estava tudo silencioso, tranqüilo. Ela apreciava aquela tranqüilidade... e como.
- "Haru está chegando, com a criança..." – pensou, sentindo o vento bater nas suas costas e trazer o cheiro de seu servo.
O dragão, na sua verdadeira forma, pousou com a criança humana, que já não estava mais presa pelo rabo dele. Ela estava sentada na cabeça dele, cantarolava e apreciava a noite, ao mesmo tempo em que conversava com Haru. Ele a colocou no chão. Pelo o que dava para ver, ela já estava acordada há algum tempo, e parecia não ter medo dele.
- Ah... Haru! Por favor! Vamos passear mais! Estava divertido! – Disse Rin, sorrindo e correndo na frente do dragão.
- Agora não, Rin. Minha senhora quer vê-la. "Ela tem muita energia... parece Hanayuki-sama quando criança, mas a diferença é que Rin é muito feliz... E a felicidade da minha Senhora era sempre muito momentânea... Não durava mais do que alguns minutos... Rin parece estar sempre feliz. Gostaria que fosse assim com Hanayuki-sama."
- Hum... Haru. Pelo o que me parece, já fizeste amizade com a criança... – Disse, virando-se e observando à situação calmamente.
- Sim... Ela foi uma ótima passageira, foi muito boazinha e gostou de mim, Hanayuki-sama. – Comentou, voltando à sua forma pequena.
- Haru... você sempre fez amizade com filhotes facilmente, não? – Hanayuki sorriu. Eram raras as vezes que ela sorria, e isso só ocorria quando era para alguém a quem ela prezasse, como Haru, um servo que se tornara um tipo de pai, ou irmão para ela.
- Sim... Eu gosto de crianças... É por isso que o meu nome é Haru... não é pela minha aparência, mas sim pelo meu coração. – Haru olhou para os lados, procurando a menina. Ele sentia o cheiro dela próximo, mas se confundia um pouco com as flores noturnas do jardim.
- Ah! Que flores bonitas que vocês têm! – Disse Rin, sorrindo e admirando algumas flores.
- Sim, - respondeu Hanayuki – se você quiser, pode pegar algumas para você.
- Muito obrigada, senhorita...?
- Hanayuki, ou Hanay. O qual você preferir... – respondeu a Deusa, que usava um quimono verde-água, com enfeites pequenos de flores azuis escuras.
- Hanay-sama! E eu me chamo Rin... – completou - Mas... – A menina parara de sorrir - Eu preciso voltar para o Sesshoumaru-sama, agora.
Hanayuki, que sorrira também, ficara em silêncio, e séria. Ela fez um movimento com a cabeça para Haru, que se retirou dali sem falar uma palavra.
- Você não pode voltar para ele, pelo menos não por mais ou menos um mês... Você será minha prisioneira.
- Mas... Ele deve estar sentindo minha falta! E eu nunca durmo enquanto ele não estiver comigo... Ele é como um pai pra mim...
- Criança... – falou Hanayuki – Você é minha prisioneira, não poderá vê-lo. Entenda.
- Eu quero o Sesshoumaru-sama! – gritou. A expressão da criança era de desespero, ficar longe dele era o mesmo que ficar longe de um pai...
- Não. Você só o verá em um mês... "Ou mais... dependerá muito do meu humor até lá..."
- Eu tenho certeza de que ele virá me buscar em pouco tempo. Da outra vez que fui seqüestrada, pelo Naraku, ele foi me buscar... Não será diferente agora...
Hanayuki sentou-se ao lado dela e mandou que Haru se retirasse.
- É claro que Sesshoumaru irá te buscar... Mas eu preciso que ele leve um mês, ou então, eu vou ter graves problemas... E eu não quero que ele me traga problemas. Para ele não se aproximar, ficarei com você.
- Mas... Se ele pretende te fazer mal...
- O que foi? – perguntou, pois a criança parara a resposta.
- É que... Agora que eu estou longe dele, ele vai ficar bravo... e virá correndo me buscar, que nem da outra vez... Aí, acho que ele levará apenas alguns dias ou até horas pra chegar aqui... Isso seria ruim para a senhorita, não?
- Seria... Mas ele vai ficar muito bravo por eu ter pegado você e virá para cá com muita raiva. A raiva descontrola os seres vivos. Ele irá enfrentar muitos inimigos para chegar até aqui, mas ficará distraído pela raiva. Assim, acho que ganho mais uma ou duas semanas de liberdade...
- . . . O que a senhorita quis dizer com mais uma ou duas semanas de liberdade? "Será... que o Sesshoumaru-sama ficará bem...? Espero que ele não se machuque... Eu tenho que sair daqui, o mais rápido possível."
- Seu senhor pretende tirar minha liberdade... Mas creio que o método que ele usará não venha ao caso, agora.
- Tá...
Elas ficaram sem conversar por um bom tempo. A criança parecia querer falar algo, mas ficara quieta o tempo todo. Quanto mais silenciosa ficava a noite, mais sono Rin sentia. Hanayuki percebeu que a criança estava quase cochilando, mas ela parecia se esforçar para não dormir.
- Rin... você quer se deitar no meu colo? – perguntou a Deusa, esperando que a criança aceitasse e dormisse.
- Não. Eu vou ficar acordada até o Sesshoumaru-sama vir me buscar...
- Você não pode ficar acordada por um mês, criança. Deite-se aqui, mais tarde te levarei para dentro do castelo...
- Não quero. – respondeu.
