N/A: Nhaaa, recorde! Não demorei muito pra atualizar, não! Rss! E obrigada pelas reviews, animando-me nesses dias frio...brrr
miaka
– Yes, Narcisa muito má...! Ah, eu não deixei ela chorar com o Max... Era perigoso ter uma recaída, sabe! Rs!
Isa Potter
Aham, eu também acho reconciliações muito foofis – e brigas também!
Pekena
Gina bater na Narcisa? Ótima idéia...rs! Mas o que você acha de ser o Draco a fazer o serviço? Tipo, ele pode "perder a consciência" ao se transformar em dragão e acabar matando os pais (isso mesmo, como Goku fez com o pobre avô em Dragon Bal)...rss! – Ok, parei de viajar...
Joana
– Yes, um beijinho! Nha, não é que eu não vá mais escrever fics longas, eu só acho que não vou conseguir colocar muitos capítulos como fiz com "Amar Est..." e com "A beleza..." Mas vou continuar a escrever fics, sim! É um vício... hehe...
Kathy.Malfoy Olha, eu não ia admitir, mas atualizei rápido com medo da sua ameaça...rsss! Ainda não teve a reconciliação, mas sim, uma promessa de volta... Então, não me mate! Rs! (Yellow ficou morrendo de medo do filme O chamado...)
Duda Amaral
Nhaa, obrigada! Sim, o casal Malfoy está terrível aqui, e olha que eu os adoro! Continuação? Nããão, eu mal estou tendo "luz" pra terminar a fic, então uma continuação seria impossível...rss! Só se o Max de repente resolvesse "contra-atacar"! rs...
Nami Nayuuki
Nhaa, verdade, Draco abandonado na chuva deve ser uma coisa muito cute de se ver... Como aqueles cãezinhos que dá vontade de levar pra casa...
Karina Caitlin
Ah, obrigada por dizer, eu sempre acho mil errinhos na fic! Também pensei nisso quando estava escrevendo, mas eu não me lembrei do Sirius ou do Rabicho vestindo alguma roupa depois de voltarem à forma humana, então não sei com certeza o que ocorre... Yes, caso Draco ficasse nuzinho da Silva seria muito interessante...rs!
Kittie Malfoy Huahuah... Adorei esse "Wow, casa comigo, gostoso"! Seria uma atitude totalmente independente de Gina...rs! E eu aceitaria um affair entre o Max e o Bola, mas um casamento é ótimo...rsss! Mas não se preocupe, apesar de tudo ser diferente, provavelmente vamos ter um final feliz! (Bom, talvez o Bola fiquei meio sozinho...XD)
bIa wEasLey MaLfoY– Nha, eu não entendi... – Ah, só pra esclarecer... eu tava brincando, viu! Não estava criticando seu nick... Eu seria a última a fazer isso já que morro de vergonha do meu...Xb
Kelly Codell Yes, teremos mais um ceninha com Draco transformado, mas vai ser a última infelizmente... Yes, clichês são irresistíveis, e apesar de tudo, continuam sendo lindos...rs!
Helena Black Siiim! O Max não é corno, nem a Gina burra, coitada! Ela só estava insegura... Xb
Kirina-Li - Nha, vc vai ver que o Max acabou de embarcar nesse capítulo... Se vc correr pra pergar o próximo trem, certamente o alcançará em alguma estação...rs! Qto a voar com o Draco, eu acho que só a Gina poderá ter esse "privilégio"... Nem eu vou ter...snif...

Eu achei um errinho básico, mas muito feio... O bola de fogo é conhecido como Firedragon e não Fireball como eu vim colocando desde o terceiro capítulo... Mil desculpas pela falha...
Beijos pra
Si que continua firme e forte me ajudando!
E eu gostei de escrever esse capítulo... Sei lá porque...Xb


Capítulo nove - Desencontros

Gina desaparatou em seu quarto, chorando mais do que seus olhos agüentavam. Jogou-se na cama, cobrindo a cabeça com o travesseiro para que ninguém ouvisse seus soluços e soubesse que estava em casa. Não queria explicar que fora uma tola ao acreditar que Draco pudesse ser diferente dos pais, dando mais valor a sentimentos do que a qualquer coisa.

Ao invés disso, ele preferira trocá-la por alguns galeões depois de tudo que enfrentaram juntos. Talvez valesse mais para ele ter a garantia de alguns galeões em seu bolso do que a montanha russa de emoções que o amor trazia.

