N/A: Um obrigada geral pelas reviews! Eu fico tão feliz quando as recebo!
Diana Prallon – Bom, eu diria que eles estavam mais preocupados como fato da Gina colocar "chifres" no Max do que com quem seria o responsável, na verdade...
Pekena – Yes, Draco e Gina forever... rss! Ah, que bom que gostou do poema XD
miaka – Sim, Narcisa, McArthur e Lúcio estão acirrados na disputa de "vilão" da estória...rs!
Cris Malfoy – Nha, objetos sendo jogados já bastam os meus (na verdade, eu já superei essa fase...rs!)... É mas eu concordo que o Max poderia ser menos "passivo"!
Nina Black Lupin – Nha, que bom! Só a atualização que atrasou um pouco... sorry!
Pandora Riddle – Êh! Alguém concordando comigo...rs! Eu também achei fofo XD O Max ainda tá meio pra baixo, mas logo que ele se recuperar, volta à ativa e vc será informada...rss!
bIa wEasLey MaLfoy – Thankss! Eu vou pôr! (Céus, como é difícil escrever seu nick! – Yellow não gosta de Crtl+C, Crtl+V pra isso...)
Nick Malfoy – Sim, sim, poema! Thanksss!
Joana – Nha... eu não vou conseguir... to sendo muito relaxada com essa fic e se aumentar ela, vou ser mais ainda... . Sim, Amar Estupidamente, minha primeira fic longa XD E teremos beijos, quer dizer, beijo...!
Kittie Malfoy – Max/Bola de fogo é ótimo, uma relação transexual muito bem vinda! Mas eu acho que ele é meio careta pra isso... (eu é q sou, na verdade...rs!). Sim, L+N+D/G+galeões resultam em confusão+lágrimas+separação do que nem começou... (Yellow falando demais...)
Kirina-Li – Êh! Outra que gostou da separação!rs! Sim, abdicar da própria felicidade para deixar o outro feliz é liindo XD – Max pediu para não ser divulgada nem a data, nem a plataforma onde será sua partida... Ele ainda está um pouco abalado com a separação, sabe? Mas prometo informar quando estiver melhor...rs!
Karina Citlin – Thanksss! Isso deve ter sido um recorde, uma overdose de Yellowred… rs! Eu não agüentaria... o.O! Te adicionar no MSN? Nha, eu ñ posso, sorry... Mas me adiciona vc, pq eu ñ estou conseguindo usar o MSN (grr... droga de versão nova...), mas qdo conseguir, te autorizo!
Franinha Malfoy – Nha... eu nem sei o que dizer... Não sei se eu teria a msm reação da Gina ou do Draco, mas agora que você falou, eu estou começando a achar que a Gina foi cruel mesmo... Céus, eu criei um monstro? (Yellow triste e comovida...)

Desculpa de novo pela demora... Eu até que estou com tempo, mas esses dias minha cabeça anda cheia de outras idéias e outros problemas, impedindo de me concentrar na fic... Eu vou tentar ser mais rápida da próxima vez, okay!
Quase consenso geral de que Max é um corno manso, mas eu ainda estou em defesa dele... Xb E obrigada pra quem também está!
Este capítulo está meio curto, mas em compensação, tem ceninhas de interação D/G e uma beem clichê de chuva (eu não resisto...rs!).
Mil obrigadas para Simone que foi um amor de beta e me deu ótimas sugestões, apesar deu não conseguir aproveitar nenhuma devido a algumas impossibilidades...
E muito obrigada pra quem pediu o poema! Não foi todo mundo, mas mesmo assim eu fiquei contente e vou postar... Não é algo fenomenal, mas eu espero que seja o esperado XD (Yellow não tem pretensões de se tornar poetisa ou escritora, pq ela acredita que aqui no Brasil só os parentes de escritores mortos ou o Paulo Coelho – críticas à parte, o homem faz muuito sucesso, e eu recomendo seus livros - que conseguem ganhar dinheiro com isso... E, claro, pq ela é apaixonada por biologia e vai se empenhar em seu uma boa biomédica...)

