N/A: Noxa, eu tenho que colocar mais "amassos D/G"...rs! Quantas reviews! Mto obrigada!
Comentando:
Carol Herzog – Nhaa, qto tempo! Sim, não deixe de aparecer sempre!
miaka – Huahuha... que review maravilhosa! Não me acostume mal...! Eu também adoro comentar detalhes! Nha, Max é tudo mesmo, acho que me empolguei demais na hora de descrevê-lo...rs!
Agathabell Black – Yes, eu também notei isso... Bah, é fase, sabe! Mas o prólogo até que foi meio dramático...rs! Quanto ao Max, eu vou fundar um fã-clube...rs!
Nami Nayuuki – Bom, o Draco melhora à medida que o Max se distancia da Gina! Rs!
Elecktra – Muito obrigada!
Miri – Eu também queria...! Bom, o Max já deve ter uma fila enorme esperando na Romênia, rs!
Helena Black – Oh, nada mais lindo do que um louro doente e precisando de cuidados... Quem resiste?
bIA wEasLeY MalFoY – Nha, obrigada! Também é minha paixão...(Ah, no fds eu leio!)
Duda Amaral – Yes, não poderia se esperar nada menos que um dragão para um Malfoy, né! Veadinhos e cães são para fracos... (Ok, não me matem, isso foi brincadeira...rs!).
PatyAnjinha Malfoy Potter – Yes, dos livros, mas não só dos "Hp e...", mas também dos "Animais Fantásticos..." e "Quadribol...", que na verdade, eu não li! O.o – Peguei alguns nomes no 3V...hehe
Ronnie Wheezhy – Xim, xim! Estou continuando!
Cristina Melx – Nha, obrigada )!
Diana Prallon – Sim... eu só preciso arranjar uma maneira...rs!
Joana – Yes! Acho que dessa vez fui mais rapidinha!
Jasmin Tuk – Nha, eu tinha que fazer isso, ou não ia controlar minha ânsia por triângulos D/G/H...rs! Ah, eu acho que vou escrever mais fics, assim encontro mais pessoas desaparecidas...rsss!
Mystica Black – É, eu percebi que um "quase-amasso" é bem aceito, imagine um amasso de verdade! Rs!
Srta. Wheezy – Sim, quem dera... (Suspira junto...).
Um obrigada enorme para a Simone, muito prestativa e ótima beta!
Bom, o capítulo está morninho, mas eu amei o flash,e espero que vocês também!
Capítulo quatro – Cumplicidade
Sozinho no escuro nesse túnel do tempo
Sigo o sinal que me liga à corrente dos sentimentos
Onde se encontra a chave que me devolverá
O sentido das palavras ou uma imagem familiar
Gina quase levou as mãos à boca quando viu o estado de Draco: o rosto repleto de bolinhas amarelas vivas, quase imperceptíveis na pele pálida, a boca apertada em um sinal de dor e os olhos vermelhos. Ele estava sentando numa poltrona conjurada por alguns dos presentes, que faziam o máximo para ficarem bem distantes.
"Eu não acredito!". – Ela exclamou, cética. – "Ei, você! Não saia daqui!" – Gritou para um estagiário que ia para o corredor dos vagonetes.
"Ninguém sai daqui!". – Max enfatizou. – "Todos precisam tomar a poção antes de saírem daqui ou poderão causar um surto de catapora de dragão no banco. Ei!". – Chamou um duende. – "Por favor, vá até lá em cima e avise que ninguém mais pode subir e se houver alguém que já passou por aqui nas últimas horas, deve descer...! Não, não, duendes não são contaminados!". – Brigou, após o duende sugerir que talvez estivesse contaminado.
"Se vocês tivessem nos avisados sobre qual era o problema, poucos estariam expostos à contaminação agora...". – Gina falava áspera, toda sua pose de boa moça deixada para trás há muito tempo.
"Srta. Weasley, não é seguro discutir tais assuntos por cartas! Informar que temos dragões aqui é oferecer material para que ladrões invadam o banco!". – O Sr. Brown esbravejou.
"Se alguém quiser invadir o banco, não há melhor momento do que agora com um possível surto de catapora ameaçando seus dragões! Se vocês tivessem um responsável descente e tomassem as medidas necessárias na hora certa, não estaríamos tendo esse problema!". – Max acusou, deixando claro no seu sotaque que ele os culpava por serem ingleses com suas ridículas tradições.
