10º Capitulo
Um Romance?
Entrou no quarto através da janela, como sempre fazia, mas não a encontrou em nenhuma parte do quarto. "Deve voltar a qualquer momento"- Pensou sentando-se no cadeirão e pousando os pés sobre a secretária.
Olhou em volta mas os seus olhos acabaram pousados na superfície onde apoiava os pés e numa encadernação que lá estava. Já tinha visto a ruiva a escrever nele e a sua curiosidade cresceu.
"E se for o diário?" Não hesitou nem mais um momento e abriu-a nas páginas centrais.
«Capitulo 6» - Leu no inicio da página - «Tinha acabado de chegar a casa, cansada de mais um longo dia de aulas. Nem pensou duas vezes em atirar-se para a cama e fechar os olhos»
"Ok, isto não parece o diário dela..."
«Ouviu umas batidas na porta do quarto e levantou-se imediatamente» - Continuou a ler - «Abriu a porta do quarto e deparou-se com a sua mãe -Alexa, está lá em baixo alguém para te ver... Um rapaz – Acrescentou. A cara da rapariga iluminou-se imediatamente.»
"Por favor, um romance não!"
«A morena desceu as escadas de duas em duas correndo até à entrada da casa.
-Draco? – Disse a rapariga – Que fazes aqui?»
O loiro parou imediatamente de ler, espantado. Releu a frase várias vezes concluindo que de facto era o seu nome que estava escrito.
«Draco? – Disse a rapariga – Que fazes aqui?
-Pensei que poderias precisar de ajuda com as tarefas da escola... Parecias um pouco atrapalhada nas aulas de hoje.
-Ah...Hum... Ajuda? Claro! Vou lá acima buscar as minhas coisas – Disse olhando para os livros que o rapaz segurava – Volto já.
Correu escada acima e voltou pouco tempo depois carregada de livros e cadernos variados.
-Pronta!»
Farto daquilo o loiro folheou o caderno, avançando uns quantos capítulos.
«Capitulo 15
Levantou-se da cama num pulo, mal ouviu o despertador tocar. Tomou banho num instante e vestiu-se ainda mais depressa.
-Alexa! – Ouviu a mãe a chamar da cozinha.
-Sim mãe?
-Tens o teu presente lá fora.
-Lá fora? – Perguntou confusa mas a mãe apenas lhe sorriu.
Era o dia do seu 18º aniversário, o dia porque esperava desde o início da sua adolescência. Correu até à entrada da casa e abriu a porta. Mal pode conter um grito de alegria quando viu, estacionado do lado de fora, um carro novinho em folha.
-Brigada mãe! – Gritou para dentre de casa correndo depois até ao carro»
"Será que não há nada mais emocionante aqui?" – Perguntou-se avançando umas folhas.
«-Tenho algo para ti.
-Tens? – Perguntou esperançosa.
O rapaz passou-lhe um pequeno embrulho.
-Não valia a pena Draco – Disse abrindo ansiosa o embrulho – É lindo
.-Posso? – Perguntou estendendo a mão em direcção ao fio prateado que ela segurava. Em seguida passou por trás dela e cuidadosamente colocou-lhe o fio no pescoço – Lex?
-Sim?
-Há algo mais...
-O quê?
Mas o rapaz não lhe respondeu, em vez disso passou suavemente a não na face dela, beijando-a de seguida.»
O texto daquela folha acabava ali. O loiro virou a página mas encontrou-a em branco.
Ficou confuso. Porque estaria a ruiva a escrever um romance cuja personagem principal tinha o seu nome.
"Provavelmente não é nada... Talvez falta de imaginação...Ou talvez porque eu sou um máximo! Isso, eu sou um máximo!" – Decidiu, convencido, tentando não se preocupar.
Ia pousar o caderno quando algo chamou a sua atenção. Desenhado, numa das últimas folhas do caderno, estava um bonito W. Até aí nada de preocupante, mas foi quando ele reparou no trabalhado M nele entrelaçado. Não teve tempo de pensar pois no mesmo instante ouviu a porta a abrir. Pousou o caderno e olhou para trás vendo a ruiva a entrar.
"-Draco!" – Disse em tom baixo.
"-Ginevra!" – Imitou o tom dela de forma sarcástica.
"-E se não fosse eu? E se fosse um dos meus irmãos?"
"-Mas não foi."
"-O que é que estás aqui a fazer?"
"-O mesmo de sempre... Nada. Além de mais disse que voltava. E tu, onde é que andavas?"
"-Interessa-te?"
"-Imenso. Onde estavas?"
A ruiva encarou os olhos cinza dele mas não respondeu. Seus olhos percorreram o local onde ele se encontrava sentado e rapidamente viu o caderno onde escrevia sua história.
"-Quem te deu ordem?"
"-Para quê ruiva?"