Corrompidos
É tão pequenino que não pode ser visto.
É de poder tão imenso, causador de terríveis destruições.
Pode-se dividi-lo para todos, para dois.
Há quem guarde só para si... E sofre...

Atinge qualquer ser, variando sua intensidade, mudando sua cara.
Causador de sorriso que muitas vezes transformam-se em lágrimas.
Causador de olhos tristes, poços de decepção.
Cuidados demais... Ciúme forte e presente...

Pode começar de diversas maneiras, como muitas faces.
Devagarzinho, dando espaço e tempo para a libertação
Rápido e fulminante, afirmando a emoção.
Ou com um simples brilho no olhar... Encanto...

Às vezes, pode ser perigoso, feroz.
Pode machucar tanto fisicamente, quanto espiritualmente;
Leva a alma à escuridão, tirando seus sentimentos.
Marca o corpo com cicatrizes eternas... Decepção...

Mas não há quem não deseje, quem não arrisque.
E mesmo quem não se atreve, acaba corrompido involuntariamente.
Os riscos vêm na mesma proporção dos benefícios.
Mesmo assim, um segundo já basta... O amor...


Capítulo oito – A armação

Gina ficou a observar Draco se remexendo na parede enquanto ele coçava as pintas amarelas que tinha por todo o corpo. De certo modo, até gostava mais dele aquele jeito, transformado, pois parecia estar mais vulnerável, como se estivesse com uma máscara e pudesse se revelar, sem ter de manter sempre a pose superior e impecável.

"Pare de se coçar, Draco, vai acabar se machucando!" – Ela ralhou, não sendo ouvida. – "Logo o efeito da poção se manifestará, não adianta nada você ficar aí, torturando-se. Além do mais, eu conheço diversos feitiços para te paralisar e tenho certeza de que você não vai gosta de nenhum deles lhe sendo lançado!"

Draco virou sua cabeça alongada e estreitou seus olhos verdes em ameaça, soltando uma baforada pelo nariz.

"Não adianta ficar bravo. Eu estou cuidando de você e farei o que for necessário. Não seja um dragão teimoso" – ela brincou, fazendo-o ficar mais irritado.

Draco lhe deu as costas, nervoso, e Gina pôs-se a admirar suas asas. Havia garras nas pontas negras e articulações como em um leque fechado. Imaginou-o voando, as asas abertas furando as nuvens. "Que coisa mais infantil, Gina...", censurou-se. De qualquer maneira, acabou dizendo:

"Quando você estiver bom, voará para mim. Não se conhece um dragão realmente se não o vê em pleno vôo" – ela murmurou, distraída.

Draco se virou novamente, observando Gina conjurar uma cama para ela, pois dormiria ali, fazendo companhia para ele. Ela não havia percebido, mas disse algo sobre o futuro dos dois: se gostaria de vê-lo voando, era porque gostaria de encontrá-lo depois de curado e talvez depois e depois também... Ele não sabia exatamente se era pela poção, mas depois de Gina dizer aquilo, se sentiu bem melhor.

Não demoraram muito para dormirem, cansados com toda a agitação do dia. Draco aninhou a cabeça debaixo das asas, graças ao seu longo pescoço, enquanto Gina se aconchegara numa cama cheia de cobertores para se proteger do frio da caverna.

Quando ela acordou, Draco ainda dormia, sua respiração fazendo um barulho enorme que ecoava pelas paredes de pedra. Gina se aproximou dele, observando, boquiaberta, o couro reluzente de perto. As pintas amarelas da catapora eram maiores que suas mãos, mediu, tocando uma parte minúscula do que era o pescoço dele. Então, virou-se para ir até o rabo, querendo-o examinar. Estudos mostravam que quanto mais garras houvesse no rabo de um dragão, mais feroz e indomável ele era. "Fantástico poder conhecer alguém assim. Ainda mais quando se trata do indecifrável Draco Malfoy!", ela se divertiu.