Gina sabia que ele estava sendo sincero quando estavam em frente ao Gringotes, contudo, pouco servia o arrependimento dele enquanto percebia o que perdia. Não queria alguém sem coração junto de si. Sabia que Draco era quem a completava, mas preferiria viver sem estar totalmente inteira a viver esperando chegar a hora dele se cansar dela novamente e trocá-la por outro punhado de ouro.

Chorando, acabou adormecendo.

...dracoEginaEdracoEginaEdracoEginaEdracoEgina...

Superando toda sua dor, tanto física quanto sentimental, Draco levantou-se e subiu alguns degraus para entrar no Gringotes. Sua roupa, antes leve e larga, estava pesada e grudada em seu corpo, deixando seus movimentos limitados e congelando sua pele.

"Para finalizar minha desgraça, ainda ganho uma bela pneumonia...", pensou, satirizando consigo mesmo.

Entrou no banco, molhando o chão, não se importando com o olhar inquisidor de alguns colegas. Chegou até o corredor de seu quarto, deparando-se com o Sr. Brown conversando com Narcisa. Assim que ela o viu, soltou uma exclamação de surpresa e correu até ele seguida pelo Sub-Diretor.

"Draco, o que aconteceu? Por que você está mo..."

"Importa?" – Indagou, seco. Seus lábios não tinham nenhuma cor, assim como sua pele, aparentando um fantasma vivo. – "Pois parece que não importa nada a você que eu esteja furioso por ter sido enganado!"

"Com licença, Sr. Brown, acho que precisamos ter uma conversa séria..." – Narcisa justificou, puxando Draco para o quarto.

"Ora, por que não ficamos aqui para mostrarmos como você é uma ótima mãe?"

"Cale a boca, Draco!" – Sussurrou, empurrando-o para dentro.

"Calar minha boca? Você tramou pelas minhas costas e ainda acha que eu devo ficar agradecido e satisfeito?"

"Eu fiz isso para o seu bem."

"Desde quando você sabe o que é o bem para alguém quando já deixou impune um assassino de crianças? Será que o bem para os outros é sofrer estando separado das pessoas que lhe são necessárias? Pois parece que é assim que você pensa, mamãe" – sua voz era puro desprezo.

"Aquela garota não serve para você, Draco, ela é uma Weasley!"

"Não me venha com essa história de que só porque ela é uma Weasley, não serve para mim. Eu sei muito bem que a mãe de Gina é uma parente distante dos Black!"

"Ela não tem sangue Weasley..."

"E o que importa?" – gritou. – "Será que faz tanta diferença assim se eu me envolver com uma Brown, Parkinson ou Knowledge? Pois bem, se faz, eu vou me casar com uma trouxa! Eu vou fazer o possível para que o sangue dos Malfoy se perca em sangue-ruins e abortos!"

"Draco, você está fora de si. Tire essa roupa molhada, acalme-se e poderemos conversar" – Narcisa aconselhou, mantendo-se paciente.

"O que você disse para Gina? Não foi aquilo que combinamos, eu tenho certeza! Qual foi a mentira que inventou, fazendo com que eu confirmasse? Como pude ser tão burro ao imaginar que vocês iriam querer apenas 'recompensá-la'?"

"Eu disse a verdade, Draco, disse que iríamos pagá-la" – Narcisa deu de ombros.

"É? Então por que ela disse que eu teria que pedir mais galeões? Desde quando eu iria receber alguma coisa?"

"Provavelmente ela entendeu errado, querido."

"Provavelmente você inventou alguma combinação que eu não combinei! O que foi?" – Draco questionou, apertando o lençol para não arremessar a mesa e a cadeira à sua frente.

"Você acha que..."

"Acho" – cortou, esperando uma resposta.

Narcisa ponderou que Draco não se acalmaria até ela contar a verdade. Estava preocupada com o filho doente com aquelas vestes molhadas e acabou por se render.

"Eu e seu pai traçamos um plano. Você deveria achar que pagaríamos para Weasley pelos serviços prestados a você enquanto ela acharia que receberia para se afastar de você."

Draco deu um soco na cama, um dos vidrinhos de poção em cima da mesa se quebrando devido à sua raiva.

"E por que ela disse que eu deveria receber mais galeões?"

"Porque eu disse que nós oferecemos dinheiro para você se afastar dela, e depois você pediu para que nós déssemos dinheiro para que ela se distanciasse de você."

Aquilo explicava toda a revolta de Gina, toda a raiva. Por isso ela havia perguntado se estava arrependido.

