N/A: Nhaaa...! Muito obrigada... Que bom que vocês gostaram do flash )
Bléh, mas tinha erro enoorme nele... Céus, Alorromora é para abrir portas... Eu gosto mto da Audrey G. Black, mas não quero plagiá-la fazendo a Molly presenciar mais um "ato no de amor", neste caso um "pós-ato"... Sorry pelo erro...!
Isa Potter – Nha, que bom, apareça sempre mesmo! É coitado do Draco... Neste capítulo então...rs!
Joana – Nha... é triste escrever brigas M/G... Eu acho que me apeguei mto a ele...rss!
Nami Nayuuki – Thanksss! Primeira vez sempre tm q ser fofis…! Pelo menos na ficção...rs!
Manu Black – Nha, minha especialidade é causar sofrimento para o Draco... rs! É tão lindo vê-lo sofrendo... pra depois ir "acalentá-los"... Nhai!
Ive – Rsss! Draco correndo pelado deve ser uma coisa linda de se ver...rs!
PatyAnjinha Malfoy – Sorry... As coisas saíram do meu controle... Bom, neste capítulo estão as coisas que eu havia planejado, mas não é bem uma action...b
miaka – Yes! Nada melhor que Draco passando a perna no Rony e no Harry... Eu adooro! Ah, claro, Max está se comportando muito mal...rs!
Ka – Bom, se viesse um Draco junto, eu seria a primeira fica doente! Sim, é praticamente impossível se negar uma coisa dessas tão bem, mas ela é uma Weasley, aprendeu com Fred e Jorge (Yes! Eu também adoro eles!)...rs! Huahuhau... Eu queria um prof desses pra mim )... Oh, pode continuar c/ seus comentários, sim! Eu os adoro e rio muito!
Duda Amaral – Yes! Malfoys podem tudo, pelo menos o Draquinho... (Yellow obcecada...)
Mystica Black – Yeap, amassos rendem reviews! Mas eu acho que eles vão demorar mais um pouco...b
Diana Prallon – Nhaa, eu também derreto com essas ceninhas fofis...rs! Q horror... Isso também já me aconteceu, agora eu sempre gravo os capítulos no disquete...o.O
Reita – Noxa, recebendo reviews da beta! Sim, eu vou mandar a fic pro 3V...
Mil desculpas pela demora do capítulo, mas ocorreram alguns problemas e não deu pra postar antes... Por isso também ele está sem betar... Ignorem os possíveis e inevitáveis erros... Mas se vocês virem algo abissal como o Alorromora do outro capítulo, me digam!
E eu tive que incluir esse trechinho do Linkin Park, foi irresistível...!
Ah, eu estou me esforçando, mas não há como o capítulo ficar maior ainda... Eu até tento...!
Capítulo seis – Brigas e desculpas
You'd like to think you're never wrong/Você gosta de pensar que nunca está errado
You live what you learn/Você vive o que aprende
- Points of authory – Linkin Park
Draco abriu um olho rapidamente e certificou-se, feliz, que seu falso desmaio funcionara quando Gina se virou para o moreno e começou a falar asperamente. "Vamos ver quem está por cima aqui, seu romenozinho ridículo...!".
"Eu não acredito que você fez isso, Max. A que ponto esse ciúme idiota chegou? Draco não acorda, pode ter acontecido alguma coisa! Talvez não se possa ser estuporado enquanto se está sendo medicado!" – Gina observou, como se não fosse óbvio.
"Eu não achei que...".
"Max, sinceramente! Eu conheço Draco o suficiente para imaginar que ele deva tê-lo provocado, mas não acredito que você tenha caído na conversa dele! Será que não dá para perceber que ele está doente? Que não pode revidar? Eu não esperava que você fizesse isso..." – Gina censurava.
"Você quer o quê? Está toda carinhos e cuidados com esse idiota que claramente não acha que vocês não são mais namorados! Eu nunca vi alguém tão arrogante..." – Max revidou.