Contudo, não houve tempo para Gina dar mais do que dois passos. Draco acordara. Inconsciente de que Gina estava atrás de si, tirou sua cabeça debaixo das asas, empurrando a jovem com seu pescoço. Ela foi jogada para longe, em direção a uma das paredes. Soltou um grito de susto, fazendo com que Draco percebesse o que estava acontecendo.

Viu-a caída próxima da parede e sem hesitar, transformou-se, abandonando sua forma animaga. Correu até ela, claramente aflito.

"Gina!" – Chamou, ajoelhando-se no chão.

Seus olhos refletiam preocupação e seu rosto estava mais pálido do que o normal. Seu corpo ainda estava fraco e suas articulações doíam, mas nada parecia mais angustiante do que a possibilidade de tê-la machucado. Ficou surpreso ao perceber que Gina segurava a varinha e a puxou da mão dela para tentar algo que a acordasse. Contudo, não foi preciso, pois ela abrira os olhos.

"Você está bem?" – O louro questionou, ajudando-a a se sentar.

"Eu... Acho que sim" – respondeu, levando a mão à cabeça. – "Consegui lançar um feitiço para amortecer a queda, mas ele não me protegeu por inteiro... Acho que bati a cabeça..."

"Deixe-me ver" – ofereceu-se, devolvendo-lhe a varinha e agachando-se atrás dela.

Gina tremeu levemente quando Draco começou a levantar algumas mechas de seus cabelos para verificar se havia algum machucado. Ele ia devagar, os dedos deslizando cuidadosamente pelos fios, levantando-os e entrelaçando-os até o fim do comprimento. Ela se esqueceu de qualquer dor que pudesse estar sentindo e se concentrou nos toques dele em seu pescoço, fazendo-a sentir o corpo mole. Inconscientemente, acabou soltando um gemido.

"Isso foi de dor?" – Draco disse, divertido, sabendo que ela não tinha nenhum machucado, mas continuando a mexer em seus cabelos.

"Eu acho que não estou..." – Ela começou a dizer, logo se calando, entregue ao prazer que as mãos de Draco estavam proporcionando, descendo por seu pescoço e seguindo para seus ombros, empurrando suavemente seu casaco.

Quando o casaco chegou na metade dos braços de Gina, Draco aproximou mais seu corpo do dela e começou a beijar sua nuca, fazendo com que ela se arrepiasse. Devagarzinho, deslizou suas mãos para dentro do casaco e começou a subir pelas costas de Gina, dedilhando sua coluna.

"Ai!" – Gemeu quando Draco estava com os dedos no meio de suas costas.

Percebendo tratar-se de um real gemido de dor desta vez, Draco se afastou, observando-a retirar por completo o casaco e massagear as costas.

"Acho que o feitiço não chegou até as costas também" – Gina concluiu, virando-se.

Ainda estavam sentados e próximos quando ela se voltou para olhá-lo. Os olhos cinzas cintilavam e seus cabelos estavam soltos e um pouco desarrumados ao lado de seu rosto, dando-lhe um ar mais rebelde. As pintas ainda eram visíveis, mas estavam muito mais claras do que no dia anterior e havia cor em suas bochechas – na verdade, Gina sabia que não havia relação com a saúde dele, mas sim com o que estavam fazendo, pois ela sentia suas bochechas quentes também... Aliás, seu corpo inteiro.

"Eu não sabia que você estava ali" – Draco explicou-se.

"Oh não, fui eu a imprudente. Você está melhor?"

"Bom, meu corpo ainda está doendo e me sinto cansado, mas parece que já não estou com febre e minha cabeça não está quase explodindo de dor."

"Eu acho que a poção do dragão funcionou para você, então. Talvez você se cure no mesmo período deles, que é de uma semana, ao invés de ficar doente por mais de um mês como acontece com os humanos que contraem essa catapora."

"Espero que sim" – ele estava louco para enlaçar Gina com seus braços e recuperar todos aqueles anos separados, mas seu ânimo havia decaído com a interrupção e ela não parecia muito bem. – "Você acha que fraturou algo?"