"Vocês dois não têm nenhuma dignidade! Como puderam armar contra mim?"

"Não foi contra você, Draco, mas para lhe proteger. Não seja ingrato."

Ele riu. Sentia vontade de matar a própria mãe.

"Não ser ingrato? Okay, eu esqueci completamente que a função dos pais é trazer infelicidade para os filhos separando-os das pessoas que eles amam... Muito obrigado por ter proporcionado uma visão de ódio naqueles olhos castanhos... É ótimo saber que a pessoa que você mais ama – você conhece essa palavra? – te despreza por uma coisa que você nem fez!"

"Você e aquela Weasley acham que sabem o que é o significado do amor, quando não fazem idéia do peso que essa palavra tem. Acham que essa atração que sentem é amor? Pois não é! Amor é o que eu tenho por seu pai ao arriscar minha própria liberdade, mentindo em um dos julgamentos mais implacáveis daquela época. Amor é o que eu tenho por você ao enganar as pessoas para lhe proteger de uma garota que vai lhe abandonar como já fez antes!" – Narcisa disse, perdendo a paciência. – "Vocês ainda são crianças que se acham crescidas o suficiente para pensarem que amam, para julgarem minhas atitudes."

Draco acalmou-se um pouco. Era claro que ela amava seu pai a ponto de se sacrificar, mas não conseguia aceitar o fato dela achar que podia se intrometer na sua vida somente porque era sua mãe.

"Okay. Não questionarei mais seus sentimentos. Não sei como, mas ainda vou lhe provar que o que tenho por Gina não é só um ato de rebeldia ou uma atração como diz. Ainda vou provar que nossa união é muito mais forte do que a rixa entre Weasleys e Malfoys..."

"Está bem, Draco eu aguardarei sua confirmação. Enquanto isso, você poderia tirar essas vestes molhadas?" – Narcisa pediu, não se abalando com a afirmação de Draco.

...dracoEginaEdracoEginaEdracoEginaEdracoEgina...

Gina acordou com uma batida em sua porta. Quis gritar para que não a perturbassem, mas estava com a garganta seca demais para isso. "Maldito relógio!", xingou mentalmente, referindo-se ao relógio da cozinha que indicava sua localização.

"Querida..." – Molly chamou, sentando-se ao seu lado na cama.

Gina tirou o travesseiro de cima de sua cabeça e encarou a mãe. Estava despenteada, os olhos inchados e o nariz vermelho de tanto chorar. Não havia como inventar alguma desculpa que não lhe traísse.

"Carlinhos e Max acabaram de partir para o Gringotes... Eles não sabiam que você estava aqui, percebi que não queria que soubessem."

"Obrigada..." – Ela sentou-se e abraçou-a. Tivesse a idade que fosse, sempre se sentiria protegida no colo da mãe.

"Você quer me contar o que aconteceu, querida?" – Molly perguntou delicadamente.

Gina enxugou as lágrimas de seu rosto e respirou fundo.

"Acho que só posso dizer que se um dia acreditei que sobrenomes não importavam, hoje vejo que importam..."

"Você quer dizer que tem a ver com Draco Malfoy?"

"Tem, mas ele não tem culpa nenhuma. Eu é que fui tola demais para não perceber como ele é realmente. Consegui me distanciar em Hogwarts, mas me deixei levar desta vez e acabei recebendo o que eu temia..."

"O que ele fez, Gina?" – Molly perguntou, preocupada.

"Deu valor a coisas menos importantes..." – simplificou. Por mais que não quisesse admitir, estava escondendo tudo da mãe por querer protegê-lo mesmo depois de achar que ele a enganara... Doía admitir que Draco fora capaz de trocá-la por dinheiro.

"Bem, quando você se sentir pronta para me contar, eu estarei aqui. Sempre."

Gina lhe deu um sorriso de agradecimento e voltou a deitar. Recusou o almoço e pediu para Molly que ninguém a incomodasse pelo menos até conseguir se acalmar.

Quando o sol já estava quase sumindo e não havia nenhum raio despontando no jardim, Max apareceu no quarto, batendo levemente na porta.

"Gina?" – Ele chamou, vendo-a na escrivaninha.

Ela já estava com uma aparência melhor, contudo, ainda conservava um brilho melancólico no olhar.

"Max!" – Exclamou, querendo esconder sua tristeza. – "Como foi com o Firedragon? Ele deu muito trabalho?"

