N/A: Aaahh! Muito obrigada pelas reviews, eu não esperava tantas...rs! Como muitas não deixaram e-mail pra eu responder, vou fazê-lo aqui, então, ok! (Hum, eu ouvi dizer q estava proibido fazer isso, se alguém tiver confirmação, please, me avisem!)
miaka - Yeap, acho que ela não está assim tão preocupada por ter sido ela a dar o pé na bunda, né! E sim, Max vai dar o que falar, ah vai...rs!
Diana Prallon – Huahauha... Saltitando em campos verdes! Eu adorei isso e também você ter aparecido... Qto tempo!
Miri – Com certeza! Quanto mais brigas, melhor! ;)
ckarol, Ysa, Ana Felton, Lika, Ashley Malfoy, Helena Black – Nhá, thanks pelo apoio!
bel – Hum, meu ritmo é bem devagar, por isso eu ñ gosto de postar fics antes de quase terminá-las, então, por favor, mta paciência! Qto aos cabelos dele, num sei... Talvez podemos colocar isso como um último recurso p/ conquistar a Gina! Ela ñ resistiria, nem eu! rss! E cenas fofinhas? Eu ñ sei qdo...
Nami Nayuumi – Bom, no prólogo eles tinham 15 e 16 e no 1º cap, 21 e 22... Cinco anos sem se verem... (Oh, o mesmo tempo de AE...rs!). Sim, os cabelos vão mudar, mas não logo.
Duda Amaral, Rita– Pra dizer a verdade, nem eu consigo imaginá-la morena...rs! Mas eu vou resolver isso...
Sorry, mas a fic não está betada... Então ignorem quaisquer possíveis erros!
Hum, o cap não está muito emocionante, mas espero que vcs gostem...
Capítulo dois – Proteções familiares
Parecia ter voltado ao passado: o ruído dos talheres, as conversas embaralhadas e as provocações dos gêmeos em cima de Rony. Era como se nunca tivesse abandonado aquela rotina familiar e aconchegante. Claro, agora não havia varinhas falsas espalhadas pela mesa ou Percy dividindo o espaço de seu prato com um livro, mas ainda assim, era como antigamente. Tudo parecia retroceder e Gina estava começando a recear até onde ela iria preferir ficar com o passado e abandonar o presente...
"Você comeu tão pouco, querida... Pensei que estivesse acostumada com o tempero romeno..." – Molly comentou, os olhos postos na comida quase intocada no prato de Gina.
A ruiva deu um sorriso de desculpa e tratou de enfiar uma garfada na boca para agradar a mãe. Não quis comentar que na verdade, não havia tanta pimenta na comida romena. Além do mais, não parava de cortar os irmãos que insistiam em criticar e ridicularizar seu namorado. Molly explicou ser ciúme, já que era a segunda vez que Gina traria um namorado para A Toca.
Gina acenou em concordância, mas não quis prolongar o assuntou, pois isso lhe traria recordações que pouco gostaria de se lembrar.
"Carlinhos gosta desse cara?" – Fred perguntou, acentuando a última palavra com uma careta de desconfiança.
"Bom, eu acho que se ele não gostasse, não o teria apresentado para mim, não?" – ela respondeu, um pouco mais carrancuda do que queria parecer. Estava começando a se irritar com essa proteção excessiva. Ora, sabia muito bem escolher os namorados! Bem, na verdade talvez tivesse cometido um deslize com o primeiro, mas era a vida e os erros dela.
"Como Carlinhos pôde fazer isso?" – Jorge se indignou, recebendo apoio dos irmãos. Gina revirou os olhos e tentou engolir o assado apimentado da mãe, logo dando um longo gole em seu suco.
"Suponho que ele saiba que Max é um ótimo rapaz e que tem fibra suficiente para encarar alguns irmãos 'inconvenientes'" – Gina cortou, os olhos clamando pela ajuda do pai.