"Não... Acho que só foi uma pancada. Quando Madame Warmed chegar, peço-lhe para dar uma olhada, mas veja, consigo me levantar" – pronunciou, erguendo-se com a mão enlaçada a dele.

Voltaram em silêncio para o quarto, pensativos e mais unidos do que nunca, um amparando o outro para que não caíssem. Estavam conscientes de que seus corpos pareciam fracos demais para uma caminhada até os vagonetes agora, mas antes, encontravam-se perfeitamente fortes para agarrarem um ao outro... Isso só poderia significar uma coisa e os dois compreendiam o que era.

Quando chegaram ao quarto, encontraram Madame Warmed na porta com sua assistente, o rosto emoldurado com uma careta de irritação.

"Bom dia" – Gina cumprimentou.

"Bom dia, Srta. Weasley. Vejo que a experiência com o dragão funcionou. O Sr. Malfoy parece estar muito melhor. Entrem que a minha assistente irá examiná-lo" – disse, abrindo a porta.

Draco iria questionar por que a curandeira não o examinava ela mesma, mas compreendeu quando viu sua mãe sentada perto da cama. Voltou-se para Gina antes de entrar.

"Nós precisamos conversar" – sussurrou.

"Eu sei... Mas preciso ver se me machuquei e examinar o Bola de fogo... Além do mais, Max e Carlinhos virão aqui quando o banco abrir" – vendo o descontentamento de Draco à menção do nome do ex-namorado, Gina sorriu. – "E só para te informar, Max e eu terminamos o namoro..."

Draco lhe lançou um olhar satisfeito, entrando na sala.

"Madame Warmed, você poderia examinar minhas costas? Estão doendo devido a um tombo..." – Gina pediu.

"Claro, querida. Estou vendo que este dragão lhe causou problemas."

Gina riu e seguiu com ela para alguma outra sala vazia. "Você nem imagina quantos problemas...", pensou.

...dracoEginaEdracoEginaEdracoEginaEdracoEgina...

Após examinar e dar outra dose de poção para Draco, a assistente da curandeira saiu da sala, deixando mãe e filho sozinhos.

"Eu conversei com seu pai ontem, querido."

"E resolveram indenizar Madame Warmed pela monstruosidade que fizeram?" – Draco lançou.

Narcisa lhe deu um olhar severo, mas não se abalou.

"Na verdade, estávamos conversando sobre a Weasley" – Draco se interessou. – "Creio que devemos pagar alguma coisa pelos serviços que ela está prestando, cuidando de você, independente de o Gringotes remunerar-lhe ou não. O que você acha?"

Draco desconfiou:

"E por que vocês iriam ter esse ato de bondade agora?"

"Ora, Draco, a questão é que não queremos ficar devendo favores para ralés como a dos Weasley. Não se trata de caridade, mesmo sabendo que certamente os ajudará."

Draco ponderou. Era óbvio que Gina não aceitaria.

"Ela não vai aceitar"

"Bom, mas quem disse que ela precisa saber que fomos nós quem pagamos? Basta entregarmos o dinheiro para o Sr. Brown que ele o repassará junto da comissão do Gringotes. Assim ela não ficará sabendo e aceitará os galeões."

"Okay, não vejo problemas se for assim."

Narcisa sorriu.

"Vou procurar o Sr. Brown, então, querido. Fico feliz por você estar de acordo novamente conosco."

A loura saiu do quarto no momento em que Gina deixava outra sala com Madame Warmed. Um ar de tensão se instalou e Gina percebeu não se tratar dela e da Sra. Malfoy, mas sim desta com a curandeira. "Então a animosidade da Madame Warmed não se restringe somente a Draco, mas sim aos Malfoy...", Gina concluiu, vendo as duas lançarem olhares de mútuo ódio.

"Gostaria de conversar com você, Srta. Weasley" – Narcisa pronunciou.