"Se você está me acusando de incompetente, senhor Romênia, acho melhor sair daqui!". – O Sub-Diretor falou, a boca cerrada de ira.
"Ele só está dizendo, Sr. Brown, que vocês deveriam ter um responsável pelos dragões que não estivesse ausente" – Gina explicou, tentando amenizar o clima tenso.
"O Sr. MacFusty está de férias desde o mês passado e só volta daqui a uma semana! Não há como contatá-lo naquela ilha maldita a não ser por coruja, que demorará a chegar!".
"Você quer dizer que alguém do clã MacFusty trabalha aqui?". – Max murmurou, incrédulo. – "Um dos membros do clã das ilhas Hebrides?".
O Sr. Brown acenou satisfeito com a cabeça, como se desafiasse Max a acusá-lo de contratar alguém incompetente.
"Ei!". – Draco berrou da poltrona. – "Será que vocês poderi...". – Ele não conseguiu terminar a frase, curvando-se para o lado e vomitando todo o café da manhã.
De repente todos se lembraram do porquê estavam discutindo e voltaram suas atenções para Draco, que suava copiosamente.
Gina correu até ele, limpando o vômito com um feitiço e colocando sua mão sobre a testa molhada do louro num gesto maternal. Ela retirou a mão e olhou assustada para Max, logo se voltando para o Sr. Brown.
"Nós precisamos de uma sala isolada com um banheiro e uma cama, que seja o mais próximo possível das cavernas".
"Você quer deixá-lo aqui? Não seria melhor levá-lo para o St. Mungus?". – O Sr. Brown sugeriu, claramente querendo se livrar do doente.
Gina o arrastou para um canto, falando baixo.
"O Sr. Malfoy é um animago dragão. Nós não sabemos quais são os efeitos que podem ocorrer com ele e talvez seja melhor que se transforme em dragão para que se cure mais rápido e seguramente. Então seria melhor mantê-lo aqui até sabermos exatamente o que fazer".
Contrariado, o Sr. Brown concordou.
"No corredor do primeiro andar onde se pegam os vagonetes há uma sala à direita, vocês podem usá-la".
"Não há outro meio de se chegar até lá em cima que não seja com os vagonetes?". – Gina perguntou, recebendo uma negativa do diretor.
"Mantenha a boca fechada, então, Malfoy" – Max ironizou, ajudando Gina a transportá-lo com uma maca conjurada, pois ele parecia desnorteado demais para andar.
Após levarem Draco até a sala e conjurarem uma cama, Max voltou até a caverna a fim de ficar com o dragão. Gina o fez prometer milhares de vezes que não iria tentar nada para aliviar a dor do animal, ainda não acreditando quando ele saiu entusiasmado.
Virou-se para conversar com Draco e percebeu que ele havia adormecido no tempo que conversara com Max. Involuntariamente mordeu o lábio inferior, preocupada com a situação do louro e com as conseqüências de um tratamento retardado. Aproximou-se da cama, encarando o rosto inconsciente e imaginando o quanto ele teria mudado naqueles anos em que não se encontraram.
Delicadamente, retirou uma mecha de sua testa molhada e admirou cada detalhe daquele rosto cansado e cheio de pintinhas amarelas. Sua pele ardia devido à febre e mesmo assim Gina sentia a sua pele eletrizar ao tocar na de Draco. Não deveria sentir essas coisas, censurou-se, não deveria estar tão preocupada e tão sensibilizada por alguém que agora era quase um estranho.
"Será que cometi um erro anos atrás?", perguntou-se, fechando os olhos. "Talvez devesse ter esperado mais... Talvez tivesse dado certo, como deu no começo...". Deslizou sua mão até a de Draco, apertando-a forte enquanto o ouvia delirar em febre. "Certo ou não, eu estou aqui, Draco...".
...dracoEginaEdracoEginaEdracoEginaEdracoEgina...
A segunda semana das férias de Natal foi passada longe de Draco, pois ele havia voltado para a casa dos pais, a fim de não abandoná-los por inteiro.Gina ficou bem desanimada; mas intimamente, apesar da saudade que sentiria da namorada, ele adorou ir embora d'A Toca.
Então eles só se viram quando estavam descendo das carruagens, pois não havia como se encontrarem na balburdia da estação ou nos corredores abarrotados do trem com alunos contando suas histórias natalinas.