"Ele não tem a idade de Carlinhos, tem?" – Rony questionou. Gina sabia muito bem o que ele queria descobrir, mas ignorou sua suspeita. Seria demais.
"Não" – respondeu, parecendo agradar ao três. – "Mas tem a idade de vocês dois" – apontou para os gêmeos.
Os dois murmuraram entre si que nunca "atacariam" moças da idade de Gina, como se fosse verdade e Rony pareceu indignado pela irmã estar namorando um rapaz "tão" mais velho. Na verdade ele ainda mantinha a idéia de que o par perfeito dela era Harry, mesmo o amigo estando morto. Então Gina deveria estar de luto, chorando sobre o túmulo do herói do século, as vestes negras de viúva e os olhos sem brilho para agradar o irmão.
"O importante, garotos, é que ele é amigo de Carlinhos, então se trata de uma boa pessoa, e também tem um trabalho. Além do fato principal de sua irmã gostar dele. Vocês não precisam gostar ou aprová-lo" – o Sr. Weasley se manifestou.
"E também não podemos deixar de lembrá-los que Gina trata muito bem Angelina, Hermione e Katie" – a Sra. Weasley complementou, deixando claro que mesmo que eles não gostassem de Max, deveriam tratá-lo bem.
"Angelina não se atrasa nos seus compromissos..." – Fred começou, condenando o cunhado por não ter chegado no prazo determinado.
"Katie não tem barba, nem músculos..." – Jorge lembrou, referindo-se a foto mandada por Gina e Carlinhos onde Max aparecia com os braços definidos desnudos e o rosto modelado por uma barba por fazer.
"E Mione não faz com que tenhamos que comer essa comida de dragão!" – Rony reclamou, a língua para fora como se estivesse expelindo fogo.
Gina revirou os olhos e começou a ajudar a mãe a recolher a mesa, apesar da insistência de que ela deveria ir descansar.
"Mas você sabe, pai, nós só fazemos isso para o bem de Gina" – Fred se explicava com Arthur enquanto saía do aposento. "Afinal, não queremos outro Malfoy enfurnado na vida dela...".
Gina curvou os ombros, cansada, tentando ignorar o comentário do irmão que insistia em ecoar em sua mente enquanto enxugava os pratos. "Draco fez tão mal assim para mim e só eu não pude perceber?". Logo ignorou seu pensamento. Sabia que não fora prejudicada, em nenhum momento, pelo antigo sonserino; afinal, fora ela que insistira em comunicar o namoro aos pais e também meses depois, terminara com ele. Se alguém fora o vilão, provavelmente teria sido ela! "Não... Draco nunca me deixou penetrar tão fundo a ponto de conseguir magoá-lo. Talvez por isso..." Gina não terminou seu raciocínio, assustando-se com o prato que acabara de derrubar e com sua mãe enxotando-a da cozinha para o quarto.
...dracoEginaEdracoEginaEdracoEginaEdracoEgina...
Era semana de Natal e ele não estava em casa! Perguntou-se o quanto seus pais estariam repudiando-no não tendo o filho junto com eles para passar o feriado com Weasleys! Não contando a presença do Harry "Potty"...
Seus olhos reviravam toda vez que olhava para algum daqueles enfeites artesanais pregados nas janelas da sala e sobre a lareira. Havia réplicas de Papais Noel penduradas no pinheiro e Draco odiou estar em uma casa onde se cultuavam figuras trouxas. "Somente aqui eu poderia encontrar esse personagem ridículo vindo da cabeça conturbada de trouxas ignorantes..." suspirou.
Mas, claro, todo aquele desagrado não foi relatado para Gina e muito menos transpassado em seu rosto, pois parecia que seus irmãos estavam esperando qualquer sinal de desagrado para expulsá-lo dali imediatamente. O que não seria uma má idéia, visto que ele estava mesmo querendo sair correndo daquela casa.
