Capitulo 11

Mais do que um Jantar

Sentou-se na enorme mesa que Narcisa tinha indicado, e para seu espanto o lugar que estava ao seu lado direito era dele. Ela e a família esperaram que Draco e Narcisa aparecessem para jantar.

"-Desculpem o atraso, mas é que houve uns problemas na cozinha" – Disse a Sra. Malfoy entrando majestosamente na sala.

"-Não faz mal Narcisa" – Disse Molly enquanto e loira se sentava ao seu lado.

Ginevra olhava para sua mãe, e por isso nem deu pelo facto de alguém se sentar ao seu lado. Apenas se apercebeu disso, quando sentiu uma mão na sua coxa.

Olhou para o lado vendo Draco Malfoy.

"-Boa noite." – Murmurou ele para as pessoas da mesa, educadamente.

Ginny sorriu antes de começar a comer a magnifica comida que estava à sua frente.

«Foi sem dúvida alguma o meu melhor jantar. Para além da comida ter sido divina, a mão de Draco não saiu quase nunca da minha perna….nem percebo como ninguém desconfiou.

Mas posso garantir, sentir a mão dele na minha coxa é MUITO agradável.

O pior foi o final da noite, meus pais levantaram-se e disseram:

- Nós vamos embora, já está tarde.

- Tudo bem, falamos mais amanhã. – Disse Narcisa caminhado até á porta.

Eu e Draco fomos os últimos a sair da sala e ele murmurou ao meu ouvido:

- Prometeste que ias ter comigo.

- Queres o quê? Que diga aos meus pais: olhem vão vocês eu vou dormir com ele!

- Seria uma hipótese.

- Lamento não posso ficar. Até amanha. – Disse eu saindo de casa dele.

Sei que ele se deitou mal chegou ao quarto, e deve de estar fulo comigo, ou pelo menos irritado, mas paciência, não podia fazer nada.»

Levantou-se da mesa, e caminhou até á janela. Assim que a abriu sentiu a camisa de dormir mover-se por causa do vento que existia.

Reparou que a janela do quarto dele estava aberta e nem pensou duas vezes, antes de fazer o que ele fazia todos os dias, saltar para a varanda dele.

Entrou pé ante pé no quarto do loiro e aproximou-se da cama dele.

Vê-lo dormir era algo diferente. Ele parecia um anjo quando estava assim, com os cabelos loiros caídos sobre a face, com os olhos fechados, e com uma expressão serena.

Sentou-se na ponta da cama e pousou ambas as mãos na face dele. Viu-o abrir os olhos e encará-la surpreso.

"-O que fazes aqui?"

"-Prometi que viria ter contigo, lembras-te?"

Ele sorriu, antes de a puxar pelos pulsos e a deitar ao seu lado. Ergueu-se ligeiramente de modo a olhá-la e em seguida beijou-a.

Ginny sentiu as mãos dele percorrer seu corpo por cima da camisa de dormir, e a única coisa que fez foi levar suas mãos ás costas dele e arranha-las suavemente.

Os dedos dele passaram pelos seus braços e em seguida ele puxou delicadamente a camisa de dormir dela, acabando por tira-la.

Encarou a ruiva por baixo de si, que apenas vestia a roupa interior.

"-Queres passar aqui a noite toda?"

"-Sim" – Murmurou ela começando a tirar as calças dele.

Sentia os beijos dele percorrerem seu colo, seus seios, seu ventre, e tremia por isso. Desejava cada beijo, cada carícia dele, e nem deu por ele a ter livrado de toda a roupa que tinha.

Ela ajudou-o a livrar-se dos boxers, que era a única peça quem impedia o contacto que eles tanto desejavam.

Sentiu o corpo dele a posicionar-se sobre o seu calmamente e suspirou. Ele olhou-a preocupada mas a ruiva só sorriu. Aquilo era o que mais queria.

Pousou os cotovelos na cama, um de cada lado da cabeça dela e começou a movimentar-se. Os olhos dela estavam pregados nos seus, apenas se desviavam para se beijarem.

O ritmo começou a aumentar, e ele pode vê-la fechar os olhos e ouvi-la gemer cada vez mais. Cada gemido ou suspiro dela, ele aumentava o ritmo.