"Não. Já está sentindo menos dores e não está tão agressivo. Creio que logo ficará bom... Mas você não vai acreditar, Gina, MacFusty apareceu por lá!"

"O quê? Ele já chegou?" – Desta vez ela se animou de verdade.

"Chegou agora pouco, antes de partirmos. E o melhor é que ele trouxe o pai! Gina, o bruxo é o mestre dos mestres! Nos deu ótimas dicas! Carlton não vai acreditar que conhecemos um MacFusty!"

"Bom, então não precisarei ir mais lá..." – Murmurou, fingindo desinteresse.

"O que aconteceu? Você e Malfoy brigaram?" – Gina confirmou com a cabeça. – "Ora, quer dizer que nós podemos retomar nosso romance?" – Disse, sorrindo malicioso.

"Você sabe muito bem que..."

"É, eu sei... Esse Malfoy é um idiota ou o quê?"

Gina riu.

"Oh, ele é um idiota... Um completo idiota..." – Disse, triste. – "Agora me conte melhor como foi com os MacFusty... Eu não acredito que perdi essa oportunidade!" – Era bom estar com Max e se esquecer um pouco de Draco. Ironicamente o assunto que a distraia era dragões...

...dracoEginaEdracoEginaEdracoEginaEdracoEgina...

Depois de uma semana, Draco se encontrava praticamente curado, não precisando mais se transformar em dragão, pois agora só tomaria as poções destinadas para humanos, ainda assim, somente por precaução. Então, voltaria para a casa naquele domingo de manhã.

"Obrigado pela ajuda, Jordan. E não foi mesmo a minha intenção arranhar-te" – Draco disse. Na verdade, "arranhar" era pouco para o corte que MacFusty ganhara no braço quando o louro lhe atacara com o rabo.

"Tudo bem, Draco. Eu já lidei com ferimentos e dragões mais perigosos" – ele riu. – "Me disseram que antes de eu chegar havia uma domadora cuidando de você, não é?" – Draco afirmou com a cabeça. – "Como foi essa relação dragão/domadora?" – Perguntou, sorrindo.

"Ora, foi igual à relação que você tem com seus dragões" – disse, cortando o amigo.

"Mas meus dragões não se transformam em humanos e eu não sou uma bela morena."

"Ela é ruiva" – Draco corrigiu.

"O quê?"

"Quem lhe disse isso? Quem lhe falou sobre ela?" – Perguntou, irritado.

"McArthur comentou com os outros estagiários que a garota havia dado bola para ele" – deu de ombros.

"Ora, aquele desgraçado! Gina nunca... Quero dizer, McArthur sempre inventa alguma coisa sobre como consegue..."

"Espere um pouco!" – MacFusty interrompeu, sorrindo mais ainda. – "O irmão dela se chamava Weasley! A garota que cuidou de você era uma Weasley, quero dizer era a Weasley! Eu lembro que Blás comentou um dia que você namorou uma garota de uma família inimiga à sua! Eu entendo como é, também ficaria envergonhado se tivesse namorado uma garota de uma das ilhas inimigas da minha famíia..."

"Não me venha com essa, Jordan! Você disse que namorou uma!" – Draco disse, irritado com as provocações do amigo.

"Exatamente por isso que digo que te entendo, cara!" – Ele deu tapinhas nas costas dele. – "Deve ter sido incendiária essa relação dragão/domadora, hein!"

"Cale a boca, Jordan, ou você vai ver o que vai se incendiar daqui a pouco..." – Draco bufou. Ele não estaria tão incomodado com as insinuações de MacFusty se ainda estivesse com Gina, mas com ela achando que ele era a pior pessoa do mundo, não havia graça nenhuma discutir sobre sua "relação incendiária"...

Depois de ter se despedido de todos prometendo voltar ao trabalho dentro de alguns dias, e ainda recebendo algumas provocações de Jordan, Draco resolveu não ir diretamente para a casa. Desaparatou em um lugar onde nunca mais esperava estar novamente.

Torceu o nariz ao ver a forma estranha que A Toca formava por não ter uma simetria perfeita devido aos cômodos acomodados como caixotes, uns em cima dos outros.

Explicaria tudo para Gina, não a deixaria falar, pois ela poderia fugir mais uma vez dele. Mas desta vez, não deixaria. Três fugas eram demais para o orgulho de um Malfoy e Draco não perimitiria que Gina alcançasse essa marca.