A fama dos gêmeos em Hogwarts já era grande antes deles escaparem da escola com uma última cena surpreendente, mas naquele ano, pareceu ficar maior, pois seus logros faziam muito sucesso tanto dentro como fora dos muros de Hogwarts. Tendo conhecimento disso, Draco já estava preparado para qualquer peça que pudesse ser pregada em cima de si com doces disfarçados ou objetos enfeitiçados. Mas estranhamente nada de estranho lhe aconteceu, a não ser pelos previsíveis olhos hostis.
"Pensei que você fosse descansar mais" – Gina comentou, remexendo os ovos em seu prato.
"Eu não me deixaria passar mais do que o necessário na companhia de seu irmão e de Potter..." – Draco concluiu, não querendo dar muita ênfase ao fato dele mal ter conseguido dormir com os roncos de Rony e com a inquietação de Harry durante o sono. Não incluindo que só o fato de dividir o quarto com os dois já era motivo para querer pular da janela...
"Eu sinto não termos quart...".
"Eu não me importo" – Draco mentiu.
Gina lhe sorriu e apertou sua mão por debaixo da mesa enquanto a mãe lhes servia mais suco. Sabia o quanto estava sendo desagradável para o namorado estar ali, mas ele não havia reclamado nenhuma vez desde que chegaram.
Pela primeira vez estava pensando que aqueles dois meses anteriores foram totalmente inacreditáveis. Somente agora estava se dando conta de que estava namorando Draco Malfoy com toda sua arrogância, preconceito e ódio por sua família! Olhou para o louro enquanto ele recusava educadamente outro pedaço de bacon e tentou imaginar o que a fizera agir assim, irracionalmente.
Tivera diversas oportunidades de se apaixonar por ele desde que entrara em Hogwarts, então, por que escolhera justo aquele ano, onde tudo se encontrava de cabeça para baixo com os ataques de Você-sabe-quem? Não sabia responder... E nem queria. Estava tudo perfeito enquanto não estava agindo com a razão, então para que começar a complicar? Deixasse seu coração continuar a lhe guiar...
"Bom dia!" – cumprimentou o Sr. Weasley, sentando-se à mesa.
Os três presentes na cozinha responderam e ele começou seu ritual matinal, abrindo o Profeta Diário.
Draco encarou o jornal, pensando se aquela seria a oportunidade de falar. Teria conversado com o bruxo assim que chegara na noite anterior, mas Rony não desgrudara do pai e os gêmeos logo chegaram com os enfeites de Papai Noel, que ocuparam o resto da noite, pois a família achou divertido se ocupar com a tarefa de enfeitar a árvore juntos.
Draco observava tudo sentado numa poltrona junto de Gina, que ria das brincadeiras dos irmãos mais velhos. O louro percebeu quando Rony mostrou alguns feitiços que aprendera enquanto ajudara a montar as árvores de Hogwarts no Salão Principal; função de monitor, ele sussurrou para a mãe, longe dos gêmeos, mas Fred percebeu e começou a enfeitiçar algumas bolas coloridas com os dizeres: "Roniquinho, o monitonto".
Mas naquela manhã não havia ninguém para lhe atrapalhar e ele achou que seria o momento certo para iniciar um diálogo sério com o bruxo à sua frente.
"Sr. Weasley?" – Chamou, ganhando um olhar espantado de Gina enquanto o ruivo abaixava o jornal e olhava com interesse para o garoto. – "Eu acho que devido ao relacionamento de nossas famílias, eu deveria...".
"Ora, não se preocupe com isso, Draco" – O Sr. Weasley o respondeu, o tom amável de sua voz parecendo ser sincero. "Eu não lhe julgaria pelo comportamento de seu pai e tenho certeza de que se Gina confia em você, nós também o podemos fazer".
"Obrigada, papai" – Gina murmurou, sorrindo.
"Mas eu creio que seria melhor para vocês dois, se todos nós pudéssemos conviver pacificamente" – o brilho astuto nos olhos bondosos do Sr. Weasley indicavam claramente que ele estava se referindo a Rony.