As pernas dela enrolaram-se na cintura dele e ela puxou-o mais deixando escapar um grito abafado. Draco apertou o lençol da cama, ao mesmo tempo que fechou os olhos movendo-se cada vez mais rápido.

Ela gemia cada vez mais depressa ao seu ouvido e ele chegou a uma altura que ele próprio se permitiu gemer ao ouvido dela. Sentia o corpo dela cada vez mais tenso e sabia que ela estava quase a chegar ao seu limite. Olhou dentro dos olhos dela e vi-os brilhantes, ela estava feliz e ele sentiu-se bem por isso.

Segundos depois Draco beijava a ruiva com desejo, um desejo que há muito não sentia, e ao mesmo tempo abraçava-a sentindo-se no seu limite.

Deitou-se ao lado dela e puxou-a para o si abraçando-a fortemente.

Ginny tinha as pernas entrelaçadas nas dele e passeava preguiçosamente o dedo indicador pelo peito do rapaz.

"-Eu adoro-te ruivinha."

"-Também de adoro Draco." – Murmurou ela fechando os olhos e adormecendo em seguida.

O loiro sorriu sozinho e depois deu um beijo na testa na ruiva e acabou por adormecer, vencido pelo cansaço.

Acordou sentindo a sua cintura a ser abraçada. Era um acontecimento raro, e a última vez que tivera um despertar assim acordara agarrada a Draco.

Ao pensar nisso os seus olhos abriram no mesmo instante e fixaram o rapaz à sua frente.

Era estranho como em tão curto espaço de tempo a opinião que tinha sobre o loiro mudara de forma radical. Na escola não o suportava e continuou a não suporta-lo quando se mudou para aquela casa. Mas depois dos momentos que passaram juntos, muitos dos quais a discutirem ou a provocarem-se um ou outro a irritação que sentia em vê-lo ia desaparecendo, dando origem a outro sentimento que não soube de imediato identificar. Mas agora sabia-o, não tinha qualquer tipo de dúvidas. Gostava dele como nenhum outro até em tão, desejava passar todo o tempo com ele, nos braços dele.

Esticou-se um pouco e beijou suavemente os lábios do rapaz que a abraçava.

"-Bom dia" – Sussurrou ao passar a mão pelos cabelos dele.

Ele movimentou-se um pouco abrindo os olhos de seguida.

"-Olá ruiva. Dormiste bem?"

"-Como um anjo" – Respondeu beijando-o de novo.

Fez menção de se levantar mas o loiro impediu-a.

"-Onde é que pensas que vais?"

"-Que tal para o meu quarto?"

"-Nem pensar! Vais ficar aqui comigo."

"-Não posso…. E se a minha mãe vai ter comigo ao quarto? Eu não quero nem pensar no que podia acontecer…."

"-OK, ok…. Já vais… daqui a pouco… Agora eu vou curtir a minha namorada….E não há nada que me impeça…."

"-Tenho de ir…" - Levantou-se da cama a custo e recolheu as suas peças de roupa.

"-Não vás já."

"-Disseste isso à meia hora atrás! Tenho mesmo de ir" – Disse ao acabar de se vestir.

"-Então eu vou contigo."

Vestiu os boxers e umas calças e pegou na mão da ruiva, encaminhando-a para a varanda. Ele passou primeiro para o outro lado e depois pegou na ruiva ao colo, carregando-a até à cama dela.

Sentou-a e em seguida deitou-se de costas na cama, ao lado dela. Sentiu a cabeça da ruiva em cima do seu peito, mas não disse nada, muito pelo contrário, levou sua mão esquerda ao cabelo dela e começou a acaricia-lo.

"-Não quero sair daqui." – Murmurou ela minutos depois.

"-Nem eu……por mim ficaria aqui para sempre…."

"-Assim comigo?"

"-Não ruiva, vou-te mandar embora e convidar teu irmão….sempre tive o desejo secreto de acariciar o cabelo dele."

Ginevra riu imaginando a cena. Em seguida ergueu-se, e beijou o peito dele, sentindo-o contrair os músculos no mesmo instante.

"-Tens cócegas?"

"-Não….tu é que tens."

"-Como sabes?"

"-Não te lembras? Daquela vez que vim cá almoçar….na tua sala."

"-Ah, quando te chamei de Estrelinha."

"-Muito engraçadinha."

Ela sorriu e beijou os lábios dele, deitando-se em cima do rapaz.