"Isso não justifica nada. Além do mais, eu não estava aqui na sala para que você tivesse algum motivo para ter ciúme ou para cair em cima dele. Foi covardia, Max! Ele está doente!".
Max chegou perto de Gina para se desculpar, mas eles ouviram um gemido vindo do que era um corpo inerte.
"Draco!" – Gina exclamou, aproximando-se da cabeceira da cama e apertando a mão dele. – "Você está bem?".
Draco acenou negativamente, uma careta de dor em seu rosto.
"Minha cabeça está doendo... Eu só me lembro de Brankovitch querendo me despir maliciosamente..." – Max cerrou os punhos atrás de Gina. - "O que aconteceu?".
"Espere um pouco" – Gina pediu, virando-se para Max e o afastando da cama. – "Eu acho melhor você ir para A Toca..." – ela disse, devagar. – "Carlinhos já deve ter voltado e minha mãe irá adorar ouvir as histórias de seus antepassados. Explique que eu tive que ficar aqui, por favor".
Max a encarou, nenhum sentimento transpassando em seus olhos. Estava errado demais para discordar e sabia disso.
"Quando você volta?" – murmurou.
"Eu não sei..." – ela limitou-se a dizer, afastando-se.
Draco, que observava tudo, sorriu internamente. Seu plano parecia funcionar melhor do que o esperado. Além de criar uma briga entre os dois, ainda havia afastado o romeno!
"Malfoy" – Max exclamou da porta – "movimentos bruscos com essa doença podem causar impotência, então cuidado!".
"Isso é verdade?" – Draco perguntou quando Max saíra. Se antes queria demonstrar saúde, agora se esforçava para parecer mais fraco do que já estava.
"Não" – ela riu. – "Na verdade é quando se está com caxumba que não se pode fazer movimentos bruscos, e ela não causa impotência, mas sim, infertilidade, tanto em homens, quanto mulheres" – explicou.
"Ótimo. Então ainda está nos meus planos ter ruivinhos..." – ele falou, despretensiosamente.
Gina ficou encabulada, os olhos do louro postos seguramente em si.
"Ele deixou as roupas largadas como sempre!" – exclamou de repente, indo até a borda da cama e começando a dobrá-las.
Draco ignorou o fato de Gina saber como Max largava suas roupas e provavelmente o jeito como ele as tirava, tanto as dele, como as dela. Resolveu continuar com sua reconquista.
"Por que tivemos aquele fim repentino?" – Draco indagou normalmente como se falassem da cor da parede. – "Naquela época as suas justificativas pareceram suficientes, mas agora, fora das paredes de Hogwarts, parecem subjetivas...".
Gina largou a calça dobrada de Draco sobre a cama e o encarou. Havia um misto de tristeza e medo brilhando nos seus olhos castanhos, como se tivesse evitando ao máximo aquele assunto.
"Eu não acho que devemos discu...".
"Seria mais fácil" – Draco a interrompeu – "se você tivesse dito logo que não gostava mais de mim ao invés de inventar desculpas sobre como o nosso relacionamento era impossível porque éramos diferentes".
"Eu não disse isso, porque não era esse o motivo" – Gina disse, evitando olhá-lo, fixando sua atenção em suas mãos, que apertavam o tecido da calça.
Ele quase sorriu de satisfação. Se ela não acabara com ele por causa do fim de seus sentimentos, talvez ainda pudesse cultivar alguma coisa agora. "Malfosy sempre deixam alguma marca permanente, seja ela boa ou ruim. E eu sei que foi boa para Gina" pensou, nada convencido.
"Então qual era?" – Draco jogou.
"Eu não acho que devemos voltar a conversar sobre coisas que já são passado..." – Gina deixou as vestes de Draco na mesa onde ainda estavam os pratos do almoço. Então voltou a se aproximar da cama.