"Então, não se esqueça, passe a pomada durante uma semana e você estará ótima, senhorita" – a curandeira recomendou, deixando as duas sozinhas no corredor.

"Pois não?" – Gina mostrou claramente não estar disposta a agüentar desaforos.

"Estive conversando com meu filho agora e vi que ele ainda conserva algum interesse em você" – Gina sorriu internamente por saber que Draco não parecia esconder seus sentimentos por ela, contudo, não estava gostando de Narcisa comentando isso. – "E isso não me agrada."

"Não vejo nenhuma novidade nisso."

"A questão, Srta. Weasley, é que agora, Lúcio e eu não estamos dispostos a ver nosso filho envolvido com sua família. Já foi provado que essa união não chegará a lugar nenhum, como não chegou no passado e não vejo o por quê da insistência."

"Talvez porque vocês desconheçam a palavra amor e não a usem na prática" – estava começando a ficar irritada com aquela intromissão. – "Por isso não entendem a razão da nossa insistência."

"Você conhece aquele ditado que diz que tudo sucumbe ao valor do dinheiro? Pois bem, o amor que você diz que Draco sente, parece ter sucumbido também" – Narcisa lhe lançou um sorriso a meio fio. – "Bem, apesar de eu desconhecer o amor, posso concluir que, se Draco deixou-se levar por alguns galeões, não sentia qualquer sentimento por você" – concluiu sarcasticamente.

"O que você quer dizer com isso?" – Gina não queria deixar-se levar pelas palavras dela.

"O óbvio: Draco aceitou dinheiro para se afastar de você. Claro que poderíamos persuadi-lo sem ser monetariamente, mas ele anda rebelde ultimamente, achando-se independente" – ela falava como se estivesse tratando de um cãozinho desobediente.

"Draco não aceitaria" – Gina afirmou, começando a tremer. Ela não queria acreditar em nenhuma palavra que Narcisa estava dizendo, não poderia aceitar que depois de tudo o que estavam passando, Draco simplesmente se deixaria levar por alguns galeões. "Isso é uma atitude típica de um Malfoy", sua razão lhe sussurrava, mas não queria crer.

"Já aceitou. Você pode ir constatar que ele admitirá tudo. Na verdade, eu devo ser sincera com você e admitir que ele relutou um pouco para aceitar, dizendo que poderia sucumbir caso você viesse tentá-lo. Afinal, homens nunca resistem ao charme feminino e infelizmente meu filho se enquadra nisso" – Narcisa estava adorando fazer o papel de mãe fofoqueira, pois via a perplexidade nos olhos de Gina. – "Por isso, sugeri que lhe pagássemos alguma coisa também para você se afastar dele e Draco concordou prontamente."

Gina cerrou os punhos, irada.

"Isso é a coisa mais suja e indecente que eu já ouviu e é muita inocência" – satirizou – "vocês acharem que eu vou acreditar numa armação idiota dessas para me separar de Draco."

"Você pode falar com Draco que ele lhe confirmará tudo. Depois volte aqui para acertarmos o valor da sua parte. Creio que será grande, devido às necessidades de sua família, mas nós podemos negociar" – ela lhe lançou um sorriso cínico.

"Ora, sua megera mercenária! Engula seus galeões porque eu não quero nenhum dinheiro sujo" – Gina quase gritou, dando-lhe as costas.

"Lúcio, é exatamente por ter essas idéias que eu te amo..." – Narcisa falou para si enquanto observava a Weasley se dirigir até o quarto de Draco.

Gina foi com passos duros até o quarto, irritada. Não acreditava em nenhuma das palavras de Narcisa, mas não deixava de ficar irritada com elas. Contudo, seu nervosismo sumiu assim que entrou e recebeu um sorriu caloroso de Draco, deitado na cama.

"Como estão suas costas?" – Ele perguntou.

"Nada grave, apenas uma pancada. Há uma marca roxa, mas nada fraturado" – Gina sentiu-se leve. Se Draco estava sendo tão gentil, não haveria porque acreditar na mãe dele. "Merlin, eu quase me deixei levar por aquela nojenta!", pensou, aliviada.