"-Estrelinha" – Murmurou ao ouvido dele. – "A minha Estrelinha."

"-Isso foi muito lamechas."

"-Diz que não gostas que eu de vez em quando seja assim."

Ele rodou na cama, metendo-a por baixo de si.

"-Talvez goste. Talvez não."

"-Engraçadinho."

"-É…eu gosto…."

"-Eu sabia."

Draco pousou as mãos na face dela, acariciando-a. Viu ela fechar os olhos, e por isso nem pensou duas vezes antes de beijar os lábios rosados dela.

"-É melhor ires Draco. Minha mãe daqui nada vai chamar para o pequeno-almoço."

"-Só mais um pouco." – Disse ele voltando a beijá-la.

"-Draco…."

"-Eu sei….eu sei…..mas qual seria o mal de tua mãe nos apanhar aqui?"

"-Poderias ficar sem cabeça…."

"-Oh isso não, minha cabeça só fica bem em cima dos meus ombros."

"-Vemo-nos logo?" – Perguntou ela quando se encontrava na varanda, esperando ele passar para a outra.

"-Claro."

"-Óptimo."

Draco puxou a ruiva pela cintura e beijou-a, antes de ir para o seu quarto. Ginny viu ele entrar no seu quarto e encostar a janela.

"-Para o caso de me quereres visitar." – Disse ele, fazendo-a sorrir.

Assim que deixou de o ver, ela saiu do quarto caminhando devagar mas sorridente até á cozinha.

"-Bom dia família."

"-Bom dia maninha."

"-Olá filha. O que se passou para estares tão feliz?" – Perguntou Molly sorrindo.

"-Nada de importante." – Respondeu ela pegando numa maçã.

"-Tens a certeza? Não se passou nada que nos querias contar?"

A ruiva olhou para a matriarca e viu-a com um sorriso meio enigmático no rosto, o que sem duvida não era normal.

"-Tenho….claro que sim. Bem eu vou sair….vou à Diagon-Al."

"-Sozinha?"

"-Claro mãe, com que devia de ser?"

"-Não sei."

Ginevra abanou a cabeça e em seguida voltou a subir as escadas em direcção ao seu quarto. Vestiu um top preto e umas calças de ganga largas. Prendeu o cabelo num rabo-de-cavalo e em seguida caminhou até á janela.

Olhou para o quarto dele e não o viu. Esperou uns minutos até que viu a porta da casa de banho dele abrir-se, e ele saiu por lá apenas enrolado na toalha.

"-Vou a Diagon-Al. Queres vir?" – Perguntou ela quando ele se aproximou.

"-Não tenho nada de especial para fazer. Fazemos assim, vai andado, eu vou-me vestir e encontramo-nos na Floreios e Borrões."

"-Tudo bem. Até já." – Disse ela despedindo-se.

"-Hei! Meu beijo?" – Perguntou o rapaz quando a viu ir embora.

"-Desculpa" – Pediu ela rindo e aproximando os lábios dos dele.

"-Vou indo mãe. Até já."

"-Tudo bem filha. Diverte-te."

"-Mãe, eu vou sozinha, como me posso divertir sozinha?"

"-Não sei" – Respondeu ela sorrindo.

Ginny encolheu os ombros. Não percebia a atitude que Molly andava a ter. Era como se a mulher soubesse algo realmente divertido e não lhe quisesse contar.

"-O teu filho está em casa?" – Perguntou ela.

"-Não, saiu à pouco tempo."

"-Queres vir conformar com os teus próprios olhos o que te contei?"

"-Claro."

"-Oi!" – Murmurou a voz dele ao seu ouvido.

"-Olá" – Ela virou-se para o loiro e passou os braços em volta do pescoço dele. – "Não achas que nos estamos a expor?" - Perguntou antes de o beijar.

"-Talvez, mas quem liga hoje em dia a um Malfoy e a uma Weasley"?

"-É verdade….acho que ninguém."

"-Vieste aqui fazer algo de especial?"

"-Comprar este livro" – Respondeu ela mostrando-lhe o livro.

"-Ah…então vamos comer um gelado. Pago eu."

"-Teu pai não vai ter outro ataque."

"-Merlin queria que tenha. Assim tenho uma razão para fugir para o teu quarto."

"-Não precisas de razão para isso."