"Para mim não é passado. Aquele quase beijo lá embaixo não foi passado" – havia um deboche saudável em sua voz, que quase fez Gina rir.
Também sabia muito bem o que havia ocorrido e até agora agradecia por Max não ter feito nada. E se questionava por ela não ter feito nada ou por ter feito, no caso. Toda aquela situação estava deixando-a confusa e não era para isso acontecer. Não havia nada que pudesse fazê-la questionar, havia? Pelo menos não devia existir.
"Eu não sei do que você está falando, Draco. Eu estava tão tonta por causa daqueles vagonetes que não tinha domínio de mim mesma..." – inventou, tentando fugir das investidas dele.
"É, eu sei deixar as pessoas de pernas bambas" – ele sorriu. – "Mas você sabe não se tratar disso".
"Draco, eu estou namorando, acho que você já percebeu muito bem. Se eu realmente estivesse sofrendo até hoje de amores por você, não estaria com alguém agora..." – estranhamente, ao dizer isso, pareceu soar dolorido em si mesma. Ela esperou – com uma pontada de dúvida – que Draco desistisse de insistir no assunto.
"Nós cometemos erros. Ele é um erro. Todos esses anos foram erros que podemos corrigir" – Draco fazia parecer simples.
Gina não o estava reconhecendo, aquele não era o Draco Malfoy que ela conhecera em Hogwarts e que provavelmente já a teria mandado para o inferno junto de Max. "Será que ele realmente ainda gosta de mim?", perguntou-se.
"Nós dois só conseguimos nos dar bem quando há algo nos impedindo a isso. Havia nossa rixa familiar e escolar para dar mais adrenalina aos nossos encontros escondidos e depois havia toda aquela polêmica que causávamos quando assumimos o namoro. Nós só nos atraímos quando há alguma oposição no nosso relacionamento" – Gina mantinha os olhos para baixo, claramente triste.
"E há algum obstáculo agora para que eu queira viver um relacionamento conflituoso?" – Draco ironizou. Não era para Gina estar fugindo daquela maneira. Normalmente ele fugia, mas parecia que ela sempre o fazia primeiro... Mas desta vez ele não permitiria.
"Há".
"O que? Nossos sobrenomes? Eu não vejo por que continuaríamos a aceitar a rixa antiga de nossos pais quando sabemos ser ridícula!" – ele apertou um canto da boca. – "Okay, eu sempre vou odiar seu irmão, mas isso não vem ao caso".
"Max, Draco. Este é o ponto de conflito atual" – Gina falou devagar.
"Droga...! Ela está falando daquela maneira novamente..." pensou, sabendo que a conversa não estava tomando o ar descontraído que ele queria que tivesse, mas um tom sério demais para um reatamento.
"Bom, eu não vejo qual é o problema com esse estrangeiro pretensioso..." – Draco murmurou, realmente não vendo onde Gina queria chegar.
Gina abaixou a cabeça, seu rosto parecendo cansado e triste. Quando voltou a encarar Draco, seus olhos continham um brilho de lágrimas recém formadas.
"Você só está atrás de mim porque e estou com alguém... Se não houvesse ninguém, se você ainda gostasse de mim como diz, teria me reconhecido aquele dia no bar, teria dado algum sinal do seu interesse naquela hora; não agora, quando sabe que Max está aqui" – estava doendo dizer todas aquelas palavras. Talvez Gina não quisesse que elas fossem verdadeiras e ter esse desejo também lhe machucasse.
"Foram cinco anos, Gina, como você espera que eu te reconheça estando tão diferente? De qualquer forma, eu te reconheci... Não ao te ver, mas quando você me tocou... Eu senti..." – Draco poderia colocar uma perna para fora e se deixar cair. Não acreditava estar dizendo tudo aquilo! Estava dando dezenas de "frases sentimentalóides" para que Gina pudesse caçoar dele mais tarde...