Apertou a campainha e ouviu um barulho semelhante às sinetas de carros de polícia soar dentro da casa. "Maldita obsessão trouxa...", pensou. Logo um dos ruivos veio atender-lhe. Draco não soube dizer de imediato quais dos irmãos eram, mas logo que enxergou outro ruivo com os mesmos traços e olhar esperto observando a porta sentado numa poltrona na sala, concluiu ser um dos gêmeos.

"Pois não?" – O Weasley perguntou educadamente. Draco percebeu que ele não o reconhecera.

"Eu gostaria de falar com Ginevra Weasley."

Ele abriu a boca para dizer algo, mas foi interrompido pelo irmão, que se levantara da poltrona.

"Ei! Você não é aquele metidinho do Malfoy?" – Falou, estreitando os olhos.

Jorge, que o havia atendido, pareceu reconhecê-lo também.

"O que você quer com nossa irmã, Malfoy?"

Draco se lembrou de uma briga que havia tido com um deles e com Potter depois de um jogo de Quadribol e ficou nervoso. O que tinham a ver com sua vida?

"Sua irmã está ou não?" – Perguntou, ignorando a provocação.

Fred se adiantou.

"Nós poderíamos simplesmente bater a porta na sua cara e quebrar esse nariz empinado, mas teremos prazer em informar onde Gina se encontra" – ele sorriu em cumplicidade com o irmão.

"Ela foi embora para a Romênia. Foi embora com Max" – Jorge completou.

"Provavelmente só volta com o Max... Em que número estavam, Jorge?"

"Acho que no IV..."

"Então, ela só voltará quando já estiver com Max IV no colo, talvez com o Max V também se tiverem a sorte de terem gêmeos maravilhosos como nós."

"Ela o quê?" – Draco estava abismado.

"Sabe, Malfoy, ela não quis ter um filho chamado Draco II... Ou Lúcio II, o que seria muito pior..." – Os dois irmãos riam.

"Cai fora daqui, você não merece nossa irmã" – Fred disse, fechando a porta.

Draco ficou ali por mais alguns segundos, encarando a porta. Não podia acreditar que estava ouvindo aquilo, não podia ser verdade que Gina lhe escapara outra vez.

"Se ela superara tão rápido eu 'tê-la enganado', quer dizer que não ficara tão abalada assim... Ora! E eu achando que a encontraria triste e frágil! Provavelmente mentira naquele dia dizendo que terminara com aquele romeno vulgar! Estava me manipulando e fingindo-se de injustiçada quando, na verdade, eu estava sendo enganado..."

Ele chutou um montinho de mato perto da cerca, fazendo um gnomo voar com uma exclamação. "Depois dizem que são os Malfoy os vilões da história...", pensou, irritado.

Estava nervoso e magoado, sentindo-se duplamente traído. Não bastara sua mãe ter tramado contra ele, ainda recebia outro golpe inesperado vindo da pessoa que ele mais confiava. "É uma Weasley, Draco, o que você queria? Não é à toa que sua família não os suporta... Além de pobres e amantes de trouxas, são sujos e desonestos! Levam a fama de bonzinhos quando são eles que trapaceiam e enganam!"

Draco sabia que sua família era mil vezes pior e estava muito envolvida com diversas coisas ilegais, não se importando com mais ninguém que não tivesse o mesmo sobrenome. Contudo, rebaixar Gina e sua família fazia com que se sentisse melhor e esquecesse que fora enganado por uma garota por quem ele era capaz de morrer...

"Bela encenação na chuva, Gina, eu quase acreditei... Na verdade, eu acreditei...", concluiu, aparatando.

...dracoEginaEdracoEginaEdracoEginaEdracoEgina...

Estavam na estação. Max, Carlinhos e Molly observavam a movimentação dos trouxas, esperando o momento certo para atravessarem a plataforma 2 ¼ e não chamarem a atenção. Gina se encontrava alheia, observando algumas crianças puxando seus carrinhos com malas pesadas.

"Vamos!" – A Sra. Weasley chamou.

Ela atravessou a parede e entrou na plataforma, o primeiro trem que eles tomariam, esperando para ser lotado. O cheiro da fumaça do carvão fazia-a se recordar dos tempos de Hogwarts e sempre que se lembrava da escola, lembrava-se de Draco. Pois apesar dela não ter passado nem um ano junto dele, fora a época que mais a marcara...

Carlinhos e Max foram guardar as malas no bagageiro enquanto Gina continuava distraída.

"No que você pensa tanto, querida?" – Molly questionou.