"Bem, eu acho que poderia dar uma examinada nessa marca... Quem sabe pode ser algo grave que a Madame Warmed não conseguiu diagnosticar?" – falou, malicioso.

"Ora, Sr. Malfoy, o senhor mal consegue se manter em pé sem medicamentos e quer bancar o médico? Acho que hoje não..."

"Eu fui um ótimo examinador lá embaixo, creio que aqui posso ser melhor" – ele lhe deu um sorriso maroto.

"Eu não duvido" – Gina sorriu. – "Mas não gostaria de ver sua mãe ou o Sr. Brown nos surpreendendo novamente..."

Relutante, Draco acabou concordando:

"Certo..."

"Sabe, Draco, sua mãe me falou umas coisas engraçadas... É até bobagem comentar com você, mas ela disse que você aceitou que me dessem dinheiro..."

Draco arregalou os olhos, deixando Gina apreensiva.

"Como assim? Minha mãe lhe contou? Mas ela disse que..."

"Quer dizer que é verdade?" – Gina interrompeu. De repente, suas pernas ficaram bambas.

"É, mas era para ser secreto, você não deveria saber, minha mãe passaria instruções para o Sr. Brown" – Draco estranhou.

"O quê?" – Exclamou, incrédula. – "Vocês iriam envolver o Sr. Brown nisso também? Eu não posso acreditar... Como você pôde, Draco?" – A voz de Gina estava fraca e ela se apoiava na mesa onde estavam as poções.

"Eu não estou entendendo o por quê desse alarde todo, Gina. Eu entendo que você não queria receber dinheiro dos Malfoy, mas é algo que você merece, é justo receber alguma coisa..."

"Ora, claro! Como eu pude ser tão burra?" – Seus olhos se encontravam cheios d'água. – "Tudo não passava de um jogo, não é? Vamos ver até quando a Weasley agüentar ficar longe de mim! Vamos testar o quão ingênua ela é para cair nas armadilhas do astucioso Malfoy! Vamos dispensá-la agora que eu já me enchi de usá-la como brinquedo, pagando-lhe alguns galeões! Você é muito mais nojento do que seus pais juntos, Draco!"

Draco sentou-se na cama.

"Eu realmente não entendo aonde você quer chegar, Gina. Será que o pagamento por alguns serviços prestados merece tanta indignação?"

"Oh, então você encara como serviços prestados todo esse tempo que passamos juntos?"

"Gina, se você se sente ofendida em receber, eu entendo. Eu disse a minha mãe que você não aceitaria... Basta recusar e pronto, não há necessidade de..."

"Ora, mas você é um desgraçado mesmo!" – Quase gritou, saindo do quarto.

Confuso, Draco saiu da cama com dificuldade, correndo o mais rápido que suas pernas fracas agüentavam. Deparou-se com sua mãe no corredor.

"O que você disse para Gina?" – murmurou, enraivecido.

"O que nós combinamos, querido, achei que ela não se importaria... Mas parecia perturbada quando passou por aqui..." – Fingiu preocupação.

"Depois nos falamos..." – Draco disse, saindo correndo.

Gina corria sem saber direito para aonde ia. Acabou esbarrando no Sr. Brown. Segurou as lágrimas que queriam escorrer e fingiu calma, apesar de estar tremendo inteira.

"O que aconteceu, Srta. Weasley? Malfoy está bem?"

"Está ótimo" – respondeu, segurando-se para não começar a xingar Draco. – "Eu preciso ir para casa, Sr. Brown. Volto assim que puder. Max logo chegara, então o senhor poderia pedir para que ele desse as poções para o Bola de fogo?" – Pediu, despedindo-se e partindo para a saída, desta vez, andando.

"Giiina!" – Draco gritou, vendo-a sair pela portaria.

Ela fingiu não escutar e continuou.

Ele a alcançou quando estava preste a descer a escada. Chovia forte e antes que Gina pudesse se aventurar na chuva, Draco puxou-a de volta pelo braço, ficando debaixo da cobertura da entrada.