Gina arqueou uma sobrancelha em questionamento. "Sentir?", pensou. Ou Draco estava tirando uma com sua cara ou ela devia estar ouvindo coisas.
"Eu não sei o que..." – começou, sendo interrompida pelo louro.
"Toda vez que nossas peles estão em contato, é como se eu estivesse eletrizado, como se nossa união causasse choque... Mas é uma sensação boa, algo que só tive..." – ele esticou o braço e pegou a mão de Gina, que tremeu de surpresa – "... Com você".
...dracoEginaEdracoEginaEdracoEginaEdracoEgina...
Era começo de primavera e um vento gelado ainda aparecia nos terrenos de Hogwarts, ainda mais a metros de altura, como Draco se encontrava naquele momento.
Estavam em um jogo de Quadribol, a clássica partida Sonserina x Grifinória para definir o ganhador do troféu. Draco estava emparelhado com Harry acima de todos os jogadores, observando os movimentos do adversário e procurando o pomo.
Fazia cinco meses que ele namorava a Weasley – que se encontrava perto das balizas sonserinas passando a goles para um outro artilheiro marcar o décimo gol da Grifinória – e havia diversos motivos – além de ter Potter ao seu lado dando loopings de contentamento – para se sentir bastante nervoso. O primeiro era que Gina e ele haviam tido sua primeira briga na noite passada que não terminara em beijos, mas sim, em uma bela porta batida em sua cara. O segundo era que o maldito e asqueroso "Weasley-macho" restante parecia ter percebido o clima tenso entre os dois na hora do início partida e fizera questão de provocá-lo enquanto esperavam o apito de Madame Hooch.
Estava seriamente pensando em cometer uma falta derrubando o goleiro para lhe dar uma boa lição, quando viu um ponto brilhando perto da baliza sonserina, onde os artilheiros grifinórios pareciam marcar mais um gol. Harry estava comemorando e Draco aproveitou para sair em vantagem, inclinando sua vassoura para os aros. Ouviu alguém gritar para Harry, mas já havia avançado alguns metros quando notou o moreno voar atrás de si.
Os times inteiros das duas casas se encontravam imóveis diante da corrida pelo pomo. As arquibancadas também estavam concentradas, deixando o silêncio permanecer e criar um clima de tensão mais denso. Harry se esforçava para alcançar Draco, mas este havia conseguido uma distância boa e parecia certeira sua vitória.
Estava rápido demais para distinguir as pessoas ao seu redor, mas quando se aproximou mais do pomo, percebeu pelo vislumbre vermelho dos cabelos de Gina perto da bolinha voadora. Teria duas vitórias naquele dia: sobre a Grifinória e sobre Gina. Mas quando estava imaginando o gosto da conquista, sentiu a parte de trás de sua vassoura ser empurrada para baixo, mudando sua direção.
Quando conseguiu parar e voltar a direção original, ouviu gritos de vivas vindos de quase todas as arquibancas. Estava óbvio quem tinha ganhado, mas ele levantou os olhos para se certificar que o grupo sonserino se encontrava quieto, alguns esbravejando e fazendo gestos obscenos para outros alunos das outras casas.
Voltou sua atenção para os jogadores, procurando alguma explicação para o ocorrido e deu-se com Gina a lhe encarar com ar arrependido. Tornou-se claro ao vê-la, que fora ela quem lhe atrapalhara com a vassoura quando estava quase capturando o pomo. Uma raiva enorme surgiu dentro de si e encarando aqueles olhos castanhos de longe, Draco só conseguia ver uma grifinória nojenta de sobrenome estúpido, não mais a garota por quem enfrentara a Sonserina inteira.
O contato visual com Gina durou até a outra artilheira lhe agarrar, gritando: "Isso foi brilhante!", quase derrubando as duas das vassouras. Draco manteve seus olhos frios e começou a descer para o gramado, ainda fuzilando Gina. Ao passar perto dela, ouviu-a gritar: "Me encontre lá depois, Draco", mas ignorou, demonstrando não te escutado. Ao colocar os pés no chão, quis bater com a vassoura em si mesmo, pois sabia que apesar de toda a raiva e humilhação, estaria mais tarde indo se encontrar com Gina.