Gina deu um suspiro e cruzou os braços sobre o peito.

"No que aconteceu, no que está acontecendo, e no que vai acontecer... Eu sempre imaginei um rumo diferente para minha vida e de repente, tudo girou e tomou um caminho diferente e imprevisível... Estou ficando cansada de não conseguir controlar minha vida, de não ter um futuro previsível..."

"A primeira vez que eu entrei na plataforma 9 ¾ e peguei o Expresso de Hogwarts, imaginava que me especializaria em Herbologia e daria aulas em Hogwarts assim que a vaga ficasse disponível. Contudo, quando terminei o sétimo ano, já estava noiva de seu pai e nunca mais pensei em cuidar de plantas que não fossem as de nosso jardim. Pensei em ter somente dois filhos, mas quando parei para contar, já estava no quinto! Então resolvemos continuar até conseguirmos uma garotinha... E não é que de certo?" – Molly sorriu.

"Mas sua vida já estava completa antes mesmo de você sair de Hogwarts, mamãe!" – Gina protestou.

"Talvez a sua estivesse também e você não percebeu..."

Gina encarou a mãe para tentar entender o que ela estava querendo dizer. Quando compreendeu pelo olhar sugestivo dela, quase soltou uma exclamação de indignação.

"Eu estaria sendo infeliz se tivesse continuado com... Ora, nem consigo pronunciar o nome daquele idiota insensível!"

"Olha, querida, não pense que é do meu total agrado que você se envolva com aquela família, mas se é para você tirar esse olhar vazio do rosto, eu prefiro que você se envolva com os Malfoy..."

Gina não havia contado qual era o motivo dela estar chorando naquele dia, sempre se esquivando quando alguém lhe apertava. Somente dissera que tivera a afirmação de que os Malfoy eram a família mais nojenta e sem dignidade com quem convivera.

"Eu só estou triste porque Max e Carlinhos vão embora, não tem nada a ver com Malfoy!"

Molly iria dizer mais alguma coisa, contudo, foi interrompida pela chegada do filho e do ex-genro.

"Nós já precisamos embarcar" – Carlinhos disse, indo abraçar Gina. – "Cuide-se, maninha, e nada de aprontar com dragões..."

Gina apenas sorriu. Estava cansada de ficar discutindo sobre Draco e fingiu não entender a brincadeira do irmão.

"E quem vai me visitar nos meus plantões?" – Max disse, voltando-se para ela.

"Creio que vai ter uma fila quando descobrirem que você está disponível... Trate de ser seletivo, quero uma substituta à altura!" – Gina falou, demonstrando ciúme.

"Você não foi muito seletiva quando escolheu aquele filhinho de papai branquelo..." – Max lembrou. – "Mas de qualquer modo, ninguém chega aos meus pés!"

Os dois riram e Gina deu um abraço apertado no amigo.

"Cuide bem do Norberto, pois papai disse que da última vez que encontrou Hagrid, ele não parava de perguntar sobre o dragão!"

"Cuide-se você também."

"Obrigada por tudo, Max. Por ser tão compreensivo, por me entender..."

"Se não fosse assim, eu não te amaria, Gina..."

"Você sabe que também o amo, não sabe?" – Seus olhos estavam cheios d'água.

"Claro que sei. Só é uma pena você ter um coração tão grande..."

"Ora, seu..." – Ela se indignou, dando tapas leves no braço dele.

Logo depois uma sineta soou, anunciando o último chamado para o embarque. Gina observou, triste, o trem partir devagar para logo ganhar mais velocidade à medida que avançava. Aquele trem marcava o fim de uma fase com a saída de Max de sua vida. Ela só não sabia dizer se o que viria a seguir seria tão bom quanto a época que estava deixando para trás... "Tenha fé, Gina, sempre há uma luz no fim do túnel, não é?"

...dracoEginaEdracoEginaEdracoEginaEdracoEgina...

Passadas duas semanas, Gina ainda não se sentia muito animada, pois apesar de não admitir, ainda se encontrava abalada com o que ocorrera com Draco. Precisava procurar um emprego, mas inventara a desculpa de que aproveitaria um pouco mais as férias que estava tendo antes de voltar a trabalhar.

Foi numa dessas tardes, em que Gina não fazia nada além de observar os gnomos no jardim pela janela da sala, que uma coruja pousou ao seu lado, estendendo sua perninha com um pergaminho amarrado. Era uma convocação do Sr. Brown para que ela comparecesse na sala dele assim que o banco abrisse na manhã seguinte. Não dizia qual o motivo do encontro.