Ela aproximou-se dele e por momentos ele sentiu o estômago embrulhado. Gostava de a sentir perto de si, mas não queria por nada sentir o que sentia.
Viu ela pegar o caderno e em seguida sentiu o olhar dela encara-lo. A ruiva encontrava-se com a sobrancelha erguida, e seu olhar pedia claramente por uma explicação.
"-Julguei que não te importasses depois do que se passou."
"-E como sempre Malfoy, julgaste mal."
"-Ora Weasley é apenas um caderno."
"-Não é apenas um caderno idiota. É um caderno meu, e eu não gosto que mexam nas minhas coisas. Já devias saber disso!"
"-E eu não gosto que usem meu nome para algo que eu nem sei o que é!" – Argumentou ele fazendo-a corar.
"-Eu não queria….eu ia dizer….mas não sabia que explicação dar."
Viu ela afastar-se dele e por isso pegou no pulso dela, fazendo-a virar-se para si.
"-Não tens mesmo uma simples razão para teres escrito o meu nome?" – Perguntou ele murmurando.
"-Eu queria que a personagem fosse especial."
"-Eu não sou especial para ti ruivinha."
Ela olhou para ele e sorriu antes de dizer:
"-Isso é o que tu pensas."
Para sua surpresa o loiro sorriu antes de dizer:
"-Bom saber isso, e bom saber que meu nome esta naquele livrinho."
"-Não brinques Draco, quem sabe meu livro não será vendido."
Ele riu, não era um sorriso sarcástico, era apenas um riso, o que sem duvida a chocou.
"-Ok, primeiro mistério resolvido. Agora gostava de saber porque é que no fim do livro existe um M e um W entrelaçados?"
Se ele pensava que ela não poderia ficar mais vermelha que o normal, estava enganado. Ela encontrava-se tão vermelha naquele momento que quase chegava a estar da mesma cor que o cabelo.
"-Eu….ora foi num momento de loucura extrema."
"-Sei!"
A ruiva tentou soltar-se dele, mas assim que puxou o braço, o loiro prendeu-a com mais força pelo pulso puxando-a para si.
O outro braço do loiro passou em redor da cintura dela e ele aproximou os lábios do ouvido dela.
"-A verdade Ginevra."
"-A verdade está implícita no que eu escrevi" – Respondeu ela sentindo as pernas bambas.
"-Eu quero ouvir as palavras da tua boca ruiva."
"-Eu gosto de ti" – Proferiu ela baixo, ouvindo-o sorrir ao seu ouvido.
Ele afastou os lábios do ouvido dela, de modo a encará-la novamente. Soltou o pulso da ruiva e passou com a mão livre na face dela.
"-É bom ouvir isso ruivinha….É bom."
"-Porquê?"
"-Porque eu sinto o mesmo pela minha pessoa."
Ginny abriu a boca chocada e empurrou o rapaz com força, mas não conseguiu soltar-se. O único efeito que seu empurrão teve foi pôr o loiro a rir, e a apertá-la mais pela cintura.
"-Solta-me idiota. Olha que eu grito!"
"-Não creio que o faças."
"-Não me tentes Malfoy….Solta-me. Eu vou gritar Draco."
"-Força."
Viu o olhar decidido da ruiva e reparou que ela ia mesmo gritar. Mas ele não a deixou cometer tamanha estupidez.
Aproximou seus lábios dos dela beijando-a. Começou por um simples roçar de lábios, mas acabou por se intensificar cada vez mais.
Draco sentiu os braços da ruiva enrolarem-se no seu pescoço, e não se importou com isso, apenas queria que a ruiva estivesse o mais perto possível dele.
Apertou a ruiva o mais possível contra si e afastou os lábios dos dela, de modo a poder respirar. Assim que olhou para ela viu-a super vermelha e riu por isso.
"-Qual é a piada?"
"-Nenhuma."
Encararam-se durante minutos ate que ele disse do nada:
"-Eu também gosto de ti ruivinha."
O sorriso dela foi sem dúvida alguma o sorriso mais belo que ele tinha visto na vida.
"-Gi posso entrar?" – Perguntou a voz de Ron do outro lado da porta.
A ruiva arregalou os olhos e sentiu os braços dele soltarem-na.
"-Espera um pouco maninho" – Gritou ela. – "Draco, armário….não tens tempo para sair pela janela" – Disse ela baixo, enquanto empurrava-a o loiro para dentro do guarda-roupa. – "Entra Ron."
Assim que o irmão entrou no quarto e olhou em volta.
"-Ia jurar que estava a conversar com alguém" – Disse ele olhando-o a ruiva que estava sentada na ponta da cama.
"-Eu? Imagina Ron! Estava a falar sozinha."
O irmão olhou descrente para ela antes de prosseguir.
"-A mãe disse que hoje vamos jantar na Mansão Malfoy."