"Não me toque!" – Gina brandiu, puxando seu braço. Havia dor em seus olhos, mas sua voz era puro ódio e mágoa. – "Nunca mais sequer tente encostar-se em mim de novo, Malfoy. Eu posso cobrar caro."

"Gina, você não entendeu. Combinei aquilo com minha mãe somente porque..."

"Não me interessa" – ela virou seu rosto para o lado, cruzando os braços sobre o peito, sentindo frio. Seu rosto molhado por suas lágrimas. – "Eu fui idiota demais antes e não estou disposta a continuar sendo."

Draco passou a mão pelos cabelos, nervoso.

"Você está fazendo isso para fugir de mim. Fugir do mesmo jeito que fugiu naquele dia em Hogwarts."

"Bom, daquela vez não me deram dinheiro..." – Ela satirizou.

"Ora, mas como você pode ser tão teimosa depois de tanto tempo?" – Draco se enfezou. – "Ainda não percebeu que nós temos de ficar juntos? Todas as vezes, você foge. Por quê, Gina? Só me explique por que você foge, mesmo sabendo que nós dois, de um modo ou de outro, sempre estaremos ligados?"

Gina o encarou, os olhos cinzas cheios de dúvida e questionamento, os braços abertos pedindo alguma resposta coerente e a boca apertada em sinal de desespero. Por um instante, ela acreditou que aquele apelo era verdadeiro e que Draco estava mesmo dizendo o que queria dizer. Contudo, lembrou-se das palavras de Narcisa, que ele mesmo confirmara e fechou seus próprios olhos em sinal de dor. "Por que ele está fazendo isso comigo?", perguntou-se, odiando-se por estar sofrendo por alguém que não mereceria nem ao menos um olhar seu.

"Você é um crápula nojento. Eu não tenho palavras para mostrar o quanto te desprezo, Malfoy. Aliás, você não merece minha atenção, não merece nada de mim. Dane-se sua doença, se vire com as poções e suas transformações. Eu não me importo!" – afirmou, ainda chorando.

"Você não sabe mentir, Gina. Seus olhos não deixam" – Draco olhava triste para ela, não entendo de onde vinha todo aquele ódio súbito.

"E o que importa o que meus olhos passam? Seus olhos também passam isso, mas sua ganância é muito maior, não? Fdam-se nossos sentimentos, não é assim? Você é igual a sua mãe, a seu pai... Você é um Malfoy, não é? Como eu pude ser tão idiota, imaginando que poderia ser diferente?"

"É diferente, Gina. Você sabe disso" – Draco afirmou, colocando suas mãos em seus braços.

"Não TOQUE EM MIM" – ela gritou. "Dói demais saber que seu toque ainda eletriza...", pensou, triste. Empurrou Draco, começando as descer as escadas.

O Beco Diagonal se encontrava calmo naquela hora, e quase não havia ninguém nas ruas devido à chuva. Mesmo assim, alguns observavam curiosos, protegidos pelos toldos das lojas, o casal que brigava em frente ao Gringotes.

"Você não pode ir embora assim sem dar uma explicação, Gina, não desta vez!" – Draco disse, seguindo-a debaixo da chuva. Seu corpo estava pedindo descanso e as gotas de chuva machucavam ao bater em sua pele. Ainda estava com a veste trazida por Madame Warmed e ela grudava em seu corpo à medida que se encharcava, fazendo-o ficar com mais frio. Mas ele parecia não se importar em oferecer um espetáculo para os que estavam por perto.

"Vá para dentro, Malfoy, você vai piorar assim" – xingou-se mentalmente por ainda se preocupar com a saúde dele.

"Eu vou piorar de qualquer maneira, longe de você."

Algo nela doeu com essas últimas palavras. Ele estava dizendo tudo que Gina sempre quis ouvir quando pareciam estar jogando uma batalha sem vencedores na época de Hogwarts. Eram aquelas demonstrações de afeto que precisava para não desistir dos dois, para aceitar suas brigas e diferenças. Era dessa maneira que ela queria que ele se impusesse quando terminou há anos atrás, mas Draco não se jogara inteiro naquela época, não o suficiente.