"Da minha parte não poderia ser diferente" – Draco afirmou, apesar de um pouco contrariado.
"Eu também espero" – e desta vez foi a Sra. Weasley que falou – "que de nenhum modo Gina saia machucada" – ela parecia muito mais ameaçadora do que Arthur, como se fosse uma raposa protegendo seus filhotes de algum predador.
Isso deu a Draco vontade de rir com a tamanha preocupação dos pais de Gina com o namoro deles. Perguntou-se como seria se outro garoto estivesse no lugar dele... Eles seriam tão precavidos se fosse Potter o candidato a genro? "Óbvio que não" não pôde deixar de concluir, sorrindo internamente.
"Eu nunca faria isso intencionalmente..." – Draco respondeu como se não fosse claro como água. Ele não estaria dividindo um quarto com dois assassinos em potencial – lê-se Rony e Harry – se não gostasse daquela ruiva!
Foi então que Rony adentrou sonolento, os braços sobre a cabeça e as vestes ainda não trocadas. Olhou com desagrado ao perceber que Draco estava sentado à mesa e se sentindo desconfortável com a presença do garoto, tentou voltar para o quarto disfarçadamente.
"Rony, venha cá!" – Exclamou seu pai, arrastando a cadeira ao seu lado. – "Estávamos justamente falando em como você e Draco manterão uma convivência agradável agora que passarão o Natal juntos e serão amigos".
Rony ainda tentou abrir a boca para argumentar, mas sua mãe imediatamente o interrompeu.
"Draco parece concordar que suas brigas anteriores foram coisas bobas e infantis, não é?" – disse, olhando para o louro que fez questão de acenar em concordância, lançando um olhar de desafio ao ruivo.
"Eu, é... Claro!" – Concordou finalmente, como se tivesse outra saída, estando cercado pelos pais.
Gina tinha quase certeza de que nenhum dos dois cumpriria com o que estavam dizendo, mas mesmo assim pegou de novo na mão de Draco e a apertou forte para lhe dar apoio...
...dracoEginaEdracoEginaEdracoEginaEdracoEgina...
Aquele sábado parecia mais cinzento do que realmente era quando Draco olhou pela janela de seu quarto. Na verdade, ele estava com um humor ácido atípico de finais de semana. O pai não voltara de viagem na noite anterior como prometera e Draco teve que adiar mais uma vez o comunicado de que aceitaria o cargo no Egito.
Seus pais estavam muito satisfeitos enquanto ele estava trabalhando no Gringotes, pois concluíam que assim lidaria melhor com os negócios da família. Claro que Draco estava ciente de que um dia tomaria frente dos negócios da família, mas ele não estava disposto a fazer isso antes de realmente precisar. Ou seja, enquanto seu pai estivesse vivo ou longe de Azkaban, poderia muito bem aproveitar para fazer o que quisesse de sua vida. E apesar da idéia dele conviver com múmias e pirâmides cheias de maldições fosse aterrorizante para seus pais, para Draco não parecia haver coisa melhor desde que descobrira que o cargo seria desocupado.
Tudo bem que ele não era do tipo que se chamava de aventureiro destemido, mas também não era mais o garoto assustado – que ele preferia colocar como precavido – de antigamente. Estava cansado de toda aquela monotonia que se abatera depois da derrota de Voldemort – e isso não significava que gostaria de ter os dias de terror de volta – e queria viver em ares diferentes. "Como Gina fizera..." acabou concluindo, involuntariamente.
Logo no fim da tarde, Draco teve seu humor de volta com a chegada de seu pai. Já havia cancelado sua saída com Blás Zabini e Adriano Pucey a um pub bruxo próximo ao Beco Diagonal, pois não conseguiria se concentrar em nada - e isso incluía garotas jogando-lhe charme – até resolver o assunto com o pai. Parecia um simples comunicado a se fazer, mas ele temia a reação dele.