Gina hesitou por um segundo. Haviam combinado que não esconderiam mais seu namoro de ninguém, e provavelmente isto incluía a escola inteira, mas ela estava com medo de expor a toda a população de Hogwarts o seu namoro intercasas, interclasses (sociais), inter-tudo-o-que-se-pudesse-imaginar...
Sabia que muitos achariam lindo o seu romance "exótico", pois se assemelhava a contos de fadas onde o amor rompia todas as barreiras do preconceito entre um relacionamento de uma trouxa com um bruxo para um final feliz. Mas, de repente, um namoro entre dois puro-sangues inimigos lhe pareceu muito mais grave do que um relacionamento entre trouxas e bruxos, visto aos olhos de bruxos ortodoxos.
Talvez o pai de Draco o tivesse convencido de que ele não deveria perder tempo com uma garotinha pobre e sem prestígio, ainda mais sendo filha de um amante de trouxas! Ele poderia estar odiando-a agora, após ter passado a viagem inteira contando para os amigos sonserinos sobre a casa "agrupada" dos Weasley com seus apetrechos trouxas de segunda mão.
Talvez se ela fosse até ele, tentando-o cumprimentar, fosse tratada com desprezo e humilhação para que todos soubessem que Malfoys não se misturam com a ralé. Havia milhares de motivos para Gina desistir de se aproximar de Draco naquele momento, mas também havia outros milhares comprovando que ele estava sendo sincero e que gostava dela. Aquela era a prova final, e fechando os olhos, respirou fundo e decidiu ir até ele.
Mas ao abrir os olhos, deparou-se com o louro a lhe encarar com um sorriso despretensioso, os olhos brilhando magicamente.
"Senti saudade" – ele murmurou, praticamente não emitindo nenhum som, os lábios se mexendo vagarosamente.
Gina sentiu seus olhos se encherem d'água à medida que a dúvida escorria de dentro de si. Antes que começasse a chorar de fato e fizesse um escândalo que realmente faria Draco desistir dela, abraçou-o como se não o visse há muitos anos, sentindo seu cheiro, tocando seus cabelos finos e prolongando os arrepios em sua pele.
Não ousaria ter mais nenhuma demonstração de intimidade, pois já ouvia cochichos ao seu lado, mas Draco afastou o rosto e levantou sua cabeça colocando a mão em seu queixo, vindo logo depois a unir sua boca em um beijo que causou uma onda de "Oh!'s" nas pessoas ao redor deles.
"Bela recepção" – Gina sussurrou em seu ouvido, os olhos fechados para não encarar as pessoas com cara de espanto e assim, não estragar aquele momento único.
"Me encontre naquela sala depois do jantar" – sussurrou também, logo se distanciando com sua pose confiante, como se aquele fosse um fato corriqueiro.
Gina logo foi cercada por duas grifinórias da sua classe e por Luna Lovegood, que estava com seus olhos perdidos mirados na ruiva com espanto e satisfação. Sabendo que não teria uma abordagem amigável como a de Gina, Draco não procurou nenhum dos sonserinos e se dirigiu às escadas do castelo a fim de alcançar as masmorras o mais rápido possível.
Não conseguiu completar seus objetivos, pois assim que virou para as escadarias da sala comunal, foi interpelado por Nott. "Por Merlin! Só alguns viram o beijo e ele já se tornou notícia!", pensou, não sabendo dizer se isso o orgulhava ou lhe trazia arrependimento.
"Draco, você não... Aquela garota é uma Weasley e... Amiga de Harry Potter... Ela ajudou a prender seu pai, nossos pais! Deve haver algum plano, você está querendo se vingar ou algo assim?". – Perguntou, não querendo acreditar no que vira.
Draco o mirou com os olhos frios, irado por ter que começar a dar explicações a quem não devia nada.
"Meu pai já saiu de Azkaban, Theo, os Dementadores já não obedecem mais ao Ministério e eu não preciso me preocupar com isso. Agora, se eu estou com um plano ou não, não é problema seu!".
"Você não pode simplesmente manchar o nome da Sonserina se agarrando com aquela grifinória sem ter nenhum motivo aparente, ainda mais sendo ela filha de quem é!" – Theodore exclamou.
Draco abriu a boca para responder, mas foi interrompido por outras vozes atrás de si.
"Então é mesmo verdade, Draco? Você e aquela pirralha?". – Pansy Parkison falou, o desprezo e decepção em sua voz aguda.