Ele riu começando a caminhar para fora da livraria, sendo seguido pela ruiva. Assim que chegaram á rua, ele passou o braço por cima do ombro dela, e puxou-a para si.

"-Melhor assim" – Comentou fazendo sorrir.

"-Vês o que te disse!" – Disse a ruiva para a loira apontando para o casal que partilhava o mesmo gelado, num canto meio escondido da gelataria.

"-Tens razão. Eu sabia que meu filho andava diferente. Ainda bem que a razão é tua filha. Porque será que não nos contaram ainda?"

"-Não sei. Mas deve de ser mais divertido para eles namorarem escondidos e pensarem que ninguém sabe."

"-É provável" – Concordou a loira fazendo a ruiva sorrir.

"-Às vezes não sentes que estás a ser observada?"

"-Às vezes. Mas porquê? Sentes isso?"

"-Sim, e já é a segunda vez que me sinto assim. Lembraste no meu quarto, quando foste levar a bolsa da minha mãe?"

"-Sim lembro, e lembro-me que disseste que tinhas sentido algo estranho."

"-Senti o mesmo agora."

"-Deve de ser só impressão."

O loiro concordou e em seguida deliciou-se a ver a ruiva comer o gelado.

"-Vamos dar uma volta?" – Perguntou ele quando ela terminou o gelado.

"-Claro."

Caminharam em silêncio até uma zona onde quase não passava ninguém. Draco sentou-se num dos bancos abandonados e puxou a ruiva, sentando-a na sua perna.

"-Temos que falar."

"-Sobre?"

"-Tu sabes que não podemos continuar assim, um dia teremos que contar o todos o que se passa entre nós" – Ela concordou com a cabeça, sem perceber onde ele queria chegar com a conversa. – "Pois eu sei que teus irmãos, em especial o Weasley que andava sempre que o Potter, não gostam de mim, e vão arranjar maneira de nos afastar."

"-Eu não vou deixar."

"-E se eles falarem sobre a guerra? Eu sou um Malfoy ruiva, e meu pai, assim como meus antepassados, sempre foram ligados às trevas, teus irmãos podem usar isso contra mim. Eu apenas quero que saibas que na guerra eu não apoiei Voldemort nunca."

"-Mas eu sei disso, Harry contou-me que fizeste um trato com Dumbledore, só nunca soube qual."

"-Minha mãe ama meu pai, mas ela sempre foi contra a ligação dele com Voldemort. Eu sabia que ela ficaria destroçada se meu pai fosse para Azkaban. Por isso eu fiz uma troca, meus serviços em nome da Ordem, dando informações que poderiam ser úteis, em troca de o meu pai não ir para Azkaban."

"-Ah foi isso."

"-Sim. Não foi pelo meu pai que fiz isto, foi apenas por minha mãe. Mas garanto-te meu pai, desde a queda de Voldemort, nada mais fez de mal, a ninguém, nem Muggles nem sangues de lama."

Ela sorriu e em seguida puxou o loiro pelo pescoço de modo a beijá-lo.

"-Eu acredito em ti. Não te preocupes. Por mim nada nem ninguém nos separará."

Ele nada disse, apenas se limitou a sorrir e a beijar a ruiva que tinha ao colo.

Estava tudo esclarecido, e por incrível que aquilo parecesse ele sentiu-se muito mais leve depois de ter falado com ela. Tinha um medo estúpido de que os Weasleys os separassem.

Não sabia bem como aquilo tinha acontecido, mas aquela ruiva era sem duvida alguma importante para ele, muito importante, e ele sabia que gostava dela como nunca tinha gostado de ninguém.

"-Vamos para casa?" – Perguntou ela quando começou a escurecer.

"-Vamos."

…..

"-Cheguei!"

"-Demoraste filha. Encontraste alguém conhecido?"

"-Um amigo de Hogwarts."

"-Sério? Então porque não o convidaste para vir cá comer?"

"-Convidei, mas ele não pôde vir."

"-Ah, tudo bem então."

…..

"-Já jantas-te?"

"-Claro Draco."

"-Qual dos lados hoje?"

"-Meu". – Respondeu ela fazendo com que ele saltasse para a sua varanda.

"-A porta está fechada?" – Perguntou ele pegando-a ao colo.

"-Claro."

"-Perfeito" – Disse ele caminhando com a ruiva até à cama dela.

- - - - - Fim do 11º capitulo - - - - -

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