Esperou pacientemente até depois do jantar. Quando seu pai se recolheu na sala de estar com a promessa de que logo Narcisa lhe faria companhia, Draco foi até ele, as mãos fechadas para conter o nervosismo. Não que tivesse medo do pai, mas receava desde pequeno que qualquer atitude sua pudesse desapontar os pais e tinha absoluta certeza de que os decepcionaria com aquela notícia...
"Não vai sair com Zabini?" – Lúcio questionou ao ver o filho sentando-se na poltrona ao seu lado.
"Hoje não..." – Draco limitou-se a responder, os olhos fixos em um quadro com uma floresta montanhosa pintado por Narcisa. Lembrou-se de que quando era pequeno ficava em cima de uma poltrona, a atenção fixa no céu baunilha – (vanilla sky... rsss!) – esperando ansiosamente a aparição esporádica de pássaros selvagens sobrevoando a floresta sobre as montanhas e desaparecendo moldura adiante.
"Muito bom" – Lúcio posou seu copo de whisky de fogo e encarou o filho. – "Preciso lhe apresentar algumas cláusulas do contrato que assinei hoje. Não foi fácil lidar com aqueles místicos bruxos árabes e creio que você precisará viajar comigo algumas vezes para que eles tenham confiança em você também".
Draco engoliu em seco e escondeu seu nervosismo, não encarando o pai. Já havia viajado algumas vezes com o pai desde que acabara a escola, mas não lhe era de total agrado, apesar de nunca ter recusado nenhum dos convites, talvez ordens, na verdade.
"Se houver possibilidade de dispensa no Gringotes, eu terei o prazer de acompanhá-lo, meu pai" – sussurrou em total desagrado, fazendo o máximo para que sua voz não fosse carregada de sarcasmo. Lúcio assentiu.
"Eles valorizam muito os laços familiares, mas parecem desconfiados quando se trata de estrangeiros..." – o Sr. Malfoy explicou.
"Eu não tenho certeza de até quando eu vou continuar a acompanhá-lo nessas viagens..." – falou rapidamente antes que perdesse a coragem.
Lúcio levantou uma sobrancelha levemente e lhe lançou um olhar indagador. Draco sabia que era o reflexo de seu pai e também tinha ciência de que seus olhos cinzas – igualmente tempestuosos como o de seu progenitor – podiam intimidar muitas pessoas. Mas não era nada agradável ter este recurso usado contra si mesmo como seu pai fazia agora.
"E isso seria porque você..." – Lúcio deixou a frase incompleta, esperando a resposta do filho.
"Porque eu me candidatei ao cargo de supervisor no Egito!".
"Egito?" – Repetiu uma voz feminina adentrando a sala. Narcisa também lhe lançou um olhar nada agradável e exigia uma explicação imediata. O pai parecia cético às palavras de Draco e se manteve calado.
"Alguns meses atrás surgiram rumores de que uma vaga muito boa ficaria livre e" – ele tentou imaginar algum motivo convincente para justificar sua súbita fuga, mas não encontrou nada aparentemente bom para que os pais aprovassem – "eu fiquei interessado e procurei saber mais. Claro que não promoveriam um estagiário a um cargo de supervisor assim, tão rápido, mas nosso sobrenome ainda continua muito influente e é quase certo que partirei para o Egito assim que o Weasley voltar para Londres...".
"Você quer ocupar um cargo de um Weasley?" – Lúcio indagou, a voz fria e ainda descrente. Parecia que a menção do nome do antecessor de Draco no emprego pareceu encerrar qualquer possibilidade de aprovação.
Draco respirou fundo. Não estava em seus planos mencionar aquele sobrenome naquela situação, mas deixara escapar descuidadamente.
"Não é uma função qualquer. É muito mais importante do que a que eu ocupo agora".
Sua mãe havia se sentado ao lado do pai e não parecia nada feliz com aquela conversa.