"Talvez ele tenha um motivo, Nott, talvez ele goste dela!". – Nathan Kingness, um aluno do sétimo ano, falou, satirizando.
"E o que você tem a ver com isso, Kingness?". – Draco falou entre dentes, pondo-se na frente do rapaz moreno.
"Se você namora uma amante de trouxas, você é um amante de trouxas, Malfoy. E esse tipo de bruxo não é aceito na Sonserina!".
"Bom, não é você quem decide, não é?".
"Você é um deles agora, Malfoy. Então não reclame do tratamento que receberá daqui para frente" – o bruxo mais velho avisou, indo para a sala comunal, sendo acompanhado pelo restante dos alunos que pararam para apreciar mais um espetáculo.
"Você pisou na bola, Draco...". – Nott murmurou enquanto se distanciava.
Draco se surpreendeu ao encontrar Goyle e Crabbe ao seu lado e percebeu porque não havia sido atacado por Kingness ou um de seus amigos.
"Seu pai nos avisou, Draco" – Crabbe explicou.
Draco suspirou em alívio. Mesmo que os dois estivessem ali somente porque seu pai era amigo dos pais deles, ficou agradecido por ainda ter a companhia dos dois armários. Lúcio era esperto o bastante para perceber que nem todos aceitariam passivamente seu namoro como ele desagradavelmente aceitou.
Mas no final das contas, descobriu no jantar que ainda tinha a companhia de Blás e Adriano, que pareciam não se importar muito com o namoro dele com Gina, já que relevavam mais o belo rosto e corpo da garota do que sua descendência. Contudo, Draco não arriscou comentar nada com eles sobre a ruiva, pois ninguém parecia disposto a escutá-lo falando de qualquer coisa relacionada a Weasley na mesa da Sonserina.
Foi assim que encontrou Gina horas depois. Estava cansado de ter olhos enfurecidos sobre si durante o passar da noite, além dos comentários altos e maldosos que ouvira sobre como a casa estava decaindo ao receber alunos fracos e sentimentais que não respeitavam o próprio sobrenome para se aventurarem em paixões proibidas.
"Eles são mais melosos com essas estórias do que eu que a estou vivendo!". – Disse em voz alta para si mesmo, calando-se ao ouvir Gina chegar.
"Já está tão louco de saudade que está falando sozinho?". – Ela brincou, fazendo com que algo dentro dele se aquecesse e indicasse que apesar de tudo, valeria a pena por aquele sorriso.
...dracoEginaEdracoEginaEdracoEginaEdracoEgina...
Draco sentia uma forte dor na cabeça e sua pele parecia arder com o contato da roupa. Nunca havia imaginado que suas vestes fossem tão ásperas a ponto de parecerem arranhar toda sua epiderme. Tentou arrumar-se e percebeu que se mexer trazia mais dor ainda. Abriu os olhos, a claridade invadindo-os ardentemente.
Deparou-se com Gina e Brankovitch na porta, conversando discretamente, contudo, ele percebeu ser possível ouvir cada palavra deles e apurou seus ouvidos.
"... em dragão, pois a doença não é muito branda em humanos como é em dragões, você sabe. Lembra do Dindalo? Dois meses de cama...".
"Claro que lembro... Ele passou os três primeiros dias da doença na barraca ao meu lado e não parou de gemer por nenhum segundo" – Max reclamou. – "Mas Malfoy agüentará se manter na sua forma animaga por tanto tempo?".
"Não sei, ainda mais doente" – havia um tom de preocupação na voz sussurrada de Gina e fagulhas de alegria despontaram radiantes sobre a dor latente de Draco. – "Mas você lembra que eu lhe contei sobre o rato que era de Percy e passou para Rony? Era um animago e ficou transformado por doze anos... Talvez Draco agüente...". – Gina olhou para trás quando mencionou o nome do louro e se deparou com os olhos cinzas a encará-la.
"O assunto está acordado!". – Ele gemeu, amargamente.
"A Madame Warmed foi até lá embaixo ministrar as poções e logo estará aqui para medicá-lo também. Mas creio que ninguém mais se contaminou. É muito raro um humano contrair essa doença".
"Então eu sou uma pessoa de muita sorte" – ele satirizou, fazendo uma careta de dor.
"E o é mesmo! Poucas pessoas conseguiram se transformar em um animal tão grande quanto um dragão...". – Gina elogiou, aproximando-se dele.