"Só espero não esbarrar com ninguém indesejável nos corredores", pensou, amarga, lembrando-se de Draco.

E não esbarrou. Enquanto se dirigia para a sala do Sub-Diretor no dia seguinte, só encontrou com Amanda Johnson que lhe ajudara a encontrar a sala procurada.

"Com licença" – Gina bateu de leve na porta e entrou.

"Bom dia, Srta. Weasley."

"Bom dia"

"Desculpe-me a falta de objetividade na carta, mas como a senhorita sabe, discrição é a palavra de ordem aqui dentro."

"Eu entendo" – ela sorriu.

"Chamei-lhe aqui para prestar meus agradecimentos pela grande ajuda que a senhorita e o Sr. Brankovitch nos deram ao tratarem de nosso Bola de fogo."

"Imagine, Sr. Brown, foi uma honra lidarmos com um dragão tão raro como ele..."

"Para demonstrar nossa eterna gratidão, já depositamos uma quantia na conta do Sr. Brankovitch na filial do Gringotes na Romênia. Também depositaria na conta da senhorita, mas preferi entregar-lhe pessoalmente" – ele colocou uma bolsa pequena de moedas na mesa e a empurrou para Gina.

Ela ficou atordoada. Lembrou-se da conversa com Narcisa sobre lhe pagar para se afastar de Draco, e deste dizendo que envolveriam o Sr. Brown na armação.

"Eu... Sr. Brown, não precisa me enganar... Já sei que fora Narcisa Malfoy que pedira para o senhor pagar-me e não posso aceitar esses galeões... Não sei se o senhor foi informado do porquê dela querer me pagar, mas espero que o senhor esteja no escuro, pois seria uma decepção saber que concordou em se envolver numa transação tão suja."

"Não compreendo, Srta. Weasley. Quem a está remunerando é o banco. Fiz questão de lhes recompensar agora para que não fique nenhum favor pendente para o próximo Sub-Diretor, que, aliás, é seu irmão, como a senhorita já deve saber" – Gina consentiu. – Pois bem, acredito que o Diretor, caso ele não estivesse de férias, também concordaria em recompensá-la, mesmo a senhorita e o Sr. Brankovitch tendo passado somente um dia aqui no banco. Contudo, creio que foram justamente suas medidas iniciais que impediram que um surto de catapora se espalhasse pelas cavernas e contaminasse os outros dragões, causando um colapso na segurança do banco."

"O senhor quer dizer que a Sra. Malfoy não tratara com o senhor sobre algum pagamento dela?"

"Certamente que não! Acredito que se ela quisesse lhe remunerar pelo tratamento do Sr. Malfoy, faria-o pessoalmente como eu estou fazendo..."

"Creio que sim..." – Gina concordou, envergonhada por desconfiar do bruxo. Acabou concluindo que Narcisa desistira de lhe pagar, vendo que Draco se rendera ao dinheiro sem nenhuma dificuldade. – "Eu poderia lhe pedir um favor?"

"Fique à vontade."

"Poderia dar uma olhada no Bola de Fogo? Gostaria de vê-lo, agora que está saudável."

"Claro, senhorita! Eu lhe acompanharei até os vagonetes. Um dos duendes a levará até as cavernas onde se encontra o Sr. MacFusty."

Gina se animou ao saber que iria conhecer um membro do famoso clã, mas não demonstrara muito entusiasmo, pois já estava constrangida por ter acusado o Sub-Diretor de se envolver em pagamentos sujos.

O duende lhe levara até a caverna onde o Sr. MacFusty se encontrava examinando uma ferida na perna de um dragão verde musgo que estava adormecido.

Era um bruxo jovem, alguns anos mais velho que ela. Os cabelos encaracolados tinham um palmo de comprimento, davam vida ao louro escuro de seus fios e contornavam seu rosto, dando-lhe um ar descontraído. Sua pele era bronzeada como a da maioria dos criadores de dragão e caso Gina fosse uma trouxa, concluiria que só faltava uma prancha para chamá-lo de surfista. "Por que todos os domadores são belos?", perguntou-se, marota.

"É um belo exemplar de Focinho-curto romeno" - falou ao se aproximar. - "Ginevra Weasley" - estendeu a mão.

"Jordan MacFusty. Você é a domadora que cuidou do Bola de fogo chinês quando adquiriu catapora?"