Contudo, estava fazendo isso agora. "Não adianta mais, Draco... Tarde demais...", pensou, triste.

"Está arrependido?" – Gina perguntou, virando-se subitamente, ficando um degrau abaixo dele.

"Eu deveria estar?"

"Não faz mais diferença..." – ela respondeu.

"Talvez isso faça."

Draco desceu um degrau, ficando de frente para Gina. Antes que ela pudesse tomar qualquer atitude, ele a puxou para junto de si, beijando-a como há muito esperara e ansiara.

Gina relutava, colocando as mãos no peito de Draco para empurrá-lo. Contudo, sua boca entrava em sintonia com a de Draco, acompanhado os movimentos de seus lábios e língua, não obedecendo à sua razão. Acabou-se por entregar-se aos tremores que aquele beijo estava causando, sentindo sua pele eletrizar-se cada vez que ele a apertava mais e mais contra si.

Draco também se encontrava extasiado, não sentindo as gotas de chuva batendo em suas costas, nem o frio do mármore da escada em seus pés descalços. Só sentia o gosto de Gina em sua boca, suas mãos pressionadas contra seu peito e seu coração batendo forte como se fosse arrebentar de tanta satisfação. Não havia dúvida de que era exatamente aquele momento que faltava para deixar sua vida completa.

Separam as bocas somente porque não tinham mais fôlego, contudo, incapazes de separar seus corpos.

"Você entende agora porque deve ficar? Porque não pode fugir?" – Draco murmurou, as gotas da chuva batendo em seu rosto e escorrendo sobre o de Gina.

"Você deveria ter pensado nisso antes de ter feito aquele acordo com sua mãe..." – Respondeu, triste. Sua razão chegava até suas palavras, mas não conseguia controlar seu corpo para que se separasse de Draco. Não conseguia se distanciar depois de ter percebido que aquele beijo lhe fizera tanta falta.

"Você não quer ir embora, como não quis naquele dia..." – sussurrou. – "Eu não vou deixar desta vez, Gina..."

Deixando-se levar novamente pelas palavras de Narcisa, Gina soltou-se de Draco. Lágrimas escorriam por seu rosto, impossíveis de se distinguir com a água da chuva.

"Está arrependido, não é?" – Ela se afastou e abriu os braços. – "Sabe, Draco" – soluçou – "algumas vezes, o que vale é a intenção. E este é o caso. De nada me serve seu arrependimento... Acho que você vai ter que pedir alguns galeões a mais, pois os que te ofereceram parecem não ser suficientes..."

Draco ainda tentou agarrar seu braço, mas Gina conseguira aparatar antes que ele tivesse alguma reação. Confuso, sentindo novamente toda a fraqueza e dor provocada pela doença, sentou-se nos degraus escorregadios, querendo entender o que causara toda aquela aversão de Gina por ele.

A resposta estava clara em sua cabeça, mas não queria acreditar que sua própria mãe pudesse ser a responsável de tanto sofrimento...


N/A2: Gina revoltada é uma coisa ótima de se escrever, pois assim eu já extravaso minha raiva também...! Eu só gostaria de ter um Draco pra me acalmar depois...rs!
Hum, eu publiquei uma fic nova esses dias atrás, uma One-shot enoorme (Quem sempre pede capítulos mais longos, vai adorar)... Se alguém se interessar por vampiros, quiser aprender uma palavra japonesa e conhecer outro poema meu, ela se chama Amigos de sangue. É D/G, claro! Então passem lá e deixem reviews, ok? E pra quem já leu, obrigada pelos comentários!
Ah, também vou postar agora outra fic, Interrogações... É T/G desta vez, escrita pro desafio do fórum do 3V... Se vcs quiserem dar uma "passadinha" lá também, eu vou ficar muito feliz! XD