"-Oh que horror. A mãe tem sempre essas ideias idiotas." – Disse ela fazendo força para não rir.
"-Mas a boa noticia é que Lucius o asqueroso não vai esta presente."
A ruiva gargalhou perante o que o irmão disse.
"-Bem era apenas isso que te vinha dizer. Vou ter com a Luna. A mãe foi as compras, por isso estás sozinha em casa." – Disse ele antes de sair do quarto.
Ginevra levantou-se da cama e abriu a porta do armário.
"-Asqueroso?"
"-Ora é carinhoso."
"-E qual é o nome carinhoso pelo qual teu irmão me trata?"
"-Isso importa mesmo?" – Perguntou ela entrando no armário, e fechando a porta.
"-Visto bem, não me importa muito o que ele diz de mim……"
"-Então o que importa?"
Ela sentiu as mãos dele puxarem-na de encontro ao corpo dele e sorriu assim que ouviu ele dizer:
"-O que me importa é que esta boquinha linda, que vou beijar em seguida, não diga nada de mal de mim."
"-Ela não diz. Garanto-te."
"-Sabes, eu ouvi teu irmão dizer que estas sozinha em casa."
"-Exacto."
"-Perfeito." – Disse ele antes de beijar os lábios dela.
Ginevra sentiu as mãos dele passearem pelo fundo das suas costas enquanto o beijo se intensificava cada vez mais.
Ela pousou as mãos na nuca dele, acariciando a nuca e a parte de trás do pescoço.
O beijo foi ficando cada vez mais longo e mais profundo, e eles afastaram-se um pouco para respirarem. Assim que ela se afastou dele o rapaz sorriu, e abriu a porta do armário.
Agarrou no pulso da ruiva e voltou a beijá-la, caminhando ate á cama, onde a ruiva se sentiu deitar calmamente.
O corpo dele por cima do dela era uma sensação indescritível. Os lábios dele percorriam seu pescoço fazendo-a tremer e gostar ainda mais da sensação de o ter ali.
Draco beijou o ombro da ruiva e em seguida fez com que a alça do top que ela tinha vestido cai-se pelo braço dela, deixando o colo dela ao descoberto.
Ele elevou-se um pouco de modo a encarar uma ruiva vermelha e com a respiração descompensada.
"-Por mim via-te sempre assim" – Comentou ele alcançando de novo os lábios dela.
Ginny podia sentir as mãos dele subirem pelo seu ventre, de encontro aos seus seios, e por isso ela tremeu no mesmo instante.
"-Sabes o que queria?" – Perguntou ele murmurando ao ouvido dela.
"-Imagino….afinal que mais podes querer?"
"-Não penses más coisas de mim mocinha" – Disse ele encarando-o sorrindo. – "Eu apenas quero que tu namores comigo."
Ginny ficou em choque a olhar para o rapaz que se encontrava praticamente deitado em cima dela, e ele perguntou perante o silêncio da ruiva:
"-Isso significa sim ou não?"
"-Sim….mas…."
"-Mas….?"
"-Eu nunca pensei que tu me dissesses isso."
Ele sorriu novamente fazendo o estômago da ruiva enrolar. Os lábios do rapaz beijaram os dela e em seguida ele trilhou o pescoço dela com beijos suaves. Depois do pescoço os lábios dele encaminharam-se para o colo dela, e em seguida ele desceu os lábios para a zona dos seios da ruiva.
Podia senti-la tremer em baixo de si, e ele desejava cada vez pode ter a mulher por completo. Nunca ele se imaginou sentir tanto a necessidade de alguém como dela.
Vê-la corada era algo que ele desejava com todas as forças do seu ser, beijar os lábios dela era como uma droga, quanto mais a beijava mais a queria beijar.
Voltou a beijar os lábios dela, e sentiu-a abrir os botões da sua camisa, retirando-a do seu torso.
Suspirou profundamente quando sentiu os lábios dela beijarem seu abdómen.
"-Gininha cheguei."
A ruiva empurrou o rapaz de cima de si, e em seguida correu para a porta do quarto fechando-a. Vestiu o top que estava no chão e encarou um Draco extremamente mal-humorado.
"-A tua mãe tinha mesmo que aparecer?"
Ela aproximou-se dele e beijou-o, antes de dizer:
"-É melhore ires, minha mãe virá ao quarto daqui a pouco, de certeza. Vemo-nos no jantar de logo."
"-Promete que irás ter comigo."
"-Claro Draco" – Prometeu ela passando os braços por trás do pescoço dele e beijando-o profundamente.
- - - - - Fim do 10º Capitulo - - - - -
N/A: Um capitulo muito fofo, para compensar o anterior! E finalmente eles acertaram-se! Bem, esperamos que tenham gostado! Comentem! Agradecimentos no profile! FOMOS!