"Essa garota é sua perdição, Draco", murmurou para si mesmo ao entrar no vestiário da Sonserina. Logo foi cercado por Kingness com um sorriso de deboche no rosto.
"Parece que a grifinória está aprendendo bastante com você, Malfoy. Passou-lhe a perna de um modo magistral!" – o veterano disse, sendo observado pelos cinco jogadores restantes que riram forçadamente. Todos pareciam prestes a cair em cima do louro.
"Talvez ele tenha feito aquilo para agradar a namoradinha... Que gesto tão grifinório!" – o goleiro do time satirizou, logo depois jogando sua vassouras em cima de um dos bancos num baque.
"Como você adivinhou?" – Draco perguntou, desabotoando o uniforme. – "Nada me dá mais prazer do que ver suas caras de idiotas derrotados!".
Assim que soltou as últimas palavras, Kingness voou para cima de Draco, batendo o punho no armário, já que ele conseguira desviar. Contudo, não estava preparado para outro ataque e recebeu dolorosamente um soco no rosto dado pelo goleiro de braços fortes. Caiu sobre Kingness que estava ao seu lado e aproveito para lhe dar um chute, recebendo outro dele. Virou o corpo para começar a socá-lo quando foi puxado para cima, sendo levantado bruscamente e posto sentado no banco. Quando buscou o autor da ousadia para se vingar, a mão no seu bolso procurando a varinha, deu de cara com Madame Hooch levantando Kingness também.
"Brigando com seus próprios companheiros! Eu não poderia esperar reação pior! Não fosse a Srta. Pride me chamar" – ela indicou uma morena na porta – "o que aconteceria, senhores?".
"Nós teríamos ensinado ao Malfoy a não confraternizar com o adversário" – Kingness respondeu sem um pingo de arrependimento.
A professora apertou os lábios em um fino risco e seu ar severo semelhou-se ao da Profa. McGonagall.
"Assim que saírem daqui, vão direto para o diretor da Sonserina que ele lhes passará uma detenção da qual espero não se esquecerem!".
Os três continuaram de cabeça baixa, mas assim que ela saiu, Kingness murmurou irritado:
"Eu disse, nada de garotas no time! Não fosse essa idiota, teríamos acabado com você, Malfoy!".
Draco ignorou-o e acabou de se trocar. Passou na sala de Snape, que parecia querer descontar toda a frustração de não ter ganhado o Troféu de Quadribol nele e recebeu três noites de detenção a partir de segunda-feira.
Depois disso, passou na sala comunal, recebendo diversos olhares hostis dos colegas de casa e se dirigiu até à Sala Precisa, onde sabia ser o local indicado por Gina. Entrou achando que encontraria a sala vazia, já que a namorada devia demorar comemorando a vitória com a Grifinória, mas se deparou com a ruiva sentada em uma poltrona de frente a uma lareira apagada. Ela havia desejado por um lugar para conversar.
Sentou-se na poltrona ao seu lado sem dizer nenhuma palavra. Achava que ficaria ali sozinho por algum tempo, abrandando sua raiva, mas Gina lhe pegara no auge dela e ele desejou que não dissesse nada até que pudesse controlar as palavras que queriam jorrar de sua boca.
"Eu tive que fazer, Draco..." – Gina murmurou, encarando a lareira vazia.
"Palavras erradas!", Draco ouviu uma vozinha dentro da sua cabeça murmurar.
"O que você quer que eu diga? Que compreendo? Quer que eu lhe dê os parabéns pela 'idéia brilhante' que teve de atrapalhar o apanhador e correr o risco de fazê-lo se estatelar no chão?" – Draco mal abria sua boca, tamanho nervosismo. Seus dentes pareciam ranger e ele segurava os braços da poltrona para não se levantar e atacar Gina.