"Eu já sou um" – ele soltou um gemido ao se sentar na cama – "mesmo antes da animagia" – falou em um tom convencido, referindo-se ao seu nome.
Max ainda permanecia encostado na porta, os braços cruzados sobre o peito. Era claro em seus olhos o desgosto com que olhava Draco, evidentemente cansado, mas se esforçando ao máximo para parecer saudável para Gina.
Descontente, admitiu para si mesmo que de certo modo os dois – Gina e Malfoy – tinham alguma ligação muito forte, mesmo que não tivessem consciência disso. Eram visivelmente diferentes em seus gestos, personalidades e opiniões, contudo, naquela conversa distraída pareciam driblar essas barreiras por algo maior que Max esperou ser a doença do louro, porque, caso fosse outro o motivo, ele não hesitaria em ignorar o fato de Draco estar doente.
"Ele acordou, Madame" – Max informou quando a curandeira apareceu no corredor.
Ela adentrou o quarto com uma expressão preocupada e os olhos sérios.
"Nenhum dos presentes lá embaixo contraiu a doença" – informou, aliviando Max e Gina. – "Contudo, eu não tenho precedentes para me basear e não sei o que poderei fazer para uma melhoria segura quanto ao Sr. Malfoy" – algo no tom da voz da bruxa sugeriu a Draco que ela não gostava nada de sua família e ele, apesar de não gostar, compreendeu muito bem: o prestígio de seu sobrenome havia diminuído para alguns depois da segunda guerra contra Voldemort.
"Gina sugeriu que ele ficasse transformado em dragão, já que a doença se manifesta de maneira mais branda neles" – Max propôs.
"Eu também pensei nessa possibilidade...". – Madame Warmed concordou. – "Mas temo as reações que podem acontecer no organismo do Sr. Malfoy caso ele ingira as poções dos dragões... Nunca o fizemos e pode ser perigoso".
"E se ele passasse metade do dia transformado e a outra metade como humano?". – Gina questionou. – "Assim ele poderia ingerir os dois tipos de medicação...".
"Misturar duas poções pode ser perigoso...".
"Mas eu posso ficar como humano até o feito de uma poção passar e logo depois me transformar e tomar outra" – Draco sugeriu, a pele mais pálida do que o comum, mas sua voz saindo firme e clara.
"O senhor não está em condições de palpitar!". – Madame Warmed esbravejou enquanto revirava os olhos e parecia se lembrar de alguma coisa desagradável.
Draco olhou-a com descrença e abriu a boca para protestar, provavelmente com alguma ofensa. Mas Gina rapidamente lhe suplicou com os olhos para que ele tivesse paciência e não dissesse nada e desarmado, o louro concordou relutante.
A curandeira pareceu satisfeita em calar Draco, mas Max percebeu muito bem o porquê do louro ter ficado quieto e quis tirar Gina imediatamente dali para que ele parasse de presenciar evidências de cumplicidade que não deviam existir. Aliás, seu desejo era retirar também a Madame Warmed para que Draco perecesse ali, sozinho, agonizando em dor. Seria uma ótima maneira de mostrar que não se deve cobiçar a mulher alheira.
"Eu achei a idéia boa, Madame Warmed" – Gina defendeu, recebendo um olhar satisfeito de Draco, que ela não viu, mas que deixou Max mais irritado ainda.
"Okay, nós podemos tentar" – a bruxa concordou meio relutante. – "Ministrarei a poção de quatro em quatro horas e quando a última dose do dia perder seu efeito, o Sr. Malfoy se transformará e vocês ministrarão a dose única do dragão.".
"Como?". – Max se espantou. – "Pensei que a senhora faria isso".
"Eu cuido de doenças e acidentes com animais, não dos animais propriamente ditos" – ela lançou um olhar de desprezo para Draco. – "Além disso, a Srta. Weasley se comprometeu com o Sr. Brown de ficar responsável pelo dragão, digo, dragões doentes" – outro olhar nada amistoso.
Max olhou Gina com um misto de indignação e descrença. Era óbvio que ele também adoraria ficar cuidando do Fireball, que era um dragão legítimo, mas não de um filhinho de papai disfarçado de lagarto gigante! Aliás, ele até poderia cuidar dele, contanto que Gina estivesse bem distante, o que estava propenso a não acontecer.