"Você nunca foi até o Egito, não tem idéia de como é lá. Como pôde aceitar assim, sair daqui e ir para um lugar desconhecido?".
"Eu só estou pensando no emprego, mãe. Se vocês dois ainda não perceberam, eu estou progredindo!" – exclamou, começando a ficar irritado.
"Mas há a oportunidade de desistir, não?" – Lúcio disse, um fino sorriso moldurado nos lábios, os olhos astutos.
"Claro que há, sempre há. Mas não é o que eu vou fazer" – respondeu decidido.
"Você sabe muito bem, Draco, que está sendo preparado para assumir os negócios da família... E partir para aventurazinhas pelo Egito não faz parte dos nossos empreendimentos!" – Desta vez a voz de Lúcio não estava nada suave, era quase venenosa. Mas Draco não se deixou intimidar.
"Eu não vejo por que eu devo abdicar das minhas ambições para me dedicar a uma preparação prematura! Não vou assumir nada antes do necessário e creio que o senhor também não vai abandonar seus negócios para que eu tome a frente amanhã!" – Draco segurava duramente o encosto da poltrona para não se levantar.
"Não se trata de assumir agora ou depois. Ou você acha que aprenderá tudo em um dia? Há diversos negociantes como esses árabes que não confiarão em você se o virem uma única vez! Será que já não passou a época de adolescente revoltado? Ou ainda continua a querer nos confrontar com caprichos infantis? E sempre envolvendo aqueles traidores de sangue dos Weasley!" – Lúcio quase gritava.
A menção indireta do seu relacionamento com Gina fez o sangue lhe subir a cabeça e Draco se levantou em um impulso. Narcisa olhou-o, cautelosa, mas Draco ignorou qualquer pedido, furioso com o pai. Perguntou-se o por quê de estar comunicando tudo aquilo aos pais. A vida era dele e ele faria o que bem entendesse dela, não devia satisfações a ninguém.
"Eu não estou me abdicando das minhas obrigações, pelo contrário, adquirirei muito mais experiência com esse cargo. Não pretendo passar o resto da minha vida envelhecendo no sol daqueles desertos. Haverá muito tempo para aprender tudo e eu estou disposto a isso. Mas não agora".
Um silêncio incômodo se abateu no local, as palavras de Draco batendo nos móveis ao redor da sala e o clima tenso contaminando o ar.
"Tudo bem" – Lúcio pronunciou finalmente, deixando tanto Draco quanto Narcisa boquiabertos. "Parece-me que você quer liberdade, independência..." – Draco não se atreveu a se mexer. – "E a terá. Mas acarretará com as obrigações também. A partir do momento que você sair daquela porta para partir para o seu emprego valoroso, não lhe ajudaremos de nenhuma forma" – o que significava claramente que ele não teria um galeão vindo do pai.
Narcisa pareceu horrorizada com a possibilidade de seu filho estar milhas e milhas distantes, ainda mais sem nenhum dinheiro. Mas Draco apreciou a oferta do pai.
Algum tempo depois, os ânimos acalmados e seu futuro próximo decidido, – apesar dos protestos da mãe – Draco sentiu-se tranqüilo. Estava feito e não se sentia nem um pouco arrependido. O emprego lhe ofereceria base suficiente para sobreviver confortavelmente sem ajuda dos pais e ele também tinha alguma coisa guardada em um dos cofres de Gringotes.
Havia acabado de tirar um peso de suas costas. O problema é que parecia haver outra coisa recente o incomodando. Perguntou-se o que era e não conseguiu achar nada que o tivesse causando preocupação. Talvez não quisesse descobrir e encarar, pois já sabia haver só uma solução...
N/A2: Gostaram do quase chilique de Lúcio? Se sim, reviews! E espero q gostem de flashbacks pq haverá mais... E no próximo cap eu prometo um pouco de interação D/G (é, mas sem bjos, Gina é uma garota fiel! Por enqto pelo menos...).
Yellow um pouco mais segura, mas ainda necessitando de comentários...