Mais algum tempo se passou... Talvez uma hora, algo em torno disso. Rin, sem mesmo perceber o que estava fazendo, deitou-se no colo da Deusa, a qual, já esperava que isso ocorresse.
A Deusa pegou a criança no colo, assim que esta caiu em sono profundo. Hanayuki a levou para um quarto no castelo, próximo ao dela. Era um típico castelo japonês de um poderoso Lorde: grande, com tatame, Futons ao invés de colchões, armas de inimigos mortos enfeitando-o, pinturas de batalhas... Os quartos dos servos eram separados, ficavam do outro lado do castelo e eram bem mais simples.
O castelo estava silencioso, mesmo que muitos dos youkais que vivessem ali não dormissem muito. A maioria deles havia saído para deixar Sesshoumaru longe do castelo... Afinal, não ia adiantar muito que eles protegessem Hanayuki lá mesmo... Seria tarde demais... Ele a veria. Este era um motivo para deixá-lo ainda mais nervoso e fazer com que matasse todos os servos dela, numa patada com sua verdadeira forma... Só anteciparia a 'prisão' dela. Havia ainda, para proteger o castelo e seus moradores, uma barreira em volta deste. Talvez Sesshoumaru não conseguisse atravessá-la... Ou talvez conseguisse. Era melhor prevenir, não?
Hanayuki saiu para o jardim assim que colocou a criança no futon. Ela sentou-se e começou a meditar.
- "Sesshoumaru... Quantos problemas você ainda trará até mim...?" – devaneou ela, enquanto observava a lua. – Será que ele também está te observando...? – Falou, passando a mão no pescoço, exatamente onde está a meia lua vermelha. – "Por que a maioria dos youkais cães não possui essa marca...? Eu gostaria de não tê-la, se isto fizesse Sesshoumaru ficar longe de mim... Mas não é só por isso que ele quer se casar comigo... Ele quer minhas terras também... Apenas isso. Nada mais." Nada mais. – Repetiu em voz alta, mais para afirmar que ele não nutria nenhum sentimento por ela.
O vento batia no rosto dela, levantando seus cabelos. Ela mantinha uma expressão calma e triste...
- Haru – falou Hanayuki – Quanto tempo pretende ficar aí escondido, me observando? – perguntou, com voz indiferente.
- Hã... Desculpe, Hanayuki-sama... É que a senhorita está muito distraída ultimamente. Algum problema, Hanayuki-sama?
- Será que você não enxerga o meu problema, Haru...? – comentou, pois dava pra ver tranqüilamente que ela havia se interessado pelo Lorde...
- Hanayuki-sama... Quer que eu cancele a ordem de atrasá-lo e deixe que ele chegue até aqui? A Senhora... o deseja?
- Quero que você apenas mande matá-lo, e não só atrasá-lo. Recuso-me a casar com ele.
- Sim...
- Mande os irmãos matarem ele.
- Os irmãos...? Mas... Hanayuki-sama... eles não irão me obedecer... você sabe que a ordem deve vir apenas da Senhorita... E é muito perigoso que eu vá procurá-los... Eles odeiam mensageiros. Vão acabar me matando e ignorando as suas ordens.
- Haru... Você está com medo? – Riu ela.
- Err... Hã... Sim... – gota.
- Haru... Você é um inútil. Não sei o porquê de ainda não ter te matado... – Fechou os olhos, se levantou e criou aquele cavalo de gelo de antes. Ela montou nele e saiu voando.
E aí? Gostaram? Espero que sim . vamos às respostas das reviews:
Lori Nakamura – Oiii! Bem, o Sesshy vai se casar com a Hanay, sim. Mas pra conseguir isso, ele vai ter que, literalmente, caçá-la. O.õ" Ele vai ter muito trabalho pra convencê-la, ela é muito teimosa e fará com que o Sesshy tenha... algumas 'pedras' no sapato XD Obrigada pelo comentário! Bye! Beijokas!
Tamires – Oie, obrigada pela review! . Eu levei um século pra aprender a mexer aqui no FanFiction...(Tá bom, levei só algumas horas... u.u") fucei um monte nele, até descobrir como é que funcionava! E tinha dias que eu esquecia como é que eu fazia pra postar... ¬¬" Mas, depois que eu mexi em tudo o que devia e não devia, peguei o jeito! . Tchau, beijos!
TaiNatsu –Olá! Thanks pela review! XD Você acha mesmo que eu escreveria bem um hentai? O.õ" Bem... se você diz, talvez eu escreva um pra essa fic . Que tal? Ja matta ne! Kissus!
Mi-chan – Oi! O Inuyasha vai aparecer na fanfic sim, mas ele não aparecerá muito, okay? . Ele aparecerá (provavelmente) lá pelo capítulo 6... (Se eu já comecei o capítulo 6? Não... nem comecei o 5, mas já tenho tudo formado na minha cabeça, ¬¬ só torça pra que eu não esqueça XDquando as aulas recomeçarem Ç.Ç Isso seria horrível... #começa a escrever um resumo 'básico' nos cadernos da escola que deveriam ser usados para lição de casa# XP) E não se preocupe, vou fazer ao máximo para que essa fanfic não se torne novela! Principalmente se forem mexicanas (não que eu tenha algo contra novelas mexicanas... Ù.Ú") mas bem, vou tentar fazer com que o final fique um pouco mais sério... Não se preocupe quanto a isso, oka? Beijos, bye!
Saninha – Oi! Obrigada pelo comentário! Bye, kissus! Espero que tenha gostado desse capítulo! n.n
Até daqui a duas semanas! Ja ne, minna!