"Eu sabia que não ia te derrubar, Draco, senão não o faria..." – Gina explicou, indignada com a sugestão de que quisesse machucá-lo.
"Ah, claro, só queria mesmo era me humilhar na frente de toda a escola e consagrar o Cicatriz! Muito obrigado, não doeu mais do que meu lábio cortado e minha canela rocha!" – referiu-se ao hematomas deixados pelos companheiros de time no vestiário.
Foi então que Gina o encarou pela primeira vez e, horrorizada, levantou-se da poltrona e se espremeu sobre ele, passando suavemente o dedo pelo lábio de Draco. Seus olhos se encheram d'água.
"Eu não imaginei que eles pudessem fazer isso..." – sussurrou, colocando sua mão no rosto pálido dele.
Com um gesto brusco, Draco afastou a mão de Gina e se levantou, fazendo com que ela caísse sobre a poltrona dele.
"Arrependimento não adianta agora" – havia veneno em sua voz, como se ele estivesse gostando de vê-la sofrer. – "Você não mediu as conseqüências, agora as agüente!".
"Claro que eu medi!" – Gina falou, perdendo o tom preocupado. Não ficaria ouvindo-o julga-la quieta. – "Eu sabia exatamente quais seriam as conseqüências quando empurrei minha vassoura contra a sua já que só havia uma: a vitória do meu time! Como poderia imaginar que seus próprios companheiros atacariam você?".
"Eles são sonserinos!" – Draco limitou-se a dizer.
"Quer dizer que sonserinos atacam seus próprios companheiros?" – Gina indagou, felina.
"Exatamente. Mas parece que essa característica vem sendo difundida para outras casas, já que você fez isso comigo!" – o louro jogou, dobrando seu corpo e aproximando seu rosto do de Gina.
"Eu estava pensando no meu time" – ela pronunciou devagar.
"E para isso passou a perna no seu namorado, não se importando se ele iria ligar ou não em ser motivo de chacota!".
"Ora, Draco, não venha usar nosso relacionamento contra mim! Você acha realmente que eu deveria ter pensado em você primeiro?" – ele não respondeu. – "Pois bem, eu acho que não. Naquele campo eu dou prioridade para a Grifinória, senão não teria feito nada, sabendo que cada passada de goles ou gol refletiria negativamente em você! Talvez eu devesse abdicar dos pontos ganhados nas aulas também. Quem sabe assim, pare de te prejudicar e saia do meu mundo egocêntrico..." – Gina disse, ironizando cada palavra.
Draco não disse nada e sentou-se. Sabia que Gina estava certa, mas não engolia de maneira nenhuma aquele golpe baixo que ela havia aplicado. Seu orgulho era grande demais e já estava ferido para que desse o braço a torcer e continuaria assim se ela não desse o primeiro passo. Mas ela deu.
Devagar, Gina empurrou a sua poltrona até que os braços das duas estivessem colados. Draco ainda olhava para o chão, alheio – ou pelo menos fingido estar – ao que ela fazia. Ousadamente, Gina esticou seu braço até onde estava o de Draco e o colocou sobre o braço da poltrona dele. Assim que o fez, puxou a manga de sua capa para que sua mão ficasse inteiramente livre, e a enlaçou na de Draco.
O louro a encarou, um misto de satisfação escondida e relutância. Mas Gina apenas lhe sorriu. Ele tentou resistir, mas a combinação de espasmos quentes e eletrizantes vindos da pele dela e seu sorriso doce, desmoronaram-lhe totalmente e ele sorriu de volta.
"Eu não pensei que eles te bateriam..." – Gina murmurou arrependida. – "Mas basta você me indicar os idiotas que eu vou tratar de lhes mostrar o quão forte é o soco de direita Weasley!" – ela brincou.