"Eu mesma."

"Você e o Sr. Brankovitch fizeram um ótimo trabalho isolando o dragão e dando-lhe os medicamentos corretos. Além do tratamento com Draco Malfoy."

Gina se sentiu levemente desconfortável com a menção do louro e MacFusty pareceu perceber, pois ele curvou os lábios em um sorriso que logo sumiu.

"Já estávamos acostumados com dragões doentes e não foi difícil tratar dele... Creio que esta seja a mãe de um dos que criamos na Romênia" - disse, apontando para o dragão adormecido.

"Provavelmente. A maioria veio de lá."

"Com exceção do Bola de Fogo, não?" - Ele assentiu. - "Se eu não estiver lhe atrapalhando, poderia vê-lo?"

"Claro, venha por aqui."

Gina se admirou mais uma vez com a beleza e raridade daquele dragão vermelho. Ele já não tinha mais as pintas brancas da catapora e parecia concentrado em balançar o rabo até alcançar suas costas.

"Seu couro vermelho é um dos mais reluzentes que eu já vi" - Gina comentou.

"Draco também gostava muito dele..." - Jordan comentou, fingindo distração, mas observando atentamente a reação dela.

Gina continuou a admirar o dragão, sem saber o que dizer. Acabou por perguntar:

"Como ele está? Curou-se no mesmo tempo de um dragão?" – Brigou consigo mesma por estar interessada em saber dele. "Droga, Gina, você não aprende?"

"Sim, em uma semana ele já estava curado, mas Madame Warmed aconselhou-o a continuar tomando as poções que são receitadas aos humanos, somente por precaução."

"Entendo..."

"Sabe, acho que ele cometeu um equívoco, pois me contou alguns dias atrás que você havia voltado para a Romênia... Ele foi até sua casa para esclarecer uma confusão que aconteceu, mas não a encontrou lá."

"Que confusão?" - Gina perguntou, mesmo já sabendo se tratar dos subornos de Narcisa.

"Parece que a mãe de Malfoy o enganara, dizendo que gostaria de pagar a você uma comissão por estar tratando dele e depois disse outra coisa... Eu não me recordo direito..." - Ele disse, fingindo pensar.

"Você quer dizer que a mãe dele não ofereceu dinheiro para que ele não se envolvesse comigo?"

"De maneira nenhuma Draco aceitaria isso... Ele pensava que a mãe lhe pagaria uma comissão pelos seus serviços, nada de suborno ou coisa parecida."

Ela se lembrou de Draco dizendo não entender o motivo da ira dela, dizendo não achar nada demais ela receber algum dinheiro... E não se tratava de nenhum trato para ele abandoná-la, mas sim, de um plano traçado por Narcisa.

"Então, ela estava enganando a ele também!" - Gina exclamou mais para si mesma do que para o bruxo ao seu lado.

"Você está falando da mãe de Draco?" - MacFusty perguntou, fingindo confusão quando na verdade ele estava contente por Gina ter entendido o que ele queria passar.

"Onde eu posso encontrar Draco, em que sala?" - Ela perguntou, sua voz mostrando urgência.

"Semana passada você poderia encontrá-lo no departamento de finanças, junto de outros estagiários, mas agora creio que é impossível. Ele saiu deste banco."

"Saiu? Como assim saiu? Foi demitido, despediu-se?"

"Sinto muito, Srta. Weasley, mas não posso lhe informar... Discrição é o lema do banco e Draco também pediu para que não informássemos sua localização."

"Mas..." - ela colocara a mão na cabeça, ansiosa. - "Ora, se você não quisesse que eu o encontrasse, não estaria me contando tudo isso! Diga-me onde ele está, por favor!" - suplicou.

"Sabe, Srta. Weasley, na minha terra – minha ilha, na verdade – costuma-se dizer que se algo é para acontecer, tudo se encaminha naturalmente para que aconteça. Então se vocês estão destinados a ficarem juntos, provavelmente não precisarão da minha ajuda para isso..."


N/A2: Sabe, eu estou encantada pelo MacFusty...rsss! (Por isso gostei do capítulo!)
E Diana, desta vez a Molly foi totalmente D/G, sem a mínima discrição...Xb
E aproveitando essa súbita "explosão" de idéias, fiz mais uma fic chamada O motivo... Dêem uma passada lá, ok?
Ah, o próximo – e último – capítulo pode demorar um pouquinho, ok? Mas provavelmente eu já irei postar o epílogo também...