Gina deu um sorriso amarelo para Max, pedindo desculpa. Havia conversado com o Sub-Diretor enquanto Draco dormia e o namorado olhava o dragão e devido à preocupação do bruxo em deixar um doente num prédio público – além do dragão -, Gina assumiu a responsabilidade de tratar do animal enquanto o MacFusty estava ausente e também prometeu ajudar à Madame Warmed a cuidar de Draco. Não estava nos planos dela cuidar de outro dragão, mas ora, ela não se importava. Na verdade, estava curiosíssima para ver Draco transformado.
"O contato com MacFusty não parece demorar... Acho que podemos ficar aqui até ele chegar, não!" – Gina lhe lançou mais um sorriso de clemência.
Antes que ele pudesse responder, Madame Warmed fez um aceno de descaso com a mão.
"Já está resolvido então! Agora vocês precisam levam o doente para comer, creio que não está tão mal assim para andar não?". – Disse, desafiando Draco, como se tivesse certeza de que ele era fraco demais para agüentar levantar-se.
Antes também que Draco pudesse lançar alguma grosseria contra a curandeira, Gina se intrometeu.
"Bem, não querendo assustá-lo, Draco, mas eu acho que as pessoas não se sentiriam bem, quero dizer... Você entende que não está com uma aparência boa e...".
"Você quer me deixar sem comer, doente, só por causa de alguns idiotas ignorantes?". – Draco questionou, toda sua confiança em Gina se esvaindo. Ora, e ele chegou a pensar que ela estava preocupada! Provavelmente estava também com nojo, louca para que ele se transformasse para não ter que encarar seu rosto repleto de bolinhas!
"Não, Draco" – Gina falou pacientemente. – "Eu iria sugerir que nós trouxéssemos a comida do refeitório até aqui para comermos juntos".
"Você quer dizer você e eu?". – Havia um tom de ingenuidade fingida na voz arrastada de Draco que fez Gina lembrar-se das provocações que ele fazia quando namoravam, então ela não pode deixar de lhe lançar um sorriso a meio fio, fazendo com que Max notasse novamente a cumplicidade irritante dos dois.
"Não, eu quero dizer você, Max e eu!". – Gina disse, olhando para o namorado, que pareceu de repente mais feliz.
Draco irritou-se.
"Maldito estrangeiro! Agradeça a Merlin por eu estar impossibilitado de ter total liberdade de movimentos ou já estaria há muito estuporado rolando pela escada da entrada...".
"Eu não vou me esconder por causa dos outros!". – Ele respondeu, nervoso.
"Bom, Sr. Malfoy, eu acho que a Srta. Weasley tem razão. Além do mais, na sua condição, não é melhor se movimentar muito. O senhor já fará um grande esforço quando tiver que ir até as cavernas...". – A curandeira se pronunciou evidentemente para provocar Draco, mesmo sabendo que estava se contradizendo.
"Ela manda, Malfoy. Nós vamos buscar a comida" – Max disse, puxando Gina pela cintura e lançando um olhar para Draco que dizia que iria fazer loucuras assim que batesse a porta.
"Você aceitou cuidar desse jacaré desenvolvido, Gina?" – Max andava com os braços duros, as mãos ao lado do corpo e o rosto voltado para frente. Sempre que conversava sem encará-la, ela sabia que era porque estava realmente bravo. – "Céus, vamos perder toda essa semana e logo eu voltarei para a Romênia...".
"Eu me comprometi em cuidar do Bola de fogo e ajudar em alguma coisa com Draco porque nós conhecemos sobre dragões e suas doenças! Eu não estou fazendo isso por ele, Max, então não comece!". – Era estranho para Gina discutir com ele por causa de um outro rapaz, já que nunca haviam tido brigas por aquele motivo. "Será que estou mesmo dando motivos?", perguntou-se, inquieta.
"Certo...! Então estamos indo até o refeitório buscar comida por causa do nosso conhecimento, e não porque você quer evitar que ele se sinta constrangido ao ver todos o encarando com repugnância! Nós vamos comer em um quarto fechado porque você acha que vai ajudar no tratamento, e não porque não quer deixar o ex-namoradinho sem companhia!".
"Não é só porque ele foi meu ex-namorado e porque você está com ciúme que eu vou tratar Draco mal e diferente de qualquer outra pessoa!". – Gina exclamou, indignada.
"Você não fez tudo isso por Dindalo quando ele estava doente!". – Max jogou, mais irritado ainda por Gina dizer que ele estava com ciúme. "Como se esse inglesinho fresco pudesse representar alguma ameaça!".