"Ora, mas você quer realmente me desmoralizar! Além de perder o pomo por sua causa, ainda vou precisar ser defendido por uma mulher?" – Draco brincou.
A ruiva lhe sorriu novamente e se inclinou sobre ele, beijando-o. Mesmo sentindo dor devido ao lábio cortado, Draco apreciou mais do que tudo aquele beijo, esquecendo-se de todo o resto.
Gina, contudo, sentiu uma pontada de preocupação. Draco parecia não se importar mais, mas ela se sentiu mal ao ver que não gostara do que ela havia feito. E não era por ele não ter gostado, mas por ele ter se importadodemais com uma coisa que não deveria ter causado nenhuma briga...
...dracoEginaEdracoEginaEdracoEginaEdracoEgina...
Gina sentiu sua pele reagir ao toque da mão de Draco e fechou os olhos por alguns instantes. Não poderia deixar de negar que também sentia esses tremores, esses sinais. Mas também havia algo que a impedia de concordar com todo aquele romantismo inusitado de Draco. Ele nunca fora daquela maneira, por que então se manteria assim?
"Você sabe que não é assim, Draco" – ela abriu os olhos e o encarou. Tentou não passar seu nervosismo e confusão. Não poderia dar nenhuma brecha de que estava quase sucumbindo aos apelos dele. – "Você só está sendo gentil dessa maneira porque...".
"Porque eu gosto de você e está é minha maneira de provar" – ele interrompeu.
"Não" – ela tirou a mão dele. – "Você só está fazendo isso porque quer rivalizar com Max. Quer ganhar o 'prêmio' e se mostrar melhor que ele... É só por isso".
"Sabe o que eu acho, Weasley?" – Draco falou, desta vez, irritado. – "Você está com medo, não sei do que, mas está. Fica inventando que nosso relacionamento só dá certo se é conflituoso quando na verdade, isso é uma desculpa para que você escape dele, de mim!".
"Eu não estou fugindo de ninguém, Malfoy!" – ela retrucou, magoada por ele a ter chamado pelo sobrenome. – "Você é que não passa confiança suficiente para que eu possa ter certeza de que...".
"De quê?" – Draco questionou.
"De que você realmente gosta de mim..." – ela murmurou baixinho.
Draco ficou perplexo. Estava ali, dizendo coisas das quais nunca pensara dizer e Gina lhe dizia que ele não lhe demonstrava nada? "Mulheres...", pensou irritado.
"Okay, eu vou lhe dar minha última prova. Se depois disso você não acreditar, volte para o seu romeno..." – ele disse rápido, no segundo seguinte agarrando o braço de Gina e se inclinando sobre ela.
O que deveria ocorrer e que Draco planejara, fora um beijo. Contudo, a impulsão que dera era maior do a que sua doença permitia, então ele jogou todo seu peso sobre Gina, que despreparada, não o agüentou e cedeu sob o corpo dele, fazendo-os cair.
Gina tinha suas duas mãos nos ombros de Draco e este se mantinha somente com a parte superior do corpo encima dela. Seus rostos estavam muito próximos e ele sentia o peito de Gina subir e descer, ofegante. Encararam-se sem saber o que fazer, estando cientes de que não tinham aquele contato íntimo há muito tempo.
Sem esperar qualquer permissão e querendo aproveitar o momento antes que desmaiasse de dor, Draco passou uma de suas mãos sobre o braço de Gina e a colocou sobre seu rosto. Abaixou lentamente a cabeça, mas antes que seus lábios pudessem se tocar, ouviram a porta se abrir.
"Será que eu estou atrapalhando o tratamento médico?" – Narcisa perguntou ao ver os dois caídos no chão, um olhar de desagrado claramente postado em Gina. – "Será que tão disposto assim, você precisa de um tratamento médico?".
N/A2: Por favor, reviews... Porque hoje é um domingo enfadonho e nublado e eu preciso de alguma coisa pra me animar...!