"Ora, e eu precisava? Havia dezenas de pessoas muito mais especializadas e experientes para fazer isso, como você, que estava na barraca ao lado dele nos plantões!".
"Oh, então admita, Srta. Weasley," – a voz dele se abrandou – "que foi por isso que você passou a freqüentar com mais freqüência os plantões do começo da semana, porque sabia que eu estaria lá".
Gina deu um sorriso e viu que ele voltara a lhe encarar, o olhar maroto.
"Naquela época eu não via nada mais do que um romeno convencido de calças apertadas!". – Gina provocou, sendo prensada por ele na parede há alguns metros da porta do refeitório.
"Ah, é? E agora, o que você vê?". – Sussurrou em seu ouvido.
"Um romeno convencido de calças apertadas que eu amo" – ela também sussurrou.
Max colou seus lábios e a envolveu pela cintura, esquecendo-se completamente de onde estavam.
"Uh-hum" – fez o Sr. Brown, querendo lembrá-los de que corredores não eram lugares apropriados para cenas de paixão intensa.
Totalmente embaraçada, Gina se separou de Max.
"Oh, desculpe, senhor... Nós íamos pegar comida para o Sr. Malfoy, pois ele deve permanecer no quarto, poupar esforço para quando a poção...". – Gina atropelava as palavras, nervosa.
"Fiquem à vontade" – o diretor indicou a porta, e os dois entraram entre sorrisos amarelos.
Madame Warmed estava preparando as doses da poção para aquela tarde enquanto Draco continuava emburrado em sua cama aguardando o almoço. Ela derramava em pequenos frascos um líquido azul pastoso, que parecia nunca se esgotar do recipiente maior.
Cansado do silêncio incômodo que o assolava e curioso por toda aquela animosidade, puxou conversa com a curandeira.
"A senhora deve ter um motivo muito bom para odiar minha família" – começou.
"Foi difícil descobrir?". – A bruxa responder, amarga.
"Bem, o que quer que tenha acontecido, eu não tenho culpa nenhuma" – Draco argumentou.
"Não me parece, Sr. Malfoy. As famílias dizem muito sobre nós mesmos, sabe? E sua família é tão podre quanto...". – Ela pareceu ponderar o que iria dizer. – "Ora, não importa".
"Importa. Eu gostaria de saber o que me tornarei futuramente, já que, tendo este sangue, não há como escapar, não é?".
"Fique quieto, garoto. Você estava febril há pouco tempo e não deve saber o que está dizendo. Coloque na cabeça que não há orgulho nenhum em ter o sobrenome que lhe foi dado".
"Não?". – Draco sorriu. Já ouvira isso diversas vezes e estava precisando de um motivo realmente bom para acreditar que eram verdadeiras aquelas palavras, mas ainda não achara um. – "Talvez devesse me orgulhar se tivesse sido batizado como Warmed, não? O gozado é que eu nunca ouvi esse nome ligado a nenhum feito grandioso... Não houve nenhum Ministro ou professor, ou milionário... Ah, há uma curandeira...! Deve ser realmente de muito valor ter uma curan...".
"Você quer saber porque pouco se ouve sobre os Warmed?" – A bruxa quase gritou e Draco achou que talvez exagerara um pouco na provocação. – "Será que é porque há mais de duas décadas toda a família do meu marido, incluindo ele, foi dizimada por Você-sabe-quem e por seus seguidores? Ou será que é porque seu amado e decente pai MATOU MINHA FILHA? Realmente eu não sei lhe especificar!".
Ela começou a tremer, os olhos marejados de raiva e dor. Aos poucos foi se agachando no chão, toda a pose de mulher forte se esvaindo a medida que as lágrimas aumentavam.
Draco engasgou, estupefato. Havia diversas perguntas em sua cabeça, mas a mais urgente no momento era se a bruxa à frente era vingativa. Porque, se o fosse, teria imediatamente que enfiar o dedo na garganta...
N/A: O flash foi bem clichê, mas de qualquer modo, eu nunca deixo de adorar essas ceninhas fofas do Draco se mostrando pra todo mundo, aliás, com qualquer casal é fofo, nhai...!
Hum, eu pensei em um final ótimo... O que vocês acham de Draco/Madame Warmed, Gina/Sr. Brown e a amizade de Carlinhos e Max ser um pouco colorida!Rss!
